Os sinos dobram por ela
Morreu à fome, coitada,
Não deixou de ser donzela
Morreu, ninguém deu por nada.
Sua irmã anda p'raí
Aparece nos jornais
Não, não chora, só sorri,
E sorri cada vez mais...
A Vergonha lá morreu
Tão pura, tão virginal,
Por causa da irmã sofreu,
A megera sem igual...
A Sem-Vergonha, ridente
Mui venal e trapaceira
Da câmara presidente
Anda aí toda brejeira!
E não dá ponto sem nó
Sem servir, se vai servindo,
Só mantida a pão de ló
Da Justiça rindo, rindo!...
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