domingo, setembro 14, 2008

Entrevista com Sarah Palin




Ela quis honrar este blogue. Já é uma personalidade de pendor universal. Assim, feitas as perguntas ela respondeu com o rigor e a sinceridade devidas. Sarah Palin, no vórtex do furacão mediático defende-se e contra-ataca:
__Sou pela vida e pelo bem. Era incapaz de mandar matar o meu neto só para evitar o escândalo da gravidez precoce. A minha filha sai à mãe: tem coragem de assumir as suas opções!
__Mas o pecado não vos preocupa?!
_Olha rouxinol, eu tenho respeito pelos catecismos e sou crente, mas tudo tem a sua relativização. Prefiro ver a minha filha grávida, do que vê-la aos beijos a outra rapariga. Gostei de ler o teu blogue no que à minha família diz respeito, nós somos (e para utilizar a tua pitoresca linguagem) «pão com chouriço» e não «pão com pão»!
__Mas admite que haja quem prefira outra opção?
__Admitir, tenho que admitir, mas não quero nem aceito a legalização de casamentos contra-natura! Como vocês portugueses dizem: «pão-pão, queijo- queijo!»
__Falemos da guerra no Iraque. Imagine que o seu filho morre na guerra. Não sentirá culpa por poder estar a usá-lo como propaganda de um conflito? Quiçá como arma eleitoral?
_Não, longe disso. Se Deus quiser que morra eu ficarei muito triste, mas muito orgulhosa dele. Ser mártir da pátria é um orgulho. Espero que nunca tal aconteça mas não serei cobarde, aceitarei de bom grado o que Deus quiser. O meu filho é igual aos outros, é parte deste povo americano que foi ultrajado, vilipendiado com o ataque de 11 de Setembro. Não quero que tal situação se repita. Irei para a luta se preciso for para evitar cenas como aquela que envergonham a humanidade.
__Seria mau para o povo americano se um negro fosse presidente?
__Não sou racista e respeito Barack Obama como cidadão e homem. Mas não é a cor da pele que está em causa. Ele é muito jovem, não tem preparação...
__E você acha-se preparada para a vice-presidência? Aquele excesso de voluntarismo em que numa recente entrevista admite com facilidade uma guerra com a Rússia não será um sinal de imaturidade?
_Tu rouxinol, que és o autor do livro «Portugal no coração», que eu apreciei muito ao lê-lo pois está cheio de poesia, apesar de ser prosa, compreenderás que quem tem a América no coração não poderá deixar os outros rirem-se de nós. A Rússia se exorbitar, se mostrar demasiado os dentes, vai levar. Vocês têm aquele socialista que diz: «Quem se mete com o PS leva!» eu, usando o mesmo estado de espírito direi: «Quem se mete com a América, leva!»
Comentários para quê?
Esta mulher, com este afã, com esta garra, com este ar de fêmea-pátria a defender os filhotes-concidadãos, vai dar outra dinâmica à campanha americana. Ai se a Dra Manuela Ferreira Leite tivesse esta garra, esta idiossincrasia, este coração, ganharia tudo o que lhe aparecesse pela frente... Assim...

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