A comunicação social está infestada de gente sem isenção e cheia de espírito sectário. Alguns, é tão notória a sua clubite ou partidarite, que tresanda. Depois é todo um amontoado de paineis para isto e para aquilo. É um país de paineleiros!...
Nos comentários sobre o futebol cada vez se assanha mais esse espírito sectário. Quem for isento e sensato não tem lugar. Talvez seja até ostracizado.
António Vitorino e Marcelo Rebelo de Sousa apesar de serem conotados com o PS e o PSD respectivamente conseguem dar um certo ar de imparcialidade. Mas não muito reconheça-se. Mas há muito piores. Um conhecido escritor-jornalista de Lisboa quando fala no seu FCP não esconde a sua clubite exacerbada a ponto de deixar de ser um rio com flores e mais parecer um rio triste.
Nos paineis sobre futebol a coisa é do piorio. Do Benfica, do Porto e do Sporting
(até parece que os restantes clubes não existem...) então a doença é altamente gravosa. Há tempos no JN, nas vésperas da decisão sobre o Apito Dourado, um conhecido jornalista de TV botava faladura de forma dir-se-ia pressionante em relação à própria justiça. Talvez tenha surtido o efeito contrário, tal era o frenesim sectário...
Enfim, na política, o sectarismo é doentio. Quando chegam as eleições piora. Lembro-me de uma cena caricata em que um padre-político ao virar a casaca do CDS para o PSD arranjou uma muleta inusitada: o prório Deus!
Clamava ele na sua arenga farisaica: «quem muda Deus ajuda!»
Eu interrogava-me: será que quem mudar do CDS para o PSD, Deus vai agradecer? E se aproveitar a oportunidade e mudar para o PS ou PCP não agradecerá mais ainda?
Ridículo, ridículo. Só aceitável para mentes mentecaptas, só para débeis mentais, para muitos pobres de espírito. Mas o certo é que a cassete teve sucesso! E ainda há quem a use qual prato rançoso e bolorento... Em terra de cegos...
O sectarismo religioso misturado com o sectarismo político, que cocktail!!!
Era altura de os órgãos de comunicação social fazerem uma introspecção curativa. Os sectários deviam ser subalternizados e os mais isentos, mais lúcidos, mais clarividentes, deveriam ser colocados em lugares de direcção. Quando se promove o sectarismo está-se a despromover o jornalismo autêntico. Está-se a rebaixar a comunicação social. Há tantos casos por aí. Quanto mais débeis em termos culturais, quando mais subservientes , mais alçapremados a pedestais dourados são. Eu procuro não ir por aí...
Honi soit qui mal y pense!
Nenhum comentário:
Postar um comentário