Mário Crespo hoje no J.N. dá conta de várias situações que envolvem pessoas importantes da comunicação social e a câmara de Lisboa. Trata-se de apartamentos de elevado valor («gama alta»...) cedidos pela autarquia a certos «opinion makers» em circunstâncias pouco transparentes.
Depois queixam-se as pessoas que os jornais só falam de fofocas e coisinhas sem interesse esquecendo o mais importante. Enfim, os pilha-galinhas aparecem sempre, mas os outros, os de colarinho branco, os das sinecuras doiradas, fecham os olhos e... é a tristeza que se sabe. Os jornais estão ao serviço de quem manda, nas câmaras, nos governos, nas universidades, nas grandes empresas públicas... Tal como antigamente, no tempo da outra senhora! lá vamos sinecurando e rindo...
A nível local é o que se sabe, lambebotismo e mais lambebotismo, salamaleques e mais salamaleques a troco de algum tacho nas rádios, alguma sinecura nalgum jornal ou TV.
O povo só terá acesso a informação plural quando tiver acesso à blogosfera. Terá que filtrar a mediocridade que para aí pulula também, é certo. Mas os jornais metem dó de tanta subserviência ao poder.
A denúncia corajosa de Mário Crespo é algo que toda a gente já intuíra há muito. Elas andam por aí, as sinecuras que marionetam os jornalistas. Depois é artigos laudatórios (encomendados, talvez...) aos tenentes do poder e catilinárias avinhadas e feitas por encomenda aos que criticam os excessos do poder. Há tanto algoz julgando ser Eça de Queiroz!
Conheço um sujeito que denunciou uma câmara. A coisa soube-se, e o que mais lhe doeu, foi a homilia dominical. O padre, muito íntimo e confidente do presidente, atacou na homilia todos os denunciantes como se fora uma casta de bandoleiros. E, imagine-se, enalteceu a figura de S. José!!!
Perguntar-se-á porquê! é lógico...
Segundo ele (pároco comissário político) S. José não denunciou Nossa Senhora embora sabendo que não era o «pai biológico»de Jesus!!!
Até que ponto chega o lambebotismo, meu Deus! Até S. José serve para defender esta gente com montanhas de fé!!!
Eles, párocos, que deveriam ser os primeiros a denunciar as prepotências, os abusos, os nepotismos, as sinecuras, são os primeiros a atacar quem cumpre o dever de cidadania, quem os substitui no múnus evangelizador, quem é apóstolo na defesa dos fracos e oprimidos contra os donos do poder que se julgam donos da verdade!
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