quarta-feira, abril 30, 2008

Ó Senhor da Divina Luz!!!





O milagre que deslumbrou Portugal inteiro!!!

«Nós, os polvos, não gostamos dela. Vai extinguir a nossa espécie!»



«Nós, os patos bravos, odiámo-la. Ela vai extinguir-nos. Usa o «extintor-credibilidade!»

Os animais começaram a falar alto! O país abriu a boca de espanto!

Ouçámo-los:

Polvo: - Ela vem aí, cheia de vontade de nos liquidar. Eu já tinha pago as quotas do PSD e já tinha umas promessas muito tentadoras: empreitadas sem concurso público, obras a mais, estudos e mais estudos...

Pato Bravo: - E eu? Queria obter compensações para o que fiz. Ajudei a pagar aquela multa pesada do partido; prometeram-me uns «esquemas à valentim» e estou a ver que vou ficar a ver navios...

Polvo: - Aquele pateta bateu com a porta sem nos dizer nada e deixou-nos à nora!

Pato Bravo: -Foi um traidor. E agora, qual a solução?

Polvo: - A solução é encostarmo-nos ao Truão!

Pato Bravo: - Pois é. Esse sim, é de confiança total. Esse nunca nos desiludiu. Aquele regime da Palermocracia é bestial! Até parece que estamos em Palermo!!!


terça-feira, abril 29, 2008

Sua Excelência o Truão!

O Truão impõe respeito lá na casota dele. Vai ladrar até ao último dia!...



Síndroma de pitbull
Já lhe devora as entranhas
Rosna, feroz, quer vinganças
Rosna ameaças tamanhas...
Quer mais um osso-poder
P'ra saciar apetites,
Chama até suicidários,
Troveja ruins palpites!!!
O dilúvio será certo
Sem ele, o grão Truão
O mais feroz da alcateia
Palermoide rufião!

Ó Senhor do Bom Remate!


Ó Senhor do Bom Remate todos Te reconhecem excelsas virtualidades, o mundo se submete aos Teus caprichos, os media Te cobrem de gloria, mas...
Não achas um excesso aquela promoção de tanta Senhora de Boas Carnes?!
Só critico o excesso, nada mais. E o que é demais é erro!
Por que não aproveitas a Tua aura mediática para patrocinar outras Senhoras?
Por que não Te transfiguras? Poderias ser o Senhor das Boas Causas!
Como?!
Patrocinavas também a Senhora do Refúgio, a Senhora Mutilada de Guerra, a Senhora do Abraço, a Senhora do Abrigo, a Senhora do Regaço, a Senhora do Ninho!...
A carne é fraca, é efémera, é fruta que se consome e deita fora. É coisa descartável!
Sê mais original! aproveita a Tua aura mediática para fins mais nobres mais ecuménicos, mais altruístas...
Podes patrocinar sempre alguma coelhinha, não fica mal... Mas, ficava-Te bem a transfiguração!

domingo, abril 27, 2008

A passagem de modelos na passarela PSD...

«O país precisa de gente como tu, rouxinol!
Oxalá Portugal fosse uma grande reserva ornitológica!»



Como observador imparcial desta passarela da política, não posso deixar de dar a minha pontuação, neste desfile de alto nível, no PSD.

Fazendo jus aos cursos que frequentei e aos diversos diplomas que obtive, nas áreas mais heterogéneas, dotando-me de um cabedal científico acima da mediania (pase a imodéstia...), passo a elencar as virtualidades e eventuais mais (ou menos) valias dos quatro principais candidatos.

1- Manuela Ferreira Leite-

Sentido de Estado, cultura e background mental fora do comum entre nós. Estofo psíquico alicerçado em certa fleuma, de paciência e perseverança plasmada, uns avantajados côvados acima do vulgar de Lineu...
Tem contactos, arquitectura psicológica para refutar com ironia e sarcasmo os difíceis embates que se vislumbram.
Não, não usa o estilo «descasca pessegueiro» tão característico de Jardim, boçal e malcriado, mas, pelo contrário, utiliza o charme discreto da pedagogia, com uns cubos de gelo-lucidez, umas pitadas de erudição e todo um vasto cocktail encimado pela imprescindível cereja do bom senso...
Tem que se debruçar um pouco sobre o manual de «Psicopatologia dos Partidos», livro que editei, mas encontra-se fora do mercado, pois há uma dose excessiva de loucura que urge diagnosticar, curar e erradicar tão breve quão possível.
Tem que refrescar os seus conhecimentos de psicologia de massas pois é importantíssimo no actual contexto em que o marketing é quem mais ordena.
É relevante ter sempre em mente a chamada «Lei de Gresham» (a tal da moeda boa e da má...), nunca perdendo de vista o mercado das cotações (praticar e comprar boas acções...), enfim, saber apalpar o pulso à opinião pública... Saber destrinçar os interesses dos valores...

Temos «primeiro-ministro» no horizonte, se Sócrates não tratar de ler os manuais que em tempos lhe enviei...

2 - Santana Lopes

Cuidado com os populismos e os excessos de marialvismo. Ser popular não é andar por aí, com mulheres a tiracolo, dizendo lá para os seus botões (e botões alheios):«eu gosto muito destes colinhos, não sou como alguns...», pois tudo o que é excessivo pode assumir contornos de mecanismo de compensação. Ou seja, alguém que não consegue aguentar a presença de uma mulher por muito tempo, faz essas teatralidades para se defender de certas acusações. A psiciologia está farta de apreciar casos destes. O exibicionismo é para ocultar certas insuficiências do foro íntimo...
Olhe, eu estou quase há trinta anos com a mesma e o livro de reclamações está em branco... Nunca saltei a cerca, nunca fui petiscar maçãs ao quintal do vizinho. Quer melhor atestado de
damofilia? Não vejo necessidade de andar para aí a mostrar que elas estão fascinadas por mim!
O porreirismo, o ser da borga, o ter apetência pela moda (ser escravo dela, às vezes...), o pavonear constante pelas futilidades mediáticas cor-de-rosa é uma arma de dois gumes...

Receito-lhe para leitura imediata o livro «Arte de Bem Cavalgar Em toda a Sela» de um conhecido rei português. O seu marialvismo é um pouco rústico e provinciano, precisa de sofisticação e verniz para ter a credibilidade necessária, evitando dessa forma a confusão ( ou osmose...) com o perigoso e truculento cafagestismo!
E muito cuidado: os terrenos da bola andam muito movediços, pode caír nalgum poço sem fundo... quem o avisa amigo é. Eu sei muita coisa... Eles (e elas...) andam por aí numa fúria danada...

3 - Pedro P. Coelho -

Excelente «sub-21» mas ainda muito verde para a selecção nacional A. Boa técnica, voluntarismo q.b., sentido táctico, boa noção estratégica, boa penetração em certas franjas, mas ainda sem aquela frieza que define os veros craques, sem o instinto matador, dentro da grande-área da política.
Enfim, na bolsa de valores uma acção com grande margem de progressão, elevado potencial de crescimento, mas, como todas as tecnológicas, altamente volátil...

Será uma boa lebre de Manuela Ferreira Leite!

4- Patinha Antão

Vai ser penalizado na bolsa de valores por que é demasiado sério, não especula de forma gratuita, sobre ele não circulam muitos «rumores» (que são a base das subidas ...). Moralmente bom, mas o mercado é volátil, não gratifica a boa moral, antes a penaliza...
Com uma maior e mais cuidada exposição mediática seria o vencedor. É um piloto extraordinário mas com o Fiat Uno actual não pode ir longe. Se tivesse um ferrari mediático, altos voos faria pois tem aptidões naturais fora do comum.
Corre o risco de passar sempre ao lado de uma grande carreira.
Leia o «Monte dos Vendavais», pois o PSD é um anticiclone digno de estudo profundo por um bom meteorologista com outras valências analíticas, como é óbvio.

NOTA FINAL: Isto está sujeito a oscilações e não é totalmente fiável havendo uma margem de risco muito grande. Sei que, a condição coeteris paribus, implica que se houver uma alteração abrupta nos parâmetros vigentes (v.g. entrada em cena de uma Cunha Vaz qualquer...) a classificação final dos desfilantes pode ser outra. Mas o actual painel não deverá ser muito diferente deste. No actual contexto, na actual correlação de forças, sublinho.

sexta-feira, abril 25, 2008

Ao Senhor do Cravo Vermelho...

«Pela primeira vez, rouxinol, ouço uma oração digna de me fazer meditar!»




Senhor do Cravo Vermelho, bem sabes que a minha fé não é cega, não é ingénua como a das criancinhas, foste tu que me ensinaste a dúvida, a ser prudente. Por isso, ao aprofundar a minha fé, tenho que Te perguntar:

Ao ver a procissão do Senhor de Abril, alguns com a mão no peito, sempre tão devotos, tão seráficos, tão «ungidos», eu pergunto se não será uma forma de compensarem os seus pecados anti-democracia, anti-verdade, anti-justiça?

Serão os novos «Zelotas», os novos «fariseus» do templo de Abril?

Democratas não praticantes, mas sempre com a palavra «democracia», entre os dentes, serão estes os «eleitos» por Ti, Senhor do Cravo Vermelho?

Senhor, bem sabes que te respeito mas nunca pedi que me «ungisses», é contra os meus princípios, seria como que entrar para uma «máfia dos cravos», com os seus «irmãos» fazendo conclaves para conspiração secreta...

Sou pela transparência, pela frontalidade, não pactuo com as «cunhas»...

Será que ao prometeres milagres mil: o da justiça para todos, o da liberdade de expressão para todos, o da igualdade de oportunidades..., tu fizeste também o «milagre da multiplicação das mordomias, dos tachos, dos favores»?!

Às vezes, ao analisar o comportamento de certos autarcas (não só no continente...), protegendo certos «afilhados», não deixo de me interrogar: será que a União Nacional ainda vigora, mas com roupagens floridas, de cravo ao peito? Será?

Senhor do Cravo Vermelho, perdoa-me a ousadia, mas não vês que certos comportamentos levam à perda da fé?

Quero aprofundar a minha fé, Senhor de Abril. Tu, que admites (quiçá patrocinas?) corrupções mil, será que não vês o mal que afecta Portugal?

Até o Senhor de Boliqueime me deixou desiludido, me fez perder a reduzida fé que eu n'Ele depositava.

Senhores, ajudai-me a preservar a minha fé! Fazei com que eu volte a acreditar!

Afinal, ele era tão feroz...

Dizia-se ainda mais feroz do que o outro, o que era o director do hospital psiquiátrico onde estava internado. E queria destroná-lo. Mas afinal, não era lá muito «feroz»...

Havia um hospital psiquiátrico onde os loucos estavam divididos em famílias, não pela natureza das doenças, mas pelos vestuários. Uns eram os vermelhos, outros os laranjas, outros os rosas, etc. Julgavam que o manicómio era um país, mas de facto não era, era apenas um manicómio rectangular junto à praia.

O louco que geria o manicómio era talvez o menos louco. Intimidava os outros dizendo-se feroz.
Até que um belo dia, a família dos troca-tintas (loucos que tinham vergonha da farda alaranjada a lembrar prisioneiros de Guantánamo, passando a usar farda azul) decidiu afrontar o louco que se intitulava primeiro-ministro mas que era apenas o director do manicómio. Chamavam-lhe o «Falcão Faxista», porque corria mais que os outros todos. Diziam: «ele não corre, ele manda fax...»

De facto o «Falcão Faxista» era um louco inteligente, com sentido de oportunidade, amante das novas tecnologias, enfim um craque na plena acepção da palavra. Há-os em todo o lado, até nos manicómios...

Quem foram procurar para o substituír na direcção do manicómio?

«Touro Vigilante», um que se dizia mais feroz ainda que o «Falcão». Mas era apenas garganta. Reuniram-se todos os loucos da família «troca-tintas» para escolher o líder. À partida ele aceitava. Mas queria correr sozinho, não aceitava que outros se considerassem também suficientemente corajosos para a tarefa. Só ele. Era como o nadador que quer ganhar uma competição sendo só ele na piscina.

Enfim, os outros , que não eram tão loucos de todo, exclamaram:

- Que seja louco, aceitamos, agora que seja tão cobarde a ponto de ter medo de outros, da mesma família, isso nunca!

E o «Touro Vigilante» meteu o rabinho entre as pernas, murchou as orelhas e lá foi...

quinta-feira, abril 24, 2008

Em louvor do Padre Luís! em louvor do Papa!

Esta não é a Cleptocracia, mas é muito parecida!...


" Rouxinol, diz por mim, pois eu não posso, que sou o que sou! "






Era um tempo diferente, talvez mais irreverente, mais lúcido. Chamavam-me o «bombardeiro da Av de Roma!», para me enaltecerem em comparação com o outro, o Muller, do Bayern de Munique. Ali, no rinque da Praia das Maças (não no paraíso... mas em Sintra) eu brilhava a grande altura, com aqueles «bicos » certeiros, ao canto da baliza. O Vítor Martins (esse mesmo, que foi do Boavista e do Benfica), olhava-me respeito... e medo, tal era o vigor da minha actuação, uma técnica apurada amparada por um poder de remate fulminante.
Jogava o padre Luís, capelão militar, então convidado para dar uns chutos. Jogava também com muita virilidade. «Generosidade» dizia ele com graça.«Cumpro à risca o evangelho, mais vale dar que receber!»
Um dia, depois de uma «cacetada» mais violenta foi expulso. Não reagiu, Veio ter comigo e disse baixinho: «chama-lhe filho da mãe que eu não posso, pois sou o que sou!»
Disse ao árbitro: «o senhor é amante da cleptocracia?» Ele respondeu: «sou, sou, e com muito gosto!»
O padre Luís era um bom homem, não usava aquelas «burkas» como usam alguns padres, para se exibirem, para imporem respeito. Ele ia comer uns caracóis à tasquinha da ti Miquelina, ali ao Lumiar; jogava às cartas, contava umas anedotas sobre freiras à boa maneira do franciscano das misericórdias. Enfim, um tipo fixe.
Há dias encontrei-o em Setúbal. Fomos comer um polvo assado, a uma tasquinha. Recordamos o episódio com prazer. Foi um rir até fartar com a história da «cleptocracia»!
Agora, ao ouvir o discurso do Papa, na ONU, dizendo que é preciso acabar com intervenções unilaterais, achei piada àquele episódio ocorrido na Praia das Maçãs e lembrei-me de falar pelo Papa, de dizer aquilo que ele gostaria de dizer e não pôde dizer. Por ser Papa.
Então aqui vai, agora na qualidade de «porta-voz»:
Vós que sois representantes da humanidade vede a desumanidade que impera por aí: Darfur cada vez mais desamparado, tanto inocente a ser vítima de um bando de loucos (como diria o Jardim, neste caso com plena propriedade), Zimbawe, onde um louco varrido ameaça um banho de sangue por querer eternizar-se no poder, o Iraque é uma loucura total!
E porquê? Por causa da ineficácia da ONU! Vocês são uns incompetentes, uns corruptos, uns palermoides! Os Estados Unidos têm que andar a fazer o papel de polícias do universo quando esse papel deveria caber-vos. Levantem o rabo dessas cadeiras e vejam o que se passa no mundo inteiro.
A ONU deve ir para um museu. Vocês, todos para um asilo. O mundo precisa de sangue novo, alma nova!
Há que criar uma força de intervenção multinacional que actue, que impeça as chacinas que vão imperando por esse mundo infestado de hitlers e de bokassas.
O direito de veto é uma hipocrisia. A Rússia, a China ou a América são antros de violação sistemática de direitos humanos. Se surgir lá um hitler qualquer há que o impedir de prosseguir com a sua loucura planetária.
A globalização é isto mesmo: não a expansão dos imperialismos (mesmo os religiosos), mas sim a assunção de responsabilidades colectivamente, a partilha do risco, a fraternidade universal, a defesa da vida, a defesa dos inocentes perante o arbítrio de loucos varridos.
NOTA FINAL: Padre Luís é nome fictício. Praia das Maçãs existe e é uma linda praia. O «bombardeiro da Av de Roma» é verdadeiro, mas já pendurou as chuteiras. Agora entretém-se a dar uns pontapés no rabo de alguns malandrecos armados em democratas...

O autocarro furou. Entra o «pneu sobressalente»...



Mais me vale dormir uma boa soneca. Tens razão rouxinol!



«Vocês não pensem que me fui embora! Atrás de mim virá quem de mim santo fará!»
Oh Senhor de Boliqueime
Tende compaixão de nós
Do «borguismo» defendei-me
O «duplo», com outra voz!
Oh senhor de Boliqueime
Dai ao menos um sinal:
Do «mal ruim» defendei-me
«Cai a pála»(a)... nacional!
Chamava «adamastorzinho»(1)
À cultura, à lucidez,
Éste é um «gigantezinho»
É tão grande... a pequenês!
Deixai-nos rir, é preciso,
Este não dá omoletes...
O povo já ri, com siso:
Ele só «dá»... santanetes!...
Oh Senhor de Boliqueime
Com este, sempre me ri,
Oh! Bom Senhor, defendei-me
De humor... é um tsunami!
E tu, ó vento que passas,
Sorri também, é preciso:
Um vendaval de chalaças
P'ra ele ganhar juízo!!!
a) Creio que foi em Alvalade, a incúria, a falta de zelo, o desleixo...
1) julgo que o «adamastorzinho» embora não seja populista, nem narciso, é bem melhor em sentido ético, deontológico, e isso é que é preciso!
Nota Final: Respeito a vida pública e o carácter nobre da política. Mas repugna-me a escalada da árvore do poder por meios pouco compatíveis com a seriedade e o rigor que devem ser apanágio dela.
Não sou apoiante de nenhum candidato. Mas não gosto de dormir em serviço!

Ele aí está! A locomotiva de Portugal!




Ela aí esta! a locomotiva de Portugal! A telúrica força viril para ganhar votos mil!
Em sua homenagem, à sua veia histriónica, ao seu carácter indomável, esta poesia que é um hino à juventude espiritual que patenteia! Temos líder!!!
Sou tacanhez volitiva,
Besta, não! Bestial!
Eu sou a locomotiva
Que faz falta a Portugal!
Quasimodo de raiz,
Não sou reles, não sou escória,
Hei-de levar o país
Ao everest da glória!!!
Príncipe, dizem p'rai!
Político sem cartel...
Melhor do que eu nunca vi,
Nem mesmo... Maquiavel!
Insano, louco ou demente,
Dizem que eu sou, eu já sei,
Cubanos do continente:
De vós 'inda serei o rei!
Voto seguro é em mim!
Comigo tenho o povão,
Coroai o rei Jardim
O soba Alberto João!
Comigo a vitória é certa
Nunca perdi na Madeira,
Cubanos! sois gente esperta,
Serei a vossa bandeira!
Respeito as oposições,
E dialogo com todos...
Talentos? Tenho milhões!
E... demagogia, a rodos!
Nota final: Isto é uma humilde poesia, de um humilde servo da gleba, que teve a ousadia de louvar o seu futuro senhor! Todavia, não espero ser recompensado como um Alfredo Keil, pois eu não sou mercenário. Corro por gosto...

Banho de sangue no Zimbawe?

Até onde irá Mugabe? O mundo (e a ONU) de braços cruzados, assistindo ao eclodir da hecatombe!

quarta-feira, abril 23, 2008

«O jeito dela...»


É lindo o arco-íris do Amor!

Reformular a ONU- Tarefa urgente!



Ao aludir a uma certa «unilateralidade» no tocante a intervenções militares no globo, o Papa atacou indirectamente os USA. Eles têm-se assumido como «polícias do universo»com todo o cortejo de atrocidades que isso acarreta. De facto, os USA preferem intervir nos locais onde há abundantes recursos, olvidando, de forma calculista, locais mais pobres...

Casos como DARFUR exigem uma intervenção eficaz, multilateral e desinteressada. É a humanidade que está em causa. É a vida de inocentes sem defesa.
Há que pensar GLOBALMENTE. Será que a voz do Papa continuará isolada, sem que o mundo inteiro de aperceba da urgência desta abordagem?

O pior cego é o que não quer ver...

Respeitar as minorias...


Os massacres são atestados da bestialidade humana. Quantos deles não são norteados por fanatismos religiosos? Quantas vezes, fariseus hipócritas, não estão na base deles?
Em nome de Deus, muito facínora vive à grande, à custa da credulidade popular, à custa de pacóvias subserviências...
Hoje em dia ainda é chão que dá uvas. Uvas políticas até. Indivíduos reles, sem cultura, acobertados pelo manto hipócrita da religião, são capazes de tudo.
Respeito as minorias pois sempre sofri, ao longo da minha vida, por defender minorias. Ataco o poder, globalmente falando, mas quando ele se acoberta na religião, sobretudo, para estender as suas garras maléficas, então, a minha hostilidade redobra! Quantos hipócritas «jardins» há por cá!?
Quanto «cristão-novo» anda por aí, debaixo de pálios, de opa escarlate, rosto seráfico, mão no peito, quando, em tempos não longínquos, fazia gala do agnosticismo?
Não, não sou um crente à moda desses: exibicionista, petulante, fariseu. Não escondo as minhas dúvidas (como o fazia madre Teresa de Calcutá), mas estou aberto ao Senhor. Creio, até certo ponto. Duvido muito, isso duvido, sobretudo dos que exibem muita fé. Fé em excesso...
Agora, ao recordarmos o massacre de 1506 (a «matança da Páscoa»), não posso deixar de me interrogar sobre os malefícios de certo farisaísmo. E também me curvo, respeitosamente, perante os judeus injustamente chacinados, a mando de frades e clérigos fanáticos.
Estive em Moure, aqui há uns anos, quando se dizia que Cristo estava na hóstia consagrada. Fui lá. Entrei a custo. Não vi nada e disse-o em voz alta. Olharam-me de lado. Chamaram-me ateu.
Um padre, cá fora, dizia textualmente: «É Cristo a mostrar o seu desagrado pelos assaltos a igrejas!» «Mas eu não vi nada, senhor padre!», «Porque se calhar é ateu!», replicou ele, furibundo...
Por menos do que isto foram mortos milhares de judeus por que não viram milagre naquilo que era apenas a refracção da luz!
Tive sorte por não ter sido espancado. Mas ainda hoje recordo o olhar de desafio e de troça com que alguns olharam para mim, em Moure, Vila Nova de Famalicão.
Deus, com a Sua infinita misericórdia lhes perdoe. Mas, por vezes, Deus parece dormir...

terça-feira, abril 22, 2008

Finalmente, desabrochou!!!


Eis aqui, na infância, o cientista português Ramo de Barro, que descobriu o início da fecundação humana. Alegrem-se os criacionistas e os evolucionistas, a sua tese não colide com as duas teorias. Gera consenso absoluto!

Às vezes não damos valor ao que temos. Alguém sabe que existe um Damásio, distinto cientista, autor do livro «O erro de Descartes», uma obra-prima da ciência moderna?

Sabem quem é o Ronaldo e o Rui Costa, mas olvidam personalidades ímpares que elevam bem alto o nome de Portugal.

Ramo de Barro é português. Vive no Monte das Oliveiras, sereno e tranquilo, investigando, investigando. Poucos o conhecem. Em pequenino (eis o retrato dado por familiares ), era tanta a vivacidade, a alegria, o espírito de humor, que diziam os seus pais: «vai ser como o Vasco Santana!», que era, por essa altura, o maior «gato fedorento» da época, com um programa na rádio a todos os títulos notável: «a Zezinha e o Lelé!»


Mas a vida, foi-lhe madrasta, foi perseguido e caluniado, vilipendiado no fundo do seu ser. Saíu do país. Refugiou-se no Monte das Oliveiras de onde escreve para o mundo inteiro. Tem um blogue no semanário Sol...

Podem ler a sua última investigação sobre a origem da espécie humana. Um tratado de sexualidade, digno de um sacerdote, de um Teilhard de Chardin. Aliás, o padre jesuíta Pierre Teilhard de Chardin, se tivesse oportunidade de ler esse artigo, não deixaria de sorrir, pois, passados tantos anos, continua a ser uma sumidade universal. E era padre. E jesuíta.

Ler em: sol.sapo.pt/blogs/ramodebarro

Tiro-lhe o meu chapéu. Vasco Santana está aí. Ressuscitou! Os pais do «Lelé» tinham razão!

A fé do PSD

As hostes andam inquietas. Ninguém acredita que Menezes tenha atirado a toalha ao chão. Ele vai «hibernar», talvez uma semana ou duas, e surgirá, com toda a acutilância, para disputar a liderança aos «ousados». Ele já tem no sangue o «vício», ele é um «Jardim», possui a embriaguês do poder, não vai aguentar muito trempo a «síndrome da abstinência»...

O meu «olho clínico» não falha. Ele está aí para as curvas. Ganha apenas um pouco de fôlego, como o nadador de competição.

Todos sentem isso. Sabem que a palvra dele não é hirta como o ferro mas volúvel como o vento, volátil como o amoníaco. Ele é fluido, versátil, pau para toda a colher...

Que fazer então?

É a «salvação nacional», é a ânsia de «restauração» que leva os pesos -pesados a recorrer a Manuela Ferreira Leite. A aposta é ousada. Mas responsável e inteligente.

Ela é o rosto tranquilo e sereno dos sem apetência pelo poder, sem a sofreguidão do mando, sem a angústia de possuír a «síndrome de Bruto»...


Ela tem o «espírito de missão», possui a tarimba caldeada na seriedade e na pedagogia. Não é a fogosidade, não é a fulgurância, não é o dito (dichote?) espirituoso para receber o aplauso das massas inebriadas pelo desbragamento torpe da linguagem (estilo jardinófilos mais acirrados...), enfim, ela é «perigosa» para o estilo de Sócrates.

É a dona de casa a falar ao sentimento, a «avozinha» querida, que todos vão venerar e idolatrar se «levar porrada» do «malandro» aguerrido , mas talentoso orador.

Enfim, ela não é «jardim» bacoco, mas petulante, ela é a cultura, a suavidade, o charme discreto da pedagogia, a geronte que todos irão acarinhar se for «golpeada» pelo «tigre»...

O PSD acertou em cheio. Sócrates verá que tenho razão. Se ela arranjar alguém com estilo sóbrio mas persistente, matreiro mas com seriedade, arguto sem ser arrogante, para liderar o parlamento, a «coisa» vai fiar fino...

Eu, distante e sem camisola partidária, vou assistir de camarote.

O combate promete. Dois estilos quase antagónicos, mas ambos com excelência. Honra lhes seja feita. Portugal merece.

Poesias da Maglotei.

Um templo pleno de encantamento. Veja.

Dúvida, boa conselheira...


A dúvida , às vezes, é bem melhor do que a fé cega! É, é!

segunda-feira, abril 21, 2008

Em honra de um «Homem de Fé»!

Ter capacidade de autocrítica é uma virtude. Quem nunca errou?
Atire a primeira pedra...

Tal como o Papa, eu peço perdão a quem critiquei injustamente. Retractação pura!





O PODER DA ORAÇÃO!


Muito preza a oração
Fez mil promessas até,
Ao Senhor do Bom Dragão
Tem gasto pipas ... de Fé!


Joga em vários tabuleiros
E reparte a devoção:
Ora ao Senhor de Calheiros
Reza ao Senhor da Paixão!


A fé remove montanhas
E não há quem lhe resista:
Obtém vitórias tamanhas
Que... os galos... baixam a crista!


O Senhor do Bom Sucesso
Já lhe mandou o recado:
Vai arquivar-lhe o processo
Chamado... «apito dourado»!


Traficar fruta, ilegal?!!!
Em verdade eu vo-lo digo:
Ponham já em tribunal
Veiga: traficou o Figo!


Ele é um homem de Bem!
Eu errei, eu enganei-me!
Ele 'inda vai a Belém
Tirar... o de Boliqueime!!!

A dúvida, a razão e a fé...



Joteme, o filósofo português que descobriu a teoria jardinocêntrica...


















Hoje em dia, quando há tantos que pregam ter certezas absolutas, usando uma linguagem dogmática tresandando a fundamentalismo pacóvio, não deixa de ser preocupante ver o mundo gerido por ayatolahs idiotas, elevando o dogma ao estatuto de coisa sagrada.



É vê-los nas autarquias, nos governos, até na presidência da República.



Era bom que estudassem um pouco mais, que se cultivassem, que metessem a mão na consciência e se debrucassem sobre o quão ridículas são certas posturas. Alguns julgam-se de forma narcísica e petulante, uns infalíveis, sem dúvidas, só certezas absolutas. A ambição do ter, em detrimento do ser. Esse sentimento possessivo, obsessivo e patológico, leva alguns a julgarem-se até donos da verdade!



Isso gera Bokassas, Saddams, Bushs e aberrações similares...



Leiam o filósofo Joteme.



Talvez uma nova luz nasça nos espíritos fundamentalistas, retrógrados e petulantes.



Nunca é tarde para aprender. A humildade, às vezes, é mãe de muitas virtudes.

Liberdade condicionada?


A prepotência e o arbítrio mostrando-se sem vergonha!



A Madeira é um jardim rodeado por Neptuno onde Vénus dar um ar da sua graça. Mas nem tudo são rosas. Há espinhos e bem dolorosas. Houve uma ameaça de «bomba» a quem usasse determinados termos. Houve censura prévia? A liberdade é um conceito muito relativo.
Em tempos alguém disse: «Ele que não venha à Madeira dizer o que disse nos Açores!»

Isto, em tom colérico, ameaçador, intimidatório. Será que teve efeitos práticos?

A verdade, nua e crua, é que alguns dirigentes nacionais, aparentemente imunes a pressões, quando lá chegam, vergam, usam reservas mentais, usam linguagem tíbia, de vassalo-para-senhor, ficam-se pelos sorrisos e pelos salamleques. O continente «de cócoras» perante a ilha?
Estou em crer que talvez seja ilusão de ótica. O REI NÃO VAI NU!

Mas às vezes parece!... será mesmo ilusão de óptica?

Ai frontalidade, frontalidade, onde andas tu?

Será mesmo que houve condicionamentos?


Confirme aqui.

Amiguismo ou democracia?





-Diga lá sr Silva, há ou não democracia cá na Madeira?


- Pelo que vi, a democracia é a planta mais viçosa neste jardim. Quem disser que ela não existe é cego ou mal intencionado. Diria mais: democracia assim é um exemplo para o mundo inteiro!!! Há respeito pela oposição, pelos órgãos representativos, enfim, só os maledicentes é que se queixam! Vão queixar-se ao Camões!

A Pega-Benfica. A dor da perda...




A pega «Benfica» fez-me sentir pela primeira vez o que é perder um ente querido...
Devia ter cerca de dez anos. Deram-me uma pega bebé para eu criar. Com todo o carinho fui-a alimentado o melhor que soube e pude até crescer saudável e bonita. Era o meu orgulho.
Pus-lhe o nome «Benfica». Um vizinho tinha um corvo, o «Vicente», em homenagem ao homem que marcara o Pelé de forma sublime. Vicente, o irmão do Matateu, essa glória belenense.
A pega afeiçoara-se-me de tal modo que andava sempre no meu ombro. Dava-lhe grilos e gafanhotos. Mas gostava mais de sopas de pão mergulhado no café com leite. Era uma pega catita, civilizada, sem peneiras. Quando voava para cima do telhado da capela, só de lá saía quando ouvia o meu grito estridente: «Benfica!, Benfica!, Benfica!»
Às vezes ia comigo à tasquinha da D. Carolina, uma velhinha simpática que lhe dava sardinhas fritas. Que petisco!
Tudo numa boa, até que veio o tempo das aulas. Aí sim, ela começou a ter a nostalgia da vida selvagem. Arranjou um companheiro e lá foi... eu fiquei a ver navios...
Às vezes aproximava-se da casa de meus pais, pousava nas cerejeiras e parecia ter vontade de regressar até ao meu braço, mas algo, mais forte, chamava por ela... eu bem gritava: «Benfica!, Benfica!...»
Enfim, perdi um ente querido de uma forma dolorosa. Nunca a quis aprisionar numa gaiola. Parecia-me uma violência para um ente querido. Nunca lhe cortei os voos. Deu no que deu...
Agora, quando vejo o Benfica a voar desesperadamente para bem longe, para o fundo da tabela classificativa, também tenho uma sensação de perda, de tristeza. Mas não tanta como a que me apoquentou aos dez anos. Aquela sensação foi marcante. Jamais a esquecerei.
Mas uma coisa é certa. Eu, quando a via nas cerejeiras, acompanhada pelo seu par, berrava alto, gritava, falava-lhe ao sentimento, enfim, queria ver se ela ressuscitava para mim...
Agora, quando vejo o Chalana, sentado no banco, com ar macambúzio, sem garra, sem chama, sem pundonor, eu pergunto a mim próprio o que eu faria para que a águia voltasse aos seus velhos tempos, quando a paixão e a alegria ainda a faziam vibrar!!!
Que saudades deixou aquele Trapatoni, ou o vibrante Toni,esses , não eram múmias paralíticas, esses berravam, gritavam, chamavam: «Benfica!, Benfica!, Benfica!... volta a ser o que eras!»
Ai Benfica!, Benfica!, regressa, estás perdoada!

domingo, abril 20, 2008

A rã «troca-tintas» estoirou... e o povo riu!

ADIVINHA



Ela quis ser um boi, apenas isso,
Usou o silicone pesporrência,
Abriu, largo, o sorriso bem postiço,
Mas estoirou... no charco da impotência!


Rã ingénua, infantil, Ícaro vil,
Rã vaidosa, pirosa, azul turqueza,
«Troca-tintas», palerma, sem perfil,
Hás-de ser boi, chifrudo, de certeza...


O azul do teu céu te sepultou
No azul deste mar tão deprimente,
Contigo, mais azeda 'inda ficou


A laranja, tão doce, desta gente
Que o estoiro, delirante, festejou,
Farta de «troca-tintas», certamente!

Estou disponível...


Sim, sou eu a única candidata capaz de separar as águas, de pôr «aquilo» direito!
«Desde já manifesto a minha total disponibilidade, o meu perfil é o mais indicado, a minha capacidade de atracção será o leit-motiv ideal para catalizar ambições, incendiar paixões, motivar um eleitorado murcho, abatido pela depressão (económica, social, psíquica) que se abateu sobre os portugueses.
A social-democracia é feminina, é transparente, é a úncia capaz de dar corpo (e alma) a um projecto transversal, despido de pruridos ideológicos, sem tabus, sem roupagens artificiais capazes de ocultarem ideias preconcebidas ou ojectivos inconfessáveis.
Portugal precisa de mim, precisa como de água para beber de alguém dotada de vontade forte, espírito determinado, vontade espartana, para colocar Portugal nos primeiros lugares do ranking europeu. Não, já chega de albanização, já chega de pauperismos doentios e envergonhados, chegou a hora de eu ir à luta, de todas as mulheres se empenharem na defesa deste projecto que seduz, encanta, inebria.
Quer a direita, quer a esquerda (podem ver na imagem...) são semelhantes, nada a distingue, por isso, eu, sem alardes de ideologias ultrapassadas, sem recorrer a lugares-comuns estereotipados, manifesto a minha disponibilidade total para ir à luta e ser a verdadeira candidata, a vencedora, a única com passado limpo, sem rabos de palha (como a imagem o atesta exuberantemente).
Sou limpa, frontal, enfrento a adversidade sem medos, sem pudores, sem hipocrisisas.
Farei todos os possíveis para que a política seja Verdade (nua e crua, como diria o Eça), seja o Caminho (como essa editorial de presença tão significativa), seja a Vida (difícil, bem sei, mas há que a tornar mais fácil para todos...). Recorrerei aos Valores e não pactuarei com interesses. Serei de uma estética exemplar, sem abdicar da ética, da deontologia, do pragmatismo.
Enfim, não que querendo alongar em autoelogios, mas com a autoestima minimamente necessária para caucionar a minha imagem de marca, reitero a minha disponibilidade para ser a líder do PSD. O meu objectivo é mais profundo, mais amplo, mais visionário: pretendo derrotar Sócrates e colocar Portugal no podium da Europa!
Haverá alguém com coragem de me enfrentar?!»
MARIA CORAGEM

Usemos a psicanálise...




Devo dizer que não tenho ambições políticas, não quero ser candidato a nada, move-me apenas e tão só o desejo de fazer pedagogia política, de forma séria e isenta. Daí, a minha postura não alinhada com nenhuma corrente ou padrão estereotipado.
Analisando o comportamento de dr Menezes, o que se passa actualmente, não a sua demissão mas a contestação que sofre, era mais do que previsível: ele usou de forma desusada, deselegante mesmo, o direito à indignação com todos os líderes que o precederam...
Tem agora um comportamento similar, da parte dos que o contestam. Recordam-se do «elitistas, sulistas, liberais«? que até deu para choro convulsivo?
Aí está o seu temperamento emotivo-activo-primário a marcar a sua imagem de marca. Recordam-se de ter dito, com ar quase satisfeito, que se o PSD perdesse a câmara de Lisboa, era Marques Mendes o responsável e não o Dr Negrão?
Isto, esta aparente satisfação pela derrota do grupo em que estava inserido (a fazer lembrar as comemorações de Pinto da Costa aquando da derrota com a Grécia, a ser verdade o que dizem por aí), denota um egocentrismo pouco abonatório, uma ânsia de poder a todo o custo.
Depois, analisemos friamente aquele comportamente de exibicionismo de uma ostentação de mulheres com sorrisos dentífricos, como que a mostrar:«vede como eu sou amado por elas!», como que a fazer uma compensação para o facto de estar com o divórcio iminente. Mecanismo psíquico compensatório. Bem ao estilo de Santana Lopes, uma espécie de «clone» neste particular. Há quem diga que este é um «emplastro» daquele...
Já analisaram bem as figuras patéticas que faz um apresentador de televisão nas revistas cor-de-rosa sempre rodeado de mulheres, sorrindo artifical e desalmadamente, como que a provar:«sou tão feliz entre elas»! é a mesma ostentação pirosa e ridícula de uma machismo forçado, carregado de artificialismo, talvez para compensar alguma frustração sentimental..
As pessoas sisudas têm tendência a forçarem sorrisos para compensarem essa faceta.
Ele surgiu, logo após a vitória («pírrica»?) sobre Marques Mendes, completamente transfigurado. Não, não foi ao Monte Tabor, mas parecia anestesiado, com ar de uma seriedade forçada, lançou às malvas aquele sorriso de orelha a orelha e afivelou a máscara do policamente correcto... Enfim, estratégias, artificialismos, calculismos, faltas de espontaneidade...
Essa artificialidade patenteou-se, de forma exuberante, nas contradições em que era pródigo. Vejamos: disse que desmantelava o Estado em dois meses, para, logo de seguida, afirmar alto e bom som, que se estivesse no governo não fecharia nenhum serviço publico! Ele dizia que iria atacar Sócrates «de manhã, ao meio dia, e à noite», isto na fase populista pré-eleitoral, depois, na fase-prozac, já argumentava na necessidade imperiosa de fazer pactos: educação, justiça, obras públicas, autarquias...
O certo é que rasgou todas as hipóteses de pactos. Ou seja, na próxima campanha eleitoral, o governo, reivindicando êxitos em termos económicos (as reformas, ainda que dolorosoas tiveram sucesso) poderá dizer: « e sem o apoio das oposições, que se limitaram a instrumentalizar arruaceirismos idiotas, de forma destrutiva, irresponsável e anti-patríótica!»
Será isto que Menezes vai levar pela frente: falta de sentido de Estado, incentivo ao arruaceirismo e falta de responsabilidade política.
Os seus críticos, fazendo uso do «direito à indignação» (e não «terrorismo robespierreano» como catalogou de forma infeliz o seu lugar-tenente...) não lhe perdoam o ter sido um camartelo persistente, no derrube, ou tentativa de derrube, dos que o precederam na liderança do PSD...
Agora, surge no horizonte a Dra Manuela Ferreira Leite. Não, não é uma mulher bonita, não tem sex-appeal, não vai fazer jantares com homens para mostrar que tem muita atracção no sexo oposto! Ela tem a noção de quão pirosa é esta postura, ela sabe ser natural e responsável. Ela possui uma aura pedagógica, tem um carisma alicerçado na seriedade, no bom senso, na lisura de processos. Mas, isso será suficiente?
É difícil responder a esta pergunta. Sócrates, apesar dos «casos» da licenciatura, das obras da Covilhã, tem, quer se queira quer não, uma imagem de combatividade, uma capacidade concretizadora acentuada, tem o tratado de Lisboa como um vector assinalável pesando a seu favor, tem, nas reformas, um trunfo de ordem económica (combate ao défice teve o êxito esperado) inquestionável. Enfim, é um «animal político» fogoso, é um combatente da palavra eficaz, clarividente, confiante.Diria mais: um «tigre», não só de papel, mas na selva da política...
Será Manuela Ferreira Leite capaz de o destronar?
Quem praticou judo, como eu, sabe que o ímpeto do adversário é a melhor coisa para o lançar ao tapete. A agressividade excessiva de Sócrates, poderá ser aproveitada por ela, com sobriedade, com muita paciência e certa capacidade vitimizadora (a senhora idosa, educada, não agressiva) poderá colher dividendos.
Só espero que ela não receba o «beijo de Judas» para a condenar à cruz! todos os que o receberam (Mendes e agora Menezes...) foram logo lançados às trevas onde há choro e ranger de dentes...
Esse «beijo» recebeu-o Cadilhe, mas, inteligentemente recusou-o!
Oxalá outros saibam fazer o mesmo, para bem da democracia, para o sucesso de um projecto que não quer ter similitudes com aquela «cloaca imunda»...

Se...


A arma da crítica deve substituír a crítica das armas!
Se...
Te importas mais com as rugas do rosto do que com as da alma...
Dás mais valor ao ter do que ao ser...
O teu conceito de progresso é apenas a tua conta bancária...
Pensas apenas no que a pátria pode fazer por ti e não no que podes fazer por ela...
Quando dás, o fazes com intuitos publicitários e propagandísticos...
Não és capaz de ver para além do que te mostra o olhar...
Entendes que o escrúpulo e a ética estão fora de moda...
Julgas que o teu umbigo é o centro do universo...
Olhas para a justiça como um proxeneta para uma rameira...
Então: te cuida, poderás estar na ponta do chicote da sátira!

sábado, abril 19, 2008

sr Professor Cavaco Silva, desiludiu-me e desiludiu os portugueses do continente!


«Eu se quisesse protagonismo, tinha-o...»
Senhor Presidente da República.
Os meus respeitosos cumprimentos.
Os portugueses esperavam de si que os representasse com aquela erecção espiritual minimamente exigível a quem desempenha as honrosas funções que desempenha.
Mas, face à impotência demonstrada, face à postura curvada e baça, devemos, temos o direito de exibir o nosso sentimento de repulsa.
Como Supremo Magistrado da Nação não deveria abdicar de ser recebido no areópago legislativo (a ARM), não deveria aceitar as desculpas apresentadas («aquilo é um bando de loucos»...) pois essas mesmas desculpas encerram em si mesmas um atentado a um órgão de soberania, uma falta de respeito pelos valores da democracia, um atentado à honra e bom nome de representantes eleitos pelo povo.
Vossa Excelência pactuou, de forma pouco dignificante, com um abuso de autoridade óbvio e lamentável, e, com o seu silêncio, não se demarcou dessa grave ofensa à democracia.
É, por inerência do alto cargo que ocupa, e sendo pago com o dinheiro de todos nós, o representante de todos os portugueses. Mas, de facto, e por lamentável omissão, mais pareceu um turista «estrangeiro» convidado por um tal sr Alberto dono da Quinta da Vigia!
Lamento que a sua postura, tenha ensombrado o perfil democrático que eu e todos os portugueses de boa fé e de recta intenção, julgávamos habitar em si.

Aguiar Branco, o «burguês»!



O Dr Pedro Aguiar Branco, segundo o «iluminado» Jardim, não tem perfil para líder do PSD, por ser «burguês»! Recusa-se a ser seu «padrinho»!
Ora aqui está um tema para escalpelizar em profundidade. Há tempos, o mesmo Dr Jardim acusava os seus opositores na Madeira de serem de «baixa extracção social»! Era num artigo no Primeiro de Janeiro . Fiquei tão indignado que enviei uma carta ao director a perguntar como era possível continuar a dar guarida a tanto dislate... tanta brejeirice, tanta ordinarice...
A origem humilde de um cidadão a ser colocada como estigma, como ferrete, quiçá travão irremediável para a sua ascensão política! Ignóbil, medíocre, intragável!
Agora, dando uma cambalhota a todos os títulos circense, vem acusar um companheiro de partido, um homem sério e honesto, tanto quanto sei, de ser «burguês»! Logo, incapaz de exercer um cargo tão importante ; a lançar-lhe um ignóbil ferrete, a condicionar-lhe o futuro político! Este homem é algo de patológico, tem o condão de mexer com a dignidade das pessoas da forma mais aviltante, ele é um símbolo da putrefação moral que impera nalgumas franjas do PSD.
Menezes, ao elegê-lo como paradigma moral, enterrou-se ainda mais. Será que vai usar a mesma táctica de se demitir para de imediato voltar a concorrer, recorrendo às «carpideiras encartadas» que vão fazer aquela «vaga de fundo» para exigir o retorno do «imprescindivel»?
Isso teve êxito na Madeira. Será que também terá no Continente?
Lá diz o povo: tal padrinho, tal afilhado!!!

Cinco estrelas!


No Hospital S. Pedro Pescador, na Póvoa de Varzim, a eficiência e a simpatia de mãos dadas...
Já foi há alguns dias. Tive necessidade de acompanhar um familiar, à noite, à urgência do Hospital da Póvoa d e Varzim. A situação parecia complicada. A resposta dada foi acima das expectativas.
De uma simpatia a toda a prova, quer na recepção, quer no interior do serviço de urgência, um médico de elevada estatura, com sotaque, foi inexcedível nas atenções. O pessoal de enfermagem, cinco estrelas! Os elementos auxiliares de diagnóstico colhidos na hora e a atenção permanente foram sem dúvida a causa directa da recuperação.
Quando há tanta gente a dizer mal da saúde e dos hospitais públicos (porventura com razão...) não posso deixar de prestar a minha homenagem a estes profissionais da saúde que, com zelo e competência, deram o melhor de si para solução de um caso difícil.
Como diria o prof Marcelo Rebelo de Sousa, numa classificação de 0 a 20, um dezanove é justo!

Será que «Deus» também sonha?!


«Deus», nos braços de Morfeu!...
"Neste país de medíocres eu sou um génio, uma sumidade, uma excepção à regra da tonteria colectiva. Enfim, nasci aqui neste manicómio flutuante, onde impera um regime feito à medida da minha dimensão humana, à altura dos meus pergaminhos, mas ainda não totalmente à altura das minhas secretas ambições...
Sim, porque isto de «democracia» já deu o que tinha a dar. Em todo o lado. Não há ponta por onde se lhe pegue. Não vale a pena inventar desculpas: agora a constituição, depois a autonomia, enfim, o regime democrático na sua essência falhou...
Há que dizer a verdade ao povo. Ele não ordena nada nem nunca ordenou. Era tudo hipocrisia. Era tudo farsa. O poder vem de Deus. Logo, de mim. Logo tenho toda a legitimidade para fazer o que me der na real gana ...
Não distantes virão os dias em que serei o todo poderoso presidente da R.A.M. (República Autocrática da Madeira). Sem oposições, sem parlamentos, sem tonterias de loucos arvorados em democratas...
A primeira autocracia assumida em pleno. Há tantas falsas democracias, por que não criar uma autocracia? Assumida de corpo inteiro! e, se possível, sufragada pelo voto popular!
O poder sou eu. Sufragar o poder é uma redundância, uma questão falsa.
Ai como o mundo vai delirar com a minha originalidade. Uma autocracia sufragada pelo voto popular! Sim, um regime honesto, que não mente às pessoas, que assume a qualidade intrínseca de um ditador (bom ditador, entenda-se), para satisfazer as aspirações da plebe. Enfim, Deus é quem mais ordena! finalmente, a teocracia por que ambicionava!..."
O pano cai. O «Deus» acorda e... Cavaco Silva bate-lhe palmas que nem um «tolinho»!...

sexta-feira, abril 18, 2008

Ai Porto Santo, Porto Santo!...



Será que na paradisíaca ilha de Porto Santo (arquipélago da Madeira) ainda mora, nua, esplendorosa e transparente, a portugalidade?!
Temos que compreender que o venerando chefe de Estado, talvez fruto da sua avançada idade, cometa algumas gaffes; mas não podemos tolerar que haja omissões e atitudes de reserva que mais se assemelham a cobardia do que a prudência....
Ele disse que há um «sentimento inquebrantável entre portugueses e madeirenses». Ora a Madeira é um arquipélado. Será que os portosantenses são madeirenses ou portugueses?
A dúvida, pertinente, face ao conteúdo das afirmações citadas, fica a pairar. Era bom que os portosantenses dissessem de sua justiça de que lado estão...
A minha tolerância é imensa mas o meu patriotismo interroga-se se não poderá haver aproveitamentos separatistas por causa dessa infeliz intervenção do chefe de Estado.
Era bom que ele a corrigisse enquanto é tempo. Era bom que fizesse referência às infelizes afirmações do seu «homólogo» madeirense no que concerne a certa «loucura» inerente aos membros da oposição na ARM. Por que há silêncios que fazem ruídos ensurdecedores, sobretudo nas consciências... Há omissões que fedem a tibieza!
Aqui vai o meu modesto contributo para a necessária clarificação...
AI PORTO SANTO , PORTO SANTO...
O MEU AMOR POR TI É INQUEBRATÁVEL...
Madeirenses, portugueses,
Naturais de Porto Santo,
O desejo inFLAMA às vezes,
O que achais do Luso Canto?!
Portosantenses dizei
Com vigor, com veemência,
Se gostais da lusa-grei
Ou quereis a independência?
Sede honestos e frontais
Falai bem alto, e de pé!
Dizei se a pátria 'inda amais
Ou ... vos inFLAMA outra fé?!
A Pátria não é miragem
No deserto cultural
Há que assumir com coragem
O que é p'ra vós Portugal?!

Será a «loucura» oralmente transmissível?!

Antóno Borges, com a sua postura desassombrada, será mais um «louco»?!


A comunidade científica anda a estudar a possibilidade de a loucura ser transmissível por via mediática. No centro do furacão está o sempre polémico AJJ. Etiquetou de «loucos» todos os deputados madeirenses não afectos à situação. Alcunhou de «louco» o dr Aguiar Branco por ter tido a coragem de dizer meia dúzia de coisas que toda a gente de bom senso e de mente sã sabe e aceita de boa mente.

Mas, para AJJ quem não for pelo seu diapasão é «louco». E propaga-o urbi et orbi através de uma comunicação social servil, sedenta de espectáculo, delirantemente abjecta.

Ao ouvir a entrevista de António Borges a Judite de Sousa - serena, lúcida, acutilante, na minha modesta óptica - pensei cá com os meus botões: «aqui está mais um louco, na perspectiva do Sr Alberto!»

E não me enganei muito. Talvez resultante de algum contacto telefónico (não se sabe mas é muito provável... quiçá oriundo da tal região autónima) surgiu a «bomba»!

Enfim, o tal que não saía nem à lei da bomba, saíu à lei de uma mega-entrevista, onde a lucidez argumentativa imperou, onde a ironia foi plasmando um discurso pleno de objectividade.

Será que AJJ se vai demitir também? Claro que não. Esse não há bomba que o retire da rocha governamental, qual lapa imorredoira, incapaz de se ver na pele do cidadão comum. Ele julga-se «imprescindível», ele tem-se na conta de «pai da pátria» local...

Enfim, o cenário dantesco que as condições meteorológicas anunciavam extravasou e foi lançar fortes ventosidades para o interior do PSD . Os nimboestratos, os cumulonimbos, os estratocúmulos deram as mãos e, desaguaram de forma pouco habitual no interior de um partido com telhados de vidro, mas que, de há uns tempos a esta parte, tem tido paredes e até alicerces envidraçados...

Para quando o senhor Alberto será capaz de diagnosticar em si próprio o mal que tão zeloza e frequentemente detecta (diagnostica) nos outros?

quinta-feira, abril 17, 2008

Ai Jorge Amado, Jorge Amado!!!

Nem imaginas como fazes falta!!!




Foi meu companheiro de adolescência, posso dizê-lo, pois ao ler os seus romances, sentia o seu fulgor, a sua genialidade, a sua sátira tão certeira, como se fosse eu próprio a protagonizar aquelas cenas tão imbuídas de comicidade. Jubiabá, Capitães da Areia, Gabriela Cravo e Canela, sei lá, era toda uma cachoeira de talento caindo sobre a minha cabeça ávida de cultura e de boa literatura.

Figuras como Sinhozinho Malta, Odorico Paraguaçu ainda fazem lembrar esse «monstro» de comicidade que brilha na Pérola do Atlântico. Temos que nos render ao seu talento histriónico, à sua brejeirice, às vezes reles, mas cheia de originalidades.

Contaram-me que durante a visita do prof. Cavaco (não, não posso dizer P.R., pois ele conseguiu «despir-lhe » as vestes institucionais e reduziu-o à sua condição de «sr Silva»... ao arranjar um estratagema para não o levar à Assembleia Regional, órgão mais representativo), dois casos deram azo a contagiante hilariedade.

É sabido que ele faz gala de conhecer toda a gente: os donos da casa, a filharada, a empregada doméstica, até, nalguns caos, os animais domésticos...

Cientes disso, ouçamos este diálogo, supostamente travado algures, na Ilha:

_ Então Sr Manel das Chancas como vai a sua senhora?
__ Vai bem senhor presidente!... está cheia de saúde, até já foi ao boi!...

Como se depreende, o Sr Manuel das Chancas , um pouco surdo, confundiu «senhora» com «Pastora», a vaca que esteve quase a bater a bota e que um amigo veterinário conseguiu salvar in extremis...

É claro que a hilariedade foi geral. Todos riram menos o Sr Manuel das Chancas, como é óbvio...

Outro caso, passou-se com o Ti Francisco Galante, um pescador reformado. Resumindo o diálogo:

__ Então Ti Francisco, como vai a sua netinha?

__ Ai senhor presidente, vai bem, obrigado, só temos que ter muito cuidado com os carrapatos, anda para aí uma praga!...

Referia-se, o também um pouco surdo Ti Manel Galante, à sua cadela pastora alemã, a «Pretinha» que era como se fosse da família...

Postura de líder...


Ter a humildade e a coragem de pedir perdão às vítimas da pedofilia nos USA, em nome da Igreja Católica, foi um acto que define um verdadeiro líder espiritual.
Foi gratificante assistir à postura do papa Bento XVI no tocante aos actos de pedofilia que ensombrara a IC nos Estados Unidos. Ele assumiu a responsabilidade pelos desmandos praticados pelos pastores. Ele arcou sobre si a carga negativa daqueles actos hediondos.
Não seria oportuno analisar as causas profundas dessa patologia?
De mãos dadas com a ciência era bom que se debruçasse sobre o tema sexualidade. Não será esse «desvio» fruto do celibato? Não terão direito a uma sexualidade sadia e natural os padres e freiras?
Os apóstolos eram casados. Porquê condenar estes agentes da fé a uma situação contra-natura?
Julgo que as freiras também têm direito a fruír uma sexualidade sadia e salutar. Não haverá para aí algumas Marianas Alcoforado, cheias de afectividade, imbuídas de espírito de missão, capazes de serem ainda mais cheias de amor, mais dedicadas, mais efusivas no seu múnus se pudessem dar vazão à líbido? A ciência, certamente melhor do que eu, explicará a Bento XVI as vantagens dessa metamorfose. Deus aprova tudo o que é natural. Deus não é contra-natura.
Era bom que o papa se aconselhasse mesmo fora do círculo restrito de uma gerontocracia pouco dada à análise da realidade envolvente. Era bom que o papa fosse ao cerne da questão.
Como heterossexual não me repugnaria casar com uma freira, mesmo não possuindo os requisitos fisiológicos de uma «vamp», mas apenas tendo capacidade afectiva, sensibilidade, espiritualidade, voluntarismo. Ser mulher é isso tudo. Levá-las ao céu (no sentido metafórico do termo) é um imperativo categórico. Logo, a libertação do jugo celibatário, poderá fazer fruír ainda mais o jardim das potencialidades criativas e desabrochar todo um potencial oculto.
Era bom que o papa libertasse de um celibato ancestral seres que têm direito à plenitude. Sei que este parecer é secundado pelos ex-padres casados que poderiam ser de novo aproveitados para o múnus sacerdotal. Eles são também uma força poderosa dentro da Igreja. Ventos de mudança estão no horizonte. Para bem longe a praga da pedofilia. A própria homossexualidade não será um «desvio» forçado pelo celibato?
Creio bem que este papa irá dar-me razão. Fiquei-lhe muito grato por ter correspondido ao meu apelo em considerar como prática pecaminosa o atentado ao meio ambiente e fenómenos similares. Julgo que compreenderá este apelo que é secundado pela grande maioria dos católicos bem formados, respeitadores dos valores da ciência e de uma moral sadia.

quarta-feira, abril 16, 2008

Darfur!!!... Até quando?!!!


Até quando a sociedade civilizada irá permitir este genocídio hediondo, esta cobardia soez, este calvário sem nome?
Olhando p'ra Darfur vejo impotência
Fria incapacidade p'ra mudar;
Será que a humanidade abriu falência?
Não devemos, jamais, braços cruzar!
É preciso gritar, nunca omitir,
Este vil genocídio que fulmina
Tanta gente inocente a sucumbir
Ao terror, ao opróbrio e à chacina!
Há quem queira manter, eternizar,
Este conflito horrendo. Com que fim?!
Armamento vender, drogas escoar...
Pactuar com silêncios, é bem ruim,
É consentir, é não erradicar
Este bestial, bélico festim...

O discurso clarividente de Angela Merkel...


(foto extraída do blog: «impressões de um boticário de província...»
A eloquência de um discurso de uma Estadista...
«Eu sei que eles poderiam ser mais generosos e mais consistentes, satisfazendo assim os sonhos de todos os europeus em geral e de todos os alemães em especial; mas não são e temos que ser realistas e conscientes de que, por vezes , mesmo sendo pequenos, de reduzida dimensão, uma boa aplicação e uma criteriosa observação das suas potencialidades intrínsecas, pode dar maior satisfação. É esse o segredo, nem sempre grandes e volumosos, é preciso a consistência...
Que essa satisfação seja o mais ampla possível, contemplando todos, com total transparência, de forma a não haver motivos de reparo ou disputas eivadas de ciúme doentio, invejas ou ssentimentos.
É preciso que eles sejam olhados como algo de essencial, de fundamental direi mesmo, para a satisfação das necessidades da grande maioria dos europeus e não, como nalguns países se verificou (Portugal, infelizmente foi um deles...) para satisfação da cupidez, da volúpia de uma minoria sempre agarrada à mama estatal...
Refiro-me, como é óbvio, aos fundos comunitários...

terça-feira, abril 15, 2008

Conversa com Jesus...


Jesus está descontente com a humanidade e com a própria Igreja Católica Apostólica Romana...
Estava em meditação transcendental e, de repente, surgiu-me Ele, envolto em túnica escura, mais parecendo um pescador preparado para ir ao mar, rosto tisnado pelo sol, ar preocupado...
E começou a falar assim:
- O mal dos nossos tempos, caro rouxinol, é o império do vil metal. Controla tudo, a ele todos se vergam...
- Eu sei bem, Mestre, todos somos levados a isso, esta sociedade mercantilista faz um preço para tudo...
- Mas há que corrigir este trajecto. A própria Igreja tem embarcado nele, com resultados catastróficos...
-Como assim?!
- Olha, esta proliferação de Senhores (Senhor dos Aflitos, do Bom Conselho, dos Bem Guiados, dos Mal-Guiados, etc...) mais parece aquele conjunto de heterónimos do Fernando Pessoa. Há um aproveitamento abusivo da imagem de Jesus para fins comerciais, mercantilistas. A minha Mãe, a Virgem Maria , também está a ser comercializada pela Igreja de forma escandalosa: Senhora do Ó, Senhora do Amparo, Senhora da Saúde, Senhora das Dores, Senhora de Lurdes, de Fátima, de Caravaggio, eu sei lá... isto tem que ter fim, senão é o descrédito total...
- Mestre, eu nunca tinha reparado nisso, mas tendes razão. Por que será?
- Olha rouxinol, disse Ele cofiando a barba com ar de preocupação , desde os tempos de Lutero que tem havido uma consciencialização cada vez maior desta apetência da Igreja: dinheiro por contrapartida de indulgências, bênçãos, promessas de vária ordem...
- Mas sois por Martinho Lutero? Ele revoltou-se...
- Eu estou revoltado. Ele tinha toda a razão. Agora estamos a caminhar na mesma senda. Olha para o aproveitamento político da Igreja feito por alguns políticos aí de Portugal: Jardim, Fátima Felgueiras, isto é o descrédito total! O ir a Fátima muitas vezes não vai dar santidade nenhuma às pessoas. Os actos é que são o espelho dessa santidade. O resto são tretas!
- Jesus, Vós sois adepto da Teoria Behaviourista, estou vendo...
- Não, não é isso. É ridículo pensar-se que ir a Meca ou a Lurdes ou a Jesusalém ou a Caravaggio, vai mudar o estatuto das pessoas. Por trás de muitas peregrinações há um comércio desenfreado, uma cobiça por dinheiro que faz sofrer toda a gente de bom senso, e até Eu não me sinto bem com esta exploração...O turismo religioso é a causa das guerras sucessivas no Médio Oriente. Com este fanatismo doentio, a religião é um «ouro negro»...
-Mas, sois contra as peregrinações?
- Não por elas em si. Sou contra excessos. Sou contra exploração da credulidade das gentes. Sou pela simplicidade, pela prática de bons actos e não pela exibição ridícula de estados de alma: procissões faustosas, dourados nas indumentárias e nas ornamentações dos templos, fausto e magnificência estultas... sermões e missas cantadas, folclore e mais folclore, só para encher o olho ao papalvo, para exibir sinais exteriores de fé, num farisaísmo que tresanda... parecem os fariseus do meu tempo lá na Galileia...
- Mas temos que coexistir com eles,não é Mestre?
- Infelizmente sim. Mas eles são os vendilhões do templo: querem vender imagem de políticos, querem fazer-se notados com as suas benemerências ostentatórias para colherem dividendos de diversa índole... Tantos que vemos irem a Fátima e a chamarem a comunicação social para tirar fotos para depois divulgar junto da populaça, estilo «olha fulano de tal, tão bom, tão crente, tão temente a Deus», mas na prática, sendo os facínoras mais cruéis, as criaturas mais demoníacas...
- Estais a referir-Vos a quem?
-A ninguém em concreto, mas a muita gente, de facto. Vós todos os conheceis. Servem-se da religião para se promoverem politicamente, desportivamente, socialmente. Acho aberrantes esses comportamentos ostentatórios... são os Frei Tomás!
-Mas o mundo está cheio de homens de fé externa. Será que também não concordais com a feitura da Basílica em Fátima?
- Para quê? Mais uma obra faraónica para mostrar o poder económico de uma religião que atrai multidões. Há tantas carências por aí. Há tanta gente a precisar de amparo. Tanta miséria, às vezes envergonhada, tanto doente a precisar de apoios, tantas mortes em África, na Ásia, sei lá, a Igreja devia fazer uma profunda autocrítica sob pena de se afundar ainda mais... Até o problema do controlo da natalidade é importantíssimo. Com a delapidação de recursos naturais, há que conter esta expansão demográfica galopante que conduz a mais fome, a mais miséria, a mais desumanidade!
-Que achais do nosso Papa, Bento XVI, uma sumidade em termos doutrinários!...
- Coitado, ele é mais vítima das circunstâncias. Está rodeado de gente preconceituosa, de gente sem uma visão estratégica, sei lá, se ele fosse seguir os meus pensamentos eram capazes de o crucificarem com termos como: «radical», «revolucionário», «utópico»... Hoje em dia, quem não alinhar pelo diapasão reinante (as modas são terríveis, são jugos, são grilhões, são algemas...) é logo lançado às trevas... Se daqui a cem anos forem observar o que este papa pensa, o que ele diz, os conceitos de moral que ele apregoa, hão-de rir-se concerteza!...
-E que achais dos árabes? Estão no bom caminho?
-Coitados, esses estão em termos evolutivos na treva mais densa e no subdesenvolvimento moral mais retrógrado. Tenho pena deles...
-- Que propondes, Divino Mestre, para alterar o «status quo»?
-Olha rouxinol, tu que és tão original nos teus conceitos, na tua abordagem das temáticas morais e religiosas, dá uma resposta por mim. Alivia o calvário de toda esta gente martirizada por preconceitos, escravizada por padrões retrógrados, conduzida por políticos aldrabões e oportunistas que se aproveitam da boa fé de alguns párocos e da ingenuidade das populações para se deleitarem e até gozarem com a situação. Isto é o pauperismo moral e ético mais degradante. Isto é o subdesenvolvimento em todos os parâmetros.

Por favor, rouxinol, sê, à tua maneira ,um apóstolo da nova era, expulsa com o chicote da tua sátira, os vendilhões da política, da religião, da cultura... eu confio em ti.

domingo, abril 13, 2008

Bokassa, o insultador-mor do reino!...




- Ó rouxinol, tu trazes para aqui cada alimária!
-Nós os animais, devemos respeito mútuo!
Apertou o nó da gravata, tossiu ligeiramente, olhou em redor com ar imperial, e começou a ler o discurso. A seu lado, Cavaco aguardava a vez de botar faladura...
Desta vez era em quadras populares, para ser melhor compreendido pelo povo.
E falou assim:
Quero massagens ao ego
E discurso de louvor,
Senão, alguém eu encarrego
De vos chamar estupor!
A mim ninguém me dá tanga
E disso ficai cientes
Posso gritar: «Ipiranga!»
Ser um novo Tiradentes!
Perante mim, só vergados,
E co'a maozinha no peito,
Discursos bem engraxados
Os louros com que me enfeito!
Sou Bokassa, sim senhor,
E sempre assim serei,
E até o Silva, senhor,
Trará incenso pra mim!
Ai de quem me criticar
Ou disser pequeno mal,
De vergonha vai corar
Com «maricas» vai gramar!
Vossos discuros vou ler
Exijo prévia censura
Quando não, Bokassa tem,
Um acesso de loucura!
Sou pastor deste rebanho
Dócil e disciplinado
Só assim eu tenho ganho
E mantido o meu reinado.
Chamam-me Soba, sei bem,
Sou Soba, digo e repito,
Exijo a todos Amém!
Mas, críticos não admito!
Todos quero a lamber botas
Padres, juizes, jornais,
Sou eu quem despacha as notas,
Só eu... dou milho aos pardais!
Por isso, exijo respeito,
Todos a lamber-me o rabo,
E quem não me prestar preito,
Mando-o logo pró «Diabo»!
O «Diabo» tem mesuras
Comigo ao colo sempre anda,
Pago-lhe as vis sinecuras
Pra me fazer propaganda!
Sei insultar com rudeza
E gosto de amesquinhar
É condão da realeza
Co'o povo... sempre reinar!
Cavaco ouviu, meteu o papelinho do discurso ao bolso e replicou de improviso:
Tudo voa, tudo passa,
É da humana condição,
Só não voa este Bokassa
Desumano e charlatão!
Aqui, na Bokassolândia, todos lhe lambem o cu, quem o não fizer, ou anda roto ou anda nu.
Mas eu não vergo, não lambo, nem faço massagens. Incenso também não touxe comigo, tenho gasto muito com o povo do continente, esse povo sacrificado que paga uma elevada carga fiscal para que este Bokassa o delapide com mordomias ao «Diabo» e aos diabos que o carregam.
Por isso, caro Soba Bokassa, trouxe apenas uma condecoração, o protocolo obriga-me a fazê-lo.
Merece-a, sem dúvida. É um acto de elementar justiça.
Perante o pasmo de todos os presentes, nunca se vira discurso igual em dezenas de anos na Bokassolândia, colocou ao pescoço do soba uma faixa negra onde se podia ler:
BOKASSA, O INSULTADOR-MOR DO REINO!
O Soba, estupefacto, não aguentou o desaforo e sucumbiu...