As hostes andam inquietas. Ninguém acredita que Menezes tenha atirado a toalha ao chão. Ele vai «hibernar», talvez uma semana ou duas, e surgirá, com toda a acutilância, para disputar a liderança aos «ousados». Ele já tem no sangue o «vício», ele é um «Jardim», possui a embriaguês do poder, não vai aguentar muito trempo a «síndrome da abstinência»...
O meu «olho clínico» não falha. Ele está aí para as curvas. Ganha apenas um pouco de fôlego, como o nadador de competição.
Todos sentem isso. Sabem que a palvra dele não é hirta como o ferro mas volúvel como o vento, volátil como o amoníaco. Ele é fluido, versátil, pau para toda a colher...
Que fazer então?
É a «salvação nacional», é a ânsia de «restauração» que leva os pesos -pesados a recorrer a Manuela Ferreira Leite. A aposta é ousada. Mas responsável e inteligente.
Ela é o rosto tranquilo e sereno dos sem apetência pelo poder, sem a sofreguidão do mando, sem a angústia de possuír a «síndrome de Bruto»...
Ela tem o «espírito de missão», possui a tarimba caldeada na seriedade e na pedagogia. Não é a fogosidade, não é a fulgurância, não é o dito (dichote?) espirituoso para receber o aplauso das massas inebriadas pelo desbragamento torpe da linguagem (estilo jardinófilos mais acirrados...), enfim, ela é «perigosa» para o estilo de Sócrates.
É a dona de casa a falar ao sentimento, a «avozinha» querida, que todos vão venerar e idolatrar se «levar porrada» do «malandro» aguerrido , mas talentoso orador.
Enfim, ela não é «jardim» bacoco, mas petulante, ela é a cultura, a suavidade, o charme discreto da pedagogia, a geronte que todos irão acarinhar se for «golpeada» pelo «tigre»...
O PSD acertou em cheio. Sócrates verá que tenho razão. Se ela arranjar alguém com estilo sóbrio mas persistente, matreiro mas com seriedade, arguto sem ser arrogante, para liderar o parlamento, a «coisa» vai fiar fino...
Eu, distante e sem camisola partidária, vou assistir de camarote.
O combate promete. Dois estilos quase antagónicos, mas ambos com excelência. Honra lhes seja feita. Portugal merece.
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