quinta-feira, dezembro 30, 2010

GATO E BOFE...




Foi uma desilusão!
Um desastre!
Uma derrota demasiado pesada!
Quem tinha razão encolheu-se, não ripostou e, de cenho carregado e garras afiadas, o gato esfaimado comeu o bofe em duas penadas!
Santo Deus!
Como foi possível tanta ingenuidade, tanto formalismo, tanta ausência de elasticidade mental!
Coloquei-me no lugar do bofe, convicto de que seria o gato! que iria devorar tudo em duas penadas!
Enganei-me redondamente!
Então aquela do «permitiu que um boato circulasse durante a campanha eleitoral, nunca o tendo desmentido... isso foi uma deslealdade!»
Réplica agressiva e com ar vitimizador: «então está lá tudo no site, vá à internet!!!»
Calou-se e não ripostou como se impunha. Era lógico que replicasse de imediato: «O senhor foi tão desleal que até gozou com o povo português na pseudo-comunicação esclarecedora; conseguiu um consenso de repúdio face à ausencia de conteúdo do discurso! o senhor ainda hoje não disse ao povo português quem foi o responsável pelo boato. De duas uma: ou foi o senhor, ou o seu assessor! não me consta que o jornalista José Manuel Fernandes inventasse tudo aquilo!»
«E, mais tarde, aquela alusão aos assessores que lhe disseram para falar, falar... e nada dizer! Aquilo foi um atestado de menoridade mental passado à comunicação social, e uma ofensa à inteligência de todo um povo sedendo de esclarecimentos fidedignos! Cobardia atroz!»
Durante a campanha eleitoral impunha-se uma palavra de esclarecimento, não depois. Mas calou-se e deixou circular livremente o boato, e ficou contemplando os efeitos devastadores do incêndio, tal qual um conhecido imperador romano o fez perante Roma incendiada!
O assessor não foi sancionado, houve apenas uma ligeira deslocalizção para inglês ver, talvez fruto de um murro na mesa dado por Pacheco Pereira a quem causou náusea tão deprimente espectáculo!
Eu, no lugar de Alegre, tinha cilindrado o gato. Mas o gato ainda anda por aí, com truques escondidos, e com o rabo da pesporrência bem de fora!...

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Alegre, um desafio desigual...


Alegre e Cavaco um desafio desequilibrado. O poeta ao conseguir obter o apoio de dois partidos( um o do poder, o outro, um dos da oposição...) deixou de poder ser livre. Deixou de poder ser poeta, na mensagem. Deixou-se algemar pelo politicamente correcto, pela conciliação dos contrarios, pela ambiguidade. Vai perder ingloriamente. É pena. Podia ter optado por outra via. Podia e devia continuar a ser Poeta.
Entrando no seu espírito, como quem entra num edifício, direi que é este o seu poema:
Minha vida é um dilema
Quero ser oposição
Mas... liguei-me à situação
Na alma tenho ... uma algema!
De coração repartido
Tenho disso consciência
Já sofro de ambivalência
De angústia tenho sofrido...
Censurar o poder, não!
Pois estou comprometido...
Sinto-me tão constrangido
Sem razão, nem coração...
Do povo ser porta-voz
Queria ser em plenitude
Sobrepõe-se outra atitude:
Louvar o poder-algoz!
Já não posso conviver
Com esta duplicidade
Já não tenho liberdade
Poeta não posso ser!
Nota: Manuel Alegre poderá ir a uma segunda volta e até ganhar. Contudo, por coerência com os meus princípios, votarei em Fernando Nobre. Pode perder, mas é livre, cidadão sem compromissos, sem amarras aos poderes instalados. A vera cidadania...

Milagre de Natal





Estes homens uniram-se em prol de um sonho comum: a defesa dos mais desfavorecidos...
Pinto da Costa teve um sonho. Sonhou que era o Barack Obama e estava numa cimeira a discutir a redução dos arsenais nucleares com o seu homólogo russo.A argumentação fluía-lhe natural, espontânea, acutilante. O presidente russo deu-lhe um abraço e até as lágrimas lhe vieram aos olhos.Aquele Barack Obama era irresistível, um predestinado para a política, um justo prémio nobel, pensou ele. De facto, vestindo a pele de Barack Obama, Pinto da Costa (oniricamente falando, claro...) foi rebuscar todo o arsenal argumentativo e retórico de que foi capaz e saíu dali entusiasmado pois a adesão e a empatia foram enormes. O mundo precisava era de paz, de uma economia saudável, de uma mais equitativa distribuição das riquezas, de mais cultura, mais pão e menos ódio...
Acordou a meio do sonho e pareceu-lhe ver ali, na solidão do quarto, as figuras de Luís Filipe Vieira e Eduardo Bettencourt batendo palmas, entusiasmados... propondo um pacto de redução de efectivos em ordem a sanearem as finanças de todos os clubes, dando um exemplo ao país e ao mundo.
Mutatis mutandis propunham a redução drástica dos planteis (vendendo as armas nucleares...) e saneando as contas, sem darem grande importância aos reflexos disso. Seria uma redução equitativa, mantendo o equilíbrio relativo de forças, dando oportunidade aos jogadores de se valorizarem no estrangeiro e abrindo perspectivas para os suplentes...
Era o bom senso a imperar. Era o dealbar de uma nova era no futebol português. Era a austeridade consentida e aceite pacificamente por todos...
Contou o sonho a alguns amigos. Estes passaram palavra. Os presidentes da liga de clubes reuniram-se e deram corpo a todo este projecto pacificador e até tiveram a adesão unânime de todos os candidatos a PR.
Cavaco Silva, eufórico, não deixou de fazer um discurso apologético e disse: «eu sempre previ isto, isto tinha de acontecer, a ruína ameaçava o futebol português, eu já antevia uma situação destas como a única capaz de salvar o futebol nacional; oxalá isto sirva de exemplo para o mundo inteiro!»
Pinto da Costa, comovido, elevou os braços ao céu e disse: «WE CAN! WE CAN!»

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Previsões para 2011...



__Senhor Feliz, o que prevê para 2011?!
__Portugal vai ser contemplado com a eleição de Cavaco Silva para PR. É bem feito. Os portugueses merecem ocastigo. Ele previu tudo, até previu que não era seguro continuar com as suas economias no BPN, pois aquilo estava a começar a afundar-se. Previu que a agricultura se afundaria também pois as PAC a isso conduziriam. Previu que a pesca iria de mal a pior. Previu que a construção civil cairia como que por efeito dominó, pois a política prosseguida a isso conduziria. Ele previu a crise no sector bancário pois os produtos tóxicos eram muitos e a falta de vigilância por parte de quem tinha o dever de supervisão era notória. Ele previu até que a dívida iria criar impacto nos mercados a ponto de estarmos na iminência de recorrer ao FMI.
A WikiLeaks vai surpreender o mundo com bombásticas informações que darão origem a quedas de governos e demissões em empresas de grande dimensão. A própria Igreja Católica será vítima dessa devassa urbi et orbi.
Uma catástrofe planetária irá pôr em xeque a segurança mundial e o ecossistema. As ondas de choque repercutir-se-ão por décadas em vários países do mundo.
Em Portugal será dissolvido o Parlamento e haverá eleições gerais.
No desporto, em Portugal, o doping fará vítimas entre figuras aparentemente insuspeitas...
A economia portuguesa ficará como aquela dama da fotografia: cada vez mais despojada, mais taciturna, mais acabrunhada, cada vez mais anémica, à espera que chegue o príncipe encantado capaz de a revitalizar e conduzir a um estado anímico mais compatível com as aspirações do povo português.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Ele aí está! Carregadinho de prendas...


Em tempos de crise... vai de vespa!!!
A todos os leitores um FELIZ NATAL!

ANA GOMES, mulher de armas!!!



















Será que a verdade vai vir ao de cima?!
Será que o estereotipado «não comento» vai continuar a sonegar aos portugueses, a verdade nua e crua?!



Consta que ela está no vórtice de um furacão que ameaça transformar a campanha eleitoral de Cavaco Silva num autêntico pesadelo.
Os seus papéis foram roubados. Os submarinos estão na berlinda mas também os voos da CIA para Guntánamo.

Já apresentou queixa na PGR contra incertos. Os ladrões devem ser gente de alta influência.A coisa mexe com muita gente importante.
A pergunta que se põe neste momento é esta: o PR, supremo responsável pelas forças armadas, não terá tido uma palavra a dizer nestes dois domínios?!
Alguém acredita que José Sócrates iria tomar a iniciativa, de per si, assumir tamanho risco, sabendo que o PR é o tutor natural dos assuntos envolvendo as Forças Armadas?!
Iria desautorizar o Chefe de Estado num assunto de tal melindre?!
Fazer do chefe supremo das Forças Armadas um mero vaso decorativo? Um contacto prévio impunha-se, antes de uma tomada de decisão de tão grande envergadura!
Se o fez, e este deu luz verde, como é crível que possa ter acontecido, estão ambos no mesmo barco...
Bom era que o país soubesse com frontalidade, se foram dadas essas autorizações, que violam o direito internacional_tal como aconteceu com a famigerada guerra do Iraque__ ou não.
Os portugueses têm direito a saber a verdade pelos representantes eleitos. É triste quando se sabem esses factos por vias externas, tal como acontecia no «tempo-da-outra-senhora»...
Ainda recordo o tempo em que o colunista do DN, Augusto Castro__ contestava frontalmente os factos verídicos da Operação Conakri (golpe protagonizado por Alpoim Calvão e por uma miscelânea de operacionais autorizados e contratados pelo governo português) e chamava paranóico e delirante ao Presidente da República da Guiné .

A «verdade oficial» é tantas vezes, a mentira mais hedionda, a farsa mais despudorada, a mitomania mais demente!!!!

terça-feira, dezembro 21, 2010

Pescador, ao lado esquerdo de Deus?!


Quando a noite se deita, nua e fria,
No manto de areia fronteiro ao mar
Fica triste, saudosa, a meditar,
Em todos os que o mar levou um dia...
Os que pra sempre foram retirados
Aos braços da família, dos vizinhos,
Filhos sem pai, na vida tão sozinhos,
Viúvas, quais cadáveres adiados...
Braços no ar, rogando a Deus clemência
Implorando a Jesus mais protecção
Mas, surdo permanece o mar, mar-cão,
E surda permanece a Providência...
O vento traz lamentos desta gente
Almas peregrinando sobre o mar
Lágrimas permanentes a brotar
O fogo da saudade bem latente...
A noite à beira-mar, melancolia,
Solidão recheada de epopeias
Heroísmos humildes às mãos cheias
No ar a mão de Deus... dia após dia...
Sortilégio do mar, sorte ou azar,
Vida e morte tão próximas, ligadas,
Por teias invisíveis, separadas
Por caprichos do vento... vilão-mar...
Quantas viúvas choram com pesar
Quantos órfãos a noite vai ouvindo
Em pranto convulsivo explodindo
E a noite... sem resposta pra lhes dar!

Oscar Mascarenhas

Li hoje um artigo de Óscar Mascarenhas, no JN, onde faz um ataque ao carácter do professor Cavaco Silva, insinuando dentre outras coisas que é tremeliques e que perante a PIDE foi longe demais, ao apôr o nome da segunda esposa do seu sogro num documento. Diz que era facultativo preencher isso, mas que o fez, talvez com intenção de a denunciar (a ela, segunda esposa do seu sogro...).
Será que o fez com essa intenção? Ou seria a própria PIDE a apôr tal comentário?! Ou foi forçado a fazê-lo após alguma observação do chefe da brigada?! Ver aqui o tal documento...
Não sou advogado de defesa do professor Cavaco, mas cheira-me a cilada. Se era um local de preenchimento facultatico por que o preencheu? Teria intenção de atingir a segunda esposa do seu sogro?!Ou alguém quis aproveitar o contexto?!
Acho que Óscar Mascarenhas talvez tenha cometido um juízo de intenção precipitado. Não sabemos a que título foi feito esse comentário e com que intuitos.Julgá-lo é precipitado e talvez injusto...
Aconteceu comigo uma coisa estranha. Era o primeiro classificado de um curso de pilotos e estava colocado em Luanda, Base Aérea número 9. Os restantes elementos do meu curso (pior classificados) foram colocados no Leste - então Henrique de Carvalho).
Por motivos de foro clinico (problemas hepáticos, úlcera duodenal e taqui-cardia...) fui evacuado para observação e repouso na metrópole. Aproveitei para vender uma moto (de marca Honda) que possuía, a um empregado da messe de oficiais. Pagou-me metade ficando de me pagar o restante quando eu regressasse.
Quando estive em Lisboa depois dos exames normais, em que aparentemente estava tudo OK, fui abordado pelo sargento Condesso, que me convidou para jantar no restaurante Lumiar e me contou uma coisa surpreendente: chegara um segundo relatório clínico, em que era acusado de ser um indivíduo conflituoso e com pendor psicótico, tendo até (segundo esse relatório) entrado em conflito com empregados da messe de oficiais!!!
Fiquei siderado!!! Como era possível aquilo?! O sargento Condesso, pessoa de trato impecável, disse-me mais ou menos isto: é obra de alguém que lhe quer tirar o lugar! Acautele-se...Há muito disto...
Quando fui confrontado com as acusações neguei-as e fiquei surpreendido por me quererem enviar para Moçambique por alegada «inadaptação à Base Aérea Nove!!»
Fiquei indignado! Fiz finca-pé e decidi que ou iria para Luanda e tirar satisfações a quem denegrira a minha imagem daquela forma tão cobarde, ou então não iria para mais lado nenhum!!!
Estive um mês a aguardar uma decisão!!!
Julguei que iria ser recambiado para o Exército ou até ser alvo de punição!
Foi decidido que iria para a OTA. Frequentei ali (com cerca de três dezenas de cadetes) o curso de Técnico de Circulação Aérea e Radar de Tráfego onde viria a obter o primeiro lugar. Fui convidado (pelo então TC Tomás) a ficar ali como instrutor, mas recusei... não simpatizava com ele nem com a sua entourage...
Sofri na pele a minha frontalidade e rebeldia. Não aceitei mudar para outro lugar por alegada violência pois iria pactuar com uma manobra habilidosa que se destinava pura e simplesmente a criar uma vaga para um amigo e desalojar outro...
O empregado da messe nunca mais pagou a metade que me ficou a dever...Alguém o deve ter protegido...
Enfim, no antigo regime havia situações anómalas. Não acredito que o professor Cavaco Silva, se fosse pronunciar sobre uma pessoa sem ser solicitado. Acredito mais que alguém preenchesse por ele tal apontamento...Era assim antigamente...

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Mário Vargas Lloza, um alerta importante!






O Prémio Nobel da literatura alerta para o perigo do fundamentalismo islâmico e chega ao ponto de afirmar que já substituíu o comunismo.... nesse desígnio maléfico.

De fato os regimes comunistas actuais perderam aquele tique expansionista de cariz imperialista e totalitário e aburguesaram-se, no bom sentido do termo: procuram o maximalismo económico-financeiro em detrimento do belicismo hegemónico...
Há que ter em atenção de que a própria China, apesar dos atentados aos direitos humanos (cá em Portugal também os há...) tem um objectivo comercial e não prossegue fins de expansionismo territorial (excepção ao Tibete...), muito embora ainda não seja flor que se cheire...
A Rússia atingiu um estádio de capitalismo selvagem que poderá ser fonte de conflitualidades internas e poderá fazer explodir os fundamentalismos adormecidos..
Contudo, o Prémio Nobel tem razão: o terrorismo fundamentalista islâmico é a mais gravosa ameaça às liberdades e à civilização ocidental.

sábado, dezembro 18, 2010

Ó senhor embaixador!!!...

O senhor embaixador passando pelas brasas... em Timor Leste. Ramos Horta não perde oportunidade de registar o insólito... Ana Gomes passou noites sem dormir por causa dos massacres e da prisão de Xanana...Nunca se deixou abraçar por Morfeu... penso eu. Pelo menos em público. Não consta que durma no parlamento europeu... antes pelo contrário está desperta demais para o gosto de alguns...

O PRÉMIO NOBEL DO SONHO, JÁ!!!

O senhor embaixador

Dormindo, na paz de Cristo,

Todos sorrindo em redor

Tirando retrato... a isto.

De consciência tranquila

O Nobel da Paz sorrindo,

Outro nobel se perfila:

O nobel do Sonho Lindo!

Nobel do sonho faz falta

Se não há, há que fazê-lo

Timor, sempre na ribalta

Há sonho... não pesadelo!

Antes, guerra fratricida,

Um cenário tão tristonho

Agora, paz merecida,

Timor, terra de sonho!

Petróleo sempre a jorrar

Ouro negro em profusão

Não é pecado sonhar

Como é bom... ter ambição.

O senhor embaixador

Sonhando com a promoção

Português com pundonor

Sonhando: «A BEM DA NAÇÃO!»


quinta-feira, dezembro 16, 2010

Quo vadis, Europa?!



No início da segunda década do século XXI a eurolândia enfrenta desafios de diversa índole que poderão condicionar a sua estruturação e o seu crescimento sustentável.

Eis alguns:

1- A dependência face ao sistema financeiro mundial. Os 4 grandes Bancos Centrais lutam para suprir as carências actuais :Tesouro Britânico, Reserva Federal americana (FED), BCE e Banco do Japão; contudo o seu esforço parece ser inglório. Os mercados actuando de forma especulativa procuram debilitar o euro gerando situações de autêntica montanha-russa, contribuindo para a instabilidade, a desconfiança e a turbulência generalizadas.

Contudo a situação é como uma bola de neve, ou como uma bolha que poderá explodir a qualquer momento. Há todo um conglomerado de factores que contribuem para isso: fugas macissas de capitais para off-shores (com todos os inconvenientes daí advenientes), movimentos imigratórios descontrolados gerando anarquia e instabilidade, conflitualidades latentes fruto de uma cada vez maior taxa de desemprego, crise sociológica provocada pelo medo do terrorismo e suas sequelas a nível socioeconómico.

2- Corrupção generalizada a todos os níveis e em todos os países, contribuindo essa corrupção como se fora mais um imposto a pagar aos decisores políticos em determinadas circunstâncias. Cada vez mais promiscuidade entre o poder político e o económoco-financeiro gerando injustiças sociais cada vez mais gravosas. Criminalidade larvar ou galopante a diversos níveis contribuindo para o descrédito das instituições e a falta de confiança dos investidores.

3- Emergência de três novos peões na cena económica: a China, a Índia e a Rússia.

Cada qual à sua maneira, com processos expansionistas díspares mas contribuindo para um efeito comum: carestia do preço do petróleo com impactos óbvios e inevitáveis na inflação (e taxas de juro), transportes e comunicações. O turismo terá reflexos negativos nesta conjuntura e certos segmentos (a montante e a jusante dele) serão fortemente afectados.

4- O desenvolvimento tecnológico irá desencadear mais desemprego em certas áreas e em certos segmentos da sociedade. A nanotecnologia, a biotecnologia, as diversas fontes energéticas,as comunicações, serão pilares dicisivos nesta metamorfose que se vislumbra. Com mais-valias potenciais e sinergias a todos os níveis criando um fosso socioeconómico ainda maior.

O impacto na indústria automóvel, na indústria têxtil e na tecnologia de ponta será deveras assustador quando a China atingir a velocidade de cruzeiro, e para lá caminha a passos largos.

QUE FAZER?

A Europa deve tornar-se um Estado Federal com as vantagens e inconvenientes daí resultantes.

Deve falar e agir a uma só voz. Devem evitar-se os excessos burocráticos e as questiúnculas que ora estão minando a sua unidade e contribuindo fortemente para a falta de coesao e de pragmatismo. Fazer parcerias com a China e a Índia aproveitando os recursos recíprocos e as vantagens relativas específicas. Criar uma estratégia comercial capaz de servir de complemento à estratégia industrial (a montante) dando escoamento a preços competitivos ao caudal produtivo gerado por essas parcerias.

Quem não estiver à altura do desafio que saia da eurolândia (livremente ou coagido) ou procure outra esfera de influência. Os pesos mortos e os Estados incapazes de se inserirem nesta estratégia, fruto de políticas populistas ineficazes e geradoras de défices crónicos, devem ser banidos sob pena de se tornarem maçãs podres e contaminarem, quais lixos tóxicos, toda a macroestrutura da eurolândia.

NOTA: Este apontamento visa alertar os responsáveis para o perigo em que nos encontramos, servirá de memória futura. Não enveredar por esta via__ que terá muitos obstrutores e diversas resistências__ será seguir o rumo do precipício, o desmoronamento, a implosão.

15 de Dezembro de 2010

quarta-feira, dezembro 15, 2010

RELIGIÃO, ISTO?!

Ela ousou usar calças! Calças por baixo do trajo habitual entenda-se... Crime, disseram eles! foi chicoteada em público de forma impiedosa!
VER AQUI...
Há religiões e religiões...
Cada vez me distancio mais de fanatismos e de fundamentalismos que só servem para tapar o sol com peneiras...
Os direitos humanos, a salvaguarda da dignidade das pessoas deve ser cada vez mais a meta a prosseguir por qualquer sociedade civilizada.
Quando a religião captura a justiça e age de forma selvagem tudo é possível...
Há que começar a pôr um travão a isto. Será que a Europa vai ser invadida por gente deste jaez que vai impôr a sua praxis, à custa do voto? eles procriam, procriam, procriam... os horizontes começam a ficar sombrios...
A sharia avança a passos largos. A falta de produtividade sexual (procriação) dos europeus é cada vez mais confrangedora...Os muçulmanos estarão aí em força, daqui a algumas décadas, a votar, a eleger parlamentos, governos, presidentes de câmaras... não procriem não e depois queixem-se!... este governo até tinha dado um subsídio... mas depois retirou-o. Melhor: recalendarizou-se, eufemisticamente falando...

terça-feira, dezembro 14, 2010

ILUSIONISMO NA POLÍTICA!!!

Esse senhor que plantou a notícia das escutas a Belém, nem sequer é o chefe da Casa Civil, só esse está mandatado para falar em meu nome...




Vão vendendo ilusões ao desbarato
Prometem sem poder tudo cumprir
Prometem com audácia... e a sorrir...
Mandam «plantar notícia»... que é boato!


Peritos na vil arte de gerir
Expectativas altas, sem rigor,
Ilusionistas falsos, sem pudor,
A verdade procuram obstruír!


É vê-los perorando, iludindo,
Ingénuos úteis, sem quaisquer defesas,
Crédulos militantes, ignorantes.

Falsas verdades vão-nos impingindo
Mentiras bem gorduchas, bem obesas,
Sempre a rir, elegantes, os tratantes...(1)

(1) Dizem que para mentir melhor é preciso vestir Armani!...

Post Scriptum: Por observação do sempre oportuno poetaeusou (ver comentário)

permito-me incluír esta quadra de António Aleixo:

Veste bem, já reparaste?

mas ele próprio ignora

que, por dentro, é um contraste

com o que mostra por fora.

ANTÓNIO ALEIXO

domingo, dezembro 12, 2010

Uma vergonha! A fome alastra em Portugal!




É uma vergonha, há fome em Portugal!
Sim, senhor presidente, fome de justiça social!
Fome de seriedade nos lugares de responsabilidade! Fome de lisura de processos na justiça! Fome de isenção e rigor nas empreitadas e nas adjudicações feitas por governantes e autarcas!
Fome de acção face à abundância de recriminações do Tribunal de Contas!
Em campanha eleitoral foi uma fartura de promessas: iria promover a vinda de investimento estrangeiro, iria fomentar o desenvolvimento, a criação de postos de trabalho, iria incrementar a prosperidade nacional colocando Portugal nos primeiros lugares da Europa!
Foi uma fartura de promessas, sim, que sabia antecipadamente não poder cumprir, pois nem sequer era sua incumbência fazê-lo, não estava dentro das suas atribuições! Mas fartou-se de semear ilusões, de pavonear capacidades, de exibir predicados!
Agora que vemos?!
A economia debilitada, anémica, depauperada por autênticos sanguessugas que agindo como intermediários capturavam empresários para lhes encherem as algibeiras a troco de obterem influências dos decisores políticos, defraudando o erário público (e empresas do sector financeiro:
BPN, BPP...e outros smilares), engendrando negócios que redundaram em prejuízos enormes para a colectividade, mas saciaram , a contrario sensu, a sua gula pelo vil metal! O País afundou-se, mas eles são donos de colossais fortunas em off-shores...
Uma fartura de gente, gentalha que o senhor bem conhecia, e até se dava ao luxo de defender publicamente de forma obstinada, e punha as mãos no fogo jurando não terem sombra de pecado, serem ultra-credíveis, fez o que fez e pouco dano sofreu! Continua intocável!
Depois, a fartura de elogios deu no que deu! Eles encheram a pança e o país vive na maior miséria, no limiar da pobreza, na exclusão social...
Eles encheram-se à grande e à francesa e as instituições em que meteram a mão arruinaram-se, deram azo a intervenções estatais que custam os olhos da cara a todos os portugueses!
Aquele conselheiro de Estado que defendeu com unhas e dentes, que vinha constantemente à branqueadora TV jurar a pés juntos que era uma vestal imaculada incapaz de qualquer acto menos limpo, um menino de coro de alto gabarito, lá meteu o rabinho entre as pernas e deu- às -de- vila- Diogo, como soe dizer-se...
Fome? Estamos fartos de ilusionistas que abocanham reformas chorudas à mesa do orçamento, e vêm, com ar de carpideira vertendo hipócritas lágrimas de crocodilo, armar-se em vítimas! Veja-se o que se passa na Suíça, neste domínio, é paradigmático e Portugal deveria seguir o exemplo quanto antes: limite máximo de 1.700 euros e não acumulações! Cairia o Carmo e a Trindade, se fosse cá!!!
Não investi fortunas no BPN nem fui avisado para retirar os capitais na hora H!!!
Não fui usufrutuário do regabofe, não usei os conhecimentos para fazer inside-trading e escapar ao naufrágio colectivo.
O país não saboreou o ominoso ágape! Não, não compactuou com o assalto!
Haja ao menos um resquício de vergonha na cara! De pudor, de contrição pública!
Há fome em Portugal. Mas há uma fartura de ilusionistas do verbo que se alçapremaram aos supremos lugares da hirarquia do Estado e se banquetearam fartamente ...Esses, são os veros responsáveis da fome colectiva!
O País está farto de Frei Tomás! e há tantos por aí fora!!!

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Economia Paralela cresce...











A gente bem olha para o alto, mas Deus não intervém, deu-nos o livre-arbítrio, será que os que agora são absolvidos às carradas serão penalizados?! Às vezes pergunto a mim próprio se o chamado juízo final não será uma metáfora destinada a amenizar os juízos críticos de quem observa este fartar vilanagem: eles agora fazem gato-sapato da justiça, mas depois... terão a condenação eterna!
Enfim, a resignação institucionalizada, tantas vezes os fautores da corrupção sorrindo ao lado dos agentes clericais... dos juízes, dos intelectuais capturados...


Enquanto o país vai definhando - e tem o seu reflexo no défice e na contas públicas- sabe-se que a economia paralela se vai agigantando. Os impostos sobem e como reflexo, há a tentação para fugir a eles, saír fora do circuito oficial, enfim é a lei da vida...
Segundo uma tese de mestrado (ver aqui) ela aproxima-se, grosso modo, de um quarto do PIB.
As offshores engordam, os dinheiros paralelos andam por aí em malas «pretas» dos partidos, nas algibeiras de alguns sucateiros que querem levar o país à sucata...
O país vai isaltinando e valentinando e tudo continua como dantes quartel general em abrantes...
E ai de quem disser mal disto, ainda é acusado de anti-patriota ou anti-partidos...
O país está a saque e os decisores políticos, quase todos, abrigam-se à sombra de uma legislação permissiva e de juízes capturados que fazem vista grossa e tiram dividendos da situação...
Quantas prescições não foram meio- caminho andado para subir na hierarquia?!
Quantos ouvidos de mercador não foram o leit-motiv para promoções rápidas e classificações altissonantes? Quantas «falta de provas» não foram mentiras de bradar aos céus!?
Se as paredes (e as gavetas...) dos tribunais falassem...
D. Corrupção anda por aí, bem vestida, usando carros de alta cilindrada, todos a cumprimentam e fazem salamaleques, vai à TV lançar umas oratórias vitimizadoras e continua a coleccionar condecorações e prebendas. Tem ruas com o seu nome e até estátuas...
E quando os órgãos de comunicação social sérios e honestos a atacam, ela vai à TV e desacredita-os, acusa-os de campanhas negras, de obsessão persecutória, de maledicência...



O país precisa de um novo paradigma, de uma nova ordem económica e social. A mentalidade reinante está enfeudada a este capitalismo selvagem que tudo devora, até as consciências...



quarta-feira, dezembro 08, 2010

Fundador da WikiLeaks preso na Grã Bretanha...

O famoso divulgador de documentos secretos que tantas dores de cabeça tem dado nos states - Julian Assange - foi detido e corre o risco de ser extraditado para a Suécia por alegado crime de violação de duas mulheres.

Será apenas um pretexto para eliminar alguém incómodo?! Será que as mulheres foram aliciadas para lhe armarem uma ratoeira?
Tudo é possível, quando estão milhões em jogo e até governos podem caír por causa de um «tornado» de dimensões mundiais...
A liberdade tem limites, de facto, mas quando o interesse público se sobrepõe, quando as denúncias de crimes contra a boa fé dos cidadãos perante os seus governantes são de molde a pôr em xeque toda uma macroestrutura venal e pouco transparente, há que saudar a liberdade de informar. Estará em causa a segurança?! De quem?!
Há que ponderar devidamente todos os dados em confronto e não se cometerem acções precipitadas.
A civilização precisa da verdade. A higiene também há que preservar. Já dizia o Eça: «políticos e fraldas devem mudar-se com frequência... pelos mesmos motivos...»

terça-feira, dezembro 07, 2010

Ir ao mercado...

Este não foi de modas: farto de solidão, resolveu investir no mercado e pôs em saldo o coração...
Quem será a feliz contemplada com esta joia da coroa?!

segunda-feira, dezembro 06, 2010

A mão de Deus, a mão de César... e a mão de Cavaco!

Se todos metessem a mão na consciência é que era bom. Então na Madeira, aquelas generosas dádivas ao Jornal da Madeira (da cor política do poder reinante), não são falta de equidade?!
Os outros jornais recebem igual comparticipação? Não será um enorme saco azul onde reside o desequilíbrio eleitoral? Professor Cavaco: perdeu uma grande oportunidade de falar sobre esta falta de equidade na ilha da Madeira!
O país precisa de equilíbrio certo! Há por aí tantos a meter a mão (até já lhe chamam a «doença das maozinhas»... à forte corrupção que aí campeia) que este caso deve ser um pé para acabar com os que metem a «mão na massa»!!!
Mãos à obra pessoal, que se faz tarde!


Isto não pode ser! não há equidade! É caso para recorrer ao Tribunal Constitucional!!!

Estamos a compensar alguns trabalhadores açoreanos que foram vítimas de uma subtracção do governo central. É uma questão de justiça...



O euromilhões que saíu a estes trabalhadores madeirenses foi fruto da «mão de Deus»...


domingo, dezembro 05, 2010

Vila do Conde, minha cidade!


Vila do Conde espraiada
Entre o sacro e o profano
Melhora ano após ano
Sempre linda e asseada...
Se mira ao espelho do rio
Se sente bela e feliz
Sorri!... eu também sorrio!...
Sorri, ao vê-la... o país!
No São João se aprimora
De gala traz um vestido
Dizem que o sol namora
É amor... correspondido!
Ciumento, o mar a quer,
E farta-se de a beijar
O rosto sempre a afagar
Sabemos que... o sol prefere!
Vila do Conde se espraia
Sereia urbana, bonita
Deitada ao longo da praia
Harmoniosa e catita...
Quando a noite co'o seu manto
A cobre toda de breu
Vem o luar... e... que espanto!
A despe... e põe toda ao léu!

sábado, dezembro 04, 2010

A qualidade da democracia...


__O senhor tem tantas qualidades, a Madeira deve-lhe tanto... estamos-lhe eternamente gratos!
__Espero que faça obras a sério, não vá outro temporal similar dar cabo de tudo, outra vez. Veja se remedeia o mal feito, tantos empreendimentos em zonas proibidas estrangulando o fluír normal das águas... ao fazer todos aqueles túneis será que foi feito o impacto ambiental? Ao construír em zonas interditas, só para dar vazão ao clientelismo desenfreado, será que mediu os danos colaterais? Se mediu... era bom saber quem vai pagar de futuro... o continente não pode ser o eterno tapa-buracos da incompetência!

sexta-feira, dezembro 03, 2010

A SAUDADE É UM RIO...

M ais forte do que a amizade
A gente só tem o amor
R esiliente, a saudade,
Inocente, sem maldade,
Ainda tem mais valor...
A saudade também cura
Não as doenças normais
Traz uma estranha doçura
O senti-la, dá ternura,
Ninguém a abandona mais!
I nebria e faz vibrar
E la preenche um vazio
Tem marés, tal qual o mar
A saudade... é como um rio!

sábado, novembro 27, 2010

A VERDADE TOTAL!


Se eu fosse presidente da República, num momento destes, chamaria os partidos e dir-lhes-ia mais ou menos isto:


Meus caros, é hora de despir as camisolas partidárias e defender o interesse de todos os portugueses. Quem governa, está com um olho nos indicadores económico-financeiros e outro nas sondagens, está com um olho nas finanças públicas e outro nas finanças partidárias. Os partidos no poder têm sugado o Estado para satisfazerem e privilegiarem uns em detrimento de outros, tendo em vista a garantia de colaboração nas campanhas eleitorais. Surgem os tráficos de influências abertos, escancarados e os encapotados.

Está na hora da mudança. O país está a ser alvo de chantagem dos mercados. Se emprestamos dinheiro à Irlanda a CINCO POR CENTO porque haveremos de sujeitar-nos a pagar SETE OU OITO aos mercados?!

Vamos dar as mãos. O ministro Amado tem uma certa razão quando diz que é preciso uma plataforma governamental mais alargada. Sím, é-o de facto. É preciso que as oposições não estrebuchem e criem motivos de sobra para que os mercados nos continuem a chantagear. A vilipendiar até...

Esta coisa do Orçamento de Estado só por si não é uma uma panaceia capaz de resolver todos os problemas. Há que governar por objectivos nacionais e civilizacionais e não por horizontes eleitoralistas. Não pode ir o carro eleitoral à frente dos bois... governamentais...

Assim, proponho a criação de um grupo de trabalho que estude a elaboração de um governo com elementos independentes, técnica e moralmente idóneos, de preferência fora do espectro partidário, capazes de levarem avante um projecto colectivo de salvação e regeneração nacional.

Que todos os partidos tenham uma palavra a dizer na formação desse governo. Que se possa obter uma plataforma consensual, minimamente credível, para que haja sincronismo e sintonia perfeita entre todos os seus elementos. O PR, não interferindo na governação, fará todos os esforços para limar arestas, reduzir atritos, superar dificuldades em ordem a uma maior flexibilidade e a um pragmatismo capaz de minimizar o actual estado de coisas. Um por todos e todos por PORTUGAL!


Que ninguém se sinta excluído nessa governação. Que todos procurem contribuír para o seu aperfeiçoamento. Que a AR não seja uma caixa de ressonância acrítica, mas que, de forma construtiva e com a sageza indispensável, acompanhe as iniciativas governamentais de molde a dar uma imagem de unidade nacional, nessa caminhada colectiva rumo à regeneração.


Já é tempo de se acabarem com os «boys» que actuam à revelia da legalidade e cumprindo desígnios obscuros, tantas vezes tendo em mente objectivos partidários eleitoralistas e não metas de teor patriótico. É tempo de acertarmos agulhas e apontarmos rumo ao progresso colectivo e não ao enriquecimento rápido de meia dúzia à custa do erário público e/ou de favores de quem tem poder de decisão no momento.


Que a corrupção seja combatida a sério com leis rigorosas que impeçam a continuação no poder de pessoas envolvidas nela. Que haja rapidez e rigor nessas sanções. Exequibilidade quanto baste a fim de se evitarem abusos resultantes de garantismos excessivos. Acabar com os esbulhos permanentes na esfera estatal.


Que o povo português não seja vítima colateral destes desmandos que ora se praticam em nome de uma democracia que só tem o nome, mas que, na essência, não passa de uma proliferação de pequenas ditaduras aqui e ali alojadas na estrutura do poder (central, regional ou local).


Que esse governo, de motivação nacional, interclassista e supra-partidário, possa actuar com firmeza sobre todos os desmandos que ainda teimem em ressurgir, como sabotagens encapotadas ou corrupção larvar.


Enfim, colocar à frente desse governo alguém com provas dadas e com carácter democrático. Que a ética seja o denominador comum entre todos os agentes políticos, económicos, laborais, culturais, judiciais, mediáticos.

Nomes?!

Isso é questão de somenos. A táctica está feita, a estratégia montada. Que mais é preciso?!

PORTUGAL, SÓ ASSIM, VENCERÁ!

sexta-feira, novembro 26, 2010

Minha rocha querida...

«Minha querida, tu és a rocha que Deus me deu, a âncora onde repouso após um dia estafante, o oásis no deserto ...»

«Deixa-te de tretas, Barack, ao falares de mim como se fosse uma rocha, apetece-me dizer que és uma lapa, como aquela da ilha da Madeira... que nunca larga a rocha do poder... nem que venha o dilúvio universal!!!»

PREDADORES... Abril caíu-lhes nas garras...

era uma vez abril, d'speranças mil
a sã fraternidade, a liberdade;
tanta gente a beber de um só cantil:
da justiça social, da igualdade


agora temos sede, falta abril,
falta a justiça que sonhámos
a liberdade é só a do funil
vai estreitando à medida que lutamos



lei da rolha, reles mordaça,
a transparência é vista com desdém
atentado ao pudor, atrevimento

quem fala é perseguido, uma desgraça
ai de quem não vergar, não disser bem
fica na lista negra, é cão sarnento!

quinta-feira, novembro 25, 2010

A natureza ... tem destas coisas...

O amor entre o «vigilante nocturmo» e a «nadadora-salvadora»...

Às vezes penso no homo sapiens, no tal que alegadamente Deus teria criado à Sua imagem e semelhança (tudo tretas para captar ingénuos...) e pergunto: __ Como podem matar golfinhos? como podem alimentar-se de cães?!

29 Mineiros mortos na mina da Nova Zelândia...

Uma explosão de gás revelou-se fatal para os mineiros soterrados. Agora foi uma explosão de gás que retirou todas as esperanças de os retirar com vida. Enfim, não houve final feliz como no Chile.
Era bom que as medidas de segurança fossem mais rigorosas sob pena de se continuarem a verificar sinistros graves onde a ganância do lucro fácil se sobrepõe à prudência e ao rigor.
A cupidez desenfreada continua a mandar vítimas para o cemitério enquanto que os lucros dessas empresas sobem em espiral. «O homem, lobo do homem!», continua... até quando?!

terça-feira, novembro 23, 2010

A encomenda ... para a Índia.....




__Vejam aquele avental!
Cá na Índia nunca vimos um igual! E aquela jovem tão sorridente parece a rainha de Portugal!
Vamos encomendar já!
Em troca, por cada avental nós damos um elefante!

sábado, novembro 20, 2010

Segurança a sério!




Acabar com a crise já!
Solução: enviar para todos os palcos de guerra as mulheres portuguesas!
a paz surgirá com certeza, elas são persuasivas, intimidam, não dão ponto sem nó!
O mundo inteiro agradecerá!
Depois da paz universal restabelecida, a economia ressurgirá, a confiança renascerá e um novo sol brilhará...

Alice Vieira, a ingénua útil...

Bater palmas de forma acéfala, é o que está a dar... sobretudo a quem está no poder!...

Há quem lhes chame idiotas úteis. Eu chamar-lhes-ei apenas «ingénuos uteis». Esta pérola de ingenuidade util é a escritora Alice Vieira. Vem hoje no JN perorar contra quem denuncia casos de corrupção e de saque que eventualmente existam e que importa chamar a atenção dos poderes para isso vocacionados a fim de actuarem em conformidade. Não, não é apontar o dedo a ideologias professadas por este ou por aquele, como no antigo regime, alguns, afectos ao regime, faziam para prejudicar este ou aquele. Não é apontar o dedo a quem pensa de forma diferente, não, é pôr o dedo na ferida que vai atirando o país para a falência, para o charco da insolvência.
Ela não vê a coisa pelo prisma da necessidade de estancar a hemorragia provocada por «boys» e «girls» que, politicamente gratos, vão sacando forte e feio deixando o país na penúria.

Ela, se calhar também uma «girl» disfarçada, lá vai perorando e zurzindo o chicote de forma lesta e mistura no mesmo saco o que não deveria misturar, só para confundir, para branquear uns (os oportunistas) e macular outros (os que vêem os abusos e os denunciam...).

A gente deste jaez, sempre muito politicamente grata e ungida pelos deuses do olimpo-poder, aqui vai a minha «homenagem»:


Denunciar é pecado
Grave crime a delação;
Este país saqueado
Pelo poder instalado
Não deve ter salvação.


Saquear é nobre acção
Dá saúde financeira
E, sendo «A Bem da Nação!«
Deve ter a aceitação
Da gente boa e ordeira...

Denunciar é pecado
Coisa vil, de gente má...
Há que emagrecer o Estado
De ricos anéis ornado
Mais esbelto ficará!.

Porrada aos denunciantes
Invejosos!, sem respeito.
São bem tolos, ignorantes,
Do bem comum são amantes...
Estragam «negócios» a eito...

Aviso:Não estou à direita nem à esquerda, estou acima da mediocridade reinante... estou fora, à margem, auto-excluído do pântano onde as rãs são gordas e coaxam em todas as tribunas mediáticas...
Há o crime da omissão de denúncia! Por causa dessa cobardia há crimes públicos impunes! A violência doméstica tantas vezes fatal é resultante dessa ausência, dessa demissão, desse silenciamento cobarde.
Não sou bem-querido pelos jornais. Escrevo apenas para memória futura!...

sexta-feira, novembro 19, 2010

ASSIM FALAVA ZARATUSTRA:



E se olhar no horizonte, verá um mar de prosperidade para todos nós. A crise será a oportunidade que nos irá abrir as portas do sucesso. O nosso sucesso, claro.
É nestas alturas que se vêem os vencedores, que emergem os triunfadores, que alcançam a glória os políticos com pragmatismo...A grande maioria, estagna numa apagada e vil tristeza, como diria o Poeta. Vítimas, eternas vítimas, que aplaudem, apenas sabem aplaudir, sem pensar...
Haverá sempre alguém que resista, que crie sentimentos confusos na populaça, poderá até dizer que não temos escrúpulos, que temos ganância, que não respeitamos os legalismos vigentes, mas a esses, que sempre exitiram e sempre existirão, o senhor, como timoneiro da nossa estratégia comum, só dirá: «não comento, não posso nem devo ser comentador, deixo isso aos profissionais da intriga e da maledicência!»
Um horizonte de prosperidade se abrirá para todos nós, e quando já forem visíveis a olho nu as fissuras no barco nacional, então o senhor dirá mais ou menos isto: «eu sempre alertei para os perigos, eu sempre disse que isto ia mal, muito mal, eu sempre dei avisos à navegação e ninguém ligou...»
Ninguém se lembrará do seu discurso anterior. O povo não tem memória, é burro, continuará a bater-lhe palmas desenfreadamente, desde que o senhor apareça com aquele sorriso esfíngico nas TV's, sorrindo, sorrindo, sorrindo estupidamente, e, perante perguntas inteligentes e porventura incómodas, dirá apenas: «Não comento, não devo nem posso comentar, deixo isso aos profissionais da maledicência...»
Quando vierem dizer que a banca está ao serviço de alguns banqueiros sem escrúpulos, que as parcerias público-privadas são uma fonte de prejuízo para o Estado e uma galinha de ovos de ouro para os privados, limite-se a dizer:«o mercado é que dita as leis, o mercado sabe o que faz, o mercado é o nosso deus...»
Então sim, o nosso horizonte comum terá o êxito que todos nós esperávamos. Se alguém for detido ou alvo de suspeição pública pertinente e agressiva, dirá apenas:»não comento, não devo comentar, até prova em contrário os visados são idóneos, impolutos, acima de quaisquer suspeitas... e leve até onde lhe for possível esse discurso».
Se algum atrevido vier dizer na praça pública que o país se vai afundando por nossa causa, desvie as atenções, fale na falta de competitividade, no laxismo, no fatalismo, no pessimismo do povo português como causa-mor da crise; isso servirá de cortina de fumo, de biombo para o nosso modus actuandi... o povo, burro e inculto como continua a ser, acreditará em si, continuará a bater-lhe imensas palmas, e, desde que você apareça mais vezes que os outros nas TV's e na comunicação social, tudo continuará na mesma, na estabilidade por nós tão desejada...
No seu léxico quotidiano use e abuse de palavras com efeito sedativo, como tranquilidade, estabilidade, paz social, ausência de crispação, elas terão o condão de levar à resignação, ao fatalismo, e amortecerão a ânsia de revolta que vai nascer na mente dos mais esclarecidos. A esses, aponte-lhes o dedo, dizendo que provocam crispação, anarquia, que são os causadores da instabilidade, os profetas da desgraça, os negativistas compulsivos, os doentes...não se iniba até de lhes chamar esquizofrénicos ou outros adjectivos mais agressivos, para que as massas, a populaça, fique mais tranquila com esse diagnóstico aviltante; assim poderemos levar avante o nosso projecto de salvação comum e ocultação dos nossos patrimónios comuns à custa de off-shores, de transferências para paraísos fiscais adequados...
E procure aparecer sempre nas TV's__ em todas elas__ sorridente e bem disposto, como se a crise nada tivesse a ver consigo, como se a crise fosse culpa dos madraços populares que não são competitivos, não são capazes de tirarem o país do atoleiro em que está por culpa exclusiva deles. Atire o odioso da crise para cima das classes laboriosas, isso servirá de cortina para ocultar a realidade nua e crua... perante a maioria da população, a minoria que desencadeou este vendaval, ficará protegida... o seu discurso servirá de pára-raios para todos nós...
Então, poderá passar à História como um homem bom, de honra, amigo dos seus amigos, um semi-deus, enquanto que os seus detractores, os que ainda têm os olhos abertos e procuram esclarecer a populaça sobre os veros responsáveis da crise, esses passarão a ser os anti-sociais, os estigmatizados, os ostracizados, os maus da fita...
Sempre que algum repórter mais atrevido, ou seja, não alinhado pelo nosso diapasão, o interrogar sobre a sua participação nesta estratégia, diga apenas: «não comento,. não devo comentar, deixo issso aos opinion makers de ocasião e aos intriguistas de pacotilha...»
O povo, esse, continuará estender-lhe uma passadeira vermelha, a bater-lhe imensas palmas, estupida e desenfreadamente como só o povo sabe fazer, a gritar bem alto o seu nome como salvador... mal sabendo que, de facto, aqui entre nós, a alcunha que já lhe pusemos é precisamente essa: o «Salvador de Belém!», o nosso salvador....claro.
Cai o pano, e o público, de pé, aplaude o treinador... e o timoneiro... delirantemente, como só o povo sabe fazer...de forma cega, ululante, acéfala!
No topo do palco, aparece um cartaz enorme, com letras escorrendo sangue: «A BEM DA NAÇÃO!!"»

AQUILES OU POSTIGA: QUAL O MELHOR CALCANHAR?!












PORTUGAL 4- ESPANHA O






«Atenção senhores ouvintes!, o calcanhar de Postiga acaba de entrar para a História!»




A História se interroga sobre o calcanhar de Postiga!

Será que doravante só se falará no de Postiga?!

Aquele «calcanhar» que derrotou a Espanha vai ficar para a posteridade! A Hstória já o capturou!

Aquiles será definitivamente esquecido, cairá no olvido...




Andava no esquecimento

Numa triste escuridão

Mas não perdeu o talento

E brilhou no céu cinzento

Encantou com seu clarão!



A Fénix renasceu

Das cinzas, do pó mais vil...

A todos surpreendeu

Dois golões ofereceu

Que classe!, em toque subtil!



OLÉ!, ouvimos cantar

Aplauso monumental

Postiga, de calcanhar

A Espanha fez amochar

Subiu ao céu... Portugal!



El matador!, que toureiro!

Duas farpas espetou

Orgulho de um povo inteiro

El matador caxineiro

O touro espanhol matou!



O calcanhar de Postiga

Na História vai ficar

E há até quem já diga

Que ao de Aquiles... ninguém liga

Só deste... se vai falar!!!





quinta-feira, novembro 18, 2010

quarta-feira, novembro 17, 2010

A «locomotiva» de Vila do Conde

!

Tem um perfil ganhador
E remate fulminante
Tem raça, élan e fulgor
Alegria esfusiante!
Se faz falta à seleção
Não me compete dizer
Mas... não vejo melhor, não!
Nem há por onde escolher!
Com esta força e pujança
Melhor, não vi por cá;
Brilhante ponta-de-lança
No auge ...agora está!
Rapidez e tecnicismo
Mostra paixão e alegria
Enorme voluntarismo
Tem alma, arte e magia...

terça-feira, novembro 16, 2010

segunda-feira, novembro 15, 2010

domingo, novembro 14, 2010

URGENTE: acabar com as «urgências!»

Não, não me refiro às urgências hospitalares, que devem ser cada vez mais eficientes e prestáveis salvaguardando a saúde das populações.
Refiro-me àquele já gasto estratagema de alguns decisores políticos, que ao abrigo de um chicoespertismo pacóvio, vão engordando as algibeiras de alguns amigalhaços entregando-lhes, sem concursos, sem formalidades minimamemnte responsáveis, obras e mais obras... tudo sob o «sacrossanto» pretexto da «urgência!»
É uma forma habilidosa de contornar a lei, de driblar a racionalidade económica e uma porta escancarada para dar vazão ao clientelismo, ao amiguismo, ao nepotismo...
Milionários se têm gerado à custa disto! a pauperização colectiva começa aqui. Por isso, eu não vou por aí!!!
«Não vou por aí!» já há muitos anos, «não vou por aí!» e denuncio publicamente este expediente despesista que se destina a enriquecer alguns em detrimento de outros. A seriedade, o rigor, a racionalidade estão em xeque!
Há que dar um xeque-mate a este arbítrio, a esta farsa, a este abuso desmesurado , consentido e nunca censurado por entidades que deveriam ser vigilantes, supervisores atentos desta democracia: PR o principal agente passivo... ele que é obrigado a garantir o «regular funcionamento das instituições»!
Isto é contra a igualdade de oportunidades, contra a democracia económica, contra o bom senso!
Isto é uma das causas do actual estado de coisas! Ninguém duvide! E ninguém lhe toca!
Por isso é que eu contiuo a não «IR POR AÍ!!!»

quinta-feira, novembro 11, 2010

O Senhor Cinco por Cento e... o Senhor Dez por Cento!

O arménio Calouste Gulbenkian era conhecido pelo «senhor cinco por cento» pois era normalmente esta a percentagem que usufruía nos negócios do petróleo. Grande amigo de Portugal... Grande parte do seu património gerou a fundação com o seu nome.
Fernando Pinto, o brasileiro que preside à TAP, quis mostrar que tem espírito altruísta e vai daí, abicou de dez por cento da sua remuneração a fim de dar um exemplo a todos, num momento particularmente crítico nas nossas contas públicas...
Oxalá este exemplo frutifique e o país possa saír rapidamente do atoleiro...