quarta-feira, dezembro 31, 2008

Falta de lealdade?!


A questão do estatuto dos Açores vem trazer mais achas para uma fogueira que ganha contornos pouco aliciantes. De facto, Cavaco Silva sente-se vítima de falta de solidariedade institucional, de quebra de lealdade, de afronta mesmo. Diz que lhe retiraram poderes. Queixa-se de que poderá haver quebras no regular funcionamento das instituições e até atentado grave ao equilíbrio de poderes.
Diz isto em altos brados, usando a comunicação social para vergastar «os partidos», esses monstros geradores de instabilidade institucional! Sim, «os partidos»...
De facto, há quebra nos seus poderes em detrimento de um certo reforço da autonomia. Mas em democracia há que respeitar os domínios específicos de cada órgão. A AR é um órgão autónomo, fiscalizador do governo e o órgão legislativo por excelência. Não pode ser considerado uma caixa de ressonância do dito governo, muito embora possa comportar-se como tal.
O que é de lamentar no comportamento do Senhor Presidente da República é o uso de dois pesos e duas medidas.
Assim, queria perguntar-lhe: onde é que estava quando o presidente do governo regional da Madeira se pavoneava a fazer inaugurações em catadupa em plena campanha eleitoral? Onde é que estava este presidente da República quando a assembleia Regional da Madeira foi gravemente insultada («bando de loucos») pelo presidente do governo indígena? Onde é que estava o senhor Presidente da República quando um deputado eleito pelo povo madeirense (José Manuel Ribeiro) foi impedido de entrar no órgão legislativo a que pertence?
São ou não são atentados ao regular funcionamento das instituições? São ou não abusos que podem pôr em xeque a própria democracia?
Admito que possa ter actuado subrepticiamente, quer enviando emissários ou fazendo manifestar a sua discordância por interpostas entidades.
Contudo, e aqui é que mora o busílis da questão, não o fez na praça pública, usando a comunicação social, como o faz agora, e como seria da mais elementar prudência fazer também , naquelas circunstâncias tão pouco lisonjeiras para o processo democrático.
Há dois pesos e duas medidas na praxis presidencial: na Madeira não tugiu nem mugiu, apesar de ser uma afronta pública e notória, assumindo graves repercussões, e agora, assume uma postura de vestal impoluta e ferida na sua virgindade imaculada!... Servindo-se da comunicação social para dar um «puxão de orelhas» aos partidos!

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Vila do Conde : Caravela Juventude!

Vila do Conde linda caravela
No cais da Boa Esperança, engalanada;
S. João, timoneiro, cuida dela
Nunca a deixa sozinha, abandonada.




Juventude também é caravela
Em vias de enfrentar o mar da vida;
Temos que a apetrechar, cuidar bem dela,
P'ra levar o mar sempre de vencida...



Mar de rosas não é este mar-cão
Que à morte nos conduz sem remissão;
Este mar tormentoso... nos fascina!


Enfrentá-lo com garra e convicção
Humana condição, humana sina,
Da gente que na terra peregrina...

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Figuras inesquecíveis...

Paulo Teixeira Pinto (banqueiro, ex-Millenium) e dono da editorial Guimarães.:



«A minha poesia não é queixinhas...»


Madoff, o responsável pelo maior escândalo financeiro na América (com repercussões em todo o mundo), dizia ainda o ano passado:


«E impossível, com a actual supervisão e o controlo dos mercados financeiros , haver inside trading ou fraudes de qualquer espécie...»



Duas figuras distintas, dois homens do meio financeiro entranhados nos meandros de manobras pouco transparentes. Podres de ricos.


Nunca li nenhuma poesia de Paulo Teixeira Pinto, no entanto, de há uns tempos a esta parte, a sua veia poética e os seus dotes pictóricos têm sido incensados à outrance em certa comunicação social. Não sei se devido ao mérito intrínseco, se fruto de contactos ao nível de directores de jornais ou algo mais...


Quem diz «a minha poesia não é queixinhas», está a criticar aqueles que verberam a sociedade actual, os abusos, as prepotências, os escândalos financeiros geradores de contrastes miseráveis.

Eça de Queiroz desancou a sociedade do seu tempo: a Igreja, a política, a sociedade hipócrita que então medrava e dava cartas. Camões criticou os que «nadavam no mar da prosperidade», de forma injusta, protegidos pela deusa Fortuna. Zeca Afonso criticou os «vampiros» que sugavam a sociedade até ao tutano, contribuindo para as desigualdades que o regime fascista foi enraizando ao longo dos tempos. Quantos vemos por aí vampirizando tudo para saciarem a sua gula fiduciária?


Enfim, Fernando Pessoa fartou-se de criticar os excessos e abusos cometidos pelos que lhe criavam mal estar, «desassossego» permanente.


Será que estas criaturas mereceriam ser editadas pela Guimarães?
Todas elas tinham o seu quê de «queixinhas», embora com talento inconfundível. As críticas à sociedade e aos costumes elevaram Bocage aos píncaros da popularidade no seu tempo. Tinha talento, tinha cultura, mas era um iconoclasta, um ateu convicto, logo, alvo da ira do clero e dos bem-pensantes da época.
É este o pensamento intrínseco e profundo do editor da Guimarães: há que abafar e silenciar quem contesta o status quo, quem tem queixas do sistema, pois é preciso preservá-lo como a uma galinha de ovos de ouro...
Peço desculpa ao ilustre ex-Opus Dei (suponho que só foi militante da causa enquanto esteve na crista da onda... depois abandonou o barco, talvez para não comprometer o barco...); se estou enganado, que ele é capaz de publicar obras contestatárias, livros de pessoas não enfeudadas ao politicamente correcto, escritores satíricos e mal-dizentes desta sociedade hipocrita que só sabe premiar os bajuladores, então me retractarei pelo excesso...
Quanto ao outro protagonista, conhecido pela Dona Branca do Nasdaq (ou de Wall Street), aquela frase, proferida há já algum tempo, patenteia bem o grau de hipocrisia que é timbre de alguns estupores...

domingo, dezembro 21, 2008

Museu do Douro!










Ao saber que o Arqtº Fernando Maia Pinto foi nomeado novo director do Museu do Douro não posso deixar de enaltecer o seu curriculum (no Coa, no IPPAR) e formular votos de sucesso neste cargo.





Meu companheiro nas lides castrenses (BA7 - 1973), homem de causas nobres, formulo votos de sucesso nesse novo empreendimento.
DOURO VINHATEIRO...

Água, sortilégio, vida...
Veia, artéria, coração
Paisagem apetecida
Enfim... vida em profusão.



Amendoeiras em flor
Vinho do Porto, tripeiro,
Uvas maduras, que odor,
Neste douro vinhateiro!...




Sável , petisco adorável
Peso da Régua, Entre-os-Rios
Terra e gente tão amável
Úbere em seus regadios.






Tanta beleza a jorrar
Desta aquífera serpente
Ao Porto dá outro ar
Majestoso e imponente!

Portugal & Brasil: Feliz Natal!



Portugal e Brasil Pátrias Irmãs, Solidárias, Rumo à Paz, Progresso, Felicidade!
GOD BLESS YOU!!!

Portugal e o Brasil

Um sol de fraternidade

São terras de encantos mil

Onde floresce a amizade!

As mãos dadas há que ter

E nunca cruzar os braços

Devemos sempre manter

Eternamente estes laços.

Povos irmãos, na verdade,

A língua lhes dá matriz

Progresso e prosperidade

Num futuro mais feliz!


Quem vê caras...

AGORA É ASSIM!!!

MAS DEPOIS... COMO SERÁ?!



A vida é contradição
Néscio culto da aparência
Se hoje se está mão na mão
Amanhã em divergência.
Casamento é falsidade
Passo em falso neste vira
Aquilo que hoje é verdade
Amanhã já é mentira...
Política é certamente
Desfilar de hipocrisias
Tanta gente sorridente
Mostra falsas alegrias...
As caras e os corações
Nem sempre vão convergindo
O coração tem razões
P'ra chorar... mas vai sorrindo...
Sob as asas da paixão
Se esconde algum desencanto
Sorrisos em profusão
Prelúdio de... mar de pranto!...

Lobo alucinado na alcateia laranja...



Coitado do lobo, quer o poder outra vez. Mas a avozinha marota vai pô-lo numa casota, fechado a cadeado, se ele continuar a uivar... rancoroso...

Laranjas quis ver

Vestidos de azul marinho;

Nortista dizia ser

Basista, qual zé povinho...

O Estado era p'ra abater

Erguia a voz num clamor!

Quando chegou ao poder

Ruiu c'um grande estupor!

Dizia-se perseguido

Por tenebrosos barões;

Cordeiro sempre ofendido

Pela corja de... lobões...

Elitistas e sulistas

Apodava os figurões

Talvez até bolchevistas

Quiçá... hordas de espiões...

Um terror!, foi-se queixando,

Gente de vil condição,

Ganindo e amaldiçoando

Atirou toalha ao chão...

Bateu co'a porta, raivoso,

Entregou ouro aos bandidos...

P'lo poder está ansioso

Nos media bolça latidos...

Frenesim alucinado

Mordendo a «Velha Senhora»

O lobo ressuscitado

Quer o poder!... sem demora!...(1)

1 - Anda ansioso por ele. Até vai pedir um congresso antecipado para poder concretizar o seu desejo obsessivo! Depois dele... o dilúvio!!!


sábado, dezembro 20, 2008

Um Régio do cinema!

Meu Deus, eu sei que não sou um Spilberg, mas ao menos falem de mim, pelo teor das minhas obras e não somente por causa dos meus cem anos. Quando chegar aos duzentos (espero chegar lá...) talvez falem do meu espírito inovador na sétima arte...

ENTREVISTA (FICCIONADA) COM MANOEL DE OLIVEIRA
RB- Meu caro Manoel de Oliveira, considera-se um José Régio do cinema?
MO_ Talvez, pois sempre bebi muitos conhecimentos na obra de Régio, de quem fui amigo pessoal e admirador. O seu mundo interior sempre me fascinou. A sua preocupação com certo misticismo, a sua obra é digna de uma exegese profunda pois é de uma riqueza impressionante.
RB_ Dizem que Régio está fora de moda, desactualizado...
MO_ Essa acusação é tão enfadonha e já circula há tanto tempo que mete dó. O tema da espiritualidade, da problemática do bem e do mal, é sempre actual e está no âmago de todas as culturas.
RB- O livro que vai editar fala de Budismo, fala de Maomé, fala de religião, tout court, não acha que será um tema enfadonho também? Será literatura para «adormecer», será um pouco de «ópio» para certos críticos ...
MO- Os críticos fazem-me lembrar os eunucos...
RB- Os eunucos?!
MO- Sim, os eunucos sabem dizer como se faz, mas não conseguem fazer...
RB- Está magistral essa analogia, nunca tinha visto uma crítica tão certeira aos críticos. Eles, de facto só sabem deitar abaixo e não conseguem erguer o mastro da criatividade... estão sempre no bota-abaixo, não conseguem manter-se erectos na capacidade criativa e realizadora...
MO_ Por isso é que eu sou um REALIZADOR e não um crítico!...

Humor & ficção de mãos dadas...

__ Com os teus conhecimentos científicos, tu rouxinol, davas um bom líder do PSD!
__Mas Dra Ferreira Leite, eu já estou noutra. De há muito. Com o plano inclinado tão acentuado, a velocidade uniformemente acelerada, o país caminha rumo ao abismo. Estou a preparar-me para ser então Presidente da Junta de Salvação Nacional! ...
O País inteiro riu a bandeiras despregadas. Menezes, outra vez, fazendo jus ao espírito obsessivo que o norteia, com aquela sanha anti-sulistas que o motiva, tendo no horizonte a meta da liderança perdida na nau laranja, veio a terreiro vergastar a Dra Ferreira Leite por ter indigitado Santana Lopes para a câmara de Lisboa, quando, várias vezes alegou a sua falta de perfil.
Menezes está farto de sofrer o chamado efeito de bomerangue devido ao seu espírito emotivo-activo-primário, à sua impulsividade infantil, desta vez excedeu-se. Passou-se dos carretos, como diz a minha vizinha Lucinda...
Então Barack Obama, depois de ter criticado acerbamente Hilary Clinton, não a convidou para um cargo de tanta envergadura? Não deu provas de democracia, não mostrou superioridade moral, não patenteou integridade?
Manuela Ferreira Leite fez tal qual Barack Obama. Ela respeitou a vontade de uma maioria apologética que ciranda à volta de Santana Lopes como as borboletas entontecidas à volta de uma lâmpada acesa... ela sabe que o seu perfil não é o mais indicado. Mas disseram-lhe: «quem não tem cão, caça com gato!» e ela indigitou de imediato o pobre «gato»!...
E aí está o «gato maltez» a sorrir de novo, outra vez!
Se ganhar, ela dirá: eu não acreditava, reconheço-o, mas respeitei a vontade da maioria, como democrata que sou.
Se perder, que é o mais natural, ela dirá: eu limitei-me a respeitar democraticamente a vontade da maioria, não impus um diktat autocrático...os derrotados são vocês, eu tinha muitas alternativas: Marcelo, Borges, Eusébio, etc, etc...
Dr Menezes, mais um tiro no pé. Mais uma acha para a fogueira que o vai queimando a um ritmo acelerado. De tanto manifestar sintomas de «síndrome do abutre», ainda vai transformar-se em cadáver. Cadáver político, claro. Aquela senhora que anda a estudar há muito o seu caso clínico está ansiosa por derrotá-lo nas urnas. Cuide-se, homem!

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Um banqueiro que é um santo!

Dizer mal só por dizer, é baixo, é vil, não é saudável. Em democracia devemos apoiar e saudar o que é bom, e dizer mal, livre e desassombradamente, do que está mal.

É este o meu lema: apoiar sem servilismo, criticar sem maledicência!

Está na moda dizer mal dos banqueiros. Mas não há regra sem excepção!

Tiro o meu humilde chapéu a esta magnânima prova de humanidade pouco frequente nos tempos que correm, onde impera o egoísmo e o salve-se-quem puder!!!

Chamavam-lhe «Profeta da desgraça»....

Eu é que era o «profeta da desgraça», o «pessimista», o «alarmista-mor-do-reino»... mas agora que a desgraça está aí exijo que me peçam desculpas. E digo mais: uma desgraça nunca vem só! Medina Carreira, antigo ministro das Finanças, um provedor dos invisuais da política...

Nós acreditamos na liberdade de mercado, na livre iniciativa, no «laissez faire laissez passer», o Estado está pesado, gordo, ineficaz, eu desmantelá-lo-ei em seis meses! é preciso entregar tudo ao empreendedorismo que nos há-de conduzir ao éden! Esses, desconfiados e velhos do Restelo, que vão para um asilo, que se deixem de pessimismos doentios e desconfianças paranóicas, são uns empatas, uns mesquinhos, uns burocratas ultra-fiscalizadores. Viva a liberdade!


Como cidadão independente limito-me a dar voz às correntes de opinião em cotejo nesta sociedade livre e plural. Ao leitor cabe optar. Este poema resume de forma simples e irónica as duas sensibilidades em confronto durante alguns anos...




ERAM «PROFETAS DA DESGRAÇA!»...


São profetas da desgraça
Diziam à boca cheia
Precisam de uma mordaça
Ou então de uma tareia(1)...


Corrupção vai medrando
Na opacidade laxista
E quem ia criticando
Chamavam de pessimista!


Tantas as cumplicidades
Tantos os proteccionismos
Eram só facilidades
Na teia dos nepotismos!


Os tribunais só puniam
Quem denunciasse o mal
Os corruptos protegiam
Com seu manto paternal.


Foi galinha de ovos de ouro
A banca, esse maná,
Acabou por dar um estouro
Anda tudo ao deus-dará!


Onde está a explicação
Para tanta impunidade?!
Padrinhos em profusão
No lodo-promiscuidade!


No processo eleitoral
Investindo, calculistas,
Impondo gente venal
No topo das várias listas...




(1)- Aqueles que denunciavam escândalos visíveis a olho nu (como Ricardo Bexiga) eram alvo de ataques miseráveis e de safadezas sem conta. Veja-se o caso do Marco de Canavezes onde aquele ornitorrinco ambicioso praticava todas as barbaridades e era uma autêntica enciclopédia do caciquismo... E na Madeira, onde a liberdade existe para uns enriquecerem rápida e gulosamente e para outros serem espezinhados e votados ao ostracismo mais feroz.


Senhor Presidente, eu tinha razão!

Humildemente reconheço que o mal não era só «pessimismo militante», os que chamava de «profetas da desgraça» tinham carradas de razão... quando a «coisa» dá pró torto é que a gente vê o mal. De facto nunca pensei que a falta de supervisão fosse tão gravosa, nas bolsas, na banca, até no Nasdaq! tinhas razão rouxinol! Mea culpa!... O incêndio ainda foi maior do que imaginavas!...





Em 20 de Maio de 2008 coloquei um post satirizando o Presidente da República por fazer referências excessivas aos críticos do sistema, aos que constantemente apontavam o dedo ao facilitismo, ao laxismo de entidades de controlo, gerando um incêndio de proporções graves. Incêndio de corrupção entenda-se...

Pus um bombeiro a apagar esse incêndio com uma agulheta. O PR a dizer que quando esgotasse a água tinha um extintor com «optimismo»... para debelar o mal. O bombeiro insurgia-se e contestava a eficácia do tal «extintor»...


Agora, ao olhar para trás (Maio de 2008), não posso dexar de meditar. Os que, como eu, verberavam o «laissez faire laissez passer», dos idiotas que recomendavam menos Estado, do «desmantelamento total do Estado», como afirmou o putativo candidato a presidente de um partido, não deixam de ficar indignados com os que os mandavam calar acusando-os de «pessimismo»!!!

Eu sempre disse que o problema não está em mais Estado ou menos Estado, está isso sim, na transparência, no cumprimento de regras, na racionalidade económica empresarial, no respeito por normas de supervisão credíveis e funcionais, prevenindo evasões e fraudes de diversa índole. As falhas de supervisão poderão ter motivações humanas (inépcia e/ou corrupção dos supervisores...) ou também intrínsecas ao próprio ordenamento jurídico que é redutor e pouco objectivo nalguns casos....

É conhecido o caso de um presidente de uma autarquia que se recusou a fornecer dados concretos sobre horas extraordinárias exorbitantes. Alguém foi apurar o porquê dessa recusa?
Será que não eram horas fictícias, será que não eram artifícios para sugar ainda mais o Estado para saciar a voracidade de clientelas? Onde está a fiscalização, a supervisão? Que é preciso fazer para saber a verdade? Onde está a transparência?
Serão tão corajosos que têm medo da verdade?!

Contrapunham com argumentos idiotas: «espírito pidesco», «polícias da banca», «devassas ao Estado», «espírito persecutório»!... E alguns até tiveram o desplante de porem os críticos em tribunal!!! Suprema cobardia, suprema canalhice!


Agora, sabendo-se as verdades, o que dizem as comadres?!!!

O povo paga a factura de falhas de supervisão. Que penalização para quem usufruíu benesses dessa falha de supervisão?



quinta-feira, dezembro 18, 2008

CIGARRAS NO PODER LOCAL...

Vós formigas sois umas estúpidas! Eu arranjei uma reforma «Dourada», passo a vida na farra, enquanto vós andais aí a trabalhar, trabalhar... parece que não sabeis fazer outra coisa. Ides ver como ainda vou a presidente de câmara ...
Aqueles que honesta e corajosamente apontavam os despesismos excessivos, o cultos das festas e festarolas, o clientelismo desbragado, eram apontados a dedo como «maledicentes»... Agora, a crise aí está, como corolário lógico de roubalheiras sem conta, despesismos fúteis, satisfação de favores a amigalhaços, criando sinecuras sem necessidade...
Agora é hora de apontar o dedo. Sim, a esses que enchiam a boca de «maledicentes», «ressabiados», quando não «invejosos», agora assumam as suas responsabilidades e deixem os cargos que aviltaram com malabarismos sem conta, com artimanhas contabilísticas destinadas a saciar gulas de politicamente gratos...
Parece que ainda estou a ouvir aquele despesista-mor de Gaia a apontar o dedo ao rival da outra margem dizendo que o seu fogo de artifício era melhor, a sua festa era mais gigantesca... gigantesco, gigantesco é o buraco orçamental que ele (e outros como ele!) vão fazendo crescer, crescer, a ponto de deixarem hipotecar para o futuro, para as novas gerações, o resultado desta volúpia gastadora sem rei nem roque.
Nós, os que avisámos a tempo e horas, fomos castigados pelos media vendidos, e sempre de cócoras sugando migalhas da mesa orçamental, temos o dever de os colocar no pelourinho, de os pendurar na figueira tal qual foi feito ao Iscariotes...
Será que os hipócritas virão dizer agora que nós, os que apontámos o dedo ao despudorado despesismo, à orgia gastadora, ao regabofe inter-comadres, é que temos a culpa?!
Fazer o mal e a caramunha é a arte destes «artistas» no trapézio da política!
P'ra alguns a vida é tormento
permanente trabalhar
tenho cá o sentimento
que anda injustiça no ar...
Alguns são como a cigarra
a vida é forrobodó
só sabem andar na farra
curtindo o traró-laró.
Reformas antecipadas
e mordomias a rodos
ganham dinheiro às carradas
e rapam os tachos todos...
É vê-los, grandes carrões,
ridentes com tal fartura
nós, a contar os tostões
eles... contam sinecuras!
Nós somos o formigueiro
em trabalho permanente
e a cigarra no poleiro
ainda goza co'a gente...

Quem mais ordena, ó cidade?!


Não sei como será a Póvoa, vista do centro da terra, mas vista do alto, é soberba, nem parece esburacado o paredão!... Tem alma!
Póvoa do Mar, que nobreza!
Sol e mar te abençoando!
És rainha de beleza
Portugal enamorando...
Tostada pelo sol doirado
Embalada pelo vento
Orgulhosa do passado
Tens Eça no pensamento.
Berço de lobos do mar
Por ti o tempo não passa
Calafate... anda no ar,
Em ti, vejo o... Santos Graça!...
O teu passado é presente
Teu futuro, a juventude
E... cada emigrante sente
Teu pulsar em plenitude.
Teu povo quer liberdade
E detesta a tirania...
Quem mais ordena, ó cidade?!
É o povo, em Democracia!...

ESCUTISMO: UM HINO À LIBERDADE!


Neste são convívio se formam os homens e mulheres do futuro. Nunca passei de simples caminheiro... mas reconheço este alfobre de virtudes!

Escuteiros, missionários,

Na missão do bem-fazer

Sempre alegres, solidários,

Num ridente florescer...

Baden Powell seu patrono,

Seu guia espiritual

É um farol lá no trono

Farol... providencial...

Ser escuteiro é sentir

O pulsar do coração

Da amizade, o elixir,

Do dever, a obrigação!

Na maratona da vida

Ter uma meta: o Bem!

Uma mente esclarecida

Desfrutar prazer, também...



quarta-feira, dezembro 17, 2008

O CASTING!...

Estamos dispostas a uma avaliação credível, honesta, íntegra, e garantimos que não procuraremos actuar na horizontal... pois o candidato indigitado... é muito vertical!
Lisboa, nós garantimos, será mais garbosa, esbelta, airosa... connosco na tripulação da grande barca alfacinha!...
Como diria o outro, acima da social-democracia há a estetocracia!

GLOBALIZAÇÃO E «OPUS DEI»...

O Papa Bento XVI na encíclica sobre a Globalização deveria focar algo que vai ter reflexos gravosos no futuro. A Igreja tem sido vítima de oportunismos sem conta. Dentro dela há gente visando apenas os aspectos materiais e os economicismos puros e duros em detrimento da espiritualidade. A política rasteira, oportunista, dependente ao poder também.

Recordo aqui o arcebispo Marcinkus e o banco Ambrosino. Recordo aspectos envolvendo a Opus Dei e alguns dos seus compagnos de route que são dignos de meditação... Há peripécias e envolvimentos tão tenebrosos que seriam dignos de figurarem numa obra cinematográfica tais as similitudes com a Camorra ou a Cosa Nostra.

Ainda agora, ao bebermos os noticiários, ficamos estupefactos como criaturas de bem, aparentemente no seu perfeito juizo, fazendo gala de pertencer à opus Dei e de terem espírito
magnânimo, serem capazes de cometer actos de tal envergadura e de tal quilate que nos deixam boquiabertos. Refiro-me, dentre outros, a alguns ilustres figurantes dessa saga que dá pelo nome de Millenium. A praga dos off-shores sempre como denominador comum. Advogados e clientes, administradores ao mais alto nível, tudo farinha do mesmo saco, farinha da ganância, farinha do quanto mais ilícito, mais venal, melhor...

Os nomes todos os conhecem. O seu facies sempre seráfico e acima de qualquer suspeita, apresentava um ar hierático digno da máxima confiança. Tal como o famoso homem forte do Nasdaq que cometeu o golpe do século, uma autêntica dona Branca da globalização!

Meu caro Bento XVI, não seria melhor começar já a incluír no catecismo católico todos estes pecados hodiernos, toda esta parafernália pecaminosa que vai enriquecendo o léxico mas empobrecendo a espiritualidade e o património de credibilidade tão duramente conquistado por almas generosas como Teresa de Calcutá (essa sim, que tinha muitas dúvidas sobre a existência do Divino!...), padre Américo, padre Cruz, D. António Ferreira Gomes e tantos anónimos benfeitores que deram exemplos de desprendimento e de elevação moral, espiritual e cívica.

Mário Soares e o «Maio de 68»

Num excelente artigo hoje publicado no DN Mário Soares faz um paralelislmo entre a actual situação e a crise do Maio de 68. Muito embora de contornos diferenciados há situações que importa prevenir. A violência gratuita e desmedida é um sinal de tempos difíceis. A corrupção reinante aos mais variegados níveis (banca, bolsa, certas multinacionais) é de molde a gerar medidas correctivas, uma supervisão mais eficaz, a fim de se travar toda esta problemática que pode arrastar convulsão social.

Muito embora diverso, o contexto actual precisa de ser muito bem avaliado pelos dirigentes europeus sob pena de toda a Europa se poder transformar num balão de ensaio para fundamentalismos selvagens. Mário Soares fala da ecologia, dos oceanos, de forma muito elucidativa, era bom que fosse ouvido por quem tem poder de decisão ao mais alto nível e até aos níveis mais baixos (v.g. câmaras municipais do litoral).

terça-feira, dezembro 16, 2008

Desgarrada Sócrates VS Alegre...





Com rigorosa independência aqui vai a desgarrada entre Sócrates e Alegre. No íntimo creio bem que tudo não passa de uma coisa passageira, um arrufo sem nada de concreto no futuro. Nem Manuel Alegre vai deixar-se colonizar pela sereia Louçã nem entrará em ruptura com o «pai»(PS) ao fim de tantos anos de militância. Fundar um novo partido em tempos de crise não está fácil, Jardim que o diga... De facto, Sócrates diz que actua com coragem, rigor, para levar a cabo a reforma estrutural que o país precisa. Há sacrifícios que têm de ser feitos. Alegre diz que esses sacrifícios são demasiados para os mais desfavorecidos e que os responsáveis pelo estado a que se chegou estão a ser recompensados injustamente. Duas verdades distintas cada qual com um substrato lógico incontestável. Eu, imparcial, acima dos partidos e das sensibilidades, limito-me a registar.
Sócrates:
Vê lá, não sejas traidor
E a ti próprio não mintas
A rosa é a tua flor
Não sejas um troca-tintas!...
Alegre:
Troca-tintas é quem diz
Uma coisa e faz o oposto
A mim não cresce o nariz
Sou poeta de um só rosto!
Sócrates:
Ó ovelha tresmalhada
Pensa antes de ir embora
O Louçã não vale nada
Vai usar-te e... deitar fora!...
Alegre:
Sou pastor de ideias novas
E tenho um milhão de ovelhas
Tu, vê lá se te renovas
És pastor de ideias velhas!
Sócrates:
Vais perder muito, te juro,
Vais passar um mau bocado
Eu é que sou o futuro
Levas contigo o passado...
Alegre:
Sou a voz dos descontentes
Humilhados e ofendidos
Trago comigo... as sementes
Tu... frutos apodrecidos!...
Sócrates:
A crise sopra ambições
Surge o vento aventureiro
E até... sebastiões
À sombra do nevoeiro!
Alegre:
À sombra do nevoeiro
Também medram... corrupções
Tu, és useiro e vezeiro
Em dar milho aos pardalões!...
Sócrates.
Não te fies no milhão
Pardalão sempre a piar
As aves de arribação
São como as ondas do mar...
Alegre:
Sinto estar em maré alta
Tu, estás na baixa-mar
Nesta hora o que faz falta
É nova malta a mandar!...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Príncipe




É preciso revitalizar o partido e elevá-lo à pureza que atingiu com Sá Carneiro no PPD-PSD.
Afirmação de A. J. Jardim
Goste-se ou não dele, é um ícone, uma figura emblemática, um «papa» da social-democracia portuguesa. Tem em Sá Carneiro um paradigma, um alter-ego, daí que seja necessário ouvir o ex-lider para saber a sua opinião sobre este caudilho que segue o seu ideário com devoção, com a dedicação de um apóstolo ao Mestre...
R. B. _ Dr Sá Carneiro que acha desta afirmação de Jardim?
S. C.__ Meu caro Rouxinol, ainda bem que me dás a palavra pois o país precisa de saber algumas verdades. Chama-se necrolatria a esse culto bacoco e exacerbado dos mortos, para lhes roubar o carisma e tentar apropriar-se da aura. Já Mário Soares fez isso comigo de forma oportunística. Chamou-me «caloteiro» e «amancebado» em vida, depois de ter falecido, passou a chamar-me tudo e mais alguma coisa. Eu passei de besta a bestial. Vilanias que nunca esquecerei nem depois de morto!...
R.B.- Mas se estais magoado com Mário Soares ainda se compreende. Jardim é do vosso partido...
S.C.- Jardim certamente esqueceu aquela máxima que eu tantas vezes usei para impôr práticas democrática num tempo de gonçalvismos totalitários: «Acima da social-democracia há a democracia!» Eu, sá Carneiro, nunca quis impor o jugo social-democrata a toda a sociedade. Eu nunca tive cultura partidocrática, eu fui um autêntico homem de Abril. Essa sinistra criatura impede as comemorações de Abril para não ter que conviver com quem pensa de forma diferente mas também procura a democracia, embora por outras vias. Eu respeitava os adversários, ele ofende-os, provoca-os, insulta-os.
R.B. -Achais que há uma partidocracia na Madeira?!
S.C. __Se não é, provem-me o contrário! Esse senhor que já ultrapassou há muito a barreira da sensatez e navega nas águas turvas do populismo desbragado, já devia ter dado o lugar a outro mais jovem, mais sensato. Ele é o anacronismo feito pessoa.
R.B. __Mas não retribuís a estima que ele vos dedica?!
S.C.__Ele sempre foi assim, belicoso, espalha-brasas, julgando-se acima de tudo e todos, mas precisa de ir para um centro de reciclagem para viver em democracia. Ele está de relações cortadas com o espírito de Abril, portanto também com o meu espírito. Se o nonsense fosse música ele seria um autêntico Pavaroti, mas como não é... enfim, um adamastorzinho birrento, um napoleaozinho de trazer por casa...

Porque será?!







Pega real
Cabra e
Polvo
__Meu Deus, por que será que no reino animal, somos tão desprezadas, chegando ao cúmulo de nos chamarem galdérias?!
Isto dizem a cabra e a pega. No entanto, o polvo, esse bate com os tentáculos no peito e exclama:
__Meu Deus, não sei que tenho feito de mal, mas todos me tratam por «Senhor presidente da câmara»!!!

domingo, dezembro 14, 2008

Entrevista com José Régio. «O ponto G», segundo Régio!

José Régio, em Portalegre, à cata de velharias para a sua vasta colecção...
R.B.- Meu caro José Régio, li hoje no JN, que a sua obra poética foi considerada ultrapassada (pela temática obsoleta à base de Deus e do diabo, do bem e do mal...) nem sequer constando o seu nome numa antologia publicada em França em 2003. Manuel Poppe, escritor e jornalista ilustre, insurge-se contra esse «enterramento». Quer tecer algum comentário?
J.R.- Ainda bem que me dás a palavra, meu caro Rouxinol. Não estou «enterrado» embora alguns o queiram fazer. A problemátia do bem e do mal é eterna e nunca terminará. Agora com os fundamentalismos belicistas, atingiu proporções de pandemia até. Acredito que se queira acabar com distinções entre o bem e o mal para nivelar tudo pelo modismo dominante. Camões, por exemplo, não acreditava nos deuses, mas, apesar de tudo, colocou-os na sua obra como efeito decorativo e até como homenagem às culturas grega e romana. Também quererão erradicá-lo («enterrá-lo»...) por isso?
R.B.- Eu estou do vosso lado, também sinto que os novos ditadores da moda literária querem espaço para si à custa dos que não estão cá para se defenderem. A problemática do bem e do mal já vem desde os tempos mais remotos e nunca deixará de existir. É óbvio que não se trata de maniqueismo estulto, mas sim, a contrario, do aprofundamento das raízes maléficas e dos alicerces das virtualidades humanas, no sentido de melhorar estas e erradicar, na medida do possível, aquelas...
J.R.- É isso mesmo, Rouxinol. Eu sempre fui de um agnosticismo salutar, deixando sempre uma porta aberta para a crença, respeitando as tradições mas pondo dúvidas, desassossegado com esta problemática que nos envolve e cujo desfecho é sempre motivo de aprofundamentos diversos, de análises multifacetadas, estudos da mais variada índole. Mas «sanear» escritores sempre foi típico de certo pedantismo intelectual. Sei bem que uns foram maiores, outros menores. Uns mais profundos, outros mais aligeirados. Uns mais cultores do estilo e da semântica, outros, mais virados para o gongorismo de formas, para a redundância. Cada qual no seu patamar, deverão ser respeitados. Aleixo não pode ser equiparado a Pessoa ou a Camões, mas deve existir e ser lembrado pelo que foi, pelo que representou.
R.B. - O que acha da problemática religiosa nos tempos actuais?
J.R._Acho muito interessante. O papa, ao abordar o ponto G. na sua nova encíclica é digno de meditação e de aplauso!
R.B. -É de índole sexual a tal encíclica?!
J.R. - Não, nem de perto nem de longe! Limita-se a abordar o problema da globalização e sua implicação na doutrina e no nosso viver colectivo. Ele vai aprofundar uma temática nova e de grande impacto futuro. Era bom que falasse também do ponto G. das câmaras municipais, dos governos, esses sim, também merecem uma análise profunda!...
R.B. - Ponto G. nas câmaras e nos governos?! Mas quereis referir-vos a quê, concretamente?
J.R. - Eu não estou enterrado, muito embora alguns me julguem. Eu estou atento aos excessos de generosidade (daí «ponto G»...) de algumas câmaras, dando mordomias a torto e a direito, facilitando reformas antecipadas aos politicamente gratos, veja-se o «caso Dourado» na Póvoa e tantos outros por esse país fora... Depois há os excessos com certos empreiteiros que ganham todos os concursos (limitados...) e são prendados com «obras a mais» de tal sorte que tal generosidade é apenas um puro esbulho do erário público. É óbvio que esses empreiteiros alvo de tanta generosidade , depois, por gratidão, também são generosos com certos clubes, certos partidos, certos dadores de prebendas... É o «ponto G» no seu expoente máximo, às vezes o clímax da corrupção mais desbragada!...

O Senhor Cultura está atento!...

Muito embora em Paris, Manuel Maria Carrilho está atento ao que se passa em Portugal e no mundo. Os contornos da actual crise, embora de forma muito sucinta, estão magistralmente dissecados aqui.

Na esteira do que ainda há pouco afirmou Cavaco Silva, o PIB já está obsoleto como instrumento de avaliação, pois o RNB (Rendimento Nacional Bruto) tem uma amplitude mais óbvia e justificar-se-ia mais a sua utilização em determinadas circunstâncias, em detrimento daquele. O que se produz só por si não é retrato fiel de uma economia pois há outros factores (endividamentos externos e internos...) que são dignos de ponderação.

Há que reaquacionar toda a problemática económica e a vertente financeira para combater em profundidade toda a parafernália de toxidades que enquadram a actual crise global.

Meu Deus por que nos abandonaste?!

A praga dos bombistas-suicidas alastrará urbi et orbi!...

Será que a espécie humana ensandeceu de vez?!
Meu Deus, Vós que nos criaste para Vos louvar e engrandecer, para preservar o ambiente e a Natureza, dando mais cor e luz ao planeta Terra, vede o estado a que chegámos!

Esse malfadado ser humano, que se diz Vosso herdeiro, criado à Vossa Imagem e semelhança, tem poluído o planeta, tem criado conflitos e mais conflitos, mostrado que não sabe viver em sociedade, gerando injustiças atrás de injustiças, delapidando recursos de forma criminosa, opondo-se a medidas correctoras, enfim, este autoproclamado homo sapiens é um bárbaro, um ser repugnante e abjecto, que urge civilizar. Põe animais contra animais, para se divertir. Tortura de forma selvagem e hedionda os touros, os cães, tantos animais respeitáveis e dignos de atenção.

Os mares e os oceanos são considerados vazadouros de lixo sem qualquer preocupação ecológica, contaminando os peixes, os animais marinhos, a própria flora marítima.

Árvores são selvaticamnte ceifadas à vida, queimadas e violentadas quando ainda em crescimento. Os pulmões do planeta estão em estado miserável devido à poluição e a cortes sem critério, sem regras responsáveis. O planeta dos macacos está em degradação galopante por causa da incúria, da falta de fé dessa cretina criatura humana. Vade retro homo sapiens!!!


Meu Deus, rogamos a Vossa clemência e pedimos a Vossa intervenção tendo em vista preservar a nossa espécie e dotá-la de meios capazes de refrearem a fúria selvática dos humanos. Fazei com que a Terra seja mais habitável e mais digna de respeito. A fauna e a flora agradecerão.

Sabemos que a Vossa sabedoria é grande e o Vosso espírito de justiça exemplar.

Amen!



Então Deus, Ele mesmo, fez ouvir a Sua Voz, depois de ter ribombado um fortíssimo trovão e de relâmpagos terem iluminado todo o céu:



__Em verdade, em verdade vos digo, já enviei para aí os «mondadores» da espécie humana. Eles só precisam de deitar mão ao arsenal nuclear, então o martírio será universal! Os fundamentalistas islâmicos cumprirão os objectivos: a humanidade será extinta pelas suas próprias mãos! Os suicidas multiplicar-se-ão como os peixes do milagre ...



sábado, dezembro 13, 2008

EUROPA

OS DEZ MANDAMENTOS DA CIDADANIA EUROPEIA
Uma Europa mais forte e mais segura
Caravela na rota do progresso
Falando a uma só voz, no mar-cultura,
Será sempre uma Europa de sucesso!
Ao leme um timoneiro consciente,
Com formação humana e cultural,
Então, será maior que um continente
Será a referência universal.
Europa de valores solidários
Vanguarda esclarecida e tolerante
Fará de todos nós uns missionários
Criando um «novo mundo» doravante.
Coesão social, deve ser lema,
Multiculturalismo omnipresente
Respeito e comunhão farão poema
Será uma só fé, uma só gente!
A civilização é um cadinho
Onde se irão fundir paixões e crenças,
Todos juntos, unidos no caminho
Bem justo do respeito p'las diferenças.
Importa cultivar a tolerância
Fazer frutificar o pluralismo
Importa enraizar a militância
Nos alicerces nobres do civismo.
Cidadania deve ser um norte
Bandeira a desfraldar com devoção
A Europa será sempre mais forte
Quando o povo sentir que tem acção!
Num mundo em permanente convulsão
Dizimado por ódios doentios
Europa deverá ser excepção
Alicerçada em hábitos sadios.
Esta Democracia é a valência
No caldo de cultura pluralista
Que seja inoculada com ciência
P'ra matar esse vírus belicista...
Caminhemos ao lado do futuro
Respeitando as raízes ancestrais
O caminhar é longo, talvez duro,
Seremos europeus, com sinal mais!
Nota: em homenagem ao meu Pai que dizia muitas vezes ser a Europa o nosso «biberão cultural»...

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Jean Claude Trichet, um dos responsáveis...

Talvez tenhas razão, rouxinol, mas ser Presidente do BCE não é fácil. Talvez tenha reagido tarde demais...


A crise alastra de forma galopante ameaçando o tecido económico empresarial de forma assaz contundente. A economia arrefeceu, há recessão no horizonte, falências à vista.
Se de facto esta situação pode ser imputada em parte ao fenómeno do chamado efeito dominó causado pelo sub-prime e outras toxidades na banca americana, não é menos verdade que Wall Street não pode arcar com todas as culpas.
O presidente do BCE demorou a baixar a taxa de juro de referência sob o pretexto de previsibilidade de surtos inflacionistas. Se é certo que o preço do petróleo estava a causar efeitos nefastos (a chamada «bolha» acabaria por rebentar... como era previsível), também era verdade que era preciso agir nas taxas. A Reserva Federal foi mais activa. Nos States houve a noção da complexidade do problema e este foi atacado em várias frentes. Cá, demorou-se tempo demais e foi a pressão dos governos nacionais que obrigou o douto presidente a reagir.
A nível indígena há que actuar a vários níveis. Se é certo que a baixa de impostos não desencadeia obrigatoriamente um igual impulso no aumento de investimento, pode dar um sinal psicológico importante aos agentes económicos. Baixar a carga fiscal (cirurgicamente, claro...) pode aumentar o rendimento disponível das famílias e fomentar certo consumo que vai potenciar o arranque da economia. Taxas de juros baixas, petróleo baixo e desafogo fiscal poderão ser o «tridente» para o relançamento económico! Muita gente pensa como eu.
Com a construção civil parada, era bom dar um empurrão no sistema. Que o governo não seja tão moroso e «pesado» a agir como o foi Jean Claude Trichet, são os meus sinceros votos.
O sector da construção civil (ainda mais do que o automóvel) é uma alavanca com efeitos multiplicadores e arrastadores incalculáveis. Manuela Ferreira Leite já corrigiu a sua postura neste domínio pois era tão óbvia a força dos argumentos do governo para apostar nas infraestruturas (mesmo sem terem um retorno imediatista...) que teve que ceder. É óbvio que o aeroporto de Alcochete e o TGV poderão não potenciar vantagens muito palpáveis no curto prazo. Mas nem só de curto prazo vive um país. A miopia política foi um dos males deste regime. Há que olhar para o futuro e potenciar o seu crescimento de forma lógica, racional, sem olhar aos possíveis custos eleitoralistas.
Quando um país inteiro pára e dá demasiado relevo a um conflito laboral como o dos professores, esquecendo os grandes desígnios estratégicos nacionais é um país a sofrer de miopia grave!

quinta-feira, dezembro 11, 2008

O mal do mundo: a mama!

Nesta Ilha da Madeira
A mama é que está a dar
Isto é a «Mamadeira»...
Ninguém ouse duvidar!...
Lá vamos mamando e rindo
Mama cheia, ou torneira
P'rós meus amigos abrindo
Povo?! ... Sem eira nem beira!...
A mama só nos sacia
Se for forte e bem pujante
Isto é mamocracia
Regime bem fascinante!
Não vejo, mas sinto que o mundo inteiro precisa de acabar com esta mama gigante que dá de mamar a alguns e mata à fome a grande maioria dos habitantes deste planeta!





Para alguns o mundo é mama
Mas que grande «mamadeira»
A chupar... há vasta gama
Vão gamando... a vida inteira!...


A teta da banca está
A alimentar uns mamíferos
Porcos como eles não há
Animais muito prolíferos.


O Estado mama o imposto
Chupa da teta fiscal;
O Zé paga... a contra-gosto
Ou chupa... co'o tribunal!


Lei da oferta e da procura
Mamão, mama tem que ter!...
Olhai p'ra essa figura
Sempre agarrada ao poder!...


Mamar é grande «Paixão»
E todos os que a praticam
É tal a sofreguidão
Que até viciados ficam!...


Viciados no poder
Mama farta!, qual torneira!
A carteira sempre a encher
Mas que grande «mamadeira»...


O mal do mundo é a mama
Dar-se a uns, a outros não!
Mas agora com... Obama
Vai haver mama... à ração!...

Quarenta milhões de dívida ao BPN!!!

O famoso amigo de Dias Loureiro (Abdul Rahman El-Assir) seu conselheiro de negócios, foi o que apontou e aprontou o negócio ruinoso em Porto Rico, efectuado contra o parecer do técnico que foi marginalizado, tem uma dívida no BPN de cerca de 40 milhões de euros!

Quem se der ao cuidado de pesquisar no Google este nome ficará bem elucidado sobre quem aconselha o nosso conselheiro de Estado!!!

Vale a pena fazer uma pesquisa no Google e ver todo o percurso deste autêntico globetrotter, que talvez escreva algum romance sobre a arte de bem cavalgar em toda a arena da política mundial!
Caçadas com o rei Juan Carlos, festas com Felipe Gonzalez, golf com todo o jet-set, enfim, ele sabe-a toda!

Este Loureiro (este nome tem sacudido o regime de Abril pelos motivos mais inverosímeis...) deve ter uma escola bem doutrinada e um pedigree muito recomendável para conselheiro de Estado!

Enfim: O ESTADO A QUE CHEGÁMOS!

O Povo, esse Cristo flagelado pelos algozes...

__Meu caro rouxinol de Bernardim, um pequeno reparo: você escreve povo com maiúscula, porquê?!
_Sua Santidade, nós temos um provérbio que reza assim: «A voz do Povo é a voz de Deus!»
_Não acredito! Isso deve ser alguma tirada daquele fundamentalista da Madeira, depois de uma vitória eleitoral, com uns litros de poncha no bucho! Quem são os «idiotas», os «sandeus»?
__O tal fundamentalista da Madeira não é culpado desta vez! «Idiotas» e «sandeus» há tantos que a carapuça vai ser enfiada por muita gente, penso eu...
__Será verdade que vós, aí em Portugal, também tendes um dogma que reza mais ou menos assim: «O Povo é quem mais ordena!»?
_Tínhamos, tínhamos, mas era no tempo em que Saramago escrevia Povo com maiúscula, agora é tudo corrido a minúsculas!...
_Então, eu vou ordenar ao clero lusitano que proclame outro, bem mais importante: «Deus é quem mais ordena!»










Tantos excessos foram cometidos
E tanto despesismo sem razão;
Política?! O império dos vendidos
Alfobre da mentira e da traição!






O erro nunca admitem!, fariseus
Sem ponta de vergonha, sem pudor;
Às vezes, idiotas ou sandeus
Julgam ser Deus... ou Cristo Redentor!







São a pesada cruz, ou o calvário,
São o gólgota mais torturador,
Perfil de repugnante salafrário.






O Povo? Esse, é Cristo sofredor,
Chicoteado pelo torcionário
Ao serviço do crápula opressor!...