A morte, essa ceifeira implacável, voltou aos mares. Agora foi na Galiza, o «Rosamar» se afundou levando consigo alguns pescadores.
Caxinas, a terra-mártir, mais uma vez foi atingida pelo luto. Oxalá tão cedo não volte a fustigar essa honrada e nobre gente que na faina do mar nos procura dar o alimento saudável que é o peixe. Me curvo à memória de um bravo combatente, que, no local de trabalho, sucumbiu à traiçoeira tempestade.
ROSAMAR!
Caxinas, sinos dobram com dolência,
Veste crepes, de novo, esta colmeia
Piscatória; o luto e a impotência
Esta terra tão mártir, incendeia...
«Rosamar» com espinhos de incerteza
Ensombrando o natal dos pescadores;
Consoada de angústia está na mesa
Amargura com lágrimas, com flores...
Custa tanto sofrer, ter de aceitar,
No local de trabalho sucumbir
Sem ter havido forma de o evitar!
As lágrimas saudosas vão caír
A prostração nos verga e faz pensar:
«Rosamar»... que o mar não deixou florir...
2 comentários:
bela homenagem. gostei. pelo poema e pelo seu signicado...
abraços
"significado", rectifico.
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