segunda-feira, julho 30, 2007

JARDIM: Coragem ou insulto à democracia?

Coragem ou insulto, eis a questão!...


É já um lugar-comum ouvir as diatribes de Jardim contra os do "contenente" escudando-se na sacrossanta autonomia, seu cavalo de batalha...
É de uma auto-vitimização constante, visando congregar ódios de estimação contra as forças da oposição e tudo o que for "legalismos"... Procura colher dividendos desta postura e consegue-o graças ao aparelho adulador que é certa comunicação social quase toda "domesticada" por métodos sobejamente conhecidos.

É perito em "fazer o mal e a caramunha"!

Vem agora dizer a propósito de uma nova Lei da República (IVG) que está em causa a "coesão nacional", dada a alegada "obsessão" de Sócrates em querer ver a Lei cumprida em todo o território nacional. É de um ridículo tão caricato que qualquer cidadão minimamente sério não poderá deixar de sorrir com ironia...

Há quem diga que ele tem "coragem"!
Julgo que alguns políticos que se autoproclamam de "homens de coragem", não passam de caricaturas da dita. Estão sempre a autoelogiar-se que até faz náusea! As mais das vezes são atitudes bem cobardes, acções dignas de algum Capone de consumo interno! Usam o poder económico para comprar "homens de mão" que actuam a seu soldo em tudo. Tantas cobardias são bem comuns hoje em dia! A comunicação social está farta de apontar casos. Alguns darão um rico filme! Outros, talvez polvilhem a literatura...

Queria recordar aqui um verdadeiro Herói, um homem de coragem exemplar.

Decorria o ano de 1971. Estava eu no norte de Angola (Zala). Era uma operação conjunta de comandos e força aérea contra a FNLA (de Holden Roberto, suponho).

Depois de serem lançados a partir de pontos estratégicos previamente estipulados no mapa das operações, eles desenvolviam a sua actividade enquanto que nós (pilotos) ficávamos aguardando oportunidade para intervir quando necessário. As "levas" eram desencadeadas de forma muito rápida com transporte de cinco homens carregados de munições e armas, daí a necessidade de levar pouco combustível nos depósitos para haver maior disponibilidade de carga.

Volvidos alguns dias fomos surpreendidos com a explosão de uma mina antipessoal havendo necessidade de evacuar o ferido. Fui eu o escolhido para a tarefa.
Juntamente com o mecânico (equipado de G3) lá fomos directos ao objectivo final. Após contacto rádio lá vimos o local. Era inclinado, tinha arbustos que dificultavam a manobra de abordagem. Para agravar a situação o inimigo estava perto.

O mecânico, num alerta prudente e responsável, aconselhou-me a regressar e fazer uma segunda tentativa. A situação era delicada. Olhei para o indicador de combustível e não hesitei. Não havia tempo para demoras ou manobras de diversão. Apontei ao local e lá fui apontando ao vento e evitando o contacto com os arbustos numa manobra carregada de riscos.

A salvação foi um êxito. O ferido, já no interior, devidamente acompanhado pelo enfermeiro, foi transportado com toda a segurança. Tive oportunidade de informar via-rádio o local exacto onde estavam os atiradores inimigos e regressei ao aquartelamento de Zala.

Aí estava um avião prestes a descolar (Dornier, avião de asa alta) e levar o ferido para o hospital militar de Luanda. Antes disso, fui cumprimentar o ferido. Era o então capitão comando Oliveira Marques. Estava anestesiado mas ainda se viam os danos causados, com sangue a escorrer e as pernas completamnete amputadas (devidamente tratadas como é óbvio).

Ele sorriu, e com ar desafiante disse-me: "Ó alferes isto não foi nada! Ainda me ficaram os tomates!" Eu dei-lhe um abraço e as lágrimas só a custo não escorreram pelo rosto.

Era assim aquela guerra estúpida, conduzida de uma forma pouco eficaz. O factor político não estava a ser devidamente equacionado. O capitão Oliveira Marques nunca mais o vi. Não sei se é vivo ou morto. Mas aqui fica o meu testemunho de alguém que na pior adversidade manteve a serenidade, o sangue-frio e não se armou em vítima...

O "coitadinho" do Jardim, é o anti-herói. Não sei o que faria num cenário destes. Mas o seu comportamento sempre obsessivamente doentio, sempre a auto-vitimizar-se é algo de patológico. Deus tenha compaixão dele...

O Porto não vale mais... qu'a Gaia toda!


Em Gaia aquilo é uma "tolaria"...


O buraco orçamental
Deixa a câmara sem sono
Ele é tão fenomenal
Mais parece o tal de ozono!

Despesismo e despesismo
Excessivo, é o que eu acho;
Rapace, o clientelismo
Mui voraz na caça ... ao tacho...

Mordomias p'rós rapazes
Bons carros e bons repastos,
São piranhas mui vorazes
A câmara está de rastos!

O futuro hipotecado
Ao despesismo sem norte
Menezes tem governado
Mas o défice é bem forte!

Em Avintes ou Crestuma
Em Sandim ou Perosinho
O Povo... de ódio já espuma
Do caudilho... já fartinho!

Em São Félix da Marinha
Em Lever ou Olival
A gente já está fartinha
Do... "buraco orçamental"...

"Lagarto" de coração
É todo "azul" cá por fora
"Assediou" o dragão
Por interesse... só agora!

"Troca-tintas" é o que é!
Votos!, só votos procura!
É "plural"... na sua "fé"
É singular... na postura!

Tem do poder um conceito:
Nunca dar ponto sem nó!
E quem lhe pedir um jeito
Paga bem, com pão de ló!

Gosta tanto de doçuras
Também de "papas e bolos"...
Ganha a vida... com loucuras
Tem todo o apoio dos "tolos"!










domingo, julho 29, 2007

"TIGRES DE PAPEL", fauna que jamais será extinta!




As suas investidas no universo da comunicação social
são excessivas e quase obsessivas!
Qualquer politólogo que se preze já se habituou a catalogar esta fauna que se procura promover à custa de uma excessiva exposição mediática: "tigres de papel"!
Dizem banalidades, lugares-comuns, tretas... mas , dada a frequência com que entram pelos nossos olhos, pelas nossas casas, algo fica a perdurar. "Água mole em pedra dura...", lá diz o povo e tem carradas de razão...
É o culto da personalidade mais doentio; cria-se à sua volta uma espécie de efeito-eucalipto pois conseguem ostracizar todos os adversários e/ou potenciais, nos locais onde residem, nos meios que dominam. Ninguém conhece os adversários pois são habilmente silenciados pelos "media".
Surgem, amiudadas vezes, como se fossem "zarolhos em reino de cegos"...
Os "cegos" não o são de facto, são até mais honestos, mais capazes, mais verticais, mas não podem "comprar" esta "mercadoria" que é a exposição mediática. Qualquer banal cidadão, desde que exposto a um mediatismo grande, poderá, se tiver um mínimo de qualidades, brilhar intensamente e ser até potencial candidato a uma câmara municipal ou até ao parlamento europeu. Veja-se a ida de Ferreira Torres ao Big Brother: que de mediatismo, que de ilusionismo verbal, que de charlatanismo... Queria a todo o custo ser presidente de câmara de Amarante... e quase o ia conseguindo, usando abusivamente uma comunicação social caricata ...
Vem a talhe de foice o "famoso" Santana Lopes, esse mesmo, o das "santanetes"! O tal de quem se falou a propósito da lei de Gresham (a tal da moeda má que afasta a moeda boa...), o tal que aparecia em todas as revistas de moda, do jet-set, do universo cor-de-rosa. Usava com profusão o jornal "A Bola" e as TV's andavam constantemente a cirandar à sua volta (bem como de Paulo Portas). Aquilo era demais! Aquilo era um "tigre de papel" a ficar no anedotário nacional!
A ânsia de protagonismo (e o desejo de silenciar os outros, em concomitância) é algo de aberrante em certas mentes, em certos políticos de pacotilha. É vê-los em bicos de pés a querer aparecer em tudo: é no local das férias, é no casamento de fulano ou beltrano, é no futebol, mesmo junto à relva, à entrada do túnel, com ar de "dono da bola", "mordomo da casa", é na rádio, é nos jornais locais, enfim, uma epidemia crassa!
Jardim é outro exemplo paradigmático. Mas paga bem pago tal exposição. Que o digam os jornais O Diabo e o Jornal da Madeira (órgão da diocese do Funchal que mais parece o oficioso laranja...). É isto a democracia? É isto a igualdade de oportunidades?É isto digno de um regime com regras sãs e credíveis?
É claro que não. O ordenamento jurídico permite estas barbaridades. Não há balizas legais restritivas neste domínio, daí o regabofe, o despesismo estulto, o clientelismo desbragado. Basta olharmos para o panorama local em todo o país (não cito localidades pois julgo que o fenómeno está generalizado...) e ficamos cientes de que esta democracia está abastardada!!!
O "tigre de papel" aparece em tudo o que é órgão mediático, pode dizer umas patacoadas sem nexo, umas banalidades corriqueiras, ou, quiçá, enormidades dignas de carroceiro, mas os seus adversários estão "proibidos" de replicar, não têm igual acesso aos holofotes, daí o seu quase nulo impacto.É como se um lutador dissesse, no rinque: "venha quem vier eu mato", contudo, quem quisesse avançar para lhe dar um enxerto de porrada, era logo agarrado pelos seguranças pois não tinha acesso ao palco. Daí a aparência de imbatível, o ar de único e exclusivo, por mais imbecil que seja de facto...
Quem está no poder tem capacidades para injectar publicidade e seleccionar os receptadores desses óbulos. Pode até, gerar "incentivos" a quem for politicamente grato, a quem lamber botas, a quem dobrar a cerviz. É a conhecida estratégia da cenoura (para quem é afecto) e do pau (para quem critica, ainda que possa ter carradas de razão). Depois, queixem-se de que não há "alternância democrática"!!! Com este ordenamento jurídico, que não penaliza estas práticas (até as incentiva) não haverá democracia plena! De quem é a culpa?
De várias entidades. Quem tem o poder legislativo por excelência em primeiro lugar.
Veja-se o caso do autarca de Gaia que tem um tratamento vip junto da TV (será por ter lá, no Monte da Virgem, as instalações?) , e passa a vida a comentar, comentar, comentar... Ele tem na génese da sua trajectória política, essa catapultagem mediática, esse mediatismo excessivo que o coloca num dos primeiros lugares do ranking dos "tigres de papel"!
Dizia um amigo meu há dias: "Luís F. Menezes é um cocktail engraçado. Basta misturar um pouco de Jardim, com uns cubos de Valentim, umas gotas de Santana Lopes e... talvez, um pouco de Macedo Vieira... que a nível local está já a tirar o "mestrado"...
É uma bebida "intragável" dizia ele, mas dada a propaganda mediática, é quase de "consumo obrigatório"!... a princípio a gente "estranha", mas, depois se "entranha" de tal ordem que vicia...
por mais maléfica que seja, por mais indigesta que vá sendo...
Muito mediatismo é pago a peso de ouro. Há muito tráfico de influências a gerar isto .
Ninguém dá ponto sem nó. As sondagens são amiudadas vezes encomendadas a órgãods de comunicação social amigos que (tal como a água do mar com salmonelas...) podem dizer que a mercadoria-poder é altamente saudável, quando ela, de facto, pode ser bem pestilenta....
Tudo é marketing, tudo é uma questão de preço, tudo se compra neste mercado global!
Veja-se o caso do "clube dos Pensadores" com a sede em Gaia. Aquilo não passa de uma caixa de ressonância, uma câmara de eco, do seu mentor principal. Aquilo é uma extensão do próprio Luís Filipe Menezes. Alguns (nem todos) os alegados "pensadores" actuam como que marionetas, como se fossem dóceis instrumentos do líder local, reproduzem, qual cassete fidedigna, o seu pensamento, a sua filosofia de acção, a sua praxis globalizante! Não é por acaso que quase todos estão ligados aos "media", têm influência no tecido mediático local ou nacional.
Há quem se deixe "vender" e "comprar" por tuta e meia... o mercado mediático está repleto de mercenários, de "criadas de servir", de factotuns da pior espécie...
Às vezes sem cabedal cultural minimamente credível, sem perfil moral, sem substrato ético aceitável, sem um resquício de ombridade para saber discernir quando e como estão a ser "usados" por outrem. É o princípio de Peter a funcionar, pois alguns encontram-se no topo da hierarquia. O a "lei de Gresham" como diaria o professor Cavaco Silva.

O "ZÉ POVINHO" DA PÓVOA DE VARZIM





Nas ondas dessa barba tão revolta,
No azul desse olhar tão generoso
Podemos vislumbrar Neptuno à solta!...
Corpo de "Zé Povinho" glorioso!...

Herói do Mar, sem dúvida, este é!
Ícone intemporal, "monstro sagrado",
Hino à bravura, símbolo de fé,
Filho da Póvoa, filho abençoado!...

Ao mar foi resgatando tanta gente,
À morte condenada, podem crer,
Ceifada sem remédio, obviamente!

Figura a recordar, não p'ra esquecer,
No coração da História, certamente,
Cego do Maio nunca irá morrer!!!

sábado, julho 28, 2007

O "COITADINHISMO", doença em voga...




Este, "abortou" a meio da gestação...
Esta, usa linguagem de vitimização permanente.
Enfim, duas faces do "coitadinhismo"...
Está muito em voga esta doença. Para alguns é uma obsessão. Não passa um dia que não assumam esta faceta patológica. É já uma imagem de marca.
O seu expoente máximo, é sem sombra de dúvida, aquele sujeito da Madeira, esse, o da Quinta da Vigia. A fonte inspiradora do anedotário nacional e dos caricaturistas mais atentos.
Sempre vítima do "sistema", sempre vítima dos "cubanos do contenente", qual bebé chorão procurando tirar proveito do adágio popular: "quem não chora não mama!"
Mas, o que é demais é erro. Quer estar sempre na crista da onda mediática. Quer ser pomo de discórdia, ambiciona notoriedade mediática permanente. E consegue-a. Ao contrário do seu homólogo açoriano Carlos César, um cavalheiro na plena expressão do termo, este ultrapassa o limiar do bom senso e atinge as raias da patologia.
Não teve problemas em cometer I.V.G. (interrupção voluntária da governação), a meio da "gestação", não se incomodando com os balúrdios que foi gastando nessa terapia despesista e desnecessária. Só por megalomania. Só para prolongar mais dois anitos a sua já longa maratona. O despesismo não o incomodou então.
Agora diz que não há dinheiro para cumprir a nova legislação no tocante à I.V.G. (interrupção voluntária da gravidez). É despesista, não há meios, o "contenente" que se desenrasque!
Sempre a chorar... para mamar! Sempre a procurar descortinar pretextos para "sacar" mais algum aos "parolos" do "contenente"...
Mas há mais "coitadinhismos" por aí!!!
Alguns presidentes de câmara, usam e abusam da doença. Quando a oposição cumpre o seu papel, com eficácia e com verticalidade, eles acusam-na de: "maledicência", "ânsia de protagonismo", "ataque ao turismo local", "ataque ao bom nome da cidade!", "manobra capciosa", etc., etc.
É assim em quase todo o país. Se há esgotos a céu aberto, a culpa é da oposição que está a dar cabo da imagem da terra. Se há salmonelas na água do mar, é a oposição que quer afugentar o turismo, se há rios poluídos, é culpa da oposição que só agora acordou para o problema e quer notoriedade pública...
Mas, o que é grave, é que usando e abusando de uma comunicação social seguidista e paupérrima em termos éticos, histérica em questões deontológicas, esses ditos são empolados de forma hiperbólica por escribas sabujos e de índole mercenária, que tratam o tema de forma quixotesca. Chamam à primeira página o "caudilho local", num culto de personalidade persistente e de contornos servis, e fazem comentários do género: "o povo continua a adorar o grande chefe!", "as sondagens mostram que a câmara está com o astral em alta!", enfim, servilismos parolos e com sabor a ranço...
Quantas vezes as sondagens não passam de manobras populistas encomendadas a alguma empresa que directa ou indirectamente anda a sorver fundos da própria câmara?!
É assim esta acaciana terra portuguesa, onde o "chico-espertismo" assentou arraiais, para enriquecimento de meia-dúzia à custa da boa fé e credulidade da explorada maioria, que somos todos nós... Ai Eça, vem cá outra vez que a tua chalaça continua oportuna... a tua mordacidade é um cautério intemporal, uma carapuça permanente para certas "cabecinhas pensadoras"...
Enfim, os rostos do "coitadinhismo" são tantos e tão díspares que daria para escrever um livro!...

sexta-feira, julho 27, 2007

A CUNHA, A MAIOR INSTITUIÇÃO NACIONAL...


Até nos domínios da arbitragem ela mostrou o seu "talento"...
No ante-25 de Abril fui vítima (mais do que uma vez) desta malfadada instituição. Preferi continuar "pé-descalço" e "pé rapado" do que ter de fazer o papel sabujo, a servil bajulação a quem exercitava o poder. Conheci um indivíduo na instituição militar que tinha um irmão padre e que me afirmou várias vezes ter resolvido problemas seus e de amigos à custa da Igreja. O próprio cardeal Cerejeira (muito amigo seu) prestava-se a pequenos "jeitos" que mais não eram que cunhas abertas e nada camufladas. Outro, sobrinho de um general, tinha todas as facilidades e sentia-se como que intocável na instituição militar. Ai de quem lhe tocasse!!!
O ante-25 de Abril, com a PIDE/DGS a controlar tudo e todos (o Big Brother de então), era certo e sabido que quem fosse "sem-abrigo" (leia-se : não tivesse um "padrinho"...) estava amarrado de pés e mãos... Senti isso demasiadas vezes. Nalguns casos, só soube a sua real dimensão depois do 25 de Abril. Mas já era tarde demais...
Nunca gostei de usar a cunha. O saber que o mérito próprio não bastava, era preciso algo mais, de cunho político, de carácter religioso (aqueles cursilhos de cristandade foram trampolim profissional para muita gente, menos para mim, que abominava essa metodologia), era deprimente. A capacidade intelectual, a idoneidade, a assiduidade, o trabalho efectivo sempre subalternizados quando entra em cena a malfadada cunha...
Veio o 25 de Abril e... espanto meu, a CUNHA continuou, impávida e serena, a fazer valer a sua força, o seu poder persuasivo; o que se passa nalguns sítios é alarmante; é a refascização do regime; é, de facto a prova de que Abril foi apenas... ilusões mil!
Há de facto alguns cargos que não são de nomeação directa, resultam do sufrágio popular, mas a praxis desses eleitos, no dia a dia, é típica do "antigamente", alguns são mais salazaróides que o próprio Salazar (esse não enriqueceu... limitou-se a deixar que os aparelhistas o fizessem...).
Recordo uma cena que me marcou profundamente. Ia fazer um teste psicotécnico numa empresa de grande dimensão para ocupar um lugar de reduzida importância. No café ao lado do gabinete psicotécnico, um colega chamou-me de parte. Disse-me que iria ser ele o "escolhido" , até me deu o nome da pessoa que já lhe prometera o "tacho". De facto, o teste foi mero proforma. Tudo se processou como ele dissera...
Qual foi o objectivo da "confissão"?
Julgo (presumo apenas, como é óbvio...) que tinha duas finalidades. A primeira era meter-me no "esquema". Ou seja, ficando a saber quem decidia, quem detinha de facto o poder, devia ir lá, ao "beija-mão", prestar vassalagem, para, na próxima...
Segundo objectivo: saber se eu alinhava ou denunciava a situação. Para agirem em conformidade. Traduzindo para linguagem mais transparente. Se eu me calasse e "alinhasse" passava a ser "cliente" e entraria em todos os "jogos" de sedução dali para a frente pois não teria moral para verberar nada. Se não alinhasse e denunciasse, passaria a ser alvo a abater...
Como não fiz uma coisa nem outra (não tinha provas concretas da "confissão"...) fiquei sempre num estádio estilo "corpo estranho" ao sistema; é assim este universo onde a cunha impera e dita leis.
Mas o que é curioso é que quem usa este "modus operandi" está farto de usar e abusar dos termos "Abril", "democracia" , "liberdade"... Estranha ironia...
Abril ainda não chegou. Há sede de Abril em muitas almas que se sentem reprimidas, usadas, amesquinhadas por um regime que prometeu igualdade de oportunidades, respeito, democracia plena e, de facto, existem ditadurazinhas municipais, máfias empresariais, enfim, Estados paralelos adentro do próprio Estado.
Há tanto "apito dourado" por esse país fora: na saúde, na justiça, no fisco, na própria Igreja... nas câmaras, nas escolas...

quinta-feira, julho 26, 2007

"AS FARPAS"




O touro-poder chama-se
"Palerma" (1)
A "carapuça" assentará a quem?!
SEJA VOCÊ O JUIZ!
O CHARME DISCRETO DA
TOURADA À PORTUGUESA...
O poder destrambelhado
Perde a cabeça com pouco
Com ódio desnaturado
O são... degenera em louco!
A sanha persecutória
Do poder vil e sem norte
Já tem inundado a história
De sangue, terror e... morte!!!
O poder corrupto odeia
O humor, o chiste, a graça...
Recorre à força, à tareia
Para açoitar a chalaça!...
Usa "açoites" variados
Dispõe de um vasto arsenal
Escribas, vis "paus-mandados"
Ou até ... o tribunal!
O poder ensandecido
Não tolera oposição
Espuma fel... não duvido...
É só raiva... o coração!
Nesta "tourada da vida"
Touros feros já peguei!...
Levei cornadas, feridas,
Mil farpas... também mandei!
(1) Os "jaguncos" do "Palerma" são... "palermóides"!!!

Dia da minha Mãe




25-07-2007
A mor de Mãe é puro e imaculado
M onumento à paixão e à ternura
O de perfeita e amor acrisolado
R idente primavera... só candura!
D evotado carinho, sem ter fim,
E moção maternal é fogo intenso
M agia intemporal, flor de alecrim,
A mor de Mãe... eu sinto... que é imenso!
E nquanto tiver Mãe, feliz serei,
T enho o Sol, essa estrela que me guia;
A apontar o caminho certo, eu sei,
O caminho do Bem, de Deus, diria...
P or isso, à minha Mãe eu só desejo
U ma vida bem longa, com amor,
R eceba deste filho um terno beijo,
O bolo que lhe dou... pobre penhor!...

quarta-feira, julho 25, 2007

Questão de princípios: utilizador-pagador!!!

Enfiar carapuças cada qual pode fazê-lo. E há carapuças bem giras por sinal...
ELE FOI CONFESSAR-SE. TINHA REMOROS...
Ele, um conhecido presidente de câmara, foi confessar-se. Cristão de profundas convicções (não de fachada como alguns...) religiosas, militante da verdade e de boas práticas cívicas e deontológicas, ele, presidente de câmara (PC) foi lavar a alma junto do confessor...
PC - Padre, já não me confessava há algum tempo. Tenho um pecado muito grave que me atormenta a consciência!..
Padre: "Consciência"! Bonita palavra meu filho! Ainda bem que a tens, alguns que por aí andam a apregoar moral e bons princípios, não têm consciência de safadezas que vão praticando no dia a dia..
PC - Pois é por causa dessas safadezas que aqui estou padre. Sinto remorsos. Sei que a minha prática não corresponde aos meus princípios. Sinto-me um Frei Tomás!...
Padre: "Frei Tomás!" Ai de quem pense que não tem nada dessa criatura. Todos, honestamente, o temos. Mas dize lá o que te atormenta meu filho!...
PP-Eu acuso a oposição camarária de não ter respeito pelo princípio do utilizador-pagador. Mas, honestamente, eu também desprezo tantas vezes esse princípio..
Padre _ Concretiza, meu filho, esse maléfico pecado...
PC - Olhe, recorri aos tribunais para defender a minha honra e bom nome. Utilizei os serviços judiciais mas fiz com que fosse a câmara a pagar esses serviços!... Estou a ser incoerente, estou a ser hipócrita, diria mais, quase cínico...
Padre- Tens razão meu filho. Olha, e tens pecado mais neste domínio?
PC- Tanta coisa, padre. Às vezes estou na câmara e apetece-me ligar para um amigo, para o estrangeiro e utilizo o telefone camarário. Devia ser eu a pagar estas despesas, compreende, eu sou de princípios, aquilo que quero para os outros também exijo a mim próprio. Sou um escravo da minha consciência, dos meus sagrados princípios. Até já pensei em demitir-me por causa disso!...
Padre- Não te auto-flagelizes meu filho, não te faças de mártir, eu se pudesse fazia a mesma coisa... Tu não tiveste a maioria? Eles querem-te assim tal e qual és, assim mesmo de carne e osso, com os teus vícios, as tuas incoerências. Se te armares em puritano ainda corres o risco de perder as eleições e não queremos isso pois tens sido nosso amigo. Tens zelado pelos nossos interesses.
PC- Obrigado padre. Sinto-me mais confortado.
Padre- Para terminar vou-te dar a penitência. Podia-te mandar rezar uns padre-nossos e umas avé-marias, umas salvé-rainhas ou credos... mas de que adianta isso? Olha, esquece temporariamente o princípio do utilizador-pagador e quem vai pagar a tua penitência vão ser os serviços camarários...
PC- Mas, padre, os meus princípios!...
Padre- Manda às urtigas os teus princípios desta vez. Quero que mandes lá o pessoal da câmara arranjar a residência paroquial que está um nojo. Qualquer dia tenho aí o cónego Melo e o senhor arcebispo e aqueles quartos de banho estão muito degradados. Arranja aí um pessoal especialista no assunto e considera a tua penitência paga!

terça-feira, julho 24, 2007

"AUTO-FLAGELAÇÃO" OU MORALIZAÇÃO?!




Para uns é "auto-flagelação"
o que para outros é moralização...
Seja o leitor o juiz!
Ele aí está! quer o poder... e tem cliques a defender, custe o que custar!
Aquilo que foi apontado como um exemplo de coragem na moralização da vida pública do País, é agora apontado como "auto-flagelação" num evidente piscar de olhos aos visados por essa manobra saneadora (no sentido de "tornar mais sã"...) em devido tempo adoptada.
Uma "imagem de marca"! Um sério "aviso à navegação"! Um prelúdio sintomático!...
O elogio do "ourives"(?) feito uns dias antes foi o "empurrão", o "motor de arranque" ideal para o início da "corrida"...
Mas qual moralização qual quê, a vida política caminha no melhor dos mundos, o que se passa por trás da cortina ninguém vê, e os poucos que se atrevem a dizer a verdade levam logo com o "cassetete", têm algum "jagunço" à perna (nos jornais, nos blogues, nas instâncias judiciais...); os caudilhos de meia-tijela estão preparados para tudo, jogam em todos os tabuleiros, têm "informadores" e "caceteiros" em cada esquina... Parece ter ressuscitado a PIDE/DGS de triste memória...
A política do imediatismo, do "faça-se agora e pague-se para as calendas", é o que está a dar...
Que importa o fardo que se deixa para o futuro? Que importa o hipotecar das novas gerações?
Quem vier atrás que feche a porta...
Quanto a "corrupção" é uma farsa inventada por ressabiados e invejosos. "Apitos dourados" são apenas invencionices baratas e sem pés para andar. Este país está repleto de "invejosos" , de gente com "dor de cotovelo", de "maledicentes", de "capciosos"...
Enfim a cassete é conhecida e aplicada urbi et orbi. Parece uma ladainha estereotipada para consumo interno desta corja de nefelifatas que pairam acima das nuvens de poeira que desencadeiam à sua passagem. É como o polvo: camuflagem em todo o terreno!
Têm fidelidades caninas que se afirmam "de alma e coração", "com todas as fibras do seu ser", capazes das maiores safadezas para lamberem feridas, e, em simultâneo, lançarem punhaladas cobardes sobre os que ousarem enfrentar a "corja"...
Coitado do partido que se deixar abocanhar por mentalidades imbuídas de um regionalismo parolo que serve apenas de capa ao arrivismo, ao "alpinismo" sem escrúpulos, sem peias morais, sem ditames prudenciais. Fins justificam todos os meios. Adulteração de regras e aviltamento de valores tudo isso sob um denominador comum: é preciso ganhar! ganhar!...
O escrúpulo foi banido, por obsoleto. A moralização foi lançada à valeta por não ser propícia ao êxito fácil. O pudor foi "excomungado" por estar subjugado a princípios de rectidão, por ser aliado da verticalidade, por ser amigo da verdade!
Os "compagnons de route" é vê-los, também eles, só cobiça no olhar, ambição a rodos, quais fanáticos "salteadores da arca perdida", cada qual o mais obcecado, cada qual o mais sôfrego, cada qual o mais fiel escudeiro, o mais Sancho, o mais Pança!...

domingo, julho 22, 2007

O "Príncipe" e o "Padrinho", omnipresentes...




Às vezes travestidos de "presidentes"
eles andam por aí a infernizar o quotidiano...
Figuras intemporais, é vê-los bem perto de nós...
Não, não é específico do regime de Abril, ele é um "arquétipo", um "exemplar" que tem cabimento em diversas sociedades, mesmo as ditas democráticas; vai medrando aqui e ali sob os auspícios de um proteccionismo de contornos mafiosos, coadjuvado por "acólitos" da justiça, do fisco, da própria Igreja, com seus "figurões" mais virados para a defesa do vício que da virtude...
Neste mundo cada vez mais globalizado em que vivemos o "padrinho" tem parâmetros de actuação "sui generis" e possui figurino próprio, variando pouco de país para país. Tanto pode ser um presidente de um grande clube, como um autarca, um juiz, um reitor da universidade ou simples professor primário... até pode ser um banqueiro, um director de um hospital, chefe de repartição de finanças, grande empresário; pode ser o "brasileiro" lá da aldeia, ou o próprio pároco, o cónego, o monsenhor, o bispo... até pode ser um dirigente de uma federação desportiva, ou o líder local da Santa Casa...
Usualmente pratica o nepotismo, tem os seus "nepos" em lugares -chave e usa-os nos momentos certos, nas horas de aperto. O tráfico de influências é a sua especialidade. Da democracia tem um conceito muito peculiar: é como se fosse o seu próprio "umbigo"...
Gosta de se assumir como uma espécie de taumaturgo, um Harry Potter capaz de satisfazer os caprichos mais variados graças às suas habilidosas qualidades e aos seus dotes divinatórios e feitiçarias de todo o calibre; usa uma espécie de "varinha de condão" que faz com que uns sejam rapidamente promovidos e bafejados de todos os sortilégios, enquanto outros, sejam relegados para o limbo/purgatório mais obscuro... Os primeiros sabem bajular, lamber botas, mendigar e manter fidelidade canina, os outros, podem limitar-se a ter coluna vertebral, dignidade, aprumo, carácter. É o seu maior "defeito"!
Além de caprichoso e impulsivo é extremamente vaidoso, arrogante, cultiva a empáfia para os subalternos e a subserviência para os que o precedem na escala social. Tem-se na conta de dialogante e de tolerante, mas é só para uma restrita clique, uma entourage interesseira e medíocre que ciranda à sua volta como mosquedo faminto à volta de um monte de lixo...ou fezes de cão doentio. Gosta de estar sempre rodeado por uma espécie de tertúlia acéfala e
descaracterizada que sorri muito, diz sempre que sim, abana a cabeça... os "yesboys"!
É assim lá no café, na assembleia, no clube, até na sacristia...
Ao ver um caso típico (há-os em todas as localidades...) um amigo meu sentenciava com rara felicidade: "parecem borboletas tontas à volta de uma vela de cera..."
O "padrinho" (às vezes "Príncipe"...) considera-se e exige que todos o considerem o mais "credível", o mais "inteligente", o "dono da verdade".... alguns padres, mais servis e veneradores chegam a alcunhá-lo quixotescamente de... "santo"!... Aí, então, o seu gozo interior atinge um clímax perverso... É que ele sabe bem aquilo que é, de facto!...
Gosta de subornar (manda fazê-lo por interpostas pessoas, os jagunços e... as jagunças!...) e tem sempre envelopes disponíveis para meter no bolso, debaixo de uma porta, nalgum carro com os vidros propositadamente não totalmente fechados... Há de facto alguns carros que são autênticas casas bancárias, com caixa-forte e tudo!... Mas, por outro lado, atribui os seus méritos e as suas "vitórias" a uma extrema devoção aos santos e em especial à sua excelsa Senhora deFátima, aonde vai várias vezes por ano, acompanhado de enorme séquito; os fotógrafos nunca faltam à chamada pois é preciso fixar para a posteridade tais manifestações de farisaísmo parolo...
É convidado para aniversários de padres amigos (que, coitados, sem os seus holofotes mediáticos seriam simples zeros à esquerda, mas, assim, passam a colunáveis e ficam na calha para uma grande paróquia, um cargo honorífico, o bispado, quem sabe...) e leva sempre algum amigo fotógrafo ou repóter de TV... nunca descura o impacto mediático de certos actos por mais insignificantes que pareçam!... É um ás na arte de manipulação da opinião pública. Quando quer reduzir alguém a pó, contrata jagunços, até na comunicação social se preciso for... há lá exemplares assim, em postos-chave na maior parte dos casos!...
Narciso até limites roçando o patológico, não gosta de perder e tudo faz para se colocar em bicos de pés no momento glorioso da vitória, e, nas derrotas, procura arranjar sempre um ou dois bodes expiatórios para minimizar o impacto da "tragédia"...
Manipulador e intriguista, inventa mil-e-um defeitos aos adversários (quando não atribui-lhes os seus próprios...) com requintes de malvadez só ao alcance de mentes pérfidas. A sua maledicência atinge foros de autêntica patologia pois o seu hipercriticismo é já lapidar e vem de tempos imemoriais...
O "padrinho" tem na cabeça uma autêntica obsessão: ter tudo sob o seu controlo, sob a sua supervisão, saber o que pensam dele, saber como vai a sua imagem junto de certos meios, conhecer o que sabem realmente sobre a totalidade dos seus actos maléficos... Para isso alimenta um autêntico "exército" de "olhos e ouvidos", de "informadores-bufos" que se revezam na arte e se multiplicam na graxa e na adulação permanente!
Ele parte sempre do mesmo pressuposto: toda a gente tem um preço!!!
Para uns pode ser um título honorífico, uma simples comenda, para outros uma subida no ordenado, uma promoção, para outros ainda uma obra no adro da igreja ou um emprego para um familiar, uma sinecura qualquer... numa fundação, na rádio local, no jornal afecto ao regime, na biblioteca...
Ele gosta de ter tudo com rédea curta, com pouca margem de manobra, sem liberdade interior para criticar seja o que for. Ele não é de esquerda nem de direita, está nas mais variegadas ideologias, nos mais diversos partidos, nos lóbis e nas forças de "bloqueio" mais arrevezadas...
Figura do imaginário queirosiano é-o igualmente da filosofia maquiavélica; tem contornos felinianos iniludíveis; enfim, por vezes até tem uma riqueza de vocabulário e possui cultura acima da média para melhor camuflar o perfil mafioso que subjaz à sua complexa personalidade.
Diria mais: é sempre digno de um estudo aprofundado pela ciência psiquiátrica! Às vezes consegue marcar a História, no pior sentido, claro...

sábado, julho 21, 2007

O "chico-espertismo" anda por aí!...


No Paraíso Terreal começou esta praga do "chico-espertismo"!!!
Prolifera na seara de Abril esta erva daninha que vai resistindo a todos os pesticidas, que continua a medrar no Terreiro do Paço, nas autarquias, nas universidades, nas escolas, nos hospitais, nos tribunais, etc.
É joio, mas, graças a um "esperto" mimetismo, gosta de se fazer passar por trigo são e escorreito!
Às vezes faz promessas mirabolantes, sabendo de antemão não ter recursos para as cumprir, mas fá-lo só para impressionar, bem sabendo que está a mentir aos outros e a si próprio, outras vezes faz Planos de Actividades tão excessivos que sabe não poder executá-los, pois não tem recursos financeiros para tal, mas, só para "inglês ver", só para exibir estulta megalomania, só para se dar ares e impressionar incautos, repete a façanha ano após ano...
O "chico-esperto" usa e abusa da vitimização para colher dividendos eleitorais. Quantas vezes se serve do erário público para usar os tribunais como chicote castigador de adversários que, na maior parte dos casos, se limitaram a cumprir com dignidade o seu papel fiscalizador, dando seguimento ao juramento eleitoral, cumprindo sem tergiversar a sua tarefa. Ter opinião, passa, para o "chico-esperto", a ser um grave delito de lesa-"majestade"!... Às vezes, essa opinião destina-se a defender o cidadão de custos que directa ou indirectamente o vão onerar e depauperar o já de si magro orçamento familiar...
Quantas vezes essa "chico-espertice" se manifesta em placa pomposa a anunciar a existência de uma ETAR( que, de facto, nunca existiu...), de umas piscinas (que, de facto, nem para as calendas...), de uma estrada (que nunca chegou a ver a luz do dia...).
Não raro o "chico-esperto" recorre a créditos bonificados que deveriam ser usados em investimentos de grande alcance social e os usa para fins especulativos...
Quantas vezes ele pede para o partido... e o espórtulo fica nalgum "apeadeiro", sem nunca almejar a "estação" final?!
Ele tem artimanhas e usa mecanismos de sedução bem ardilosos para captar ingénuos; quantas vezes não são os próprios tribunais, manipulados de forma ultra-"idiota" por maquiavelismos sofisticados urdidos em mentes mercenárias, a serem usados como "cassetetes", como "punhais" nas costas de adversários directos? Suprema vilania esta! Despesismo e burocratismo doentios!...
Ele é o grande empresário que usa todos os expedientes legais (ou ilegais...), se serve de manobras dilatórias para que o processo X prescreva; ele é o devedor ao fisco que arranja artimanhas para protelar "ad infinitum" as sua obrigações; ele é o estratagema das providências cautelares que é usado para prejudicar um concorrente, só por birra, só para causar danos gravosos.
O "chico-espertismo" atravessa a sociedade e existe em todos os patamares do tecido social.
Ele até pode ser o pároco, que, dizendo-se democrata-cristão, vota em sentido contrário, sabendo que, com este gesto __ que habilmente faz divulgar...__ lhe trará benesses de índole pessoal, familiar, paroquial também... e, quem sabe, poderá dar azo a uma citação no pasquim oficial do poder local, estilo "este não é nosso, mas... vota em nós!...", depois seguir-se-á uma cantilena do génro "segui o cherne!" E o "cherne" assim cultuado, lá vai, votando e rindo...
Enfim, o país inteiro está infestado desta praga. A seara de Abril não produz como seria desejável pois esta moléstia a ataca de forma persistente e bem danosa. Mas... será possível erradicá-la definitivamente?!
Creio bem que não. Creio que ela é intrínseca à espécie humana: começou logo em Eva, quando, no Paraíso Terreal, com o seu "chico-espertismo", foi entregar a maçã a Adão!...

sexta-feira, julho 20, 2007

A TRAGÉDIA DE S. PAULO


O aeroporto de Congonhas (S. Paulo) foi cenário de uma grande tragédia aérea.




Aviões na fase de aterragem.
AQUAPLANAGEM OU ERRO HUMANO?
O grave acidente aéreo que ceifou a vida a quase duas centenas de pessoas (incluindo um português) ainda está bem fresco na memória . Alguns invocam o facto de poder ter sido causado por aquaplanagem, ou seja, pista com deficiente drenagem e com condições susceptíveis de provocarem pouca aderência depois de uma aterragem feita a velocidade superior ao normal.
Só as peritagens poderão dar uma explicação cabal sobre esta tragédia. Mas importa reflectir sobre as condições de segurança, pois todos estamos sujeitos a ser vítimas de uma conjuntura semelhante. O prevenir é melhor que o remediar...
Recordo que estava eu em Sintra (Base Aérea nº l - Granja do Marquês) , tripulando um avião Chipmunk, ia sendo vítima de um grave acidente na aterragem e que evitei "in extremis" graças ao instinto e a reflexos apurados.
O avião ia já na "final", apontando à pista, de forma correcta, muito embora o vento fosse muito intenso. Fiz a aproximação para o princípio da pista, estava muito próximo do local, e, de repente, sem que nada o fizesse prever, o avião caíu vertiginosamente e ameaçou espatifar-se no solo... Sem que tivesse bem a noção da gravidade dos factos, accionei o motor e, com calma, o avião estabilizou e começou a voar de novo em condições normais, permitindo-me "borregar" evitando assim o acidente fatal.
O que se tinha passado de facto?
Era uma avaria de flaps. Esses apetrechos que estão acoplados à parte traseira da asa do avião, próximo da fuselagem e que têm um efeito redutor de velocidade devido ao atrito com as camadas de ar, aquando da aproximação à pista e estando o motor nos mínimos.
Contei a minha versão e ninguém quis acreditar!! Era lá possível a falha de flaps, diziam alguns pouco crédulos... o material nunca falha!!!
O avião era velho e de facto este tipo de acidente é muito pouco vulgar. Só acreditaram na minha versão quando, tempos mais tarde, um oficial do quadro permanente, ao usar o mesmo avião, se ia estatelando no solo devido a idêntica avaria. Então sim, o avião foi para abate!!!
Eu, um simples oficial miliciano, não tinha credibilidade; ninguém acreditou em tal hipótese; mas, quando se passou a mesma coisa com um oficial superior, então sim, já todos deram fé à minha versão dos factos...
Agora, ao verificar os condicionalismos desta tragédia, várias hipóteses se podem pôr; contudo, a mais provável, é talvez a velocidade excessiva na aproximação à pista (erro humano) e as condições de pluviosidade excessiva e má drenagem da pista provocando aquaplanagem...
Bom seria que isto servisse de lição para muitas situações concretas. O material acumulado nas pistas resultante do embate dos pneus das aeronaves, associado a grande pluviosidade, poderá dar azo a situações similares, criando condições propícias a sinistralidade. Bom seria que desta tragédia se extraíssem (urbi et orbi) as naturais medidas preventivas.

A sublime confissão-catarse do político arrependido...

NOTA PRÉVIA: Este relato é pura ficção e nada tem a ver com a realidade.

Ele ajoelhou-se diante do confessor, benzeu-se, rezou o acto de contrição; este abriu as hostilidades:

_ Então, que pecados tens, meu filho?
__Olhe padre, tenho cá uma dor no peito... nem sei que lhe diga. Preciso de me abrir e da absolvição como de pão para a boca!
__Desabafa meu filho; o confessionário é um local de catarse, de reconciliação, de libertação da angústia e do stress. Tu, que és psiquiatra, sabes bem que isto é tal e qual o teu divã...
__ Sou psiquiatra mas estou cada vez mais doente, padre. Sinto-me como que um doente bipolar: euforia desmedia e depressão profunda! Alto e... baixo astral!... É deprimente.
__Liberta-te meu filho. Diz lá os pecados mais recentes...
__Olhe, sou demasiado ambicioso. Logo de manhã levanto-me e vou para o ginásio. Sinto uma enorme ânsia de vencer, de ganhar a qualquer preço!
__ Não me digas que tomaste doping?!
__ Não, não tomei, padre. Apunhalei o meu partido! Pensei em mim, e esqueci-me dele... e tanto do que sou lhe devo a ele, meu Deus!...
__Mas... apunhalar o partido ainda não é pecado, que eu saiba!...

__É, é, e muito grande. Com a minha doentia ambição pelo poder, eu afirmei que o partido iria perder na corrida à câmara de Lisboa. E fui mais longe: disse que a culpa seria do líder e não do candidato!
__Digamos que te meteste por caminhos perigosos. A futurologia é o papel divino, não está ao alcance dos mortais. O futuro só a Deus pertence! Mas, até acertaste em cheio!
__ Sim, padre, acertei. Era tão óbvio. As previsões todas apontavam nesse sentido. Eu, no lugar do líder, não faria melhor, confesso-o humildemente. Mas isto foi um pecado de falta de solidariedade, de falta de lealdade, uma vil traição! Foi o pecado da suprema ambição...
__ Queres tu dizer que com a derrota (que intimamente desejavas) só pensavas na tua hipotética ascensão ao cargo de líder! Isso, de facto, é um grande pecado!

__ Isso mesmo, padre! Eu fui longe demais! Fui imprudente. A ambição cegou-me a tal ponto que nem vi as consequências. Fui vítima da minha soberba, da minha ânsia de poder, da minha luxúria político-partidária. Enfim, o meu exacerbado sentido da oportunidade, o meu oportunismo doentio levaram-me a isto!...

__ Enfim, compreendo-te. Mas vejo que estás arrependido e isso já é muito bom. O arrependimento é meio perdão.
__É óbvio que sim, padre. Quero pedir perdão a Deus pelo meu pecado. Quero redimir-me.

__Olha meu filho, vejo que estás sinceramente arrependido. Vai e que Deus te abençoe. Reza como penitência 10 avés-marias e 10 padre-nossos. Olha, deixa também 1.000 euros aí na caixa das esmolas para as despesas do culto. Santa Maria Madalena, a padroeira dos arrependidos, te há-de ajudar no futuro... tenho a certeza.

__Padre, posso pagar com cheque da autarquia?
__Mas que ideia, meu filho?! A autarquia não pecou...

Passados uns tempos e vendo que o cheque não surgiu na caixa das esmolas da paróquia, o confessor dirigiu-se ao conhecido autarca:

__Então, meu filho,. esqueceste-te da penitência?!
__Não padre.Eu paguei.
__Mas não vi lá o teu cheque.
__Paguei com valores "murais"!
__Mas... como assim?!

__Olhe padre, mandei pintar todos os muros dos cemitérios do concelho. Estavam num estado lastimoso!...

quinta-feira, julho 19, 2007

O TRIGO E ... O JOIO!


Rui Rio: poderá não ser "o caminho, a verdade, a vida", mas é, seguramente

mais descontaminado dos lóbis da bola e quejandos...

Entre ele e o autarca de Gaia há alguns côvados de diferença em estatura moral e cívica.








Não tenho opção partidária. Não tenho ambições políticas. Entendo que deve existir sempre alguém que possa falar de "fora" para perceber melhor o que se passa lá "dentro".


Sei por experiência (bem dolorosa) o que é ter coluna vertebral, não ceder às chantagens dos lóbis, não bater chapeladas ao vil metal.


Por isso sei o que quer dizer na sua a presidente da distrital do PSD de Lisboa quando verbera os que por ambição pessoal, por arrivismo, por ânsia de protagonismo, quebram os laços de solidariedade e se postam quais alpinistas da fama procurando subir ao cume da montanha do poder. Esses, os sôfregos amantes da glória, os tiranetes de pacotilha, os caudilhos de trazer por casa, a tudo se prestam para saciar o seu apetite...mesmo calcando princípios.


Conheço bem o lóbi da bola. Sei os seus métodos, conheço as suas motivações profundas, os mecanismos de sedução e de "captação" de apoiantes. Não cedi ao canto da sereia e demiti-me da política partidária. Mas não me demiti de observar, não me demiti de opinar, não meti a cabeça na areia.


Por isso sei do que fala a presidente da distrital do PSD de Lisboa. Ela está dentro da razão quando fustiga forte e feio aqueles que à sombra de um protagonismo emprestado por entidades de cariz mafioso se prestaram a usar o camartelo contra esse edifício respeitável chamado PSD.


As "rãs" do nosso descontentamento já há muito coaxavam no charco da ambição desmesurada.

O seu coaxar já alertara os mais prudentes para o arrivismo e a autopromoção sem freio...


Sei bem que Rui Rio, muito embora tenha cometido muitos erros na câmara do Porto ainda é uma referência moral. Recordo que sempre se procurou afastar do poderoso lóbi da bola, com todos os riscos que isso comportou.


Quando o processo "apito dourado" ainda é procissão no adro, a ânsia de LFM poderá confundir-se com a ânsia "controleira" de outras entidades que poderão ter a tentação de o usar como eminência parda. Daí o perigo de uma opção para a liderança do PSD.


Mal por mal, antes Rui Rio. É preferível a racionalidade economicista à audácia megalómana e despesista. Antes a preocupação com as despesas do que a irresponsável ostentação de obreirismo à custa de encargos futuros.
O antigo ministro da justiça Aguiar Branco também é, sem sombra de dúvidas, uma opção mais válida do que LFM, contudo, é preciso que os militantes saibam discernir entre mediatismo puro e duro e a qualidade intrínseca, o capital moral e cívico. Oxalá haja maturidade e bom senso nesta fase difícil . O país precisa de uma oposição crítica mas responsável e séria. O populismo balofo já foi chão que deu uvas. É ele o responsável pelo exacerbado índice abstencionista.

quarta-feira, julho 18, 2007

Democracia doente: diagnóstico e terapia.


Marques Mendes e Portas em queda livre...
Menezes, sorrindo e espreitando a oportunidade caída do céu...

DIAGNÓSTICO:
Após os resultados obtidos pela ABSTENÇÃO (+/- 62%) nas autárquicas de domingo no que concerne à câmara de Lisboa constata-se um divórcio entre o eleitorado e o poder político, entre o povo e o regime actualmente vigente.
As pessoas recusaram concorrer ao jogo eleitoral. Deram um cartão (amarelo/vermelho?) ao sistema. Disseram que a continuar assim vai estiolando a chama da democracia, vai-se afundando na areia movediça da indifernça, no pântano do descrédito, o actual regime. Democracia isto?
O que se viu na campanha?
Pura demagogia. Temas como a licenciatura do primeiro-ministro e o novo aeroporto a serem usados como arma de arremesso, como último recurso de quem não tem argumentos credíveis.
Como pano de fundo, indiciando um estertor de agonia, a corruptite aguda que grassa a vários níveis. O poder está enfraquecido, a confiança dos cidadãos está a níveis baixíssimos, existe a noção de que a solução não passa por este litúrgico e "sacramental" acto eleitoral.
Os candidatos mostraram pouca apetência pelos temas mais importantes e centraram a sua actuação na brejeirice, no ataque pessoal, na frase bombástica.
Partidos minados por "dentro" (caso do PSD , com LFM, o autarca de Gaia mais parecendo um conhecido dirigente desportivo que vibrou com a derrota da selecção nacional contra a Grécia... desejoso de factos que legitimem a sua entrada no pódio partidário), outro completamente fragmentado depois de uma vitória "pírrica" em eleições que mais pareceram um acto de "rapina", deram uma imagem de fragilidade (patologia?) indisfarçável.
Máquinas partidárias sólidas a serem esmagadas por dois candidatos independentes; um mais credível, outro mais populista, mas ambos a ganharem com o progressivo ódio popular às tricas partidárias.
Como cenário de fundo, um clima de suspeição generalizada sobre o regular funcionamento das instituições. A saúde, a justiça, enfim uma notória falta de "qualidade democrática".
A democracia sofrendo de patologias diversas. O regime em estado de "desgraça". O povo a afastar-se cada vez mais da participação cívica.
TERAPIA:
Há que dar uma imagem mais saudável e mais credível das instituições. Há que erradicar definitivamente os focos de corrupção que se vislumbram no quotidiano. Há que corrigir as injustiças sectoriais para que haja uma maior equidade na repartição dos sacrifícios. Há que criar mecanismos de correcção das assimetrias actualmente vigentes.
Vigilância e fiscalização efectivas. Não justicialismo doentio (outra aberração) mas sim actuação sadia e sensata sobre prevaricações que estão na génese de muitos fenómenos de injustiça social.
Austeridade para todos e não para o trabalhador, o pequeno e médio empresário, o funcionário.
Corrigir os excessos nos gastos supérfluos e sumptuários do Estado. Que o exemplo venha de cima. E que venha tão depressa quanto possível.

segunda-feira, julho 16, 2007

FUTEBOL: Os "chacais" dão cabo dele!...



Os "chacais" andam por aí à solta e ninguém os pára!
Até quando a lei da selva imperará?!
Futebol com mais verdade
É preciso acreditar
O povo já tem saudade
Quer gente séria a mandar!
O flagelo é pandemia
Todo o mundo subornado
Começa numa autarquia
E acaba... lá no relvado.
Férias pagas, mordomias,
Pegas por conta de jeitos,
Viagens... grossas maquias,
Tudo serviço "perfeito"!...
Lei do silêncio impera
Neste hipócrita sub-mundo
Gente reles, gente-fera,
Mete o futebol ao fundo.
Arbitragens combinadas
Truques por baixo da mesa
Vitórias "teleguiadas"
Por máfias à portuguesa!!!
Andam por aí a rir
Só vítimas!... coitadinhos!
Culpas?, não vão assumir
Querem passar por "anjinhos"!
Respiram tranquilidade
Sorridentes, na TV
Cientes da impunidade
Da vitória... fazem V!
Não temem o tribunal
Sentem o poder na mão
E julgam que o vil metal
Lhes dará sempre razão.
Futebol é palco disto
Idiotas e vilões
Vem daí ó Jesus Cristo
Expulsar os vendilhões!
Há que expulsar os venais
Castigar os impostores
Esta fauna de chacais
Ao futebol só traz dores!...

domingo, julho 15, 2007

REQUIEM PARA UM IDIOTA!

 Ele anda por aí arvorado em sátrapa  e usa 2olhos e ouvidos" com mestria. Tudo sabe, tudo procura ouvir através dos lacaios que existem um pouco por todo o lado. Até nos locais de trabalho ele tem espiões, sabujos e lambebotas. Aquela enfermeira que se pronunciou sobre as "urgências" nos locais de trabalho, foi logo acoimada de incoerente, de ingénua. Premeia a delação com pequenos favores, cria esbirros e lacaios que lhe prestam servil vassalagem
Tem uma rede de informadores que lhe transmitem tudo o que possa ser útil para perpetuar o seu despotismo. Até os padres receiam dizer algo que o perturbe, o faça enraivecer. Pelo contrário, os que cultuam a sua aura de genialidade, os que lhe lambem os sapatos, quantas vezes nas próprias homilias dominicais, são prendados com uma citação, na serviçal "folha de couve" que lá arranja um espaço para enaltecer  tal bajulação.
 

sexta-feira, julho 13, 2007

"CANCROS" DA DEMOCRACIA


O PR não está satisfeito com a "qualidade da democracia". Usou apenas um eufemismo.
Isto, em certos domínios, está uma CHOLDRA!!!
Há dias o prof Cavaco Silva alertava __ na sua função pedagógica e magistratura de influência...__ para certas anomalias que dão uma imagem degradante e afectam iniludivelmente a "qualidade da democracia".
Ora, o regular funcionamento das instituições pressupõe "qualidade", muito embora saibamos que a perfeição é uma utopia. Erros, vícios, entorses e desvios haverá sempre, basta saber-se que o factor humano está subjacente à "praxis" democrática. Ora, bem sabemos também que o homem é frágil, está sujeito a tentações, a erros, a prepotências e abusos, bem assim como a favoritismos e proteccionismos descabidos.
É chocante constatar o que foi feito por Juntas Médicas a professores com cancro em estado avançado, sendo coagidos a regressar ao local de trabalho, com custos pessoais e humanos muito elevados, em condições penosas, quiçá degradantes.
É sabido que se conhecem casos de pessoas reformadas por invalidez ostentando ainda sinais exteriores de saúde muito bons, dinamismo a rodos, enfim, há casos de bradar aos céus!
Agora, pelo contrário, talvez fruto de um economicismo e zelo levados ao extremo, assistimos ao reverso da medalha. A desumanidade mais flagrante, a estultícia mais crassa, a pesporrência mais abominável, dir-se-ia até, casos de "irregular funcionamento das instituições"...
Quando quem deveria apertar o cinto não o faz como era normal que acontecesse, quando a ostentação e o luxo sumptuário são visíveis nas frotas automóveis de certas criaturas do Estado, vivendo como "marajás" (sabe-se lá à custa de quê...), confrange-nos, revolta-nos e leva-nos à indignação estas situações aberrantes!
Quando vemos a justiça soltar alegados traficantes que deram muito trabalho à PJ, por questões fúteis, e, pelo contrário, assistimos a serem levados a juízo cidadãos exemplares só por quererem exercer com dignidade o seu papel fiscalizador, por, no exercício do seu múnus usarem termos adequados aos escândalos que vão presenciando, há que dar razão ao professor Cavaco Silva e pedir mais intervenção, mais vigilância sobre alguns "lobos" que querem abocanhar o redil democrático!
Democracia de qualidade, precisa-se, de facto.
Racionalidade económica sim, contenção de custos supérfluos e sumptuários muito bem, agora grotesco economicismo e degradante humilhação de cidadãos com doenças terminais que deram uma vida inteira de contribuição para a segurança social, isso jamais!
Que este país entre nos eixos, é o desiderato de todos aqueles que querem viver numa autêntica democracia, num regime de igualdade de oportunidades, e não, como em muitos locais se assiste, a um regabofe pegado para uma minoria de privilegiados que à sombra do poder vão engordando e sugando o que deveria ser distribuído com equidade e justiça, por todos.

quinta-feira, julho 12, 2007

UMA VELA AO VENTO ETERNO...


Pouco a pouco se finando
A vela, ao vento do Fado...
Pouco a pouco se apagando
Com Deus foi... de braço dado.
Flor tão pura e genuína
Deste jardim terreal
Alma nobre, cristalina
Voz eterna, intemporal.
Me curvo à sua memória
De crepes, alma vestida,
Do Fado, feliz memória
Batel no cais... de partida...
Barco negro, vou contigo!
Zarpando direito ao céu
A morte, porto de abrigo
Nos cobre com negro véu!
Se Deus dorme a sono solto...
Eu sei, a gente bem vê...
Por isso, é que eu me revolto,
Pergunto: meu Deus, porquê?!