quinta-feira, julho 12, 2007

UMA VELA AO VENTO ETERNO...


Pouco a pouco se finando
A vela, ao vento do Fado...
Pouco a pouco se apagando
Com Deus foi... de braço dado.
Flor tão pura e genuína
Deste jardim terreal
Alma nobre, cristalina
Voz eterna, intemporal.
Me curvo à sua memória
De crepes, alma vestida,
Do Fado, feliz memória
Batel no cais... de partida...
Barco negro, vou contigo!
Zarpando direito ao céu
A morte, porto de abrigo
Nos cobre com negro véu!
Se Deus dorme a sono solto...
Eu sei, a gente bem vê...
Por isso, é que eu me revolto,
Pergunto: meu Deus, porquê?!

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