quinta-feira, outubro 31, 2019

Justiça Transparente, quem a teme e porquè?

A justiça é um dos grandes pilares da democracia. O escrutínio da coisa publica deve ser implacável pelos jornalistas, disse o senhor Presidente da República, perante o aplauso generalizado! VER
Contudo, quando os jornalistas querem escrutinar é um problema. Todos querem transparência,   mas só  nas campanhas eleitorais onde se afirmam paladinos e  cultores dela. Contudo, quando a porca torce o rabo, mudam de opinião.

 Se o conhecido político José Sócrates foi publicamente acusado de vários crimes__ que ele alega serem todos fruto de imaginação delirante de magistrados, juizes, inspectores da PJ__ porque não permitir que a sua defesa (na instrução do processo chamado Operação Marquês) seja escrutinada pelos jornalistas ? 
Eles, legitimamente querem saber se a defesa é tão sólida como ele apregoa aos sete ventos. Querem saber até que ponto a sua argumentação  propagandeada em todos os canais televisivos, urbi et orbi, é, de facto,  resistente ao escrutínio dos porta-vozes da população, os jornalistas.
O juiz, estranhamente, não quer a sua presença.
 Será medo? Homens com medo de mulheres, não será uma estranha fobia?

Se a argumentação de José Sócrates for  transparente e sólida a opinião pública cobri-lo-á de gloria. Contudo, se for  aquilo que todos pensamos que é, a mesma população  rirá em gargalhada saudável. Já Eça de Queiroz dava ao povo o legítimo direito à gargalhada para comentar os desmandos dos políticos. Porque se esconde da opinião pública a defesa de alguém que se diz vítima de tremendas injustiças, feitas por infames justicialistas.
Medo de quê? Da verdade nua e crua, em que,  talvez a argumentação não seja tão sólida e tão credível como apregoa com  empáfia e inusitada  jactância.

 Usar a comunicação social para se vitimizar e, depois , não ser permitido a essa mesma comunicação social escrutinar com isenção e rigor o seu depoimento é uma forma de criar na opinião pública uma imagem distorcida da personagem. A vitimização é amplamente publicitada (sem contestação possível), contudo, os factos concretos que consubstanciariam essa vitimização são mantidos no segredo, no olvido.
Sejamos francos e honestos: a transparência é um dos pilares da justiça e da democracia. Quem se resguarda na opacidade não respeita os valores  tão amplamente divulgados pelo Presidente da República!!!
  Será que o senhor PR__ garante do regular funcionamento das instituições__ respeitando a separação de poderes, obviamente, não poderá vir a terreiro defender o indeclinável direito ao escrutínio, como perorou com ênfase?!~

https://www.dn.pt/portugal/marcelo-pede-a-jornalistas-para-serem-implacaveis-no-escrutinio-de-todos-5554651.html


VER AQUI






Felícia Cabrita, assistente no processo, viu, estranhamente,  coarctado um legítimo direito. 
Quem tem medo da transparência e da verdade?!




 Ivo Rosa tem medo de quê?

sexta-feira, outubro 25, 2019

Miguel Ângelo polémico...

https://www.publico.pt/2017/03/01/culturaipsilon/noticia/este-e-o-cristo-nu-e-esquecido-de-miguel-angelo-1763669https://www.publico.pt/2017/03/01/culturaipsilon/noticia/este-e-o-cristo-nu-e-esquecido-de-miguel-angelo-1763669

Se o escultor  Miguel Ângelo ao esculpir Cristo nu, fê-lo para dar um cunho realista à arte e não para ofender a imagem do redentor, imagine-se que fazia o mesmo em relação à Virgem Maria?

 Qual seria a reação?

 Os fundamentalismos (sobretudo o muçulmano) não toleram as liberdades como sabemos. Será que nós, católicos,  ainda temos preconceitos e pudores anacrónicos? O que será o futuro no tocante a balizas e parâmetros morais e estéticos?

  Assunto para meditação profunda e análise de cada qual.  O futuro dirá de sua justiça...


                                                Rei David nu, estátua d e  Miguel Ângelo

Sentido de Estado






O  que pensar sobre aquela afirmação de  Mário Centena no sentido de conseguir que Portugal passe a ter uma dívida próxima dos cem por cento do PIB?!
  Hoje em dia, quando o sentido de estado anda fora das mentes dos políticos, mais apostados em medidas imediatistas e eleitoralistas, não deixa de ser curioso manifestar esta séria e racional meta-preocupaçao.  Quando todos falam em reformas estruturais (sem especificar, fugindo habilmente às perguntas incómodas), quando se fala com sageza e lucidez sobre a necessidade de implementar medidas anti-cíclicas (o próprio Dr Rui Rio o fez)  que esperar do futuro próximo?
  Sabe-se que o sentido de estado não abunda, que os populismos de todos os matizes andam por aí vendendo banha de cobra e acenando com demagogias balofas, sempre à cata de aplausos fáceis e de améns oportunistas, olvidando o contexto actual e,  pior do que isso, não prevenindo um futuro mediato menos benigno do que o actual.

  Sim, com as taxas de juro baixas, com o preço do petróleo a níveis razoáveis, com  um ambiente externo propício a crescimento, ainda que moderado, tudo parece ir no melhor dos mundos. contudo, se alguns parâmetros se alterarem radicalmente, como vamos suportar o esforço de um endividamento tão elevado?
  Essa é a pergunta que todos devem fazer neste momento. Reformas estruturais, medidas anti-cíclicas, redução drástica do endividamento será uma prioridade. Esquecer isto é hipotecar o futuro das novas gerações. Será que alguém entende isto, será que todos continuam a meter a cabeça na areia esquecendo aquela legítima e patriótica ambição do nosso grande economista que é __ seja-se ou não da "seita"__Mário Centeno?!
  Não basta termos um Cristiano Ronaldo, é preciso ter sentido estratégico, espírito colectivo, solidariedade intergeracional.


José Leite de Sá




terça-feira, outubro 22, 2019

Carta aberta à Sociedade de consumo!





Caríssima S.C.:

Desculpa tratar-te assim mas não mereces mais. Tu és a causa de tantos malefícios na nossa sociedade que nem imaginas. Tu obrigas-nos à escravidão! sim, somos, por tua exclusiva causa,  escravos das tradições.
Temos as festas religiosas que nos sugam até ao tutano com aqueles folclores dos Senhores multiusos (o dos Passos, o do Bom Conselho,  o do Bonfim, o dos Aflitos, o dos Bem-guiados, o dos Mal-guiados, o dos Bons Caminhos... sei lá a quantidade e a diversidade ,  que, se perguntassem ao próprio  Senhor de Nazaré ele diria que tudo era fruto de um catolicismo mercantilista que tudo faz para arrecadar ouro aos crentes ). Das Senhoras,  idem aspas. Dos Santos populares também o discurso é similar. Quem não der ou não compactuar com esta parafernália a roçar a insanidade,  fica mal visto, é considerado avarento e persona non grata.
Depois segue-se  aquela abusiva forma de considerar família,  o clube, o grupo do café, os amigos do liceu,  os colegas de curso,  enfim, toda uma diversidade e pluralidade que cheira a esturro. Por vezes diria que se transformou numa praga, sobretudo para quem não navega no mar da prosperidade, como eu.
E surgem as festas para tudo: casamentos, batizados, divórcios, aniversários. Os dias especiais: do vizinho, do amigo, do cidadão, do animal de estimação, do tio, do sobrinho, dos filhos, dos netos, dos pais, enfim, tudo criado por ti, S.C. para depenar os incautos.

Tu tens imaginação para tudo desde que se trate de esvaziar as algibeiras das pobres criaturas de Cristo. Sinto.me  como um pneu: quanto mais alta rotação nestas dádivas, mais liso fico!

Olha, vou cortar relações contigo. Vou deixar de ser teu escravo. Não tenho dinheiro não quero ter vícios.

Os amigos do liceu que se lixem! então,  o jantar natalício só custará  dez euros, mas tu,  tenebrosa e maquiavélica,  introduziste uma pequena nuance: este ano uma prendinha para cada um,  só no valor de cinco euros!
Já  viste  por  quanto ficará na totalidade (não vou dar a uns e esquecer os restantes...) se forem cinquenta ou setenta almas ao tal jantar?!!! 

E a verdadeira família como será contemplada?! 

Devias criar um novo Senhor: o Senhor da Elasticidade Financeira!!! eu seria  o devoto número um! 
Assim, não tendo recursos para ser devoto de tantos Senhores, Senhoras, Santos e Santas, sinto-me deprimido, em baixo astral, por favor não me obrigueis, para satisfazer esta diversidade santíssima,  a fazer como alguns políticos: roubar o Estado e criar testas-de-ferro para poder  ser dignificado  e idolatrado  nesta sociedade que exige uma multiplicidade de recursos e nos leva à exaustão! Deo Gratias!

VER AQUI O MAIS OUSADO e MAIS IMAGINATIVO 

Este sofre do síndrome da aparência!!!

domingo, outubro 13, 2019

A Banca Bordel paga o vício da Bola!

O País da banca.perdão 


É perdão e mais perdão
o poço já não tem fim
e paga o Zé Mexilhão
mesmo já sem um tostão
é pilim e mais pilim!!!


Está liso que nem pneu
e trabalha que se farta
o Zé, eterno sandeu,
queimado, pois tudo ardeu,
vão p'ró raio que os parta!!!



Esta banca é um bordel
um lupanar de megeras
prostitutas a granel
paga o zé, é o seu papel,
só buracos e crateras!!!

Zé Sá

PS- Mais uma do Novo Banco

quarta-feira, outubro 09, 2019

O Tempo , o rio e o Juiz

O rio do Tempo não pára
a saudade vai engordando
recebe a memória mais rara
e o afecto sempre dispara
quando o Tempo vai dilatando...

Se olharmos p'ra trás, p'rá nascente,
sacrário de recordações
vogando ao sabor da corrente
vemos o Juíz, tão clemente,
a julgar as nossas opções...


Ramos de Barros