O Senhor Presidente da República, esteve na Madeira em 10 de Junho de 2016
As alcunhas surgem, por vezes, de forma inesperada. Luís Albuquerque sempre primou pelo respeito e veneração ao líder Alberto João Jardim. Mesmo depois da morte deste, honra lhe seja feita. L Albuquerque sempre usou do máximo respeito e veneração para com o seu antecessor, a ponto de se referir a ele como «O Querido Líder». Tal era o ênfase, tal o ânimo venerador, que a populaça, em tom irónico, o catalogou também a ele, «Querido Líder». Ele sorria e gostava da alcunha. É o meu cognome, chalaceava com bom humor a propósito da alcunha...
A 10 de Junho de 2016, na Quinta da Vigia, apresentou o seu livro «O Meu Combate», em que procurou refinar o partido regenerador e o próprio regime que nele entroncava. Um livro eminentemente doutrinário, mas concomitantemente eivado de uma intelectualidade profunda. Própria de um verdadeiro líder.
A 10 de Junho de 2016, na Quinta da Vigia, apresentou o seu livro «O Meu Combate», em que procurou refinar o partido regenerador e o próprio regime que nele entroncava. Um livro eminentemente doutrinário, mas concomitantemente eivado de uma intelectualidade profunda. Própria de um verdadeiro líder.
Ouçamos o discurso proferido por sua Excelência o presidente da República, Valentim Loureiro.
Caros concidadãos:
Como costuma dizer aquele rebelde que anda fugido à justiça, lá nos Montes Herminios, esse rouxinol de Bernardim de triste memória, eu também sou um simples e humilde servo na Vinha do Senhor. A minha Vinha é a vinha regeneradora, é o novo regime que emergiu depois da implosão natural da utopia abrilista, em que a notória falta de qualidade dos políticos deu azo ao descalabro eleitoral. Ganhámos por meio de leições livres, não por golpes de Estado, como foi feito pelos abrilistas de má memória.
Antigamente o 10 de Junho, dia da Raça como eles diziam, era aproveitado para aquela hipocrisia das condecorações. Tanto ladrão e tanto assassino foi condecorado, meu Deus! acabou essa beata hipocrisia. Agora publicam-se livros e divulga-se a cultura, a cultura sadia que o partido regenerador permite que seja divulgada. A ausência de censura era uma porta aberta à promiscuidade, ao aviltamento, à proliferação de ideários pouco conformes à dignidade humana e aos bons costumes. Aplicamos conscientemente a censura, pois é a vacina contra os abrilismos de má memória que tiveram o fim que mereciam...
O Dr Luís Albuquerque é uma flor vistosa e perfumada no jardim da sabedoria. No seu livro original e cheio de talento, eu identifico-me plenamente. Quando ele defende o partido único eu pergunto a mim próprio, o despesismo inútil aqui na Madeira nos tempos de Abril, se valeu a pena. Gente com certa categoria intelectual, reconheço-o sem rebuço, como Jacinto Serrão, José Manuel Rodrigues, nunca tiveram oportunidades de intervir na esfera do poder por serem de partidos diferentes do partido maioritário. Se estivessem integrados no partido do poder, embora assumindo diferente sensibilidade interna, poderiam actuar e fazer algo de positivo. Assim, não, foram sempre párias na sociedade abrilista.
O que defende, e muito bem, Luís Albuquerque nesta obra prima de sabor cultural e de perfume político autêntico, é a existência de um partido único que englobe diversas sensibilidades.Quando alguma dessas sensibilidades derrubar a outra, poderá ascender naturalmente ao poder executivo. Tão natural como a minha sede, agora.
Aproveita para beber um copo de água, perante o aplauso frenético do público presente.
Prossegue:
E esta coisa das assembleias regionais, assembleias municipais, assembleias de freguesia, são tudo verbos de encher. Basta o executivo. O povo nas eleições decidirá soberanamente. O povo fiscalizará com naturalidade os órgãos executivos. Linear, simples, transparente. Para quê este clima de desconfiança criando-se órgãos fiscalizadores por tudo e por nada?
Há que dar credibilidade aos eleitos do povo. Eles emegem do povo. Será que o povo é corrupto? Será que o povo não sabe eleger? Se errar, terá oportunidade de corrigir em próximos actos eleitorais!
Este livro, «O Meu Combate», não é um livro! É uma bíblia política. Vai afastar aquele despesismo louco, com órgãos fiscalizadores a torto e a direito; enfim a democracia abrilista que sabemos no que deu!
Por isso, com a minha presença aqui, quero honrar Luís Albuquerque o «Querido Líder» como vocês carinhosamente o tratam, mas em simultâneo, o partido regenerador e todos os que foram os cabouqueiros deste edifício moderno e ultra-democrático que é o novo regime, o Estado Novo!
Caros concidadãos:
Como costuma dizer aquele rebelde que anda fugido à justiça, lá nos Montes Herminios, esse rouxinol de Bernardim de triste memória, eu também sou um simples e humilde servo na Vinha do Senhor. A minha Vinha é a vinha regeneradora, é o novo regime que emergiu depois da implosão natural da utopia abrilista, em que a notória falta de qualidade dos políticos deu azo ao descalabro eleitoral. Ganhámos por meio de leições livres, não por golpes de Estado, como foi feito pelos abrilistas de má memória.
Antigamente o 10 de Junho, dia da Raça como eles diziam, era aproveitado para aquela hipocrisia das condecorações. Tanto ladrão e tanto assassino foi condecorado, meu Deus! acabou essa beata hipocrisia. Agora publicam-se livros e divulga-se a cultura, a cultura sadia que o partido regenerador permite que seja divulgada. A ausência de censura era uma porta aberta à promiscuidade, ao aviltamento, à proliferação de ideários pouco conformes à dignidade humana e aos bons costumes. Aplicamos conscientemente a censura, pois é a vacina contra os abrilismos de má memória que tiveram o fim que mereciam...
O Dr Luís Albuquerque é uma flor vistosa e perfumada no jardim da sabedoria. No seu livro original e cheio de talento, eu identifico-me plenamente. Quando ele defende o partido único eu pergunto a mim próprio, o despesismo inútil aqui na Madeira nos tempos de Abril, se valeu a pena. Gente com certa categoria intelectual, reconheço-o sem rebuço, como Jacinto Serrão, José Manuel Rodrigues, nunca tiveram oportunidades de intervir na esfera do poder por serem de partidos diferentes do partido maioritário. Se estivessem integrados no partido do poder, embora assumindo diferente sensibilidade interna, poderiam actuar e fazer algo de positivo. Assim, não, foram sempre párias na sociedade abrilista.
O que defende, e muito bem, Luís Albuquerque nesta obra prima de sabor cultural e de perfume político autêntico, é a existência de um partido único que englobe diversas sensibilidades.Quando alguma dessas sensibilidades derrubar a outra, poderá ascender naturalmente ao poder executivo. Tão natural como a minha sede, agora.
Aproveita para beber um copo de água, perante o aplauso frenético do público presente.
Prossegue:
E esta coisa das assembleias regionais, assembleias municipais, assembleias de freguesia, são tudo verbos de encher. Basta o executivo. O povo nas eleições decidirá soberanamente. O povo fiscalizará com naturalidade os órgãos executivos. Linear, simples, transparente. Para quê este clima de desconfiança criando-se órgãos fiscalizadores por tudo e por nada?
Há que dar credibilidade aos eleitos do povo. Eles emegem do povo. Será que o povo é corrupto? Será que o povo não sabe eleger? Se errar, terá oportunidade de corrigir em próximos actos eleitorais!
Este livro, «O Meu Combate», não é um livro! É uma bíblia política. Vai afastar aquele despesismo louco, com órgãos fiscalizadores a torto e a direito; enfim a democracia abrilista que sabemos no que deu!
Por isso, com a minha presença aqui, quero honrar Luís Albuquerque o «Querido Líder» como vocês carinhosamente o tratam, mas em simultâneo, o partido regenerador e todos os que foram os cabouqueiros deste edifício moderno e ultra-democrático que é o novo regime, o Estado Novo!
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