quarta-feira, setembro 10, 2008

MENEZES O ESPALHA-BRASAS...


Os partidos são como as pessoas: têm crises de crescimento, de identidade, de personalidade.
O PSD atravessa uma amálgama de crises que é difícil definir. Menezes, com o seu permanente botabaixismo, não é exemplo de respeito pelas hierarquias, pela militância, pela sobriedade.
Vimos como se portou com Marques Mendes. Depois, ao assumir a liderança, queixou-se de «terror», alguém catalogou esse sentimento de «robespierreano»! Enfim, ele que foi o terror-mor em relação a Marques Mendes a queixar-se dos ventos que semeou.
Sempre vi Menezes como um arrivista demasiado ambicioso para as capacidades intrínsecas. Mas sempre em bicos de pés graças a uma comunicação social servil e vergada. Veja-se o comportamento do aparentemente insuspeito M. Crespo, na SIC Notícias: que de sabujismo, que de mendicância, que de subserviência! Parece incrível o seu curvar, o seu acrítico interpelar!!! Só sorrisos melífluos...
No lote dos «papagaios», ele agora está isolado. Veja-se a postura mais digna dos outros compagnos de route perante a sua desmedida ambição, o seu desesperante querer retomar as rédeas (que perdeu por motu próprio, vítima do seu próprio arrivismo maximalista...).
Agora está mais isolado mas continua a autodefinir-se como o MESSIAS, o D. SEBASTIÃO que há-de surgir no meio do nevoeiro regenerador para assumir a liderança da nau social-democrata.
Como observador externo (não tenho nem quero ter protagonismo político pois só assim terei moral para poder criticar sem me lançarem o labéu de estar a lutar por algo...) acho muito pouco dignificante este comportamento de Menezes. Já o foi quando quis ser o líder da Câmara do Porto, mesmo sabendo que iria apunhalar Rui Rio (talvez acicatado pelo seu «padrinho» de sempre, então muito enxofrado com RR...), mesmo conhecendo os problemas que iria criar ao partido.
Foi muito mau o seu sentimento de quase euforia ao ver que a câmara de Lisboa iria mudar de mãos (para o PS como era previsível...), apontando a dedo o «responsável»: Marques Mendes! Apenas a «síndrome do abutre » a funcionar...
Será essa mesma doença que continua a fazer mover o moinho do seu pouco ético messianismo de pacotilha?!
A Dra Manuela Ferreira Leite é o que é. Nunca será uma demagoga de elite (estilo Jardim...), nunca será a galvanização, a grandiloquência oratória, o paroxismo inebriante. Não. Apenas será
uma professora digna, com conhecimentos profundos sobre economia. Tiradas humorísticas, boutades hilariantes, linguagem amesquinhante, não será com ela. Será que este povo está preparado para a compreender? Ou preferirá o estilo rococó e semi-histriónico de algum populista encartado?!
Este é o grande dilema do PSD e de todos os partidos: serem a oferta adequada para a procura popular!
Tantas vezes é o marketing quem mais ordena!

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