- Não é ao popular Afonso Camões, integérrimo jornalista e hoje administrador na área da comunicação social. Refiro-me mesmo ao próprio Luís Vaz de Camões. Só ele poderá explicar como é que uma casa pertencente a um particular passou a ser considerada do município alfacinha. Será que Camões no seu legítimo direito, irá invocar motivações de ordem ética?!
No Público de hoje, mais um intrigante mistério que ombreia com outros também surpreendentes que campeiam neste não menos surpreendente país de brandos costumes!!!
Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.
terça-feira, setembro 30, 2008
Quereis saber? Perguntai ao Camões!!!
NEPOTISMO CAMARÁRIO?
Tantas carências, gente realmente a precisar, e o manto diáfano do nepotismo a cobrir criaturas que nem sequer tinham necessidade delas... Imagine-se o que isto configura!!!
É este o país que temos, santo Deus! É um fartar vilanagem!!! E o que andará para aí oculto, os jornais estão amordaçados pela «benemerência» (passe o eufemismo...) instalada, ninguém tenha dúvidas!
Para se saber quem são os felizes contemplados há que pedir parecer à Comissão de Protecção de Dados... será que nessa Comissão também haverá contemplados?!
A ver vamos, se ela deferir a pretensão de divulgar tais dados. Talvez não tenha coragem de o fazer...
A miséria continua...
Estas três crianças podem andar por aí a pedir por esse Portugal fora. Se as vir não perca a calma e avise a PJ.
No centro do furacão!

Jornalistas e... sinecuras!

segunda-feira, setembro 29, 2008
H5N1 - «Patos bravos» contaminam banca! Pânico geral!!!
Consta que os «patos bravos» (há-os em todos os domínios, sobretudo na selva económica...) foram atacados por estranho vírus (variante do H5N1) e ao entrarem nos domínios da banca foi pandemia geral...
O DN de hoje explica exaustivamente toda esta problemática que não pára de surpreender a comunidade científica que se prepara para injectar no mercado doses mecissas de vacina anti-gripal. Espirram por todo o mundo, sobretudo nos EUA, dando a ideia a toda a comunidade internacional que o chamado efeito domínó (também nesta estirpe viral muito vulgar) poderá causar mortandades fora do comum!... Talvez pior que a famosa «peste negra»!...
O papa ainda não se pronunciou mas o sempre atento bin Laden diz categoricamente que foi castigo de Alá!
BENFICA 2 VS SPORTING O
Paulo Bento foi literalmente atropelado por Quique Flores. Miguel Veloso e João Moutinho foram apagados por Katsouranis, talvez o mais completo jogador benfiquista do momento. Yanick Djaló ao falhar aquele primeiro golo, por falta de serenidade e sofreguidão (muito embora haja que reconhecer mérito ao guardião Quim) deu azo a que na segunda parte tudo se invertesse. Reyes mostrou que a trivela também pode ser uma arma nos seus pés de bailarino. Sidney compensou em fulgor e sentido de oportunidade a falta de rodagem mas pode vir a ser uma revelação ainda esta época. Os três grandes mais juntos dá um ambiente de sã competitividade à Liga, o que se saúda. Contudo, é óbvio que ainda a procissão vai no adro...
domingo, setembro 28, 2008
ESTRANHAS COBARDIAS...


Quem tem razão? De que lado está a verdade?
sábado, setembro 27, 2008
Pensando com os seus botões!...

De mãos cruzadas, José Sócrates diz com os seus botões:
O ESTADO FINAL!...

Fernando Nobre, a nobreza sem fronteiras!

O QUE DIZ FERNANDO NOBRE
Milhões a chamar por mim
Não resisto ao meu fadário
Apóstolo serei, sim,
Apóstolo e missionário.
Há milhões desesperados
Neste mundo sem justiça
Na morte lenta lançados
Subprodutos da cobiça...
Capitalismo selvagem
Ferida dilacerando
Na sua iníqua voragem
A morte vai semeando.
Gente faminta de pão
De saúde tão carente
Bolsas de miséria são
Há que salvar esta gente.
Não posso ficar parado
Quando a dor abre os seus braços
Lá vou, guardião-soldado
Sem saudades nem cansaços.
AMOR À TERRA
Pelas ruas d'amargura
Precisa de ser amada
Temos que lhe dar a cura!
Rios gemendo de dor
Já não suporto seus ais
Na agonia, no estertor
São doentes terminais.
Natureza-mar também
Flora nossa decepada,
Gritam, chamam por alguém
Vêem morte anunciada.
Terra Nostra vai chorando
O Homem não tem afectos
Aos poucos lá vai matando
Mar e rios com dejectos...
Os sinos dobram por ti
Terra!, morres sem clemência!
Já não há mais alibi
Há que inverter a tendência!
Pedro, a pedra angular...à camara de Lisboa!

__Tu és Pedro e é sobre esta pedra que eu edificarei o meu edifício social-democrata. Mas não dês aquele habitual tiro no pé !!!
_Qual tiro?!
__Aquilo de dizeres que os outros preferem outros colinhos! Ao meu colo só os meus netos! Tu és demasiado canastrão!...

Amor à pátria!
À pátria até fiz um HINO!
sexta-feira, setembro 26, 2008
O que dizia Américo Tomás

O CÉU É PLURAL!!!
Bento XVI, imbuído daquela santidade que lhe reconhecemos, impregnado de uma carga de infalibilidade que lhe advém do augusto cargo que ocupa (Sua Santidade o Papa!), conclui urbi et orbi que o inferno é um local objectivo algures no universo!
Eu, rouxinol de Bernardim, estudioso das coisas da vinha do Senhor, cheguei a uma conclusão importante. Queria partilhá-lha urbi et orbi: o paraíso é uma realidade plural!
Admitindo uma margem de erro de 0.003xpi , dadas certas variáveis poderem estar a ser afectadas por turbulência adveniente de variações magnéticas provocadas por tempestades solares (e outros parâmetros técnico-científicos cuja exaustiva explicitação saturaria o âmbito restrito desta investigação), mas confiando na veracidade das notícias que a nossa imprensa sempre digna de fiabilidade (até prova em contrário, como é óbvio) vai quotidianamente lançando, justo será concluír o atrás explicitado. Será que é mesmo plural o paraíso?
Os que lá têm ido garantem que sim. Quem sou eu, simples mortal, para duvidar?!!!
PENSAMENTOS

«O coração tem razões que a razão desconhece!»
Blaise Pascal
«A Ética dá lições que a Corrupção logo esquece.»
rouxinol de Bernardim
A entrevista que se impunha!

A Ética é quem mais ordena!
Em Portugal a Ética foi «lançada» por Ramalho Eanes com o PRD. Depois, finou-se! Será que vai ressuscitar?!
quinta-feira, setembro 25, 2008
A CORRUPÇÃO É QUEM MAIS ORDENA!

PENSAMENTOS
Similitudes!...

__Ó Sr Dr Juíz então eu roubei o carro? Acusam-me disso esses energúmenos?
Eu explico: o carro estava ali, tristinho, abandonado, com cara de solitário sem eira nem beira; então eu, com aquele coração generoso que me é tão peculiar, dirigi-me a ele e perguntei-lhe se queria dar uma voltinha comigo? Ele não disse que não!...
Cai o pano e entra em cena nova personagem...
Estou sendo vítima de assédio!


Já é um pesadelo! a toda a hora e momento o telefone não pára de tocar! elas não me largam! que fazer?! Elas são como vampiras!...
forte assédio vou sofrendo
a toda a hora e momento
ao telefone correndo
é maldição, é tormento!
vozes doces, sedutoras,
vozes-iscos ou engodos
são tantas, tantas senhoras,
resisto aos assédios todos!!!
nunca se viu coisa tal
tanta cobiça por mim
não sou nada especial
porquê um assédio assim?!!!
beleza, não tenho, não,
dinheiro também não há
porquê tanto assédio então
pensarão que sou maná?!
mas como hei-de erradicar
este maldito fadário
já estou farto de aturar
farto de assédio... bancário!!!
quarta-feira, setembro 24, 2008
Ouvindo a voz do vento!...

_ Se vem, a quem o dizes. Soltaram-se os ventos da crise, as caixas de Pândora resultantes de muito descontrolo, muita anarquia nos mercados...
- Mas dizem que os mercados se auto-regulam, não é verdade?
- Tretas, meu caro, tudo tretas. Eles alegam ter fé nisso quando lhes dá jeito. Mas quando a coisa fica preta eles perdem a fé e vão ao médico...
- Mas, quem é o médico? Será de ter fé nele?
- Remédio e médicos são muitos mas chamam-se terapias de choque e controlo efectivo sobre as empresas e não o «laissez faire e laisser passer» como se pensava antigamente! a liberdade tem limites! quando não se cumprem regras minimamente aceitáveis vai tudo para o maneta!...
- Mas, meu caro vento, hoje acordastes mal disposto ou quê?!
- Pensam que o problema é de Estado a mais, líricos que julgam uma panaceia universal a privatização. E enganam-se redondamente. O problema está na racionalidade, no controlo, no respeito por regras de supervisão eficazes.
- Mas há quem não respeite as regras?
- Olha meu caro, economistas são cada vez mais pintores do que economistas. Eles pintam quadros cor-de-rosa para enganar todo o mundo e depois dá no que dá. Terão que pintar quadros negros, quadros dantescos!...
- Mas as supervisões são subornadas, não funcionam porquê?
- Elas actuam por amostragem e só quando surgem denúncias é que se vai ao cerne da questão. Depois há as cumplicidades políticas. Fazem lembrar aquela gravação do apito dourado: «Lembra-se do que fizemos por si no verão passado?», como arengava uma conhecida figura desportiva a um árbitro. Os empresários usam a mesma cassete aos políticos:« Lembra-se do que fizémos por si na última campanha eleitoral?! Veja lá se quer ir para a valeta! aborte-me já esse «Furacão» idiota que se soltou sem nossa autorização!»
- Muito me conta meu caro Dr Ventanias, você é um génio. Vou propor o seu nome para ministro da economia, já!
A verdade nua e crua!
Cícero cada vez mais actual!
terça-feira, setembro 23, 2008
O génio chegou à Póvoa!

A escritora Margarida Rebelo Pinto descobriu uma multiplicidade de relações homossexuais na Póvoa de Varzim!!!
Ele aí está! Junto ao casino, erecto, hirto, firme, contemplando os horizontes com atenção e perspicácia.
Veio para ficar. É um honra para a Póvoa de Varzim tê-lo e poder contemplá-lo. Um homem de convicções, um visionário. Sendo demasiado complexo, não é contraditório tal a riqueza da sua personalidade multiforme, policromática, multifacetada.
É (ou deve ser) uma honra enorme. Traz um lastro de sabedoria, de graça, de ironia. Não, não é Eça de Queiroz, essa figura emblemática que sorri para os desvarios camarários ali mesmo defronte, na Praça do Almada. Não, é Fernando Pessoa, o poeta dos heterónimos, o genial escritor que honra a língua portuguesa. Enfim, um ícone imorredoiro que a todos nos orgulha.
A entrevista impunha-se. O momento é solene. A sua figura é refulgente e de impacto iniludível.
R. de B. __Então Mestre, aqui mesmo em frente ao casino, porquê?
F.P. __ Não fui eu que impus esta condição, eles lá sabem por que o fizeram. Talvez eu seja um apelo ao sonho, à concretização de anseios profundos, sei lá...
R. B. - Estais de costas para o casino e virado para o mar. Quererá significar algo?
F.P._Talvez indicando que à saída do casino é que se poderá saber se se poderá navegar nos mares da ambição. Se se ganhar é um mar de possibilidades, um horizonte de perspectivas novas... que se abre.
R.B.__ O casino às vezes é acusado de servir para branquear capitais. Que dizeis a isto?
F.P. -Olha rouxinol, dizem tanta coisa. Dizem que o presidente da câmara se aproveita das procissões para tomar banhos, banhos de multidão, claro. Ora, sendo a cidade da Póvoa tão emblemática por causa dos banhos, por que não? E os banhos não ajudam a limpar algo que não esteja imaculado, limpar o que possa estar sujo?...
R.B _Estais a referir-vos às consciências?
F.P. __ Eu sempre usei uma linguagem ampla e abrangente. É preciso que as pessoas saibam interpretar-me. O meu fascínio está na multiplicidade... até de interpretações...
O largo fronteiro ao casino estava repleto de curiosos. Turistas, estetas, apreciadores da escultura. A meu lado, sem eu me aperceber, estava a escritora Margarida Rebelo Pinto, a famosa escritora de literatura light (ou pimba como dizem alguns invejosos...), trazia a tiracolo uns cadernos de apontamentos. Dirigi-me a ela com curiosidade:
__Dra Margarida, então o que a traz por cá?
__Olá rouxinol, é um grande prazer ver-te aqui neste local tão emblemático. Sabes, ando a escrever um novo livro e inspirei-me na Póvoa e em ti!...
__Em mim?!
__Sim, em ti. Sei que és um meu leitor assíduo e até me interpelas naquele espaço blogosférico do semanário Sol. Li o teu blogue e chamou-me a atenção um capítulo intitulado «Será que a banca tem ponto G?», a partir daí nasceu a curiosidade e vim cá para saber quem és, o que fazes, quais as tuas musas inspiradoras..
__Mas, que honra. E eu julguei que era por causa do Fernando Pessoa!
__Também é. Vocês têm similitudes que quero aprofundar. Ambos com formação contabilística mas enveredando por rumos mais vastos, menos cinzentos que a contabilidade. Talvez vocês odeiem a contabilidade e sintam na escrita o refúgio para o sonho, o navegar por mares mais exóticos!...
__Minha cara, nunca tinha pensado nisso, sinceramente. Mas já agora qual é o título da obra que tem em mãos?
__ A obra chamar-se-á «O clítoris(1) das câmaras» e aborda a temática do prazer. O prazer de dar e o prazer de receber num amplexo afrodisíaco ímpar. A corrupção no estilo mais escaldante, a capacidade de criar benefícios a partir de engenharias financeiras magistralmente acicatadas pelo desejo sexual. Enfim, o poder do sexo como catalizador da corrupção e até de abusos de poder.
__Não me diga que é mais uma «maledicência» como gosta de dizer o Dr Macedo Vieira em relação à oposição?!
__Qual maledicência, qual carapuça! Eu aprofundarei o ego das personagens procurando sentir os seus eflúvios mais íntimos, as suas capacidades afectivas, os seus clímaxes, as suas potencialidades genuinamente criativas...
__Mas haverá prazer na corrupção? Terá conotações sexuais tal prazer? Será que Freud também está metido nessa análise profunda?
__É claro que sim! Freud, com a teoria dos recalcamentos, explica muitas frustrações. Muitas mulheres frígidas são-no por causa de homens incompetentes e não por malformação intrínseca! Os corruptos, são-no, para compensar frustrações na área sexual! Há um desvio do prazer da líbido para o prazer da corrupção!...
__Dizei-me só para terminar: os políticos no poder actualmente são competentes?
__Sim, muitíssimo! Mas têm uma tendência homossexual iniludível!...
__Como assim?!
__É que o objecto do seu desejo é frequentemente seres do sexo masculino, tal como os vereadores... e o presidente...
__Mas como é possível tal anomalia em gente tão viril e aparentemente tão firme e recta nas suas posturas cívicas ?
__ É que a grande perdição dos autarcas são... os empreiteiros!!!
__ E eu a julgar que havia uma relação heterossexual perfeita: eles eram amantes da Lei e da Honra!... que surpresa a minha, cara Dra Margarida!...
O direito à autoestima!
Haverá algum mal em ter autoestima? Há prejuízo para alguém?!
Pessoalmente já fui acusado de ter baixa autoestima. Anda com gente baixa, frequenta locais baixos, anda com carro de baixa cilindrada... e outros mimos bacocos!
Sempre fui assim, não vou mudar. Não gosto de me pôr em bicos de pés pois o meu 1:80 é suficientemente convincente. Quando fiz testes psicotécnicos em várias ocasiões sempre patentearam um grau muito acima da média e um Q.I. também superior à média geral. Aos dezassete anos já andava na universidade (tive notas para dispensar no chamado «exame de aptidão» como se chamava na altura).
Sempre me recusei a chamar «besuntas» àqueles que não eram pilotos, como era usal alguns (elitistas) fazerem. Achava uma grosseria e uma petulância.
Mas acho bem que Mourinho e Cristiano Ronaldo assumam as suas convicções íntimas (não concordo totalmente com elas, mas admito que o façam).
Agora o que não posso aceitar é que o treinador do Sporting fique enxofrado com um guarda-redes que se considera «o melhor da Europa»! ele tem o direito democrático de manifestar a sua autoestima!
Estar a ostracizá-lo , por ter autoestima, é mau, é pouco ético, pouco democrático. Dar-lhe um banho de humildade no banco, muito bem. Agora marginalizá-lo ostensivamente é mau. Se o Sporting o quiser vender como vai justificar o valor da mercadoria se tem vergonha de a pôr na montra?
Nós temos tantos emigrantes por esse mundo espalhados devemos respeitá-los também. Imaginem que chamavam vaidoso e utópico ao Ronaldo e punham-no no banco sem poder mostrar os seus talentos?
Tenho certa simpatia pelo Paulo Bento, um tipo humilde, trabalhador, responsável. Mas neste caso concreto acho que está a ser casmurro, prepotente, rígido. Parece o Scolari em relação ao Vítor Baía!
Como trabalhador que fui não gostaria de ser marginalizado assim. Se algum jogador português lá fora disser que «é bom!» será que vão ostracizá-lo? O que é nacional é bom, dzemos nós no slogan publicitário, mas, na prática, sobretudo no futebol, estamos a desacreditar esse slogan, pois contratamos estrangeiros às carradas.
Há que dar oportunidade a quem quer mostrar serviço! Onde está a chamada motivação? Não aprendeu isso na psicologia, ó Paulo Bento?!
Dê-lhe uma oportunidade num jogo difícil, a ver como ele reage... Crie motivação. Rui Patrício é bom, mas assim, com este proteccionismo do treinador, corre o risco de estagnar!... há que dar oportunidades a todos! Há que ser democrata!
O futebol precisa de ar puro e liberdade de expressão! Tal como a democracia!
EANES, um político de qualidades!
Não é qualquer um que faz algo parecido. Já Cavaco Silva e Manuel Alegre (honra lhes seja feita também) devolveram os dinheiros excedentes da sua campanha eleitoral. São estes pequenos gestos que cativam e dão dignidade à política.
POLÍTICOS DE QUALIDADE, sim. Estes, que renunciam a verbas a que têm direito, podendo eventualmente lesar o património de filhos ou netos é que merecem a nossa admiração e respeito.
Pelo contrário, os que se aproveitam de tudo e mais alguma coisa para rechearem o seu já vasto património, não se contentando com isso mas também procurando alimentar as bolsas de amigalhaços e compagnons de route, a esses, a nossa comiseração... o nosso escárnio.
A uns, há que tirar o chapéu! Aos outros, tirar as rédeas do poder!...
segunda-feira, setembro 22, 2008
A CORAGEM DA AUTOCRÍTICA!
Assim, sim! A coragem da autocritica, depois da necessária introspecção clarificadora, vem, frontal, desassombrada e lúcida, a confissão . É de facto a falta de qualidade a causa-mor dos nossos males.
A Dra Ferreira Leite sabe que tem em Jardim o maior aliado de Sócrates na sua luta pela melhoria das condições de vida dos portugueses. Mas não só...
Como observador imparcial da cena política não posso deixar de enaltecer esta confissão pública de incapacidade, de impotência, de pauperismo qualitativo!Mas para haver coerência total só falta um passo: a demissão dos cargos que ocupa e dar lugar a outros com mais qualidade!...
Mas, longe vá o agoiro, será que ele só vê o cisco no olho do vizinho e não é capaz de enxergar a trave que tem mesmo em frente?!
Não é só ele, coitado. Também o czar de Gaia anda a ser aliado objectivo do maior «adversário»: José Sócrates. Abandonou o barco da forma caricata e ridícula como o fez (não tolerava o terrorismo robespierreano de alguns compadres...), mas está ansioso por regressar ao barco. Os que abandonam têm um nome feio! Não é crível que no regresso sejam aplaudidos pela marinhagem...
Mas o Dr Jardim, ao assumir a falta de qualidade como o busílis da questão, deu um pequeno passo rumo à coerência total. Só se aguarda o passo seguinte...
Pacem in Terris!

domingo, setembro 21, 2008
Meu Deus, ouvi-me!



No íman, a atracção pelos opostos é uma constante. O que falhou na carga magnética que originou gays e lésbicas?! Será que Deus falhou?
Bush «aderiu» ao socialismo! «Traíu» o liberalismo selvagem!!!
A filosofia que dá primazia ao mercado, a fé cega no mercado, deu no que deu!
Mas ele ainda não é nada! o futuro é a globalização, a moeda única (o global...), a criação de uma só país :a Terra!
Não, não é utopia, é o futuro na forma mais realista e sensata. Abolição das guerras (na medida do possível, claro), implantação de mecanismos correctores para fazer face aos desequilíbrios inter-regiões. O Humanismo Global a filosofia do futuro!
O futuro está aí . Veja : «O 25 de Abril de 2.100! Odisseia no Vaticano!»
Não, não sorria. O futuro é tão natural como a sua sede! Sede de conhecimentos, claro...
sábado, setembro 20, 2008
INTERREGNO
Quero manifestar o meu apreço a figuras como o Dr Jardim, Dr Santana Lopes, Dr Macedo Vieira, Dra Fátima Felgueiras, Dr Isaltino Morais, Sr Ferreira Torres. Ao Dr Jardim coloquei-o no rol dos falecidos, por força de um artifício estético, não quis «matar», mas tão somente ocultar temporariamente do meu universo.
É uma figura controversa, questionável, mas imensamente rica pelas facetas humanas e políticas que ostenta. Não creio que haja pessoas totalmente «boas» e outras totalmente «más», não há o «trigo» e o «joio», todos somos uma mistura, em que predomina este ou aquele aspecto, temos um «saldo» no comportamento final. Às vezes critico e/ou elogio as personagens com a maior das naturalidades pois a riqueza de cada um de nós é tão grande que nem damos por isso .
Tenho criticado certas personagens com maior ênfase mas não quero ser maniqueu (embora às vezes me sinta um pouco...), pois temos facetas muito comuns. Sinto que se estivesse no lugar de Valentim Loureiro e sentindo as pressões que ele tem tido (admiro a sua resistência, coragem e combatividade! muito embora reconheça os erros, os excessos também...), era capaz de dizer as mesmas coisas, com o mesmo afã. A mesma emotividade. Todos somos fruto de contextos (culturais, genéticos, geográficos, demográficos), nunca fruto de um acaso cósmico, não podemos desligar-nos de tantas raízes que nos condicionam, agigantam ou diminuem consoante as circunstâncias. Também me sinto um pequeno «soba», mas procuro evitar situações que critico nos outros; embora nem sempre o consiga.
Não me sinto «bom» nem «mau», não me sinto «inteligente» nem «culto», sou apenas fruto de vários contextos, aprimorei determinadas capacidades (outras ter-se-ão estiolado...) e procuro compreender os outros mesmo quando hiperbolicamente os caricaturizo, sinto que me estou a ridicularizar também a mim próprio, sou digno de tanta censura como aqueles que censuro! Procuro ser sério mas não me levar muito a sério.
Espero não ofender de forma aligeirada. As hipérboles são distorções da realidade, são «pecados» de análise que todos cometemos. Já fui insultado de forma baixa, vil, sem nível. Mas aprecio e aceito as caricaturas e as sátiras desde que elas possam revestir algo de «artístico», ou de carácter mais «elevado». Todos temos um pouco da genialidade desses «Gatos Fedorentos» que contribuem para amenizar o fardo existencial... sinto que tenho um pouco do seu ADN mental e psicológico!...
Quando abordo este contexto do «novo regime» baseado nos "Regeneradores" quero alertar para os perigos do surgimento de ditaduras sob capas apelativas e de agrado popular. Contudo, depois de aprofundados determinados pressupostos, verificámos que isso degenerou em situações contrárias ao previsto. As aparências iludem, em tudo na vida.
O nazismo, o peronismo, o salazarismo, nasceram com o avale das populações (ainda que condicionadas por mecanismos de coacção bastante intensos: como a comunicação social, a justiça, a religião dominante), julgando seguir o caminho justo, a solução mais feliz, mais capaz de resolver os anseios das colectividades. Contudo, resvalou-se posteriormente para o abismo, por força de se não respeitarem determinados princípios que devem ser a espinha dorsal, o alicerce de democracias autênticas. Quantas «democracias» só o são de nome, podendo ser consideradas ferozes ditaduras?Mesmo as existentes no nosso poder Local?!
Todos devemos aprender com os erros de análise. Todos devemos meter a mão na nossa consciência e sermos capazes de vislumbrarmos o quão ridículos poderemos ser.
Talvez para o ano, ao dar continuidade a este pequena «novela» sinta algo de diferente...
quinta-feira, setembro 18, 2008
O Querido Líder!

A 10 de Junho de 2016, na Quinta da Vigia, apresentou o seu livro «O Meu Combate», em que procurou refinar o partido regenerador e o próprio regime que nele entroncava. Um livro eminentemente doutrinário, mas concomitantemente eivado de uma intelectualidade profunda. Própria de um verdadeiro líder.
Caros concidadãos:
Como costuma dizer aquele rebelde que anda fugido à justiça, lá nos Montes Herminios, esse rouxinol de Bernardim de triste memória, eu também sou um simples e humilde servo na Vinha do Senhor. A minha Vinha é a vinha regeneradora, é o novo regime que emergiu depois da implosão natural da utopia abrilista, em que a notória falta de qualidade dos políticos deu azo ao descalabro eleitoral. Ganhámos por meio de leições livres, não por golpes de Estado, como foi feito pelos abrilistas de má memória.
Antigamente o 10 de Junho, dia da Raça como eles diziam, era aproveitado para aquela hipocrisia das condecorações. Tanto ladrão e tanto assassino foi condecorado, meu Deus! acabou essa beata hipocrisia. Agora publicam-se livros e divulga-se a cultura, a cultura sadia que o partido regenerador permite que seja divulgada. A ausência de censura era uma porta aberta à promiscuidade, ao aviltamento, à proliferação de ideários pouco conformes à dignidade humana e aos bons costumes. Aplicamos conscientemente a censura, pois é a vacina contra os abrilismos de má memória que tiveram o fim que mereciam...
O Dr Luís Albuquerque é uma flor vistosa e perfumada no jardim da sabedoria. No seu livro original e cheio de talento, eu identifico-me plenamente. Quando ele defende o partido único eu pergunto a mim próprio, o despesismo inútil aqui na Madeira nos tempos de Abril, se valeu a pena. Gente com certa categoria intelectual, reconheço-o sem rebuço, como Jacinto Serrão, José Manuel Rodrigues, nunca tiveram oportunidades de intervir na esfera do poder por serem de partidos diferentes do partido maioritário. Se estivessem integrados no partido do poder, embora assumindo diferente sensibilidade interna, poderiam actuar e fazer algo de positivo. Assim, não, foram sempre párias na sociedade abrilista.
O que defende, e muito bem, Luís Albuquerque nesta obra prima de sabor cultural e de perfume político autêntico, é a existência de um partido único que englobe diversas sensibilidades.Quando alguma dessas sensibilidades derrubar a outra, poderá ascender naturalmente ao poder executivo. Tão natural como a minha sede, agora.
Aproveita para beber um copo de água, perante o aplauso frenético do público presente.
Prossegue:
E esta coisa das assembleias regionais, assembleias municipais, assembleias de freguesia, são tudo verbos de encher. Basta o executivo. O povo nas eleições decidirá soberanamente. O povo fiscalizará com naturalidade os órgãos executivos. Linear, simples, transparente. Para quê este clima de desconfiança criando-se órgãos fiscalizadores por tudo e por nada?
Há que dar credibilidade aos eleitos do povo. Eles emegem do povo. Será que o povo é corrupto? Será que o povo não sabe eleger? Se errar, terá oportunidade de corrigir em próximos actos eleitorais!
Este livro, «O Meu Combate», não é um livro! É uma bíblia política. Vai afastar aquele despesismo louco, com órgãos fiscalizadores a torto e a direito; enfim a democracia abrilista que sabemos no que deu!
Por isso, com a minha presença aqui, quero honrar Luís Albuquerque o «Querido Líder» como vocês carinhosamente o tratam, mas em simultâneo, o partido regenerador e todos os que foram os cabouqueiros deste edifício moderno e ultra-democrático que é o novo regime, o Estado Novo!