No conceituado blog «Impressoes de um boticário de Provincia», o distinto farmacêutico, Dr Mário de Sá Peliteiro, insurge-se contra o empenhamento de Sócrates na divulgação do Magalhães!
Ora, salvo melhor opinião, eu entendo que ele ainda faz pouco na divulgação dos nossos produtos. Devia ser um «caixeiro viajante» mais eclético. Devia mandar fazer uns livrinhos bem apresentados em que aproveitaria para divulgar as nossas potencialidades, lá fora. Seriam ofertas sempre bem aceites e com proveitos inequívocos para o País.
Se eu fosse primeiro ministro daria instruções às nossas embaixadas para serem verdadeiros embaixadores das nossas potencialidades: do nosso turismo, das nossas belezas naturais, dos nossos artistas, dos nossos cientistas, dos nossos engenheiros, dos nossos arquitectos, dos nossos cineastas, dos nossos escritores, enfim, de tudo aquilo que nos faz diferentes (e por vezes melhores) do que o existente nesses países... Até o nosso turismo religioso é tão genuíno que merece ser mais acarinhado!
A Madeira, os Açores, o Algarve, as nossas praias, o nosso turismo rural, as nossas pinturas rupestres, os nossos vinhos e as iguarias gastronómicas (ovos moles de Aveiro, presunto de Chaves, cerejas de Resende, castanhas de Trás-os-Montes, doces conventuais de Vila do Conde, pescada da Póvoa, alheiras de Mirandela, etc., etc.), os nossos monumentos tão distintos, os nossos rios (aquele Douro paradisíaco com tantas potencialidades turísticas), enfim, toda a riqueza que Portugal contém e que merece ser divulgada urbi et orbi. Há que vender estas potencialidades. Há que arranjar mais «caixeiros viajantes » com qualidade.
Se Sócrates quiser fazer mais por Portugal ainda o pode (e deve) fazer. Fomentar as exportações, criar atractivos para o país, é algo de imprescindível, precisamos disso como de pão para a boca.
O presidente da República disse em campanha eleitoral uma série de coisas que não cumpriu nem sequer pode cumprir pois não são da sua competência.
Agora o primeiro ministro pode e deve enveredar por essa via. Os franceses promovem a venda de armamento em grande escala, os suecos até a música exportaram de forma auspiciosa (os Abba são exemplo paradigmático...), os egípcios e os gregos servem-se de tudo para venderem a sua monumentalidade, o seu património histórico.
Digo mais: se se vendessem alguns jogadores de futebol com talento era uma fonte de receitas muito apetecível, e com a crise que vai grassando já não há dinheiro para ir ao futebol, daí ser lógico colocar essas jóias em montras mais dignas da sua qualidade intrínseca.
E por que não «exportar» a imagem de uma Soraia Chaves, ou de uma Carla Matadinho? Dar um «empurrão» à Fátima Lopes, por que não ser o próprio primeiro ministro a fazê-lo? A moda também é um atributo digno de ter em conta no tocante a potencialidades lusitanas. Arrasta a indústria têxtil, tão carente de apoios...
O país precisa de publicidade positiva. Para compensar a negativa que é um exagero: caso Maddie, caso Casa Pia, caso do tráfico de prisioneiros clandestinos pelas Lajes, caso da corrupção no futebol, caso de doping no ciclismo...
Sócrates, o caminho é por aí! Ajude a vender mais coisas que o País agradece!
Temos tantas coisas lindas: o sol, as praias, as nossas lindas mulheres, alguns rios, algumas albufeiras, as nossas serras, o lago de Alqueva, os nossos relvados de futebol... Se for preciso eu estou disponível para dar uma ajuda!
2 comentários:
Amigo Rouxinol, compreendo o seu entusiasmo com a diplomacia económica levada a cabo pelo nosso Primeiro, agora pedir para que ele "ajude a vender mais coisas que o país agradece", nomeadamente "as nossas lindas mulheres", isso é que já me parece exagerado!...
Abraço e obrigado pelos qualificativos, imerecidos, de "conceituado blog" e "distinto farmacêutico".
Caro Dr Peliteiro:
Só hoje tive oportunidade de ver este comentário, daí a demora na moderação.
As minhas sinceras desculpas.
rouxinol de bernardim
22 de Dezembro de 2008
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