JESUALDO PARECIA QUEIRÓZ!!!
Não foi agradável ver uma equipa portuguesa perder daquela maneira quase ingénua; não que os adversários fossem de segunda categoria, não, houve mérito deles também. Contudo aquele 4x3x3 inicial tão pouco ambicioso, tão impróprio para quem quer dar uma imagem de fulgor e de mística atacante, não foi o esquema mais adequado para enfrentar uma equipa organizada mas superpovoada na sua defensiva.
Os flancos laterais também foram bem tapados e houve como que um «convite» para o afunilamento. O Porto caíu no engodo, na expectativa do milagre. Mas naquela floresta de pernas era quase impossível. Perante este cenário que solução?
Só existe uma: o ataque aéreo sistemático!
Para isso é preciso «trabalho de casa», o que talvez não exista. O avanço de Bruno Alves era imprescindível. O bombear bolas para a área e de duas uma: ou se rematava ou se amortecia para que alguém, vindo de trás (estilo Meireles) pudesse fuzilar!
Hulk devia ter entrado logo de início! Faz falta ter mais rotinas de jogo. É um dos melhores pontas de lança do campeonato mas está sacrificado a um esquema redutor e pouco ambicioso que o faz enferrujar e não ter os sincronismos necessários. Precisa de jogar mais vezes.
O golo sofrido não foi frango. A bola fez um efeito caprichoso e traíu o guardião; talvez fosse possível defendê-lo, mas é difícil ajuizar com critério sério.
O guardião adverso só foi testado com remates de longa distância e isto diz tudo!
Jesualdo parecia estar a imitar Queiróz! A morosidade na reacção ao estilo de jogo do adversário foi deprimente! Tarik entrou demasiado tarde e foi colocado numa zona onde não está vocacionado nem rotinado!
Há que saber arriscar na hora certa e não esperar pela deusa fortuna!Houve «respeito» a mais da parte do Porto e ousadia a menos. O Dínamo teve frieza, segurança no passe, matreirice e sobriedade de processos. Defende muito bem e ataca com eficácia. Talvez seja a equipa melhor posicionada (tal como o Arsenal) para a passagem à fase seguinte.
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