Ronaldo, o «acorrentado»!
PORTUGAL O ALBÂNIA O
Não, não foi surpresa. A falência da nossa equipa contra um adversário frágil e a jogar grande parte do tempo com 10 unidades, tem explicações lógicas:
1- O FIGURINO DE JOGO -
Enquanto a Albânia se posicionou num 4.4.2 cerrado e com muito arame farpado na cortina defensiva, Portugal optou por um 4.3.3 sem chama, sem agressividade, mantendo-se quase sempre 4 defesas a assistir ao espectáculo (raramente avançando como seria imperioso e as capacidades dos atletas o justificariam). Um estatismo confrangedor num meio-campo que não avançou o suficiente para apoiar os desamparados avançados.
2- CRISTIANO RONALDO SECADO COMPLETAMENTE!
E a culpa foi de quem? De quem o acorrentou ao lado esquerdo, não lhe dando a liberdade para ser o vagabundo rebelde capaz de, pelo efeito surpresa, rebentar com a muralha defensiva. Ele não é um extremo-esquerdo tradicional. Ele pode começar aí, mas deve ter liberdade para percorrer outros domínios sendo o lugar colmatado por outro. Para quê? Para deslocar as suas «carraças» para outros terrenos e dispersar a atenção da cortina defensiva.
3- QUARESMA NO BANCO, PORQUÊ?
Dar a titularidade a Manuel Fernandes um jovem com qualidades mas ingénuo e sem imaginação, colocando Quaresma no banco, foi um erro crasso. Era um jogo para 4.2.4 e não para um tímido 4.3.3. Mas, independentemente dessa lógica, seria bom dar à frente de ataque aquele cheirinhio de criatividade que Quaresma pode imprimir. Se fosse um jogo para defender um resultado, para ir arrancar um empate, sim, justificar-se-ia tal postura táctica, assim não!
4- O AZAR NÃO EXPLICA TUDO!
Dizer-se que houve azar, malapata, que a Senhora de Fátima nos virou as costas é palermice!
Houve erros de palmatória. Falta de agressividade táctica (a culpa não é dos jogadores, que, esses sim, foram agressivos!), falta de ambição e menosprezo pelo adversário. Só na segunda parte houve a coragem para meter Quaresma e Nuno Gomes . Acontece que a Albânia ainda com 11 elementos perdeu uma soberana oportunidade para inaugurar o marcador. Se tem acontecido, julgo que a derrota seria o resultado mais certo para as nossas cores, tal a motivação que criaria nas hostes albanesas.
5- QUE FAZER?!
Jogar agora daqui para a frente sempre para a vitória. Mudar aquele enfadonho 4.3.3 e optar por um 4.4.2 elástico (que seja uma simbiose de 4.2.4 e 4. 3.1.2) jogando sempre com dois pontas de lança e arriscando. Só com o risco é que se irá a lado algum! Assim, nunca mais!
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