quarta-feira, outubro 15, 2008

DENÚNCIA GRAVE!!!

Vem a público o consagrado juiz Rui Rangel dizer que há bloguistas anónimos que são juízes!
Insurge-se contra tal facto que poderá ser uma oportunidade para ataques cobardes e outras malfeitorias do género, que não abonam a classe e deverão ser punidas.
Ora, os juizes são cidadãos como outros; a crítica anónima poderá ser uma porta aberta para a violação dos direitos dos cidadãos, atentando contra a honra e bom nome. Contudo, os juizes poderão ter medo de outros juizes! Eles sabem «o que a casa gasta»!

Veja-se o caso da Dra Amália Morgado. Ela, no JN, teve a coragem de apontar alguns excessos corporativos (e não só) no âmbito da sua actividade. Fê-lo no pressuposto de que estaria a alertar os que não estariam a agir bem para que corrigissem as suas práticas eventualmente lesivas do interesse público. Foi punida. Não por mentir, não por faltar à verdade, mas por não cumprir um «dever de reserva»; ou seja, a verdade poderia afectar a imagem do «sistema/organização», poderia atentar contra o interesse corporativo, logo a sanção.
Será que isto não é um estímulo à blogagem anónima?! Os excessos punitivos, em assuntos que deveriam ser alvo de outro tratamento, poderão dar azo a isto.
Ninguém no seu perfeito juizo é masoquista. A verdade precisa de ser dita para defesa da colectividade. Se o dizer a verdade é susceptível de sanção, então o anonimato tem livre curso.
Vemos presidentes de câmara a abusarem do recurso aos tribunais por questões insignificantes, e eles a aceitarem as acções com muito maior celeridade e empenho do que se fossem queixas dos cidadãos ao poder político.
Numa sociedade assim, a justiça perde credibilidade. Surgem as «justiças paralelas», as «justiças de Fafe», as «vendettas» de pendor siciliano. É pena que a justiça seja tão injusta e abra as portas a toda esta parafernália de soluções alternativas...

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