terça-feira, outubro 28, 2008

GEBALIS, apenas a parte visível do iceberg!...

Toda a gente fala na Gebalis por causa da investigação desencadeada pelo MP a gastos sumptuários feitos por responsáveis ao longo de um certo período. A falta de supervisão é o lei-motiv desta situação. O mau exemplo vem de cima.
Por isso não há vontade política (moral, diga-se melhor...), não há empenho em fazer autocontrolo, quanto «pior melhor», é a política da terra queimada no seu paradigma mais exemplar!

E quantas Gebalis não há por esse país fora?!

As empresas municipais deviam ser extintas sob pena de continuarem a ser sanguessugas do erário público, alfobres de clientelismo partidário (todos os partidos, entenda-se), antecâmaras da mais sofisticada corrupção política.

Mas ninguém lhes toca pois não há moralidade para falar! Estão todos os partidos envolvidos!

Vejamos:

1 - Os governos foram agora acusados pelo Tribunal de Contas de gastos desnecessários com estudos e mais estudos que objectivamente pouca utilidade têm. A única utilidade é servirem o clientelismo galopante que vai minando os alicerces da economia nacional!!!

2- Todos os partidos envolvidos nos governos (o chamado «centrão»...) têm a sua quota parte de responsabilidade neste estado de coisas.

3- Ao longo dos anos fui alertando este descalabro financeiro, esta hemorragia que vai delapidando os recursos de forma despudorada. Fui acusado de ser «caluniador» (mas nunca isso se provou!), muito embora o meritíssimo juiz me tivesse dado um elogio excessivo, não foi capaz de me absolver totalmente, dando uma no cravo e outra na ferradura! Aparecem as «linguagens excessivas» para lançar lama sobre quem tem a coragem de fazer as denúncias pedagógicas!

4- Acusa-se o português de uma taxa de produtividade baixa, olvidando-se que estes mecanismos de delapidação dos recursos públicos são de facto a verdadeira causa-mor da nossa baixa produtividade! O despesismo exorbitante é, ele próprio, o factor degenerativo da nossa salubridade económico-financeira!

Há que moralizar o Estado! Há que começar de cima! O mau exemplo vem do topo!


NOTA: A lei de Gresham só premeia os corruptos e os incompetentes que se vendem às cliques oligárquicas. É vê-los aí nas autarquias, usufruindo de mordomias sem conta, mostrando sinais exteriores de riqueza inconfundíveis, negociando à custa dos conhecimentos que o cargo proporciona (veja-se o caso da Quinta do Ambrósio em Gondomar que é paradigmático!), escondendo em off-shores os fabulosos lucros auferidos nesta parasitação do próprio Estado!

Depois, dizem que o povo é incompetente! Há que fazer uma barrela nesses antros de corrupção que vão levando o país à miséria enquanto eles se banqueteiam à mesa do orçamento!

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