Conheci um pároco, muito reverente ao poder político, que cada vez que alguém denunciava um abuso no poder local, ficava muito amargurado e acusava os denunciantes de «pecadores»!
Só maledicência, dizia ele, repetindo a cassete que o próprio presidente usava em profusão para se defender das denúncias certeiras da oposição... Com esta postura conseguiu ser colocado numa paróquia muito importante: consta que está na calha para ser bispo...
Mas agora temos um bispo a ser maledicente, a ter a coragem da denúncia, a abrir uma nova postura mais pedagógica, mais cristã, chamando os bois pelo nome!
Quando o mundo atravessa uma crise medonha, fruto de abusos sem conta cobertos pelo manto diáfano e sacrossanto do mercado, D. António Marto, com a coragem que define os espíritos livres e libertos, aponta o dedo a algumas feridas, dá terapias, enfim, mostra-se um economista de craveira, uns côvados acima desse paroquial líder de Gaia que fazia tudo para agradar aos mecenas, privatizando, privatizando, até à exaustão total do Estado...
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