Tenho fé, mas não uma fé cega e irracional. Também tenho dúvidas, fruto de uma razão que é também irmã das entidades anteriores...
Se vivesse no tempo da Inquisição certamente já teria sido queimado na fogueira, lançado às chamas da purificação por algum censor escrupuloso e cheio de zelo .... Mas, apesar de não vivermos no tempo dela, sinto que ela ainda impera nalguns meios e sou devorado pelas chamas da hipocrisia reinante, chamuscando cada vez mais nas labaredas de uma incultura virada para a cultuação do poder, para o culto da personalidade acéfalo e indigente, para o cinzentismo mais embrutecido, para o despudorado sustentáculo da anti-cidadania.
Sou cada vez mais um descrente neste partidocratismo fulanizado neste ou naquele baronete a quem os partidólatras tratam como antigamente os fugitivos do Egipto tratavam o conhecido bezerro dourado!...
Mordomias douradas vão sendo penduradas aos peitos de alguns acólitos, sempre veneradores, sempre genuflectores aos «homens bons» da hora que passa!...
Por isso, e cada vez mais, a Dúvida cresce irreverente e insaciável na minha alma inquieta e jamais submersa no mar morto do quotidiano...
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