Pensamentos do René Descartes de Gaia...
Manipular o povo sempre foi obra-prima dos jongleurs da política. Maquiavel foi um dos primeiros mentores desta arte. Seguidores há muitos. Alguns mais hábeis que outros. Mas sempre um denominador comum: pôr a emoção acima da razão para que ao olhar para os festejos, os foguetórios, as festas de arromba, a pompa e a circunstância, o povo não olhe para os défices, as derrapagens orçamentais, os despesismos galopantes...
É assim em todo o lado. Os outros, os sérios e honestos, os que se preocupam com as contas, são imbecis, têm lógica contabilística, são forretas, são invejosos...
Mas o povo vai abrindo a pestana aos folclores populistas. O povo sabe que por detrás de um populista puro e duro há uma amálgama de interesses ocultos onde viceja uma parafernália de saltimbancos da política, de predadores da economia, de patos bravos que ascenderam na vida à custa destes parolos armados em sumidades, em coronéis do despesismo, artífices da artimanha e dribladores exímios da legalidade. Quais artistas circenses, conseguem ocultar os défices com mestria, meter debaixo do tapete as coisas menos limpas para dar um ar de limpeza e de brancura imaculada ao que é opaco e baço como o nevoeiro...
Em homenagem ao povo que já não cai nesse populismo bacoco, no discurso avinhado e carregado de artificialismos emocionais, aqui deixo estas quadras simples...
O ZÉ QUE ABRE A PESTANA... E JÁ NÃO SE ENGANA!
Contra o vento e a maré
Contra a onda pessimista
Entoam vivas ao Zé
De uma forma oportunista!
Mas, cada vez mais prudente
O Zé pensa doutro jeito:
Já não arreganha o dente
Nem bate palmas a eito!
Já farto de ser queimado
No fogo não põe o dedo
Tal e qual gato escaldado
Que de água fria tem medo!...
Já farto de populismo
O povo abriu a pestana
Há tanto chico-espertismo
Pra ver se o povinho engana!
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