quinta-feira, agosto 07, 2008

A Natureza abre a alma!...


Sim, sou a Natureza! Carrego às minhas costas os pecados desta humanidade predadora que contamina os mares, os rios, as almas...
É a corrupção aos mais elevados níveis, grande corrupção, que delapida os recursos, permite fuga de capitais para o exterior, obrigando este povo trabalhador e honesto a emigrar. É a corrupção impune que contamina as almas, os governantes, os administradores da justiça, os que deveriam ser garantes da verdade e da isenção, e não passam, também eles, de agentes encapotados da cleptocracia mundial.
Ladrões e mais ladrões vampirizando os povos honestos e trabalhadores, levando as riquezas naturais, os fundos criados com o suor do povo para paraísos fiscais inacessíveis. Depois não há investimento, não há postos de trabalho, não há aquele clima de confiança indispensável para um crescimento sustentado. Aqui é o deserto. Lá longe o paraíso dessa minoria plutocrática... o oásis!
Salmonelas, poluição dos rios com todo o tipo de efluentes resultantes da não existência de um tratamento de águas e de esgotos, como seria minimamente aceitável.
Eu, a Natureza, reclamo a atenção dos poderes públicos. Abram os olhos. Actuem enquanto é tempo. A riqueza sai do país e só cá fica o lixo, a poluição, a miséria terceiro-mundista. Estamos a ser colonizados por vampirismo multisectorial que tem agentes protectores na esfera polítco-administrativa.
Esta Europa dos larápios (coitado do romano que está na génese deste vocábulo, se soubesse a dimensão real dos Lúcius Amarus Rufus Ápius de agora...) está virada para a exploração dos povos, dos recursos naturais, do trabalho escravo. Cada vez mais uma minoria plutocrática acobertada pelo manto diáfano do proteccionismo estatal vai sugando recursos, engordando, engordando, enquanto o povo vai emagrecendo, emagrecendo. É a Europa dos ladrões! dos tráficos de influências! dos proteccionismos internacionais!
E tu Sócrates, a cúpula da pirâmide, que te lançaste na vida pública tecendo loas à Natureza, ao meio ambiente, à salubridade pública, à despoluição mental, estás agora, mais do que nunca, atado de pés e mãos, pelos vampiros que te servem de entourage permanente. Ou mudas, ou te lançarei às feras... e que feras!

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