«Inimputáveis?! São os humanos que continuam a reproduzir-se a um ritmo elevado e a poluír o planeta de forma selvagem, pondo em causa a habitabilidade da Terra! É preciso castrá-los! Os rios e os mares estão um nojo»
«Inimputáveis?! São essas bestas que continuam a votar em mim! Cambada de loucos varridos! Sou uma vítima deles!»
Julgam-se acima da lei
Ninguém lhes pode tocar
Inimputáveis, direi,
Só Deus... os pode julgar...
O povo vai endeusando
Estes caciques venais
No poder se empoleirando
Como bando de pardais.
Vaidosos que nem pavão
Nos media sempre a palrar
Usam a televisão
Prá imagem branquear!
O povinho embasbacado
Aos sobas sempre rendido
Mais parece embriagado
Pobre povo embrutecido!...
Nota: Dizem alguns: «o cliente tem sempre razão!»
Dizem os eleitos: «o povo tem sempre razão!»
Digo eu: «o povo vota de acordo com os parâmetros culturais, de acordo com as pressões do meio; onde há défice democrático, onde a informação é sonegada, o juiz-povo julga com os reduzidos dados disponíveis daí poder votar não no melhor mas no que ostenta (através dos media controlados) melhores trunfos. A apetência pelo poder mediático (sobretudo onde há corrupção notória) é uma forma doentia de controlar e adulterar o juizo popular. Andam quase sempre de braço dado: a corrupção e o abuso do poder mediático!
Aqueles que dizem que o cliente tem sempre razão, se aparecer lá um bêbado a insultá-los, será que manterão o slogan?! Quanta embriaguês não anda por aí mascarada de propaganda eleitoral?!»
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