sexta-feira, agosto 08, 2008

General Buceta!


O acesso à igualdade é difícil. Mas há militares que têm preconceitos machistas.
A jornalista Fernanda Câncio, pessoa desinibida e com aquele toque de elegância literária que fascina qualquer leitor, dá hoje um golpe de asa no seu DN que merece uma análise atenta.
Os preconceitos machistas existem ainda em muitos areópagos.
O artigo, além de bem escrito, mostra o quão difícil é a caminhada das mulheres numa sociedade rígida, hipócrita e cheia de preconceitos. Sempre ao virar da esquina uma cotovelada na dignidade delas. Ainda me lembro do tempo em que uma aluna foi expulsa por usar calças, no liceu Rainha Santa Isabel, no Porto. O fumar também gerou polémicas incríveis...
Fernanda Câncio fala em Joana d'Arc. O problema da entrada das mulheres nas tropas de elite é um falso problema: quem os (ou as) tiver no sítio, tem, tanto faz ser homem como mulher.
Recordo um episódio caricato a propósito de discriminação sexual. No Brasil houve em tempos um general de nome Buceta. O nome era motivo de forte gargalhar quando era pronunciado, mas o tipo era teso mesmo e não se deixava intimidar nem sequer mudou de nome, pois tinha orgulho nele.
Quando ela (F.C.) invoca o calão, fá-lo com mestria e a-propósito. As mulheres têm uma generala (no jornalismo) pronta a defendê-las não haja ilusões a esse respeito.
Para reforçar a tese da igualdade de oportunidades quero frisar que a primeira mulher a pilotar caças na Força Aérea, foi a primeira no curso! Há bucetas que podem ir ao generalato! e não é só no Brasil!!! Há que ter muito respeito por elas (mulheres e... bucetas).

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