quinta-feira, julho 02, 2009

O famigerado «Dever de Reserva»...

Rui Moreira não concordou com a intervenção do PR

O PR estará a ser caixa de ressonância de Manuela Ferreira Leite?



Um PR tem que o ser sempre em nome de todos os portugueses. Deve actuar ao serviço da colectividade e não de interesses particulares. A intervenção pública do PR no tocante ao negócio empresarial PT - PRISA (onde se inclui a TVI) foi criticada por Rui Moreira de forma lúcida e coerente, na minha modesta opinião.
A separação de poderes (tão querida ao PR no tocante ao «Estatuto dos Açores»), foi agora beliscada de forma excessiva pelo PR.
Ele, que tantas vezes invoca o famigerado «dever de reserva» para se calar (silêncios ensurdecedores como aquele em que Jardim agrediu de forma insolente toda a AR da Madeira- apodando de «bando de loucos» todos os deputados eleitos pelo povo madeirense!) deveria ser mais prudente. Este negócio que viria a ser abortado pelo governo (com receio de que a oposição numa campanha de vitimização excessiva colhesse dividendos...) deveria ser concluído sem a interferência do PR. Este só deveria actuar, na minha modesta opinião, se, depois de consumado, se se viesse a verificar coacção sobre a linha editorial da TVI. Assim, fazendo eco de um sussurro da oposição__ quiçá infundamentado, sem provas, apenas um processo de intenções foi levantado...__ o PR veio à liça, colocar-se ao lado desses sussurros, de forma parcial, pouco isenta e com uma seridade duvidosa.
Já tenho referido várias vezes mas volto a repetir, não tenho partido, não sei ainda em quem irei votar, mas como cidadão atento e responsável, não gostei desta intervenção alarmista e pouco ética do PR. Era bom que não se colasse, qual «emplastro da Dra Ferreira Leite», nem servisse de caixa de ressonância das oposições.
Aqui sim, impunha-se o dever de reserva! agiu antes de qualquer facto lesivo do regular funcionamento da democracia. Foi na onda de comentários alarmistas e excessivos.
Imagine-se que Sócrates ganha o próximo acto eleitoral e o negócio avança.
Imagine-se que Sócrates ganha as próximas eleições e o investimento no TGV avança.
Que dirá então o PR?
Rui Moreira, lá do seu cantinho tripeiro, está atento. Todo o país aguarda os próximos capítulos.
Mas que houve falta de isenção do PR, isso houve! e é pena que tal aconteça! o princípio da separação de poderes não deve ser metido entre parêntesis!

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