Humberto Coelho:
A consciência democrática como alicerce de um desporto limpo e transparente
Luís Filipe Vieira:
O retrato de uma boçalidade populista... sem nível, sem estatura, sem a noção da pureza democrática
Sob um pano de fundo antidemocrático, onde certo caciquismo mediático deu cobertura acéfala e quase total (louve-se a RR... um oásis no deserto da mediocridade...) o país inteiro assistiu a um festival de mediocridade que atesta bem a baixeza de valores que impera a todos os níveis.
Um presidente de câmara que aceitou paraninfar uma candidatura ferida de morte em termos legais-estatutários, não se coibindo de falar sobre a justiça como falam os padrinhos desta selva democrática. As considerações de LFV sobre o juiz Rangel (goste-se ou não dele, seja-se ou não adepto da sua ideologia...) foram de um baixo estofo, de uma mediocridade e de uma boçalidade gritantes. Um nojo.
A alusão a «garotada», como se qualquer sócio não tivesse o direito democrático de concorrer, a arrogância estulta de quem se julga «dono» de um clube (por mais credibilidade que lhe tenha dado... embora à custa da subida astronómica do passivo...o que quase ninguém vê) patenteia a ausência de valores que germina e ameaça aniquilar a consciência democrática, o espírito de Abril.
Poucos ousaram criticar esta fantochada populista. Poucos tiverama coragem de dizer: «o rei vai nu!» Teve-a Humberto Coelho, o «monstro sagrado», o ex-capitão, que mostrou a coragem cívica e a verticalidade que fizeram dele um paradigma dentro e fora do campo. Ao seu lado, LFV é um "rei-sol" de pacotilha...
Humberto Coelho, honra lhe seja feita, mostrou que continua na posse de todos os predicados morais e cívicos que fizeram dele um «capitão» na plenitude do termo.
O juiz Rui Rangel e o candidato Bruno Carvalho estão uns côvados acima do patamar cívico e da estatura intelectual do LFV. Honra aos vencidos, pois deram de si uma imagem limpa, corajosa, digna. Há vitórias que mais tarde ou mais cedo patentearão à saciedade que não são mais do que "pírricas" em todos os sentidos...
Não cultuo os «triunfadores» só pelo facto de o serem. Quero que mostrem estatura moral e cívica para serem dignos desse triunfo. Triunfalismos tolos é o que há mais: nas autarquias, nos clubes, nas regiões autónomas, nos governos..
Luís Filipe Vieira é um reles «soldado raso» mais raso que o Cabo Raso...
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