Segundo relata o público de hoje (clicar), o défice público foi no final do primeiro semestre de 7305,8 mil milhões de euros. Três vezes e meia mais do que o verificado no período homólogo (2008), denotando algo de preocupante para todos. O governo actual poderá deixar uma «pesada herança» para quem vier atrás. Esta preocupação é tanto mais gravosa quanto é certo o período eleitoral que se avizinha poder carregar ainda mais o tom sombrio das contas públicas!
Há que estar atento pois a chamada ingovernabilidade poderá estar no horizonte. Um espectro partidário diluído, não havendo maioria consistente poderá dar azo a nuvens muito negras no que concerne à estabilidade futura. Seja quem for o vencedor terá uma margem de manobra muito reduzida...
Governos de iniciativa presidencial poderão estar no horizonte de médio prazo.
Os portugueses de bom senso e de recta intenção devem começar a pensar em cenários pouco animadores. O despesismo que se vai verificando nalgumas autarquias (festinhas, festarolas e festivais de toda a ordem e feitio são o pão-nosso-de-cada-dia...) poderá ter que ser radicalmente cortado no próximo ano. O caciquismo alimenta-se do monstro despesista, por vezes de forma alienatória e viciosa. A política de subsidiodependência, feita com objectivos eleiçoeiros, pode estar na génese de muitas metástases de índole financeira. O cancro da corrupção pode minar a credibilidade das instituições. Estar atento nunca é demais!
Os excessos de agora pagar-se-ão muito caro no futuro. E paga o justo (normalmente) pelo pecador. Este, normalmente, arranja bodes expiatórios para alijar as suas próprias responsabilidades! e quem vier atrás que feche a porta...
Isto não é dramatizar, é alertar e chamar os bois pelos nomes: vendedores de ilusões é o que há mais!!!
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