quarta-feira, maio 27, 2009

Lisboa, estátua-mulher!...





Respira fundo, em Monsanto

Na Mouraria ouve o fado

Lisboa é sempre um espanto

Porque renova o encanto

Por muito tempo passado.








À noite, veste de gala,

Vai ao S. Carlos, vaidosa,

Ao vê-la assim, perco a fala

Como é gostoso beijá-la

É uma beldade famosa...








Moça bonita de Alfama

Tu és Lisboa encarnada

Ia contigo prá cama

Oh formosíssima dama

Mas... és co'o Tejo casada...








Lisboa, sete colinas,

Sete pecados mortais,

Verdes paisagens divinas

Mas já perdeste as varinas

Só tens... pregões aos jornais.







Lisboa, danço contigo

Sinto o teu seio a arfar

Co'o olhar eu te persigo

Lisboa, já não consigo

Minha paixão te ocultar...






Nota: Poesia concorrente ao Prémio Cidade da Amadora.

Nunca publicada.

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