Respira fundo, em Monsanto
Na Mouraria ouve o fado
Lisboa é sempre um espanto
Porque renova o encanto
Por muito tempo passado.
À noite, veste de gala,
Vai ao S. Carlos, vaidosa,
Ao vê-la assim, perco a fala
Como é gostoso beijá-la
É uma beldade famosa...
Moça bonita de Alfama
Tu és Lisboa encarnada
Ia contigo prá cama
Oh formosíssima dama
Mas... és co'o Tejo casada...
Lisboa, sete colinas,
Sete pecados mortais,
Verdes paisagens divinas
Mas já perdeste as varinas
Só tens... pregões aos jornais.
Lisboa, danço contigo
Sinto o teu seio a arfar
Co'o olhar eu te persigo
Lisboa, já não consigo
Minha paixão te ocultar...
Nota: Poesia concorrente ao Prémio Cidade da Amadora.
Nunca publicada.
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