sábado, maio 31, 2008

VENCEREMOS! VENCEREMOS!





Um frémito de emoção
Uma fogueira no peito
Portugal é uma nação
Que o mundo vê com respeito!

Portugueses, ganharemos
O desafio da história
Todos juntos venceremos
Nosso horizonte: a vitória!

Povo livre e sem mordaças
Povo livre e bem plural
Orgulhamo-nos das raças
Que dão alma a Portugal!

Ancorados no passado
Ao futuro rumaremos
Cada qual é um bom soldado
A batalha venceremos!

Nossa arma, a tolerância,
Nosso escudo, a amizade,
O cravo nos dá fragância,
O cheirinho a... liberdade!

Unidos sob a bandeira
Verde-rubra, tão plural,
Combatentes na trincheira
Que se chama Portugal!

De mãos dadas, olhar firme,
Só bravura em seu redor
Seja negro ou seja branco,
O Português é o melhor!

O sortilégio da fama
É chama que nos devora
Portugal a gente ama,
Portugal a gente adora!

Venceremos! Venceremos!
Ninguém ouse duvidar!
Heróis todos nós seremos.
Quando a Pátria triunfar!

Venceremos! Venceremos!
Que ninguém nos leve a mal
E, no final cantaremos:
Portugal é... Portugal!!!


PORTUGAL É PORTUGAL!!!


sexta-feira, maio 30, 2008

«Seguir o cherne!...»

«O deus-petróleo está na mó-de-cima, há que o venerar...»


... e lá foram todos os peixinhos em romagem agradecendo a dádiva divina, agora já podem andar à vontade, sem medo do humano predador, tão leviano, não respeitando nem as idades nem os tamanhos da fauna piscícola, esse humano predador foi devidamente castigado, de forma tão sublime, tão eficaz... pelo deus-petróleo, esse deus negro que os peixinhos vão venerar lá longe, em peregrinação de cardumes fiéis e respeitosos, seguindo o bem-humorado cherne, esse peixe-guia tão dedicado, tão hierático, tão devoto, tão venerador do arqui-deus petróleo bruto...

quarta-feira, maio 28, 2008

A «fúria» privatizadora!...


O mundo está nas mãos de uma plutocracia que comanda as alavancas económicas e financeiras a seu bel-prazer...
Há quem pense que a privatização até aos limites é a panaceia redentora capaz de curar todos os males. Vêm agora uns ingénuos propor a privatização da CGD. Pura estultícia. O que está mal no Estado é certa irracionalidade económico-empresarial que precisa de correcção. A dicotomia Estado versus privado quando se enfatiza a «maldade» no primeiro segmento e a «bondade» no segundo é de uma hipocrisia aberrante.
Privatizar sectores estratégicos é errado. Ainda agora o caso-Galp vem trazer à colação esta problemática. Se a Galp estivesse nas mãos do Estado a actual conjuntura seria mais facilmente superável, podendo o Estado amortecer o choque petrolífero com mais prudência. Assim, pouco se pode fazer. Se a Galp estivesse nacionalizada poderia haver uma margem de manobra muito maior do que aquela que existe.
O privatizar só por privatizar dá um certo encaixe, num dado momento, mas retira ao Estado a capacidade de obter instrumentos de controlo e de intervenção que poderão ser importantes em determinadas conjunturas.
A «fúria» privatizadora é boa para os que querem abocanhar fatias do Estado a preços irrisórios, como se fez no tempo de Cavaco Silva (nalguns casos de forma bem gritante).
A privatização excessiva da saúde vai doer a muita gente que começa a ser fustigada pelos ventos da crise. Depois, virá a caridadezinha diluír os efeitos do «pecado original». Há que ter cautelas pois a teoria de que as privatizações são sempre «boas» já tem os dias contados...

A CORAGEM DE RESISTIR

Aristides Sousa Mendes, o cônsul que desobedeceu a Salazar!

Quando imperava o terror

E toda a gente vergava

Ao jugo do ditador,

Ele ousou ser um «traidor»

Salazar desafiava.

Ser vertical é servir

A causa da consciência,

Ao ódio nunca anuír

Saber sempre transgredir

Quando impera a prepotência.

A suástica ditava

A morte ao povo judeu.

Aristides conspirava

Ordens vis não respeitava

Então, desobedeceu.

Não vergou, foi castigado,

Salazar não perdoou,

Ao ostracismo votado

Perseguido e molestado

Não fugiu, só emigrou.

Seu gesto de rebeldia

A gente jamais esquece

A coragem e ousadia

Merecem a simpatia

Do mundo que lhe agradece!


terça-feira, maio 27, 2008

Epopeia dos pescadores... pescados!...

A crise generalizada é mais sentida nos sectores em que os custos de produção têm como factor fundamental o combustível. A atenção dos governantes deve centrar-se aí, sob pena de começar o descalabro...




Ter o mar por ganha-pão
Pode ser paradoxal:
Pode ser tumba ou caixão
Também pia baptismal...

Ganhar a vida ou perdê-la

Lotaria permanente

A morte, está sempre a vê-la

E a combatê-la, de frente!

O mar é selva sem lei

Tem garras, como o leão,

Devora os bons, eu bem sei,

O mar não tem coração.

Pescar é já epopeia

Uma épica aventura

É, à morte dar boleia,

É... cavar a sepultura!

O vento-crise a soprar

E o pescador fustigado

Explorado até fartar

Também se sente... pescado.

Pescados andamos todos

Sugados pela crise-mar

Há demagogia a rodos...

Sempre os mesmos a... mamar!!!

segunda-feira, maio 26, 2008

Grande humorista este senhor Aníbal de Boliqueime!


«Eu sou a corrupção, tenho motivos pra estar optimista! eles bem tentaram, mas ainda ninguém me tocou porque eu alimento as máfias todas! E nas campanhas eleitorais dou de comer a muita gente! Sinto-me optimista cem por cento!»

«Eu é que sou o pessimista?! Dai exemplos de austeridade, de um viver sem ostentações e depois falai comigo, se tiveres vergonha na cara! Cambada de hipócritas!!!»

Dizeis que sou pessimista!...

Criticais o meu viver;

A rir, não há quem resista,

Pois vivo pra não morrer!


Pra mim, só austeridade,
Não sou assessor de imagem!
Resta-me a mendicidade...
Se pra tal... tiver coragem!

A reforma miserável,
E chamais-me pessimista!?
A vida é insuportável
A morte, essa... anda optimista!

De pés prá cova já estou
Vou bater a caçuleta
O tempo pra mim passou
Já se esgotou a ampulheta!

O pessimista sou eu?!
A corrupção anda aí
E... cada vez mais, Deus meu!
Combatê-la 'inda não vi!

Discursar, vós discursais,
Juízos de mau agouro,
Mas matá-la, não matais,
Galinha dos ovos de ouro!

Não me chameis pessimista!
É gozar com a desgraça,
Chamai-me sim... masoquista,
Pois dei meu voto... de graça!!!

sábado, maio 24, 2008

Carta aberta ao Sr Possidónio!

Ilmº Senhor Possidónio:

Sei que V. Excelência julga que os impostos são a panaceia capaz de resolver todos os problemas cá do burgo, contudo não é assim. Como sabe, a economia é um sistema de vasos comunicantes. Quando se sobe o preço dos combustíveis, está-se, de facto, a arrecadar receitas. Todavia, esse benefício poderá ser um tiro que sai pela culatra.

Porquê?

Porque ao aumentar os combustíveis está a asfixiar a economia, está a estrangular o desenvolvimento, a expansão, o regular funcionamento das instituições económicas.

O que vai buscar por um lado, pode saír pelo outro: ou seja as empresas, as unidades económicas começam a «derrapar» e é o caos que se instala. Pode surgir a estagflação (neologismo que significa estagnação acompanhado de inflação) e com ela todo um calvário socioeconómico como o desemprego, as falências em cadeia, o chamado efeito de bomerangue...

Creia-me Sr Possidónio, um seu admirador. Apesar das tiradas pouco ortodoxas que tem prodigalizado, ainda acredito na sua capacidade de desenrasque para levar a nau lusa a bom porto. Mas, já ouviu falar de «vitórias pírricas»? Se não ouviu, poderá informar-se e analisar bem o seu caso pois poderá ser o corolário lógico dessa obsessão.

Entre um Sr Possídónio e um general Pirro, o diabo que escolha!...

A tutela europeia e a dignidade nacional!

A legislação que vigora na U.E. impede que se subsidiem as empresas de forma a evitar-se a concorrência desleal. Contudo, no caso vertente da pesca, é todo um sector que está em risco de sobreviência, são os agregados familiares que dela dependem que estão a ser alvo de uma situação catastrófica. Há que engendrar mecanismos legais que possam ser resposta cabal a esta situação não violando as sacrossantas normas comunitárias.

O país não pode ficar de braços cruzados. Há que mover esforços e encetar contactos (com países que estão no mesmo «barco-sacrifício») de molde a ultrapassar o impasse.

A vida na pesca tem sido alvo de mil-e-um atropelos, de mil-e-uma «facada» , os pescadores sofrem esta situação anómala e não tem havido uma resposta eficaz e pragmática a toda esta problemática. Se houver necessidade de criar um ministério do Mar, dada a especificidade da matéria em causa, que se crie. Há que combater este flagelo que ensombra a vida de tantas famílias e se repercute em sectores a jusante e a montante.

Onde está o carácter «social» (já nem falo em socialista...) deste governo?
Há que exigir respostas adequadas aos desafios que vão surgindo sob pena de as populações andarem a reboque de políticas sem estrutura, sem articulação, sem rei nem roque.

Ondas alterosas na pesca!

«Tens razão rouxinol, esperemos que aquele mar de promessas (eleitorais) não seja um buraco negro cheio de mentiras! De artistas já estamos fartos!»
Pescador que vais ao mar
Tão injustiçado és!
Explorado até fartar
Contra ventos e marés
Terás sempre que lutar!
Quando há ondas alterosas
No preço dos combustíveis
Há perdas bem clamorosas,
Sequelas são previsíveis,
E não são nada famosas...
Governos oportunistas
«Arrastões» de voto útil
Prometem, pra dar nas vistas,
Fogo-fátuo, fogo-fútil,
Na mentira são... artistas!
Pescador que vais ao mar
A hora é de xeque-mate!
Um xeque ao Rei há que dar,
Antes que a fome 'inda mate
As famílias a penar!
NOTA: Senhores governantes, com os combustíveis a subir em espiral, os custos de produção tornam-se incomportáveis. Há que tomar medidas de carácter excepcional! Isto é uma calamidade , como os fogos ou as secas! A coisa promete piorar!

sexta-feira, maio 23, 2008

O «bailinho» da Madeira!...

«Lá vamos beijando e rindo, ao soba vergados, vergados sim!...»



Na Madeira quem quiser
Na política singrar
Seja homem ou mulher
Ao soba tem que vergar!


Lá vão, engraxando e rindo
Vergados, vergados sim,
Lá vão, subindo, subindo,
Todos sabem que é assim.


A mulher, se quer aumentos,
Terá que se adaptar:
Desabotoar «talentos»...
E... pernas saber cruzar!...


Quem quiser se promover
Há que saber bem curvar
As botas também lamber
E... engraxar, engraxar!...

E quem não fizer assim
Passará um mau bocado
Levará vida ruim
Será sempre ultrapassado!


Tristemente há que dizer
Há padres... ajoelhados!
São meros verbos de encher
De pudor... esvaziados!


Ministros da propaganda
Gente vendida ... ou comprada
Gente servil, que só anda
A pestar culto... ao «Papadas»!


Há que vergar mais e mais!
Só assim se vai singrando
E até os próprios jornais
Também lá vão... amochando!


Nota final: Sejamos honestos. Isto vê-se em todo o lado. A moda alastrou qual pandemia nacional. Não venham cá dizer que era só no tempo da «outra senhora»! A «choldra» continua!


quinta-feira, maio 22, 2008

2º ANIVERSÁRIO!



A 22 de Maio de 2006 nasceu o rouxinol. D. António Ferreira Gomes foi o primeiro a entrar neste cardápio que viria a causar tantos engulhos a alguns pobres diabos. Ele foi um resistente na verdadeira acepção da palavra. Ainda me recordo, estava em Angola a cumprir o serviço militar e ouvi da boca de um capelão do exército estas «pérolas»: «Coitado, dizem que apoia os terroristas e os comunistas. Depois daquela carta a insultar o Salazar ficou com a mente transtornada!»

Eu não conhecia a carta. Só conhecia a sua postura cívica e moral perante aquela sociedade. Penitencio-me por não o ter defendido como devia. Eu próprio andava sob suspeita. Dei uns elogios ao poeta Manuel Alegre (não ao político então comunista) e tive logo um ambiente de intriga e desconfiança em meu redor. Tive o azar de terem ocorrido umas explosões no continente e o responsável pertencia à LUAR (ramo do partido comunista) tendo eu também defendido a pessoa em si, ignorando de facto a sua actividade política...

Mas D. António Ferreira Gomes foi (e é) das figuras mais clarividentes da Igreja. Quando vemos aberrações (como as da Madeira e nalguns «jardins totalitários» cá do continente) olhamos para ele com mais saudades ainda. O rastejar ao poder da parte de alguns clérigos é ridículo, patético,
algo de promíscuo. Alguns padres prestam-se a papéis semelhantes a bufos da ex-Pide/DGS, com o seu activismo pró-situação. Com que fim? Obter apoios, ficar «bem visto», enfim, endeusar o poder para melhor ter as suas boas graças!

D. António criticou os excesos comunistas com o mesmo vigor com que o fez perante a ditadura.
Não era uma cana agitada pelos ventos dominantes. A ele, o meu obrigado por me ter aberto os olhos para a podridão de certa política. Sei bem que isso só me trouxe dissabores. Mas acho que o homem, sendo ser gregário, tem de se cuidar e não caír no sectarismo. Hoje vemos o país infectado de pequenas «máfias»: partidárias, clubísticas, para-religiosas (estilo «opus Dei» e maçonarias...), financeiras, enfim, seitas e mais seitas...

A ele, D. António, o mesmo soneto com que comecei este blogue. Aqueles que andam de joelhos perante presidentes de câmara, que meditem no seu exemplo de cidadania... Não verguem, pois nota-se muito e mete nojo!


De joelhos, somente perante Deus,
Nunca vergou perante os ditadores;
D. António foi bispo cá dos meus
A Igreja engrandeceu!, os meus louvores


Sofreu amargo exílio com bravura
Da Fé foi um estandarte glorioso,
Caíu de pé, gigante na procura
De um rumo são, num mar tão proceloso!


Do redil feito ausente, mas presente;
Deixou marca indelével na cultura!
Foi audaz, magistral, clarividente!


Se espalha e frutifica a semeadura,
Portugal usufrui dessa semente
Devemos exaltar sua postura!

Eça de Queiroz e o «doping»!...


«Meu caro Bento XVI tende cuidado com certas afirmações. Corre-se o risco de assistir a uma acusação de dopagem pelo «sangue de Cristo»! Os fundamentalistas já quiseram fazer pão com suor, por causa daquela afirmação: "comerás o pão com o suor do teu rosto!" Neste mundo tudo é possível. Vede o Sócrates, coitado, quase era "despedido" por causa de um cigarrinho inofensivo!»
«O doping é contra os princípios morais e doutrinários da fé. Dizem que a comunhão é mero efeito placebo. Mas eu não acredito, eu acho que ela é de facto o alimento espiritual mais valioso para todos os atletas deste país!»

Eça de Queiroz foi uma figura cimeira das Letras. A sua capacidade analítica dos comportamentos humanos ainda hoje é apreciada. A forma zombeteira como avaliava certos excessos é digna de um psicólogo de gabarito. Enfim, usando a «telepatia» fui entrevistá-lo à Praça do Almada, na Póvoa d eVarzim.
R. de B. - Meu caro Eça, que tem a dizer-me sobre o caso de «doping» que abalou esta linda cidade, com o ciclismo a ser alvo de intervenção da P.J.?
Eça de Queiroz- Olha rouxinol, o fenómeno é generalizado. Todos querem aparentar mais do que são de facto. É os políticos a porem-se em bicos de pés a afirmarem-se como paladinos da honra e da transparência, mas, de facto, são uns aldrabões e uns hipócritas de alto gabarito.
RB -Sois contra a política em si? Ou há alguém que fira mais a atenção?!
E.Q. - Meu caro, eu tenho lido os teus posts e devo dizer-te que estás a fazer o teu papel. Mas deves ir mais longe e mais fundo. Há políticos que deveriam ser responsabilizados pelo que fazem e pelo que patrocinam...
RB- ?!
EQ- Olha com a crise que se vê, com a falta de dinamismo da economia, andar a patrocinar um desporto que está infectado há muito pelos estimulantes proibidos é de lamentar... Eu bem sei que o povo adoro vitórias, quer ver resultados e não se preocupa com os meios usados. Só quer ver os fins. Este povo, em última instância, é o culpado destes excessos...
RB- O povo?
EQ - Sim, o povo. Ao dar o seu voto a quem usa e abusa de certas metodologias, é caucionar tudo isso... Dir-me-ás que o povo não sabe, a câmara também não pensava que isto iria suceder, contudo o contexto envolvente é mais do que suficiente para ter recato.
RB- Mas o ciclismo é um desporto tão popular, tão do agrado das nossas gentes...
EQ- O mal não está no ciclismo mas nos que querem usá-lo como trunfo eleitoral, como imagem de marca. Agora, sofram as consequências também na aposta errada que fizeram...
RB- Achais justo acusar a câmara de algo que directamente não fez?
EQ - Eu sei que por vezes se colhem dividendos de coisas más, sabendo-se que o são, só pelo mero proveito eleitoralista. Há autarcas que extraem proveitos ilícitos de tanta pouca vergonha que nem digo mais... no meu tempo também havia. Mas agora a coisa é mais sofisticada. A prostituição, a droga, o tráfico de mulheres, enfim, há tanta coisa oculta pela manto diáfano da hipocrisia, que nem te digo mais... Deixo ao cuidado das pessoas inteligentes, lúcidas, não enfeudadas aos poderes dominantes, aos situacionismos de ocasião, a conclusão do meu raciocínio...

quarta-feira, maio 21, 2008

Simplesmente... Constança!

«Não. rouxinol , não vou ao ginásio. Mas para pesos plumas destes eu tenho condições muito sui generis: basta deixá-los investir... eu desvio-me e eles vão ao tapete só pelo seu impulso excessivo!...»


Acabo de ver um debate na TVI entre a jornalista Constança Cunha e Sá e Luís Filipe Menezes. Dei-me ao cuidado de gravar e analisar friamente o «combate».
Como é possível o Dr Luís Filipe Menezes ter ido ao tapete de forma tão ingénua?
Ele continua com aquela «cassete» do «sulistas, elitistas e liberais» e não consegue libertar-se dela. Agora são os «barões» que estão na base da Dra Ferreira Leite e as bases estão ao lado dos seus «apêndices» (Santana Lopes e Pedro P. Coelho).
Ele não tem a noção do ridículo. A Dra Ferreira Leite já o elucidou que é abrangente, interclassista, quer um PSD amplo e plural aberto a todas as classes e a todos os sectores tal como alvitrava Sá Carneiro. Ela é a favor de um partido capaz de congregar jovens, idosos, trabalhadores, empresários, estudantes , professores, independentemente da sua origem socioeconómica. É (deve ser) assim em todos os partidos com ambições nacionais.
O facto de ele a tentar acontonar nos chamados «barões» não significa que o seja. E qual o «basismo» de Menezes? Tenho alguns amigos de Gaia que o conotam como um factotum de algumas eminências pardas, algumas bem negras no presente momento...
Como foi ridículo tentar identificar a Dra Ferreira Leite como uma espécie de tentáculo (passe o termo) do Dr Pacheco Pereira! Aliás deve-se dizer, em abono da verdade, que em termos culturais, temperamentais e até mentais, ele (PP) fica uns côvados acima da craveira de Menezes, sem dúvidas nenhumas!
Quem viveu numa onda de euforia mediática produzida pelo fenómeno futebol (um certo clube a quem se pendurou...) julga-se um carismático ideólogo dentro do partido mas não passa (como Constança Cunha e Sá demonstrou à saciedade) de um paupérrimo debitador de ideias-feitas, de um caudilho de trazer por casa arvorado em quinta-essência da social-democracia!

O fogo da corrupção alastra!


«Quando a água acabar tenho ali uns extintores de optimismo! Muito eficientes!

«Senhor presidente o optimismo é muito eficaz nos discursos, aqui nunca deu!»




A «culpa» é do pessimismo
E da barriga a dar hora...
Uma injecção de optimismo
A ver se a «coisa» melhora!


Mas a «coisa» é complicada
Optimismo só não basta
Cheira a conversa fiada
Conversa de treta, gasta!


Controlar a corrupção
Dar mais eficácia às leis
Ao laxismo pôr travão
Ou vão dedos... e anéis!


Optimismo é coisa fútil
Não vai à raiz do mal
É uma postura inútil
Por si não faz bem... nem mal!


Ser realista é dizer
Que o optimismo é só... treta!
Quando o país está a arder
É preciso uma agulheta!



terça-feira, maio 20, 2008

«Resistir ao pessimismo»!

«Um copo a meio é:
a) Meio cheio para o optimista
b)Meio vazio para o pessimista»
O optimismo, meu caro presidente, não serve de nada! É apenas um estado de alma. Quando excessivo é uma patologia!...

Se alguém sente que vai deslizando para o abismo e pensar que mudando o estado de espírito vai inverter o rumo da situação, engana-se redondamente.
O povo já há muito interiorizou isso dizendo: «Fia-te na virgem e não corras! ...»

Não basta ter fé nas instituições. É preciso fazê-las funcionar.

«Tende fé que isto muda!»

Isto é um apelo à resignação, à capitulação. É preciso resistir dizendo o que vai mal, e esperando que os responsáveis ajam em conformidade! É uma resistência activa e consciente.

Senhor Presidente:

Já ouviu dizer que há dinheiros públicos (governamentais) em paraísos fiscais?
Não se sabe quanto nem quais os objectivos. Mas ao comum dos cidadãos isso não cheira bem. Poderá estar ali um gigantesco «saco azul» com objectivos inconfessáveis.

Era bom que todo o povo português fosse esclarecido do exacto montante e quais os objectivos que subjazem a essa trasfega de fundos. Haja transparência!

A justiça continua paralizada nalguns domínios porque não há a coragem de agarrar o touro-corrupção pelos cornos!

Senhor Presidente,

Acha bem aquelas volumosas injecções de capital no JM (lá na pérola do Atlântico)?

Não será um convite à promiscuidade a existência de deputados na RAM detentores de quotas em grandes empresas de construção e obras públicas?

Os bancos, com a permissividade actualmente vigente (com situações anómalas no Millenium e... porventura nalguns «milleniuns» que para aí há!...) são autênticas galinhas de ovos de ouro. Quando os ventos de austeridade fustigam a maioria dos cidadãos (trabalhadores por conta de outrem e pequenos e médios empresários), os banqueiros navegam no mar da prosperidade!...

Será pessimismo da nossa parte, os que vemos estas hiperdiscrepâncias, ou mero realismo?

O optimismo do doente que não vê melhoras, será realista?

Será que pretende «injectar optimismo» de forma artificial, criando paraísos artificiais na mente dos ouvintes dos seus discursos?

Há uma doença bipolar nesta sociedade esquizofrénica que patrocina o amontoar de riqueza em meia dúzia de privilegiados e exige, de forma obstinada e cega, que os outros, os «párias», os não politicamente correctos, paguem a crise.

Haja um resquício de realismo Senhor Presidente!

Fome & Miséria, globais! Cada vez mais!

Os biocombustíveis estão a dar que falar. Os preços dos cereais sobem em espiral. A inflação dispara. África, onde a sobrepopulação é gritante, começa a entrar em pânico. O ser humano ainda não criou mecanismos de defesa para controlar esse deus caprichoso e volátil chamado mercado. E há até quem o adore sobremaneira. Há que fazer um combate global. Há que pensar global. E agir em consonância com o flagelo iminente. É urgente começar!

segunda-feira, maio 19, 2008

O que faz correr Menezes?

«Não, não assim assim tão mau como isso! tu, rouxinol é que és um miserável deturpador!»

O Prof Marcelo Rebelo de Sousa vem dizer que Menezes agora ataca a Dra Manuela Ferreira Leite porque acha que ela vai vencer e é isso que o faz criticá-la. Talvez não seja só isso.

Menezes disse que iria manter-se neutral. Mas agora, ao ver o peso que vai ganhando a candidatura de Manuela Ferreira Leite, assustou-se e... deu o dito por não dito. Começou a tomar partido, quer ser patrono de alguém mas está indeciso se entre o demasiado verde e o demasiado maduro...

Vai daí toca a atacar a pobre senhora, que, pé ante pé, lá vai levando a água ao seu moinho. Ela sabe que não é perfeita (ninguém o é...) mas, é o mal menor, a aposta mais saudável, o risco mais digno de ser corrido na hora presente. Sabem os PSD's mais lúcidos e aqueles que (como é o meu caso) fora das estruturas partidárias, querem o melhor para o país, para a democracia e para o progresso a todos os níveis.

O Dr Menezes tem uma linguajar fácil, erudito, insinuante. Mas só convence uma minoria menos atenta. Ele entra em contradições flagrantes e posturas por ele assumidas hoje, amanhã são completamente postas de lado. Reconheço que o mal não é só dele, há situações que justificam mudanças de comportamento: se o vento muda, há que mudar o rumo para que a rota seja cumprida...

Contudo, este súbito e inflamado ataque à Dra Ferreira Leite é um prenúncio de mudança de mentalidades no interior do maior partido da oposição. Ela, com serenidade e sem hiperdramatismos (tão ao gosto de caudilho de Gaia) vai singrando rumo a porto seguro. Ele, na iminência de ser relegado para plano subalterno, tenta «nadar nas areias movediças»...

Enfim, o Dr Menezes sabe que com ela perderá muito mais do que com qualquer dos outros...
Só não sabe o quanto. Mas, quem singrou no partido à custa de métodos pouco elegantes, mais fruto de «padrinhos» de ocasião e de beneplácitos pouco transparentes , sabe que isso tem custos. E bem grandes, por vezes. Era melhor seguir aquele conselho do Rei de Espanha:«Porque não te calas, Luís!»

Um extraterrestre surgiu na minha frente e...



Eu já tinha ouvido o então brigadeiro José Lemos Ferreira ter afirmado que vira um, sinceramente não acreditei. Pensei cá com os meus botões:«o tipo quer é protagonismo, ou então não andava lá muito fixe dos carretos!» Isto foi a seguir ao «11 de Março de 1975» onde ele tivera um papel muito estranho a ponto de se dizer que era um aliado de Carlluci na implantação do golpe de Estado. Eu duvidava muito dele. Achavo-o um pouco pretensioso e demasiado inculto para o alto posto que ocupava então (DSINST na FAP).

Mas, e há sempre uma primeira vez para tudo, comecei a acreditar na «coisa». Por detrás da minha casa surgiam por vezes uma espécie de relâmpagos inexplicáveis. Depois não havia trovões. Cheirou-me a algo de intricado. Comecei a investigar a «trajectória» dos «relâmpagos».
Descobri que ficava não muito distante de uma mamoa (cemitério da Idade da Pedra).

Comecei a fazer umas corridas a pé para esses lados. Hoje de manhã vi um extraterrestre a entrar para a astronave. Era um «charuto» enorme, cheio de antenas parabólicas e muitos minireactores. O estranho ser comunicava comigo por sinais luminosos. Aproximei-me a medo.
Vi que ele falava e eu percebia, embora não saiba explicar a língua! Talvez seja isto a telepatia...
O que sei é que a mensagem deve ser transmitida sem demora. Se não sofrerei pesado castigo do além. Aqui vai:


«Nós somos enviados do Grande Arquitecto. Estamos a zelar pela manutenção dos planetas. Vocês estão a fazer mal à casa onde habitam. Tende cuidado ou sereis castigados. O que foi feito na China e em Myanmar foi obra nossa a mando do Grande Arquitecto. Queremos que a China respeite os monges do Tibete. Que em Myanmar haja uma democracia e não se maltratem os monges budistas. Nós fizemos perfurações a grande profundidade e depois lá colocámos cargas explosivas para dar tremores de Terra. Quando aos tufões lançámos um gás proveniente de Marte (o propanotempestocaos: prO2NTe3O2X5) que cria esta crispação eólica e é a verdadeira causa deles. É um aviso à humanidade. Ou deixam de poluír a Casa Grande (Terra) ou o Grande Arquitecto expulsa-vos daqui. Há povos noutras galáxias que estão prontos a vir para cá se vocês não se portarem bem. Há um plano de extinção da espécie humana (basta lançar o vírus Ébola no meio dos ventos ciclónicos e fazê-los percorrer toda a Terra...). A mensagem é simples: ou os humanos se começam a portar bem ou o Grande Arquitecto os extinguirá. Tal como o senhorio expulsa o inquilino que lhe dá cabo da casa. Agora escolhei: ou uma vida mais racional e no respeito pela biodiversidade, pela não poluição do ar e da água, ou, caso isso não suceda, a extinção pura e simples!»

Fiquei petrificado. Não trazia telemóvel e não fotografei. A imagem que está acima é extraída do Google e é a mais parecida que encontrei com o estranho «espécime». Por favor, acorram às «Mamoas do Fulom» e verifiquem as marcas que a astronave lá deixou!... Não, não fui eu que cortou o mato e deixou aquela camada de resíduos com cheiro a enxofre...

Humberto Delgado: o herói anti-poder!


Era um tempo de liberdade amordaçada. Quem falava era esmagado, vilipendiado, via denegrida a sua reputação. O medo guardava a quinta. Quem ousasse fazer uma crítica, exercitar a sátira, era lançado às feras. Mesmo aqueles que estavam dentro da legalidade vigente e cumpriam com os seus deveres, se por qualquer motivo diziam algo que fosse politicamente incorrecto, eram logo acoimados de estarem ao serviço de correntes «dissolventes»...
Ele lutou dentro do regime enquanto pôde, para a sua transformação; acreditava que era possível dar uma imagem democrática ao regime; foi da situação até ao limite da saturação; depois optou pela ruptura. O regime não lhe perdoou e matou-o à paulada.
Agora, quando vemos sinais de amordaçamento da liberdade ( na Madeira e nalguns nichos autocráticos do poder local, sobretudo), há que olhar aquele exemplo, não com nostalgia contemplativa, mas com garra, com convicção, sem medo dos esbirros da actual situação, sem calculismos medíocres como os dos que gravitam na órbita do poder para melhor o sugarem, para melhor saciarem os seus apetites de vampiros do erário público. É vê-los por aí a dar cobertura a roubalheiras só para usufruirem de umas míseras mordomias, uns trinta dinheiros da praxe!
Ao general Humberto Delgado, que soube o que era enfrentar o situacionismo mais bárbaro, a minha homenagem. Que os jovens olhem para ele e saibam nortear a sua postura sem acomodatícias cauções aos títeres do momento.
O regime vivia apavorado
Andava à solta a alma popular;
Era então Portugal amordaçado
Era premente a Pátria emancipar.
Numa emboscada vil foi apanhado
À traição, com perfídia bem soez,
Pelos esbirros viu-se encurralado,
Caíu de pé, caíu com altivez!
Não morreu a mensagem-liberdade
O sangue derramado foi semente
Alfobre de justiça e dignidade!
Sua memória deve ter em mente
Testemunho de sã fraternidade
De um Herói que lutou contra a corrente!

domingo, maio 18, 2008

A Inauguração do «bunker»...


«No dia da inauguração do «bunker» eu não quero lá ver judeus! Eles votaram contra, eles puseram-se à margem, eles são escória, escumalha, «racaille»! Já dei ordens às SS, para, se algum tiver a lata de por lá aparecer, para colher protagonismo à custa da nossa obra, que seja de imediato preso e levado para os campos de extermínio!
Eu sou o poder, a força, a lei! Ai daqueles que ousarem enfrentar a minha vontade, serão levados para locais onde o trabalho libertador os fará compreender a grandeza incomensurável da minha obra. Obra pioneira, vanguardista, sem paralelo nos anais! O ministério da propaganda saberá o quão importante é para mim este objectivo, esta meta grandiloquente. Que todos se reduzam à sua insignificância, e de braço erguido, saibam olhar o sol da magnificência, bem de frente, para que a posteridade veja o vosso papel cúmplice e solidário nesta epopeia!»

Elas são um barómetro fiel...


«Elas são o barómetro fiel, a capacidade de atracção, o símbolo do êxito! Estando assim altas e com sustentabilidade, elas inflamam-nos o ego, são o nosso orgulho e até um passaporte para metas mais avantajadas. Oxalá elas cresçam ainda mais, sinal de maior poder de atracção junto do grande público, sintoma de satisfação popular em grande escala. Elas, se se mantiverem firmes e elevadas dão-nos garantias de sucesso e são convite aliciante para novos desafios cada vez mais apetitosos e de alcance mais amplo. Enfim, oxalá elas se mantenham assim, por muitos anos, superando a concorrência e animando os telespectadores.
Elas, as audiências televisivas, são a nossa imagem de marca!»

Nem um cigarro me conforta!...


«Estão a mover-me uma autêntica perseguição! Imagina tu, rouxinol, que fui coagido a disfarçar-me de mulher pra poder fumar um cigarrinho à vontade! Se me vêem assim, ainda vão dizer que sou maricas! Mas o que tem de ser, tem muita força! George Orwell, tinha razão, o big brother anda por aí»
Nem um cigarro me conforta
este país é mau demais,
saír daqui é o que me importa
já estou fartinho dos jornais!
Só calvinistas puritanos,
fundamentalistas da treta
só moralistas tão insanos
que vejo a coisa a... ficar preta!
Já não consigo respirar
sou sempre o alvo a atingir
já prometi jamais fumar
não sei se irei poder cumprir!
Levo uma vida tão difícil
já nem um peido posso dar
sei que dirão logo que é um míssil
ou... uma bomba a deflagrar!

O Verde e... o maduro!

Pedro Passos Coelho: Ele diz que eu sou verde demais, talvez, mas ele
já é um caso de amadurecimento patológico. Talvez comece a raiar a putrefacção!

P.S.L. - Isto das laranjas verdes demais, tornam-se intragáveis, amargas , ácidas, indigestas...

Manuela Ferreira Leite: - Eu não quero criticar ninguém, mas... há que ser realista, em termos de sumo cultural eu sou a melhor! Eu sou o supra-sumo!

sábado, maio 17, 2008

Sr Presidente!

«Ainda sou do tempo em que os locutores da TV tinham um maço de tabaco Porto à sua frente ao lerem o noticiário. Agora os tempos mudaram, deixe de fumar, meu caro Sócrates, ou vou ter que lhe dar um cartão vermelho!»
Senhor Presidente da República:

Disse V. Excelência que os jovens não se preocupam com a política. E fê-lo com preocupação, ciente de que isso é grave. Os jovens sabem pouco do passado, sabem algo do presente e nada do futuro. Mas, V. Excelência o que tem feito para os motivar?
Será que naquela visita à Região Autónoma da Madeira fez tudo o que devia? Ao deixar-se manipular pelo presidente da RAM (que inviabilizou a ida à ARM alegando ser um «bando de loucos») o senhor deu uma lição de bem estar na política? Seduziu os jovens com o seu silêncio (cúmplice e subserviente)?

Um PR como eu o idealizo, sóbrio, independente e lúcido, não abdicaria dessa prerrogativa pois ao fazê-lo (como o senhor presidente fez) pactuou com uma ofensa ao parlamento, à República e à própria democracia!

Os jovens ficariam mais motivados se houvesse uma achega pedagógica, uma lição de cidadania do PR ao todo-poderoso líder local. Assim, sim. Os jovens compreenderiam o alcance da sua motivação. É que a intervenção do líder local não o ofendeu só a si, como representante eleito de todos os portugueses, ofendeu a todos os que o elegeram.

Quando na última campanha eleitoral na Madeira, ele, líder local, fez gato-sapato das recomendações para não fazer inaugurações em plena campanha, V. Excelência, com o respeito que me merece (não só pelo cargo em si, mas pela formação académica que possui), não usou todos os mecanismos ao seu alcance para verberar essa postura anómala e dasafiadora do status quo. Pelo contrário, até pareceu ficar agradado com esse anómalo comportamento!

Imagine que na próxima campanha, José Sócrates fará tal qual fez Jardim na Madeira? Que moral terá para o verberar?

Sinceramente, senhor Presidente, os jovens esperavam um pouco mais de si, enquanto superior magistrado da nação, enquanto cidadão com responsabilidades cívicas acrescidas. O regular funcionamento das instituições é uma das metas a tingir. Nem sempre tudo é perfeito. Mas quando as posturas irregulares são óbvias e notórias era bom que fossem verberadas publicamente.

Fazê-lo em privado, no segredo dos gabinetes (ao abrigo do dever de reserva) não chega. Houve uma ofensa pública, há que exigir um desagravo público. Foi ofendida a própria democracia, foi ferida a dignidade do parlamento regional. O senhor deveria condenar essa atitude, publica e frontalmente. A omissão soube a tibieza, a capitulação.

Agora veio a público uma campanha tóxica e inflamada sobre o facto de o primeiro-ministro ter fumado um cigarro no avião fretado na viagem à Venezuela. Embora intrinsecamente legítima, a enormidade estulta da postura da comunicação social foi algo de patológico. Aberrante mesmo!

Esta comunicação social é deprimente: Madie, futebol, Madie, tricas, fofocas, futebol, Madie... é algo de aberrante e socialmente desprestigiante. A política deveria estar no coração e na mente da juventude. Mas não está porque outras «prioridades» se alevantam...

Era bom que usasse a magistratura de influência para criticar os media por esse fiasco, também..

Este sim, é o Podium!


«Meu caro rouxinol, eu não sou o podium! Ajudo alguns a irem para lá, mas é preciso que eles tenham pernas
Às vezes vemos tantas estátuas por aí glorificando atletas e dirigentes desportivos, mas, os treinadores, ficam tantas vezes na sombra, e são, também eles, peça importante no triunfo final, na formação cívica e na maturação mental de quem comandam. Ao professor Moniz Pereira, uma personalidade multiforme, um cidadão lúcido e clarividente, a minha modesta homenagem.
Esta excelsa criatura
No podium merece estar
Do desporto é uma figura
De currículo exemplar.
Príncipe dos treinadores,
Muito grande entre os primeiros,
Deu à luz grandes valores...
De títulos é... parteiro!
O seu fado é a vitória
Só faz marchas triunfais
Parente rico da glória
Seus hinos... são imortais.
Um mago do atletismo
Em Portugal fez escola
E com raro virtuosismo
Tira ases da... cartola!
O país tira o chapéu
A quem desposou a fama
Essa noiva sem ter véu
Que só veros heróis ama!!!

sexta-feira, maio 16, 2008

Exibicionismo ostentatório da Fé!

«Ai rouxinol, parece que estou a vê-lo, com aquele ar seráfico... pra inglês ver!...»

Lá vai na procissão tão puritano,

Parece uma vestal, tão pudibunda;

Mafioso, venal, napolitano,

Só fachada, ocultando a alma imunda!

O «bem-comum», diz ele, é o seu norte,

E... quem sabe, talvez tenha razão!

«Comum», só diz respeito à sua corte,

Ao grupinho de quem lhe beija a mão...

Diz-se mui «popular», o populista,

O S. Pedro venera, com «paixão»;

Farisaísmo puro, presunção!

Toneladas de fé, quer dar na vista,

Fé artificial, fogo de vista,

Fé-trampolim... à cata de eleição!!!

Por que não te calas?!


«Mas, porque me hei-de calar?! Eu acho que se devem pagar portagens, é o princípio do utilizador-pagador a funcionar...
Se o povo está em crise, se tem dívidas, o problema é dele... eu tenho as minhas contas bancárias muito sólidas, ganhei-as em bom tempo... votaram em mim... eu posso pagar portagens, férias nos paraísos fiscais, tenho fortuna para durar três gerações de elefantes, como diz o meu amigo Nia!
Burro, sou eu?! Ou vós que votastes em mim?! Idiota sou eu?! Ou vós que andais sempre a bater palmas onde eu vou?!
Pagai, pagai e não bufai!!!»

Ultra-modernismo na póvoa de Varzim!

O ultra-modernismo ganha asas, está ainda em embrião, mas tal como o cubismo de Picasso, é alvo de alguma polémica. O triunfo, a glória, a eternidade, está no seu horizonte!
Quem tem espírito inovador está sujeito aos preconceitos de uma sociedade imobilista e tacanha que em tudo vê defeitos. Aconteceu com Picasso, sucede com muitos artistas da música, com arquitectos, escritores, cineastas. O vulgo, embotado por padrões estereotipados, incapaz de ver além da «cartilha», tolhido por preconceitos idiotas, manietado por paradigmas obsoletos, reage contra a inovação de forma insana. É e sempre foi assim ao longo da história da humanidade!
É o que está a acontecer naPóvoa de Varzim. O presidente, Macedo Vieira de seu nome, iniciou uma nova era. Agora estamos a assistir a uma abordagem original e futurista da arquitectura.A própria paisagística e a estética estão a ser recicladas. Tudo em nome de um movimento futurista
(baptizado por alguns especialistas como «ultra-modernismo»...) que preconiza uma nova abordagem da realidade circundante. O que antigamente era belo, agradável, esteticamente perfeito, passou a ser ultrapassado, bacoco, mamarracho. Agora, a onda é diferente. Um novo paradigma está no horizonte civilizacional. A estética não é estática! Pelo contrário...
Assim, em nome de uma dinâmica de contornos ultra-sofisticados, está-se a construír um reservatório de água em Beiriz, que está completamente abraçado ao casario.
Ora isto encerra uma mensagem subliminar de grande alcance: a proximidade!...
Quando vemos tribunais e hospitais cada vez mais distantes, esta política de proximidade é cada vez mais valorada. O produtor e o consumidor, num amplexo funcional. A água, esse bem tão essencial à vida moderna, a entrar pelas casas adentro como se fosse a Floribela ou o Cristiano Ronaldo lá das TV's!
A política da proximidade no seu expoente máximo!!!
Macedo Vieira além de político de alto gabarito, é, indubitavelmente, um esteta, um paisagista, um homem com visão futurista. A História, com a sua verdade, o seu rigor, a sua justiça intrínseca, irá, sem dúvidas, colocar no lugar que merece o mentor desta corrente.
Apenas um pequeno alvitre. Há sempre uma cereja para colocar em cima de um bolo qualquer.
Por que não pintar esse monumento com graffiti? Colocar uma moldura pictórica capaz de atraír a atenção do vulgo para a transcendentalidade da obra.
E, por que não, colocar no topo desse monumento uma placa luminosa, virada para os céus, com os seguintres dizeres:
BEIRIZ! NOVA ERA: MACEDO VIEIRA!
Era uma forma de colocar Beiriz no mapa. Os aviões, ao sobrevoarem o local, teriam uma referência cultural incontornável. «Ali é o início do ultra-modernismo!», diriam os pilotos das aeronaves aos passageiros intrigados pelo anúncio.
Uma nova era a mostrar frutos e a deixar sementes para o futuro! O mundo inteiro, embasbacado, pasmado pela audácia e pelo pioneirismo da obra emblemática, se curva, reverente e esmagado pela genialidade intrínseca!

quinta-feira, maio 15, 2008

«Indústria»...

«Tenha cuidado amigo José, temos cá uma indústria em franca ascensão!»

«Cuidado porquê?!»

«Chamam-lhe a indústria do ... rapto!»

quarta-feira, maio 14, 2008

Adivinha, só para adultos!

Na Madeira o novo Hilário
Canta o fado ao continente;
Prepotente e incendiário
Temos... que usar repelente!


Ele é malta, ele é dengue,
É um vírus dançarino,
Ele é samba, ele é merengue,
É foxtrot, é desatino!


Ele é um parodiante
De rir e chorar por mais
Ele será doravante
O monarca dos... jograis!


Na sua raiva impotente
Vai lançar «testa-de-ferro»:
Anti-barão, certamente,
Homem de mão, se não erro.


Ele quer patrocinar
Alguém que possa manter
Sob a pata tutelar
Um mero... verbo-de-encher!


Tem ânsia de decidir
Qual padrinho mafioso:
Ele vai então «ungir»
O «afilhado« ditoso!

«Vem aí o lobo!» - a velha cassete de regresso!

«Eu, barão?! Mas que ideia! eu sou contra o «sistema», sou contra os elitistas, sou básico!»



O discurso da «cassete» outrora atribuído aos comunistas, está na moda no PSD. Ele era o Menezes com o seu famosos «elitistas, sulistas, liberais!», agora é Santana com o seu discurso «anti-barões», carregado de um basismo primário (populismo?) que tresanda a demagogia barata...
Num partido há de tudo. Tem de haver. É uma amostra da sociedade. Sê-lo-á tanto mais fidedigna quanto mais representativa for dela. Santana foi presidente do Sporting, ganhando um salário (cerca de dois mil contos) estipulado pelo «barão-Roquete», actuando na prática como seu testa-de-ferro. Que mais sinal de subserviência ao baronato quer do que isto?
Jardim, sempre a invocar o povo, mas a enxovalhar os adversários por serem de «baixa extracção social» como há tempos escreveu. Ele, o anti-sistema mas o retrato mais fiel desse mesmo sistema, vem agora arvorar-se em anti-barões... Haverá mais petulante barão do que ele?
Todos querem ser «basistas», «anti-elitistas» usando uma cassete que o próprio Álvaro Cunhal acharia fastidiosa, monocórdica e entediante...
Esgrimem-se argumentos com um pauperismo mental digno de um terceiro-mundo.
Sobranceiro e fora desta apagada e vil tristeza, surge, com dignidade e aprumo, sem se pôr em bicos de pés, sem mostrar apetências hipertrofiadas, um homem digno e honrado: Pacheco Pereira.
Não tem hipóteses. Porquê? Porque diz aquilo que alguns só falam em surdina, nos bastidores. Fala das poucas.vergonhas da bola sem medo, sem constrangimentos, com lucidez.
O PSD precisava de um homem assim. Mas Manuela Ferreira Leite sai fora do charco populista em que vão coaxando as rãs mais em voga. Ela emerge com serenidade e lucidez no mare magnum da estultícia colectiva. Ela vem para vencer e convencer. Os santanismos populistas já foram chão que deu uvas!
Não sou PSD mas se fosse, era nela que votaria. O país precisa de uma oposição credível, lúcida, inteligente. Já basta de populismos bacocos, de políticos de meia-tijela arvorados em luminárias. De pauperismo intelectual já bastou o da outra senhora!

terça-feira, maio 13, 2008

Carta aberta a Scolari!


«Tinhas razão, rouxinol, eu não liguei ao teu fax e perdi. Agora, vou seguir à risca o teu conselho
Meu caro Scolari:
Antes do primeiro jogo Portugal - Grécia enviei-lhe um fax para o Centro de Estágio de Alcochete em que alertava para as características muito especiais da Grécia. Alertava para a necessidade de não jogar só com um ponta-de-lança pois o Pauleta iria ser «comido» por não ter com quem tabelar.
A Grécia era muito compacta na defesa, jogava só pela certa, e, num canto ou num livre poderia fazer golo. Depois era a muralha compacta impenetrável!
Era preciso jogar com prudência mas com dois pontas-de-lança pois a sua defesa estava muito povoada e um avançado sozinho não faria nada...
Não ligou patavina ao que eu disse e foi o que se viu...
Agora quero falar-lhe de «doping». Há que respeitar a verdade desportiva. Há que respeitar os adversários. Ora, ao recorrer ao auxílio de meios que não estão ao alcance dos adversários, o senhor poderá estar a falsear a verdade desportiva, ou seja fazer batota.
Não pretendo que a nossa eventual vitória seja maculada. Desde já o acuso de faltar a essa verdade se usar aquilo que disse. Tenha cuidado comigo!
Sou patriota, sou consciente dos meus deveres de cidadão, mas não pactuo com batotas, com atropelos à verdade desportiva.
Assim, se recorrer aos bons ofícios da Senhora de Caravaggio, poderá ser acusado de ter dopado os seus atletas... Eu sei bem que a Senhora não lhe liga, tinha mais que fazer que andar a viciar resultados e a mover influências ao Juiz Supremo. Ela não é dessas. Ela tem mais que fazer.
O que me permito sugerir, e isto é mais razoável, é que contacte o Dr Durão Barroso pois ele tem uma influência extraordinária neste campo! Aí sim, é lícito colher os seus ensinamentos e as suas potencialidades. Não, não lhe peça a táctica, pois essa eu enviar-lhe-ei por fax, como de costume.
Peça-lhe aquela gravata verde-rubra que ele usou no europeu de Lisboa e que tanta sorte nos deu! Essa sim, é um estimulante lícito... e patriótico!

Alá me perdoe!...

Ela foi morta pelo pai e pelos irmãos. Tinha apenas 17 anos. O crime que tinha cometido fora apenas falar com Paul, um soldado britânico de 22 anos, em Baçorá, no Iraque.

Chamava-se Rand Abdel Qader, morreu a 16 de Março, às mãos do próprio pai e dos irmãos.
Só por falar com o soldado britânico? Sim, e por dizer que ele era culto e sabia falar melhor do que os seus irmãos árabes!

O pai, Abdel Qader Ali, quando apareceram as autoridades, foi felicitado pelo seu acto!!!
Ele «lavara a honra» da família! Ele, pelas leis locais, cometera um acto de justiça e isso era digno de louvor!!!

Até quando a humanidade irá permitir isto? Até quando se irá deixar a vida humana à mercê de credos hediondos, de fanatismos doentios, de ferocidades animalescas?

As religiões (quase todas...) albergam no seu seio o vírus da intolerância, o fermento do fanatismo, a semente do ódio e da cegueira! Vimos, durante a Inquisição, o caudal de prepotências cometidas, o germinar de crueldades sem conta, tudo sob a bênção de um Deus ausente, mas, segundo os seus autoproclamados representantes, dando cumprimento aos Seus desígnios!

A religião muçulmana, que me perdoem os seus líderes a nível local (que me parecem pessoas sensatas e até fora deste contexto doentio...), tem dado azo a autênticas barbaridades. Há que pôr cobro a isto, custe o que custar!

Alá não pode continuar a ser o mentor de uma autêntica chacina impiedosa e radical conduzindo
ao arbítrio e à impunidade. Sob a capa da «honra» há quem cometa crimes hediondos, perseguições ferozes, tolices sem conta.

Nada tenho contra as religiões mas, quando elas extravasam a sua esfera específica e pactuam com a criminalidade (explícita ou implícita) há que as subordinar ao império da lei civil, há que salvaguardar os valores humanos por excelência; sei bem que não é fácil ir de encontro a hábitos ancestrais e notoriamente bárbaros (lapidação, excisão genital feminina, dentre outros...) mas há que começar a defesa dos direitos humanos nesta área tão sensível. É a Humanidade que está em causa. É o ser humano indefeso perante forças imbuídas de uma teocracia mais virada para a selvajaria do que para a civilização...

Oxalá!!!

segunda-feira, maio 12, 2008

Senhora Terceira Idade


«Hoje em dia, caro rouxinol, pouco valor nos dão. Mas não imaginam o capital de experiência que posuímos. Neste mundo louco, nós somos a sensatez, a lucidez, a mestria!»
Fui visitá-la. Ainda possui aquela classe, aquele glamour dignos de uma Senhora. É e será sempre uma Senhora, na acepção mais nobre do termo. Comentou assim:
__ Sabes, rouxinol __ disse enquanto levava aos lábios o licor que lhe ofereci__, há tanto doutor e tanto mestre para aí que, ser Senhora, é uma mais-valia!
_A quem o diz, minha cara L.N. . E eu que o diga. As universidades são cada vez mais escola de pulhices e não, como se dizia antigamente, escola de virtudes...
__ Há quem chame virtude àquilo que nós chamamos pulhice!__ disse ela, mostrando aqueles dentes imaculados, aquele sorriso tão charmoso que fizeram dela a diva imorredoira. __Sabes, penso que há uma inversão de valores. Agora é tudo tão descartável, tão reciclável, tão simplista que nem sei que diga...
__Que livro anda a ler? Esse, aí em cima da estante, é o Saramago?
__Olha rouxinol, eu ainda aprecio muito o Eça__argumentou ela, como que a justificar-se por não ser muito amante de Saramago. __Estou a reler « o crime da estrada de Sintra»... tem algo a ver com os Maias que foi a sua obra-prima...
__Eça continua actual. Esta «choldra» refinou-se, está no auge da cretinice! __ lancei eu à guiza de «conversa catadora», como diria o sempre arguto Desmond Morris...
__Concordo plenamente, rouxinol. Mas agora há meios para a divulgação, as pessoas tendem a caír no ridículo se vergastadas pelos media; algumas pessoas corrigem, outras continuam a ser alvo da chacota colectiva...
__É claro que sempre houve de tudo um pouco__ retruquei, em sinal de concordância.__Mas, minha cara, que pensa da política actual? Do teatro?
__Olha meu caro rouxinol, isto anda um pouco apagado, falta chama, falta vibração, falta aquele clic emocional que tinham um Vasco Morgado, um Vasco Santana, enfim, os vascos de hoje são muito cinzentões...
__Não será a voz do saudosismo?
__Talvez seja, não nego, mas sou cada vez mais exigente. Aquilo que exijo para mim exijo para os outros. Sou perfeccionista e julgo que todos o deveriam ser. Este laxismo que impera no país não me motiva... Bem sei que existe um La Féria, mas é como se fosse uma ilhota isolada...
__E a TV, não lhe agrada? __ inquiri-a num território onde hoje em dia se fazem e desfazem mitos com a maior das facilidades...
__Olha, não aprecio algumas coisas, mas há outras de que gosto muito. Não sou radical. Acho que deviam dar mais teatro. Temos o Camilo, o Herman, os Gatos, aqueles reality shows às vezes muito enfadonhos e repetitivos...
__Que pensa dos jornais actuais? __indaguei semi-curioso, semi-atencioso.
__Olha, alguns nem para papel higiénico serviriam em caso de extrema necessidade!__riu com aquele ar malandro que lhe é tão característico. __Aquilo é só fofoquice pegada. Os assuntos de interesse são escamoteados. Há uma alienação monstruosa. O país está quase como antigamente no tocante a informação séria e credível... Para se saber a verdade tem que se ler a imprensa estrangeira...então quando se fala no poder local é a distorção mais alienante, o facciosismo mais doentio...
__E as revistas, não preenchem essa lacuna, de ânsia cultural, de enriquecimento mental?
__Devo ser honesta e reconhecer que algumas sim. Mesmo dentre os jornais ainda há alguns que primam pela qualidade, que são de um pluralismo exemplar. Outros, coitados, são apenas o bolçar nauseabundo de comissários políticos sem craveira... um nojo!
__Gosta de fazer caminhadas? De apanhar ar puro?
_Se gosto, rouxinol. As minhas pernas já não são o que eram, mas o meu espírito é o motor que as espicaça. A mente comanda o corpo. E comigo comanda bem, espero continuar assim...
O licor foi sendo apreciado como devia; eu bebi uma cola fresquinha que me soube tão bem...
A campainha tocou. Vieram-me chamar pois a entrevista tinha terminado. À laia de despedida ainda me disse:
_Olha rouxinol, que as mãos nunca te doam. Está a fazer falta alguém como tu! A «choldra» anda por aí! que Deus te proteja... e inspire!
Nota final: Isto é pura ficção. A diva que me perdoe a ousadia...

A Senhora do Regaço!



Maravilhosa criatura
Imaculada, divinal,
Expoente de formosura,
Uma virtude original!
Duas rosas vão enfeitando
Teu regaço, tão docemente,
Dois sóis que vão iluminando
A escuridão de... tantas mentes!
Obscurantismo, tacanhez,
O pão nosso de cada dia,
Admiro, Senhora, a altivez
Desse aprumo... até fidalguia!
Neste mundo onde há preconceito,
Pacóvia inversão de valores,
A Vós, Senhora, presto um preito:
Aceitai estas simples... flores!...

domingo, maio 11, 2008

Cães «comprados» ... e com coleira!

«Eu sou alto e forte, tem cuidado, sou um cão de TV!»





Ameaças de morte fui sofrendo
De forma encapotada ou descarada;
Cobarde e torpemente se escondendo
Mandando à liça «mente» apalermada!


Eu não tenho patrão, nem «cães de guarda»,
Norteia-me um ideal, uma paixão:
Dizer à «choldra», «gente» celerada,
Que por ter muito medo... é que usa cão!


Ele é o cão do jornal, com ar feroz,
Ele é o cão da TV, o «megacães»...
Será também o zé ninguém, queirós;


Um escroque enxovalhando pais e mães!
Esse palermossáurio, vil, atroz,
Alguns... é «promovê-los»... chamar «cães»!...



NOTA FINAL: Os cães que me desculpem por tão ignominiosa metáfora...

Lucidez, precisa-se!




Sempre entendi que existe o direito à contestação, ao contraditório. É do mais elementar princípio democrático. É a mais básica regra de convivência cívica.
Contudo, quando se exorbita e se enxovalha, se vai além do estritamente necessário, cai-se no excesso, por vezes, no ridículo.
Ouvi as judiciosas considerações do juiz Ricardo Costa no que concerne ao chamado Apito Final (versão desportiva do Apito dourado). Muito embora o timing da decisão seja discutível (é-o de facto) há que atentar no contexto em que se insere. Havia uma promessa de Hermínio Loureiro que urgia cumprir.
Agora, ao contemplar as infelizes declarações de Valentim Loureiro, não replicando de forma serena e lúcida as balizas técnico-legais em que se estribou o magistrado, mas sim, lançando lama para o modus faciendi, para a alegada forma de expor o assunto (cheia de vaidade e pompa... segundo ele), eu pergunto a mim próprio como é possível este senhor ter chegado tão alto?
Será a teoria da moeda boa e da má (como em tempos alegou Cavaco Silva...) a funcionar?
Não haverá mais ninguém neste país para ocupar o lugar que ele ocupa (diria mais: os lugares)?
Será que iremos continuar a assistir a cenas tão deprimentes para todos nós, independentemente do quadrante ideológico, desportivo ou doutrinário em que nos possamos inserir?
A que ponto isto chegou, meu Deus! Nem no chamado PREC se viu tanto despautério, tanto pauperismo intelectual, tanta apagada e vil tristeza!