quarta-feira, maio 07, 2008

Em louvor da Senhora... Liberdade!

«Ai rouxinol, é uma honra teres-me escolhido para símbolo de coisa tão pura!»






Ó Liberdade tão pura
Que do seu olhar promana
A boa mesa procura
E também... a boa cama!

O seu olhar nos fulmina
Qual descarga electrizante
Tem pose tão feminina,
E coração palpitante.

Tem a doçura da amora
Aquele olhar lucilante
Através do qual implora
Ternura acariciante.

Senhora Liberdade é
Bandeira ao vento-virtude
Nela acredito com fé
De atingir a plenitude...

Virtuosa criatura
De sorriso virginal
Alma sagrada, tão pura,
Mármore bem glacial!

Tem postura angelical
Faz meditar, faz subir,
Até o mais baixo astral
É um divino elixir!

Qual licor conventual
Tem a pureza do céu
Pode ficar infernal
Se solta o último véu!

É só candura e pudícia,
Se alguém nela vir pecado
É gente que tem malícia
Alguém vil e complexado!

Escultura genial
Em mármore de Carrara;
Animação divinal
Fê-la musa, coisa rara!

No altar da nossa estética
Ocupa lugar cimeiro
Parece visão profética:
Qual Virgem lá no Sameiro!

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