sábado, maio 03, 2008

Ó meu Senhor de Belém!


«Rouxinol, quero dar-te um ralhete: na Madeira não fui cobarde, limitei-me a defender o interesse nacional e a estabilidade. Quanto a este poema está divinal! O Nobel é pouco para recompensar este contributo brilhante para a recuperação da nossa economia.»
Ó meu Senhor de Belém
Vede como isto está mal,
Vede a tristeza que existe
No rosto de Portugal!
Alguns, nadando em dinheiro,
E uma vida regalada,
Outros, no mar traiçoeiro
Da pobreza envergonhada!
Há quem sugue a teta estatal
E ponha amigos na mama,
O país fica pasmado
Pois só se queixa e ... não gama!
E Vós que dizeis, Senhor?!
O silêncio é conivente!
Calais perante esta dor?
Não apoiais esta gente?!
Tudo sobe sem parar
Pão, arroz... até o gás,
Quando a pílula aumentar
Há que fazer... marcha-atrás!
Taxa de natalidade
Ninguém se admire que estanque,
É tudo... precariedade,
Até no... motor de arranque!
Perdeu-se a vitalidade
A impotência é geral,
E até a mocidade
Tem disfunção... genital!
Vai-se perdendo auto-estima
Tudo triste, cabisbaixo!
Miséria, na mó de cima,
Dinheiro, na mó de baixo!
Senhor, isto há que mudar!
Urge salvar Porugal
Ao povo há que receitar
«Viagra» salarial!

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