«Eu, barão?! Mas que ideia! eu sou contra o «sistema», sou contra os elitistas, sou básico!»
O discurso da «cassete» outrora atribuído aos comunistas, está na moda no PSD. Ele era o Menezes com o seu famosos «elitistas, sulistas, liberais!», agora é Santana com o seu discurso «anti-barões», carregado de um basismo primário (populismo?) que tresanda a demagogia barata...
Num partido há de tudo. Tem de haver. É uma amostra da sociedade. Sê-lo-á tanto mais fidedigna quanto mais representativa for dela. Santana foi presidente do Sporting, ganhando um salário (cerca de dois mil contos) estipulado pelo «barão-Roquete», actuando na prática como seu testa-de-ferro. Que mais sinal de subserviência ao baronato quer do que isto?
Jardim, sempre a invocar o povo, mas a enxovalhar os adversários por serem de «baixa extracção social» como há tempos escreveu. Ele, o anti-sistema mas o retrato mais fiel desse mesmo sistema, vem agora arvorar-se em anti-barões... Haverá mais petulante barão do que ele?
Todos querem ser «basistas», «anti-elitistas» usando uma cassete que o próprio Álvaro Cunhal acharia fastidiosa, monocórdica e entediante...
Esgrimem-se argumentos com um pauperismo mental digno de um terceiro-mundo.
Sobranceiro e fora desta apagada e vil tristeza, surge, com dignidade e aprumo, sem se pôr em bicos de pés, sem mostrar apetências hipertrofiadas, um homem digno e honrado: Pacheco Pereira.
Não tem hipóteses. Porquê? Porque diz aquilo que alguns só falam em surdina, nos bastidores. Fala das poucas.vergonhas da bola sem medo, sem constrangimentos, com lucidez.
O PSD precisava de um homem assim. Mas Manuela Ferreira Leite sai fora do charco populista em que vão coaxando as rãs mais em voga. Ela emerge com serenidade e lucidez no mare magnum da estultícia colectiva. Ela vem para vencer e convencer. Os santanismos populistas já foram chão que deu uvas!
Não sou PSD mas se fosse, era nela que votaria. O país precisa de uma oposição credível, lúcida, inteligente. Já basta de populismos bacocos, de políticos de meia-tijela arvorados em luminárias. De pauperismo intelectual já bastou o da outra senhora!
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