Quem tem espírito inovador está sujeito aos preconceitos de uma sociedade imobilista e tacanha que em tudo vê defeitos. Aconteceu com Picasso, sucede com muitos artistas da música, com arquitectos, escritores, cineastas. O vulgo, embotado por padrões estereotipados, incapaz de ver além da «cartilha», tolhido por preconceitos idiotas, manietado por paradigmas obsoletos, reage contra a inovação de forma insana. É e sempre foi assim ao longo da história da humanidade!
É o que está a acontecer naPóvoa de Varzim. O presidente, Macedo Vieira de seu nome, iniciou uma nova era. Agora estamos a assistir a uma abordagem original e futurista da arquitectura.A própria paisagística e a estética estão a ser recicladas. Tudo em nome de um movimento futurista
(baptizado por alguns especialistas como «ultra-modernismo»...) que preconiza uma nova abordagem da realidade circundante. O que antigamente era belo, agradável, esteticamente perfeito, passou a ser ultrapassado, bacoco, mamarracho. Agora, a onda é diferente. Um novo paradigma está no horizonte civilizacional. A estética não é estática! Pelo contrário...
Assim, em nome de uma dinâmica de contornos ultra-sofisticados, está-se a construír um reservatório de água em Beiriz, que está completamente abraçado ao casario.
Ora isto encerra uma mensagem subliminar de grande alcance: a proximidade!...
Quando vemos tribunais e hospitais cada vez mais distantes, esta política de proximidade é cada vez mais valorada. O produtor e o consumidor, num amplexo funcional. A água, esse bem tão essencial à vida moderna, a entrar pelas casas adentro como se fosse a Floribela ou o Cristiano Ronaldo lá das TV's!
A política da proximidade no seu expoente máximo!!!
Macedo Vieira além de político de alto gabarito, é, indubitavelmente, um esteta, um paisagista, um homem com visão futurista. A História, com a sua verdade, o seu rigor, a sua justiça intrínseca, irá, sem dúvidas, colocar no lugar que merece o mentor desta corrente.
Apenas um pequeno alvitre. Há sempre uma cereja para colocar em cima de um bolo qualquer.
Por que não pintar esse monumento com graffiti? Colocar uma moldura pictórica capaz de atraír a atenção do vulgo para a transcendentalidade da obra.
E, por que não, colocar no topo desse monumento uma placa luminosa, virada para os céus, com os seguintres dizeres:
BEIRIZ! NOVA ERA: MACEDO VIEIRA!
Era uma forma de colocar Beiriz no mapa. Os aviões, ao sobrevoarem o local, teriam uma referência cultural incontornável. «Ali é o início do ultra-modernismo!», diriam os pilotos das aeronaves aos passageiros intrigados pelo anúncio.
Uma nova era a mostrar frutos e a deixar sementes para o futuro! O mundo inteiro, embasbacado, pasmado pela audácia e pelo pioneirismo da obra emblemática, se curva, reverente e esmagado pela genialidade intrínseca!
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