O Dr João César das Neves, conceituado economista da escola neoliberal, faz hoje as delicias de alguns leitores com uma saborosa crónica em que disserta sobre economia usando o bisturi da sátira.
É verdade que comemos (ou melhor, alguns comeram...) muito. Este «Teorema d'A canção de Lisboa» peca por não dizer quem comeu mais e quem comeu de menos!
Nós, a comunidade, não pode ser olhado como um dado bruto. É preciso analisar em profundidade. Quem leva os dinheiros sujos para off-shores? Somos «Nós»?
Eu não, isto mal dá para a sopa, e sofro, como a grande maioria, a angústia do fim do mês.
Será que foi o Dr João César das Neves? Talvez, quem sabe, ele diz «nós», portanto está a englobar-se a si próprio no rol dos que comeram à fartazana.
É preciso que se saiba quem de facto engordou, quem permitiu tal engorda, como se processou adentro da esfera económica.Quem permitiu tudo isso, quem não cuidou de zelar pela equitativa distribuição da «comida»!
Andam tantos aí a arrotar postas de pescada à custa de falências fraudulentas, de salários em atraso, de desvios chorudos quando o tempo era de vacas gordas e era preciso investir, modernizar, inovar, não o fizeram. Engordaram à tripa forra. E vem agora o ilustre professor (nutricionista q.b.) dizer que fomos «nós»!!!
Eu não, nunca, jamais! quem desviou que pague a crise! quem pactuou com tal obesidade que saia de cena e dê lugar a outros!
Ai, dr César das Neves, valha-nos Nossa Senhora das (e dos ) Neves!
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