quarta-feira, março 18, 2009

Rania da Jordania e Jorge Sampaio




O diálogo inter-civilizações é cada vez mais premente num mundo globalizado para o fanatismo e subjugado aos ditames de fundamentalismos sem nexo. No dealbar do sec XXI ainda parece que respiramos a atmosfera repressiva e totalitária da Idade Média, com as suas inquisições, as sua cruzadas e os seus martírios...
É tempo de respirar outro ar, é tempo de virar as páginas negras da humanidade, as religiões sempre foram um rastilho belicista, quando à sua frente estiveram arautos do expansionismo a todo o custo, mais interessados em «vender o seu produto» e expandir o «negócio-fé» do que, de facto, contribuír para o bem da humanidade.
Há que ser realista e denunciar a podridão destes expansionismos doentios que estão na génese de tantas guerras estúpidas, desnecessárias e causando prejuízos sem conta. Sempre fui defensor de pacificações denunciando os pecados de guerras sem finalidade, sem motivação, sem legitimidade.
O que se passa no Médio Oriente é um paradigma negativista. Há que abrir os olhos a essa gente.
Jorge Sampaio e Rania da Jordania são dois expoentes do iluminismo moderno, da clarividência, da lucidez, muito embora em locais diversos, eles comungam do mesmo ideal pacificador.
Justíssimo, pois, o prémio Norte - Sul , premiando uma vida dedicada ao pacifismo, ao diálogo e à concertação entre povos e culturas.
A eles este soneto ...
ERRADICAR AS PARANÓIAS FUNDAMENTALISTAS...
Neste mundo onde impera o fanatismo
a global difusão da mesquinhez
há que erigir as pontes de humanismo
abrir novas estradas-lucidez.
Tornar mais sãos os laços da cultura
penetrar nas galáxias do saber
acabar com as orgias da loucura
denunciar os loucos no poder...
Paranóias sem fim, só belicismos,
carnificinas tolas, será fé?!
não, isto não é fé, barbárie é que é!
Há que fomentar novos mecanismos
conducentes à paz, sem dramatismos,
terminar esta onda, esta maré!

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