domingo, março 16, 2008

A verdade desportiva! nua e crua!




A bola e a mulher são imagens de marca bem apelativas!
A Verdade Desportiva dá a sua primeira entrevista!...
Depois desta entrevista o País jamais será o mesmo!!!
Foi em pleno relvado do estádio dos Arcos em Vila do Conde. Com domínio de bola perfeito, técnica muito acima da mediania, ela exercitava-se com a bola de futebol. Linda de morrer. A entrevista, rigoroso exclusivo, é fruto de prolongadas negociações envolvendo muita gente influente. Mas, sem grandes preliminares, aqui vai o diálogo:
R - Então dona Verdade Desportiva que tem para nos dizer?
V.D.- Olha rouxinol, isto está muito mau, cá em Portugal. Sou expulsa de todo o lado. A minha rival (dona corrupção) tem muito mais acolhimento...
R- Porque será?
VD - Ela tem outros atractivos, é mais venal e mais fácil... enfim, leva a vida numa boa e todos a querem..
R- Conte-me algumas das suas desventuras...
VD- Olha, ando a escrever um livro onde vou relatar tudo sobre o futebol, desde as arbitragens, passando pelas viagens, pelos convites, pelas agressões, pelas ofertas tentadoras, etc..
R- Já tem título?
VD- Sim, sim. Será «A Verdade Desportiva, como nunca a viu!» Eu estarei toda nua na capa, com umas faixas a tapar as vergonhas. Na zona da púbis uma faixa dirá: «futebol, floresta de enganos...», na zona láctea, mais acima, outra faixa dirá: «a mama acabou!»
R - Será bombástico o livro?
VD- Olha rouxinol, tem lá um capítulo de grande alcance científico... Trata-se da adaptação da teoria de Pavlov à arbitragem...
R- Mas, esse não tratava de cães e de secreções gástricas ao toque de uma sineta?
VD- Claro que sim. Este caso é mais sofisticado. Um grupo de árbitros foi convidado para ir ao Japão a um congresso, coisa fina e muito rendosa. Mas quem fez o convite, um tal «barbas», fê-lo na véspera de jogos em que a sua equipa defrontava os «grandes»... é claro que isso condicionou a sua actuação no dia seguinte. Estás a ver, eles não queriam parecer ingratos...
R- Resultado disso tudo?
VD- Olha, o «barbas» conseguiu que a sua equipa fosse «grande» e campeã nacional. Era só porradinha e antijogo, mas os árbitros, «respeitosos», faziam vista grossa e deu no que deu... Um deles, que escreve num jornal desportivo, e que teve uma carreira coroada de êxitos, continua muito respeitoso até nos comentários. Dizia ele há dias que isto do «apito dourado» não passava de uma cabala montada por invejosos ressabiados para acabar com as carreiras de pessoas com um nível de inteligência e de ambição muito superior ao comum dos cidadãos. Logo, tudo não passava de uma grosseira mentira e de um logro.
R- Esse tipo é pouco apreciador dos teu dotes?
VD- Ele gosta de mulheres mas acha-me demasiado transparente... Prefere-as mais promíscuas... mais café com leite...
R- Olha, querida, tu não tens gente de respeito aí nos meandros do futebol?
VD- Contam-se pelos dedos. Mas têm tanto medo dos da camarilha do «barbas» que se afastam de mim a sete pés...
R- Mas é só o «barbas» que decide nessse meio?
VD- Não, há também o «padre das Antas» que tem uma palavra a dizer. Lembras-te do caso do guarda Abel, na agressão ao Jorge de Brito? Quando o vice-presidente (JGA) perguntou quem era o responsável por aquilo, ele disse:«cumpro ordens superiores!»
R- Esse padre não andou no seminário? Não sabe que é pecado mandar bater?
VD- Já houve quem lhe chamasse o João Seminário, um tal que fez um «golpe de estádio», mas se não se punha à tabela também levava! Ele tem jagunços por todo o lado: nos jornais, nas TV's, no parlamento, na moda, na literatura, na prostituição, na política... tem tudo na mão!
R- E não há quem lhe ponha a mão!?
VD- Não, não. Ele protege-se. Tem gente da alta que usa golpes baixos. Gente fina que usa métodos grosseiros para intimidar, chantagear, enfim, coisas da bola... Nem sonhas, rouxinol!
R- Isto não terá solução? Vai ser sempre assim! É mais um fatalismo tão genuinamente lusíada?
VD- Tenho cá a impressão que algo vai mudar. A minha amiga Mizé e o chefe dela, um tal Papa Mike, estão na disposição de fazer uma monda a certas ervas daninhas... mas...
VD- Mas... «há sempre alguém que resiste!» como diz um conhecido poeta. Há gente capaz de tudo. Mesmo as evidências sendo flagrantes ainda há quem tenha medo, tenha receio de sofrer retaliações, enfim, anda tudo com o rabo entre as pernas. É um país de bananas!
R- Andas desiludida VD?
VD. - Claro, pudera, ver o meu país ser assim palco de tanta pouca vergonha... já pensei em emigrar para Itália... mas falaram-me na Cosa Nostra e na Camorra e fiquei logo de pé atrás. Qualquer dia serei como aquelas espécies em vias de extinção...
R- Querida, tens razão. Nem em Itália se pode estar. Talvez no Vaticano!
VD- Nem me fales nisso. Tem lá o banco Ambrosino, tem lá o perfume de uma rosa qualquer que não cheira muito bem. Prefiro a rosa nacional, a Rosa Mota... essa sim, punha isto direito!

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