Nisto Luis Filipe Menezes tem razão: há que incrementar as nossas relações com a vizinha Espanha pois ela é um parceiro estratégico por excelência e poderá ser no futuro uma alavanca económica de valor incalculável. Absorvendo já um caudal de investimentos e um exército de trabalhadores portugueses muito substanciais, a Espanha posiciona-se como o nosso parceiro estratégico de médio prazo.
Há que ter em conta esta realidade. Se a «Ibéria» com que sonha Saramago em termos políticos não é uma certeza, é-o a «Ibéria» do intercâmbio comercial, cultural e social. Há que aceitar esta realidade e atentar nas sinergias que ela pontencia e garante se os esforços de aproximação forem levados avante.
Ganhe Rajoy ou Zapatero há que apostar na Espanha com convicção. É a locomotiva que nos poderá arrastar, é a alavanca que nos poderá fazer ascender a um patamar mais elevado. Que os bons ventos tragam bons casamentos para o tecido socioeconómico, para o intercâmbio multidisciplinar que se vislumbra.
Menezes (convém recordar que é o líder de um movimento que congrega interesses no âmbito do Noroeste Peninsular) sabe disso e já afirmou publicamente que temos essa prioridade. Ele sabe que a política de costas voltadas não é boa conselheira.
Oxalá Sócrates, independentemente do vencedor do próximo acto eleitoral, possa caminhar no sentido de uma cada vez maior aproximação, de um remar conjunto, num cenário de agressividade no contexto europeu. Juntos seremos mais reivindicativos, mais audíveis no universo europeu.
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