Está cada vez mais instilada na consciência de algumas pessoas a ideia pérfida de que só a delinquência e a marginalidade conduzem ao êxito. Os gangues organizados assumem variegados contornos: ele é o político local que usa e abusa de certa escumalha para impôr a sua «autoridade» baseada na agressão a rivais, ele é o dirigente desportivo que usa os «lumpen» para impedir a transparência nas assembleias gerais dos clubes, ele é o líder religioso que no Iraque procura impôr-se pela violência armada (tal como Karl Marx alvitrou para a implantação da ditadura do proletariado, muito embora os seus seguidores tenham exagerado na dose...), ele é o empresário da noite que procura aliciar mulheres e homens «vendáveis» para ter sucesso no ramo...
Não admira que o sucedido na universidade moderna, com todo aquele cortejo de artimanhas e ilegalidades tivesse dado no que deu (e no que ficou por esclarecer mais cabalmente...). Não admira que as escolas sejam um palco de luta pelo poder, usando-se de forma ignóbil os jovens em (de)formação para a conquista de resultados pouco perceptíveis para o comum dos cidadãos. Há uma estratégia que visa a desagregação do poder do Estado conducente ao descrédito da política vigente. Os professores (alguns) deram uma péssima imagem nas manifestações contra a ministra da educação: alguns slogans mais pareciam paridos na mente de algum proxeneta... nem pareciam saídos da mente de educadores...
Os alunos completamente fora de si, mas conscientes de que o clima de impunidade existente, fruto de permissividades sem conta, pode dar-lhes alguma «força», dada a intimidação patológica sobre professores, actuam como cavalos com o freio nos dentes... é um fartar vilanagem... os media socorrem-se dessas imagens para saciar a gula doentia dos telespectadores...
Há que ser duro e impôr ordem, doa a quem doer. Não venham os costumeiros defensores das «amplas liberdades» carpir discursatas hipócritas.
Tem razão o senhor Procurador Geral da República. A escola está a tornar-se um alfobre de criminalidade. Há que cortar o mal pela raíz. Enquanto é tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário