Aos 71 anos faleceu aquele que foi um dos mais prestigiadods magistrados do Ministério Público. Notabilizou-se sobretudo pelo caso FP-25 de Abril (e fax de Macau...), sendo um dos responsáveis pelo desmantelamento dessa organização que tentava ser uma espécie de Estado dentro do próprio Estado.
Organização terrorista, acobertada pelo manto diáfano do 25 de Abril, procurou retirar ao Estado
as suas defesas, minando os tribunais e exercendo coacção e chantagem de toda a ordem.
Quando hoje em dia vemos emergirem situações de índole mafiosa, perseguições e chantagens sobre magistrados (com certa imprensa a dar ênfase aos condottieri da nova vaga...) é caso para lamentarmos ainda mais a perda de um vulto desta envergadura.
Dirigentes do desporto e da política mais parecem saídos de filmes de Visconti ou terem tido as suas origens na Calábria, temos que estar atentos e vigilantes pois o cenário é pouco animador. O 25 de Abril está bem longe, a democracia está uma caricatura, o próprio regime perdeu o norte, há que olhar para este Homem e apontá-lo como exemplo. Quando vemos paradigmas que mais parecem corleones da Ribeira, a serem alvo das maiores idolatrias, dos mais exacerbados encómios, das manifestações mais populistas, é preciso meter a mão na consciência e saber qual a causa das coisas...
Que o exemplo de Rodrigues Maximiano frutifique, que o seu contributo para a edificação de uma democracia autêntica nunca seja esquecido pelos vindouros!
Nenhum comentário:
Postar um comentário