Que o sol da verdade não seja obnubilado por cortinas de fumo laudatório, por nevoeiros de opacidade impedindo a necessária transparência democrática; que na colina do sol haja sempre democracia e igualdade, e que o nivelamento seja feito de forma a que todos sem excepção fiquem despojados de privilégios ostentatórios, de mordomias injustas geradoras de desigualdades gritantes a nível de educação, alimentação, emprego, acesso à justiça, à informação; que haja igualdade de oportunidades a sério, que as nuvens negras da corrupção não toldem a paisagem que se quer airosa e radiante; que os trovões populares sejam audíveis pelos que detêm as rédeas do poder, desencadeando relâmpagos legislativos brilhantes e visíveis por todos, sem excepção; que a tempestade dos despedimentos seja amainada, que no horizonte se possa vislumbrar a bonança das relações laborais estáveis e não uma precariedade sinistra e patológica; que os professores saibam ser dignos dos seus alunos e estes não desencadeiem tsunamis de má-educação, não deixando transbordar para o exterior o magma acumulado por rancores mal digeridos; que a orquestra governativa saiba tocar em perfeita coordenação sob a batuta de um maestro competente que não ande ao sabor de ventos de oportunidade ou de nebulosas promiscuidades sempre tentadoras mas fautoras de mal-estar e de insatisfação social;
que se possam avaliar os ventos de criatividade, com critérios justos e sem amplitudes térmicas
geradoras de suores frios indiciadores de patologia social; finalmente, que no céu de Alá as setenta e duas virgens deixem de abrir os braços aos assassinos suicidas e os abram aos pacifistas autênticos, aos que lutam com armas de lucidez e clarividência pela criação de um mundo novo onde o sol da paz derrame os seus raios de forma equitativa, democrática e universal...
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