Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.
quarta-feira, outubro 31, 2007
Aos que partiram...
terça-feira, outubro 30, 2007
O menino, o sol, o mar, o naufrágio...
Fazem promessas, juram alterar o status quo, servem-se das mortes para se promoverem (é triste dizê-lo mas é a verdade!), depois tudo cai no olvido... até um novo desastre! Este chegando, repete-se a ladainha do costume e tudo continua como dantes quartel general em Abrantes!
Tenham vergonha na cara! Façam o que se impõe! Não sejam vendedores de ilusões!
O MENINO E O MAR...
O menino abraçando a luz solar
Contempla o horizonte sem ter fim
Também ele é um sol a iluminar
Esta noite tão escura que há em mim!
Que nos diz este sol e este mar?
Falam-nos deste povo marinheiro
Intrépido, valente, sem vergar
Ao mar bravio e ao vento traiçoeiro.
Quando morre na faina um pescador
O menino também agarra a dor
Tal qual fosse uma bola junto ao peito.
Também aponta o dedo acusador
Àqueles que podiam mais ter feito;
O desleixo... à morte dá sempre um jeito...
segunda-feira, outubro 29, 2007
A Primeira Noite ... no Paraíso!
domingo, outubro 28, 2007
Ó luar o meu obrigado!
Vida a duas velocidades...
sexta-feira, outubro 26, 2007
Referendo para quê?
Contudo, este referendo para o Tratado europeu (vulgo de Lisboa), afirgura-se-me completamente descabido e fora de tempo. Deveria ter sido feito aquando da adesão inicial e não agora.
Além do mais ocorre-me perguntar: será que tem havido adesão popular aos referendos?
É claro que não. Independentemente de saber quais os motivos desse alheamento (respeitável e digno de meditação) importa analisar os prós e contras desse acto dispendioso e sem utilidade prática alguma pois o processo é irreversível. Ou não será?
Daí que só alguns mais interessados em usar uma arma de arremesso contra quem está no poder (fazer oposição pela oposição...) é que optarão (ou dirão que optariam...) por este processo referendário. Ou se confia na AR ou não. Se se confia, então deleguemos nos senhores deputados a tarefa de fazer essa análise pois a tarefa é complexa e os assuntos são de tal melindre que não é o comum dos cidadãos que poderá falar com conhecimento abalizado sobre tão específica matéria.
Crianças em risco: flagelo actual.
quinta-feira, outubro 25, 2007
Soneto aos turibulários...
SONETO A UMA AMANTE
Devemos ao menos respeitá-la, se não soubermos amá-la!
quarta-feira, outubro 24, 2007
Soneto à Liberdade
terça-feira, outubro 23, 2007
Poesia -Orgasmo
De sílabas de letras de formas
se faz a escrita. Não se faz um verso.
Tem de correr no corpo dos poemas
o sangue das artérias do universo.
Cada palavra há-de ser um grito.
Um murmúrio, um gemido uma erecção
que transporta do humano ao infinito
a dor o fogo a flor a vibração.
A poesia é de mel ou de cicuta?
Quando um poeta se interroga e escuta
ouve ternura luta espanto ou espasmo?
Ouve como quiser seja o que for
fazer poemas é escrever amor
a poesia o que tem de ser é orgasmo.
José Carlos Ary dos Santos
Não, não é conto... foi real!
Pinto Monteiro sob escuta?!!!
segunda-feira, outubro 22, 2007
Zé Povinho e ... Zé Pantagruel!
domingo, outubro 21, 2007
Cantando a Pátria
QUO VADIS EUROPA?
sábado, outubro 20, 2007
O POPULISMO VAI NU!!!
Virgolino Carrapato, árbitro honestíssimo!...
A Demagogia quer assassinar a Constituição da República!
sexta-feira, outubro 19, 2007
A CARNE É FRACA - Reconversão do Talho Moderno!
quinta-feira, outubro 18, 2007
A Velha Canga - Conto Moderno
Dissertações sobre as pobrezas ( a de espírito e a outra...)
A pobreza ainda é um dos maiores cancros da sociedade moderna.
De quem é a culpa? De todos nós, que pactuamos com um sistema obsoleto que gera Midas (fruto da mãe-corrupção) e lança na vala comum da miséria a grande maioria da população.
Obscenidade maior que esta não existe!
Quando se fala em pobreza, normalmente não vamos às causas profundas, às origens do mal.A corrupção e políticas neoliberais baseadas em paradigmas IDIOTAS são a fonte de todo o mal.
Vejam as fortunas e as loucuras cometidas por alguns responsáveis políticos com foguetórios loucos, com festas de arromba, só para exibirem o seu ego ostentatório e ridículo. Os fins-de-ano na Madeira, que loucura! As rivalidades doentias entre Porto e Gaia (quem não se lembra?)qual deles o mais gastador, o mais exibicionista, o mais perdulário?
A santa madre igreja também tem culpas no cartório. Se por um lado faz apelos à caridade (e fá-lo bem) por outro não critica (antes incentiva) todo um estendal despesista que se consubstancia em festarolas de arromba, com foguetório a atingir as raias do absurdo. Quanto desse dinheiro mal gasto não daria a vida a tantas criancinhas esfomeadas.?.. Quem disser mal disto é considerado anti-clerical, cabotino, sei lá, talvez até "invejoso"... alguns padres têm adjectivos para catalogar toda a gente! Eu já fui vítima de tantos, que nem sei...
As festas religiosas são das coisas mais aberrantes que conheço. Manifestação de vaidades pacóvias, pretextos para banhos de multidão saloios, locais de ostentação de vaidades mundanas sem conta... Locais de promoção política e até de assédio...
Os municípios também têm das festas uma concepção oportunística e populista, onde são elevados ao máximo expoente a hipocrisia, o farisaísmo, a orgia despesista mais ridícula, para satisfação de meia dúzia de egos emproados, de líderes vazios de ideias mas recheados de pobreza de espírito! Essa pobreza também precisa de ser erradicada quanto antes!
Se querem venerar (e não "adorar" como estupidamente alguns autarcas apregoam...) um santo, que o façam com recato, com espiritualidade, com manifestações apropriadas e não recorrendo a manifestações pagãs sem qualquer conteúdo . Aceito de bom grado a exibição de bandas de música (que merecem ser acarinhadas) mas o exibicionismo saloio de foguetórios doentios e atentatórios do equilíbrio ecológico e potenciadores de fogos, é de um mau gosto lamentável...
À falta de melhor, alguns presidentes de câmara (falo de quase todos) usam e abusam do recurso a estes expedientes para se promoverem, se pavonearem, para se porem em bicos de pés perante um povo pouco esclarecido, pouco dado a aprofundar estes macanismos de ostentação de vaidade e de megalomania despesista!... O povo cala e consente! O povo, dizem eles, "gosto disto"!...
O povo sabe do que falo. O povo que passa necessidades quando lá passam à porta a pedir para estes foguetórios diz na sua profunda sabedoria: "quem muito pede muito fede!"
Enfim, há que erradicar a pobreza poupando e dando uma imagem mais racional da admisnistração; instituições de caridade precisam de apoios, sim, há que pensar mais nelas e menos nos foguetórios ostentatórios que são uma mina para alguns pirotécnicos mas são fonte de despesa e por vezes de situações catastróficas( já vi barcos serem incendiados por fogueteiros sem bom senso nem o mínimo de sanidade).
Que se faça uma festa ao bom senso e à modéstia, esses sim, precisam de ser acarinhados...
quarta-feira, outubro 17, 2007
Jardim condiciona discurso de Cavaco?!
Novo Código Penal - morte anunciada?
Será que há abutres na Justiça? Se houver há que os denunciar!...
Dizem que é feito à medida
De um processo na berlinda
Visa uma airosa saída
Ao processo que não finda.
Prazos curtos, sim senhor,
Mas maior celeridade
Não podem ser um factor
De irresponsabilidade.
Direitos e garantias
Há que dar com equidade
Podem ser bem tortas vias
P'ra distorcer a Verdade!
Libertar os criminosos
E fugas potenciar
Justiça de mafiosos
Temos que denunciar!
Há que alterar sem demora
Os pecadilhos da lei
Libertar a cem à hora
Também é crime, bem sei.
Fazer fatos à medida
Só gera desconfiança
Transparência prometida
Desta forma não se alcança!
Será para deitar fora
Este Código Penal?
Ele é, já ninguém ignora
Perigo potencial!
terça-feira, outubro 16, 2007
Tratado de Lisboa: a cereja em cima do bolo!
Será que a banca também tem ponto "G"?!
FINALMENTE, UM PRÉMIO NOBEL PARA PORTUGAL!!!
Consta que vai ser atribuído o Prémio Nobel da Generosidade a um banco português. Consta que o júri já escolheu o banco e há unanimidade total.
Trata-se de um banco onde pontifica um senhor que dizem pertencer à "opus Dei" e que acha que a caridade começa em casa, na própria família...
É sabido que as mulheres têm um ponto especial onde a sensibilidade erógena atinge o auge, é um local muito íntimo onde o pudor não penetra, onde a generosidade e o prazer atingem o clímax. O prazer de dar e o prazer de receber se entrechocam numa amálgama sensorial que, dizem, foi elaborada pelo Criador com o propósito (único e exclusivo, segundo alguns fundamentalistas) de fomentar a procriação, evitando assim a extinção da espécie...
Na banca, esse ponto nevrálgico também existe (soube-se agora), e o prazer de dar e o prazer de receber têm um lugar geométrico bem definido; o crédito mal parado passa a perdão definitivo e atinge-se o auge, o clímax, o êxtase completo. Foi criador deste ponto "G" um conhecido banqueiro que ora muito e ora bem. Ora, isto já não é de agora. Ora, isto tem muito que se lhe diga. O prazer, o orgasmo da dádiva generosa, deverá ser extensivo a todos, deverá ser difundido urbi et orbi? Crescer e multiplicar este prazer inefável será o desiderato último deste banqueiro que adora ser falado pela sua generosidade, a sua caridadezinha sempre tão prestimosa.
Será tal como o sol, nascerá para todos, o tal inefável prazer do perdão, o incomensurável orgasmo da generosidade vibrante e capaz de conduzir ao éden os seus beneficiários?
Em democracia há igualdade de oportunidades, deve haver dadores infindáveis para que o prazer não tenha limites, ou que o limite seja o céu...
Enfim, este Prémio Nobel tem contornos eivados de eroticidade pura, mesclados de uma racionalidade económico-financeira onde Eros se implanta e é elevado ao máximo expoente, por obra e graça de uma estratégia onde o economicismo puro e duro é colocado entre parêntesis.
Há um denominador comum: o prazer de dar é directamente proporcional ao prazer de receber, ficando tudo em família...
Consta que no comité Nobel há uma certa dose de inveja latente, estando por um fio esta atribuição que seria tão original e tão credora dos maiores e mais rasgados elogios por parte da comunidade científica. A inveja, esse erva daninha sempre presente para ofuscar o prazer, dá pelo nome de Erva Berarda, e cresce ali para os lados da Pérola do Atlântico.
Enfim, o "ponto G" da banca é algo de inovador e terá um efeito de arrastamento inolvidável, se vier a ser seguido por esse mundo fora. O prazer é um direito de todos, até da banca. O hedonismo financeiro tem aqui um toque de classe, uma quinta-essência capaz de fazer frente aos choques tecnológicos mais bizarros que por aí se vão badalando (por parte deste governo) mas são incapazes de rivalizar com esta inovação tão eloquente, este fenómeno de puro êxtase!...
Será que as entidades fiscalizadoras ficarão também seduzidas pelo modus operandi e darão o seu aval ao orgástico "ponto G"?!
A interrogação anda no ar como perfume afrodisíaco capaz de seduzir o mais incauto...
domingo, outubro 14, 2007
A Virgem Agora Falou! Milagre dos Milagres!
Era digno de se ver
Lá ia todo lampeiro
A Fátima e ao Sameiro
Era preciso vencer!
O clube do coração
Tinha sempre que ganhar
A derrota, nem pensar...
Parecia uma obsessão!
Era paixão doentia
Rezava que se fartava
À Virgem lá implorava
A Fátima... a pé lá ia!...
A Virgem falou um dia
Milagre 'inda hoje lembrado
Disse-lhe que era pecado
Aquilo que lhe pedia!...
Toda a gente ouviu a voz
E ficou a meditar
Era pecado rezar
Mas que coisa mais atroz!!!
Ela falou de voz viva
Estrava mesmo zangada:
«NÃO PODE SER VICIADA
A VERDADE DESPORTIVA!»
«DEUS, ESSE JUIZ SUPREMO
NÃO SE DEIXA SUBORNAR
O MELHOR DEVE GANHAR
NO JOGO, LÁ NO TERRENO!»
NOTA: COM A DEVIDA VÉNIA ESTE POEMA FOI EXTRAÍDO DO SEMANÁRIO SOL (RUBRICA BLOGUES) :- sol.sapo.pt/blogs/ramodebarro
NOTA DO AUTOR: Com respeito pelas coisas de Deus deve-se dizer que isto é ficção; mas a ficção procura estar de bem com a pedagogia.Era bom que alguns senhores lessem este texto e meditassem. Julgam que o dinheiro tudo compra mas a Deus não conseguem subornar.
FÁTIMA: um mar de Fé, um oceano de galvanização!
Fátima sempre me apaixonou desde criança. O milagre do sol, a adesão popular. Os sacrifícios de tanta gente para lá ir, mesmo a pé, mesmo contra a fúria dos factores atmosféricos...
Quando lá estou se cruzam em mim dois sentimentos: aquele entusiasmo, aquele frenesim, aquela paixão sagrada... mas também há algo em mim que me leva a fazer um travão a essa euforia, um apelo à serenidade, à lucidez, ao pensamento mais profundo!
Quando ouço pessoas a descreverem o milagre do sol e falam em dança acentuada, em flores caindo do céu, eu fico sempre de pé atrás. E interrogo-me, como o fez um irmão da Lúcia, que abertamente proclamava que só lá foi com medo que lhe batessem... ficou a cerca de cem metros do local e honestamente diz que nada viu e nada ouviu: nem sol a girar, nem nuvem com a Senhora, nem luminosidades fora do comum! nada!
A Igreja investiga um possível milagre. Prudentemente recua. Não aceita, para já, a hipótese de cura miraculosa. A lucidez e o bom senso a imperar.
Pergunto a mim próprio se alguma vez a Igreja se deu ao cuidado de investigar o tal milagre do sol?! Se o fez, a que conclusões chegou? Qual o grau de visibilidade do alegado fenómeno?
A fé é uma dádiva divina. Mas o bom senso, a lucidez também.
Era bom que se aprofundassem, com sentido clarificador e pedagógico (erradicando-se visões distorcidas ou facciosas de uma realidade eventualmente não devidamente explanada) todo o fenómeno adjacente ao chamado milagre do sol.
Era bom que fossem convidados especialistas em psiquiatria, medicina, psicologia e outras ciências afins , para se aprofundar a temática e todos as possíveis causas do extraordinário evento. A teoria de fenómeno extra-terrestre (ainda que um pouco leviana, quanto a mim...) também deverá ser equacionada.
Sempre fui a favor do aprofundamento da fé. Sempre defendi que se expurgasse (como muito bem tem feito a Igreja, só que tarde e a más horas...) tudo o que é supérfluo e pouco digno de crédito, a fim de dar mais força ao que importa relevar, de facto. A ingenuidade e a boa fé, quando excessivas, podem ser aliads da má fé. Sei bem que há fenómenos paranormais que, amiúde, não passam de manifestações do próprio espírito, como a auto-sugestão, certo misticismo patológico, certa histeria de pendor psíquico.
Conheço bem as malfeitorias de alguns políticos que, querendo fazer-se passar por "santos", não perdem uma oportunidade para se "colarem" oportunisticamente a tudo o que é sacro, com um afã sacralizador digno de estudo científico! Quem diz políticos diz dirigentes desportivos ou outros agentes sempre à cata de mediatismo fácil. Desses é que eu tenho medo; não temor, como é óbvio, mas receio que se sirvam da crença e do frenesim gerado pelo fenómeno religioso para colherem dividendos de diversa índole, para se alcandorarem ao coração das gentes à custa da partilha (muitas vezes hipertrofiada) de sentimentos tão ricos e imbuídos de ingenuidade pura.
O fenómeno Fátima merece profundo respeito. Mas também profunda investigação. A Igreja, principal interessada, deveria investigar a fundo toda a problemática do milagre do sol e emitir uma opinião abalizada. Deus não pune o pensar, o investigar, o aprofundar a fé. Só pensar o contrário é sintoma de má-fé.
De má-fé está o mundo mediático cheio. Mas tenho fé que a desmistificação (do que for desmistificável) surja, para reforço da verdadeira fé.