terça-feira, outubro 30, 2007

O menino, o sol, o mar, o naufrágio...

O barco Luz do Sameiro foi abandonado à sua sorte horas e horas a fio... só um pescador se salvou. Fez-se um inquérito para apurar responsabilidades na incúria (demora e falta de recursos atempadamente disponíveis) e... nada se apurou. A culpa, morreu (mais uma vez...) solteira!

Fazem promessas, juram alterar o status quo, servem-se das mortes para se promoverem (é triste dizê-lo mas é a verdade!), depois tudo cai no olvido... até um novo desastre! Este chegando, repete-se a ladainha do costume e tudo continua como dantes quartel general em Abrantes!

Tenham vergonha na cara! Façam o que se impõe! Não sejam vendedores de ilusões!



O MENINO E O MAR...



O menino abraçando a luz solar
Contempla o horizonte sem ter fim
Também ele é um sol a iluminar
Esta noite tão escura que há em mim!


Que nos diz este sol e este mar?
Falam-nos deste povo marinheiro
Intrépido, valente, sem vergar
Ao mar bravio e ao vento traiçoeiro.


Quando morre na faina um pescador
O menino também agarra a dor
Tal qual fosse uma bola junto ao peito.


Também aponta o dedo acusador
Àqueles que podiam mais ter feito;
O desleixo... à morte dá sempre um jeito...

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