Por uma questão de princípio sou a favor de referendos. São uma forma de o povo exercitar a sua cidadania, mostrar a sua vontade, enfim, cumprir o slogan "o povo é quem mais ordena!"
Contudo, este referendo para o Tratado europeu (vulgo de Lisboa), afirgura-se-me completamente descabido e fora de tempo. Deveria ter sido feito aquando da adesão inicial e não agora.
Além do mais ocorre-me perguntar: será que tem havido adesão popular aos referendos?
É claro que não. Independentemente de saber quais os motivos desse alheamento (respeitável e digno de meditação) importa analisar os prós e contras desse acto dispendioso e sem utilidade prática alguma pois o processo é irreversível. Ou não será?
Daí que só alguns mais interessados em usar uma arma de arremesso contra quem está no poder (fazer oposição pela oposição...) é que optarão (ou dirão que optariam...) por este processo referendário. Ou se confia na AR ou não. Se se confia, então deleguemos nos senhores deputados a tarefa de fazer essa análise pois a tarefa é complexa e os assuntos são de tal melindre que não é o comum dos cidadãos que poderá falar com conhecimento abalizado sobre tão específica matéria.
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