A justiça está periclitante. A suspeita de que o próprio PGR poderá estar sob escuta fez soar campainhas de alarme!
George Orwel, o criador de Big Brother, está omnipresente. Cada vez que a sofisticação tecnológica é um facto vão-se multiplicando esquemas de controlo sobre a privacidade dos cidadãos, à margem da própria legalidade. Ou seja, em vez de serem os criminosos e/ou delinquentes a serem observados e vigiados e (poderá ser...) o inverso!
Abastardamento completo das instituições. Perversão de valores. Cenário de desmoronação do Estado de Direito.
Já era previsível. Quando estão em causa processos de melindre extremo (Casa Pia, Apito Dourado, Madeira (Funchal), algumas câmaras municipais), surge este alerta para que o sistema se cuide. É um alerta amarelo ainda, mas poderá ter contornos avermelhados, bastará aprofundar-se a "coisa"...
Há que estar atento pois a PGR já foi alvo de tentativas similares no passado. Algumas críticas a magistrados, feitas de forma pública e altissonante dão a entender que o senhor PGR não tem confiança naqueles que deveriam ser pilares do Estado de Direito, ao apelidá-los de "condes" e "barões" (no sentido de serem plenipotenciários na sua esfera de acção), e deixa antever cenários muito pouco abonatórios para a democracia.
Quando na ilha da Madeira se começam a agitar as consciências (algumas até então adormecidas...) vislumbra-se algo de novo e quiçá irreversível. Há que exigir transparência e responsabilidade a quem ministra a justiça. Ela é um serviço público, deve estar ao serviço da colectividade e não de oligarcas poderosos (no sentido político ou económico) que tudo controlam, tudo dominam, tudo supervisionam. Espero que não surja aqui em Portugal algo parecido com a "loja P2", pois seria muito lamentável e revelaria o quão apodrecida poderá estar esta flor que se quer límpida e perfumada, a justiça, neste jardim da democracia.
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