quinta-feira, outubro 25, 2007

Soneto aos turibulários...


Cervantes, o genial autor de D. Quixote de La Mancha satirizou bem os papéis do caudilho e do turibulário. O país está repleto de caudilhos e de turibulários. Basta olhar!
Lá anda a incensar sempre o caudilho
Estende a passadeira no trajecto
Anda sempre co'o dedo no gatilho
É rufia servil, escroque abjecto.
Todo mesuras, risos para o aio
Pesporrente e raivoso vulgarmente
Executa acções reles, de lacaio,
Diz sempre "amen!" ao chefe, cegamente.
Sinecuras na rádio e no jornal
Prebendas variadas nas festinhas
Ar seráfico, atento e serviçal.
É vê-lo a receber palmadinhas
Do caudilho, tão grato quão venal,
Ciente do papel destas gentinhas...

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