terça-feira, outubro 09, 2007

Poder político, poder mediático e poder judicial...


Por detrás do desaparecimento de Maddie McCann poderá estar um caso de negligência grosseira corrigido com ocultação de cadáver...
O caso Maddie McCann, a menina inglesa desaparecida na praia da Luz, em Lagos, e toda a misteriosa sequência de acontecimentos daí resultantes vem trazer à luz da ribalta a conflitualidade inter-poderes, podendo estar na génese de muita ineficácia investigatória...
Desde o princípio se apercebeu o comum dos cidadãos que o casal McCann possuía contactos pouco vulgares a nível mediático e a nível político. Adentro desta perspectiva há que equacionar o desenvolvimento factual e todos os mecanismos especulativos que se adensaram sobre o caso. As labaredas mediáticas quiseram logo desde o início queimar o país e os intervenientes directos neste caso apaixonante. Chauvinismo puro e duro...
Até a problemática religiosa veio ao de cima. O envolvimento do papa e de alguns clérigos foi digno de meditação profunda. Com o seu afã vitimizador hipertrofiado, o casal McCann deu ao mundo (procurou dar) uma imagem angelical, capaz de dinamizar uma cruzada santa contra alegados raptores... Ora, não seria essa estratégia uma forma de encobrir outras perspectivas analíticas, uma pura manobra de diversão (como se diz em gíria militar...) para afastar totalmente outros cenários, normalmente admissíveis?!
A pergunta ganha foros de verosimilhança quando, mais tarde, as análises aos fluidos encontrados no carro e no apartamento, mostram ( o ADN é muito fiável mas não totalmente fidedigno, assinale-se...) que esses fluidos serão de Maddie.
As explicações poderão ser várias. Há que não precipitar as conclusões. Há que ser frio e realista. Há que não embarcar em conjecturas precipitadas ou especulações primárias.
Contudo todos nós nos apercebemos que Portugal ficou ferido pela arrogância inglesa. Os bifes precisam de uma lição. Esperemos que surja um novo Mourinho (agora na PJ) para dar uma bofetada de luva branca na petulância e no snobismo estulto dos habitantes da Velha Albion...
Eles, de facto, julgam-se superiores, mas não conseguem digerir as sucessivas punições
que desde os tempos imemoriais de Os Magriços (quer os 12 de Inglaterra de Os Lusíadas, quer os 11 de Otto Glória...) vão sofrendo e são o correctivo mais adequado ao seu (por vezes grosseiro...) chauvinismo doentio...

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