O país ainda não sabe. Os jornais, onde impera forte censura (ideológica, economicista, política) nada dizem. Por isso é que se criaram os blogs. Eles são a parte emersa do icebergue da liberdade tantas vezes submerso pelo mar tenebroso da promiscuidade e da vilania.
Os cidadãos têm o direito de saber tudo. Não é lícito mantê-los na ignorância pois serão eles que irão avaliar os poíticos na hora da verdade, serão eles os juizes e precisam de dados sobre a mesa. É isso que farei. Doa a quem doer, darei conhecimento de certas prendas altamente comprometedoras e com significado incontestável!
Primeiro caso:
Soube-se que Jardim recebeu um bolo com uma volumosa e vermelha cereja em cima. Nada dizia. Era tão apetitoso que convidou os seus próximos colaboradores para o devorarem.
Fizeram-no num ápice, tão delicioso ele estava. Só no final se aperceberam da mensagem que estava escrita no fundo, em letras garrafais:
«Vocês são a cereja da mediocridade em cima do bolo do caciquismo bolorento. Assinado: José Manuel Ribeiro - deputado de PND!"
Luís Filipe Meneses enviou uma espada dourada a Manuela F Leite. Um papelinho anexo rezava asim:
«Não, não irei degolá-la. Só quero que mantenha sempre presente que eu serei uma espada de Dâmocles a pairar sobre a sua cabeça enquanto liderar este partido!»
O presente de Cavaco Silva a Sócrates foi uma tesoura dourada. O papel que a acompanhava, escrito pelo seu próprio punho, em letra bem legível, dizia isto:
«Vocês cortaram-me os poderes no Estatuto dos Açores, espero que se lembre sempre que eu tenho o poder de lhe cortar o pio de primeiro-ministro".
Mário de Almeida enviou a Pedro Brás Marques um apito dourado. A mensagem era esta:
«É para lhe garantir que em Vila do Conde, ao contrário do que afirma, nunca houve nem haverá arbitrariedades!..."
Macedo Vieira remeteu ao rival Silva Garcia as chaves da cidade da Póvoa de Varzim. Dizia na sua mensagem:
«Tenho a subida honra de lhe endereçar as chaves da cidade. Só espero que tenha a ombridade de fechar as portas, de preferência pelo lado de fora...»
Enfim, eu próprio também enviei ao Papa um presente de Natal. Era um lindo candeeiro de secretária. O mundo, num globo lindíssimo, e o Papa, servindo de haste, a abraçá-lo.
A dedicatória que enviei rezava assim:
«O mundo inteiro agradece ao Papa Verde, as suas preocupações ecológicas para salvação do planeta.»
Fiquei muito surpreendido ao receber um cartão e uma prenda vinda do Vaticano. Era uma vela enorme. Num papelinho vindo da Cúria Romana, o Secretário Pessoal enviava uma mensagem :
Sua Santidade o Papa agradece a rouxinol de Bernardim a sua generosa oferta bem como a mensagem muito original. Espera que consiga manter pela vida fora bem acesa a chama da ironia, do bom humor e do sarcasmo, em prol da defesa dos Direitos Humanos, Direitos dos Animais, e que Deus o abençoe!»
8 comentários:
Assi se diz humanidades com a grandesa da tua pena...
Abraço
Mudam-se os tempos mudam-se as vontades:
salvar as almas, salvar os rebanhos e salvar os pastos!
Tarefa árdua :)
Gosto de humor ;)
Algum humor rijo, mas bem recortado, na verdade, tanto mais que não é nada fácil o exercício do humor, nem tão-pouco o faz quem quer...
Olá querido Amigo, não conhecia o teu blogue e por acaso vim aqui parar... Quero-lhe dar os meus sinceros parabéns, por ter um espaço onde dizes tudo o que pensas ddas desgraças deste nosso Portugal... Entregue á bicharada... Subrevo o teu texto se o permites... Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha
espero que o Papa também conserve o seu candeeiro aceso para que se lembre das suas palavras
Nossa! Adorei seus textos, agradeço a visita, volte sempre você é bem-vindo!
Olá, fico muito feliz pela visita em meu humilde blog, volte sempre, sempre em prazer, ter alguém com tamanha sabedoria, muito interessante seus textos....
Fica bem...
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