Uma das causas de um belicismo descontrolado é o direito de veto exercido por alguns países na ONU. De facto, ao usarem esse direito, alguns países poderosos (e fornecedores de armamento) podem lesar interesses humanitários legítimos e evidentes para salvaguardarem os seus negócios armamentistas.
Vimos ainda agora em Nyanmar a China usar esse direito para impedir a entrada de forças humanitárias aquando da catástrofe recente. No Zimbawe, ao que vão noticiando os jornais, a China está a fornecer armamento que visará (tudo o indica) intimidar a oposição na segunda volta das eleições presidenciais perdidas por Robert Mugabe, dando azo a que, se for necessária uma intervenção humanitária (se a situação degenerar) talvez a China use o seu direito de veto para proteger o aliado.
Com o Iraque, a Rússia usou esse direito, gerando situações pouco transparentes e quase «legitimando» a invasão por parte dos americanos, à revelia do direito internacional.
A continuar assim, o direito de veto torna-se um factor de belicismo e de falta de democraticidade notório. Há que substituír este mecanismo sob pena de continuarem as atrocidades perpetradas pelos vendedores de armamentos.
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